CAPÍTULO DOIS:
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Apenas compro ordens.

─ Tem muitos deles. E no entanto, os números variam.

Informo aos outros. Nos juntamos sobre o terraço de um dos prédios de Seattle. Rastreamos os recém-criados até aqui. Eles se alimentam desenfreadamente, sem o mínimo de cuidado, sem medo de serem pegos. Havia um jovem entre eles, ao que parecia, ele é quem estava dando as ordens por aqui. Ou talvez seja isso que querem que pensemos.

─ Eu acho que eles já chamaram atenção demais.

Alec diz ao meu lado.

─ Assim como a nossa inércia. ─ Félix complementa. ─ Os outros podem começar a questionar a eficácia dos Volturi.

─ Ambos estão corretos. ─ Concordo. ─ Devemos eliminá-los de uma vez.

Olho para Jane, afinal, ela é a líder desse esquadrão. Ela é quem decide.

─ Deixa.

Jane diz me fazendo olhá-la surpresa.

─ Jane...

Murmuro, mas Félix é mais rápido em dizer:

─ Devíamos consultar o Aro.

Jane se vira o encarando e libera o seu poder, fazendo-o se curvar de dor.

─ As decisões de Aro estão sendo observadas. ─ Ela diz o liberando do seu dom. ─ Nós decidimos.

Encaro os outros, confusa.

─ O que não me contaram?

Inquiro, encarando um por um.

─ Nada que seja da sua conta.

Jane retruca friamente.

─ Ótimo, então decida-se de uma vez. ─ Murmuro, ignorando seu tom e sua total falta de respeito para comigo. ─ Se não agirmos rápido, as coisas irão ficar feias por aqui.

─ Talvez esse seja o objetivo.

Demetri murmura, fazendo Jane se virar para o mesmo com o olhar cheio de fúria. Sabendo o que ela faria inutilizo seu dom antes que ela possa atingí-lo. Ela me encara ainda mais irada.

─ Libere o meu dom. Agora.

Ralha autoritária.

─ Viemos aqui para deter os recém-criados. Não para lutar entre nós. ─ Deixo claro. ─ Controle-se, Jane.

Vejo-a fechar suas mãos em punhos e trincar seus dentes. Levar um sermão de um "subordinado" não é algo agradável, e conhecendo o gênio da minha irmã, ela está fervendo de raiva por dentro e por fora também.

─ Irmã...

Alec segura meu ombro, em um pedido mudo. Suspiro, resignada. Um ato totalmente humano, mas que sempre diminui a minha frustração.

─ Tudo bem, Jane. ─ Digo, liberando seu poder. ─ Faça o que bem entender. Essa missão é sua responsabilidade.

Seu olhar se acalma e ela se aproxima da beira do prédio uma outra vez, observando os recém-criados.

─ Muito bem. ─ Murmura. ─ Ou deixamos fazerem o que foram criados para fazer... Ou os matamos. Decisões, decisões... Vamos.

Após o veredito de Jane, saímos dali. Há algo por trás desta missão, e eu tenho absoluta certeza de que Aro e sua ambição desenfreada está por trás disto.

Por hora... Apenas cumpro ordens.