4: MENINAS DE 16 ANOS, COMO LIDAR 🔎

Votem, comentem e boa leitura!

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Pra ser justo, eu nunca disse que eu era um cara correto, 100% do bem. Então não aceito críticas quanto às minhas atitudes. Não, você está proibido de me julgar. Pare agora.

Neste momento um calouro está olhando para mim, seus olhos estão cheios d’água, e os lábios estão pendendo em um bico. Ele então diz:  — A Srta. Goo tinha deixado eu ir na viagem. Você já tinha tomado sua decisão. Agora eu não posso mais ir porque você voltou atrás, sunbae!

Parado no meio do corredor, barrado pelo moleque, eu assenti, compreensivo. — Veja bem… encare isso como um treinamento para o mercado de trabalho.

— Não é justo — choramingou.

— Pois é — comentei. — Que coisa…

E tentando desviar dele para ir embora, ele me barrou mais uma vez. — Você é muito egoísta, Jimin sunbaenim.

Okay, neste ponto eu já estava perdendo minha paciência. — Sou. — sorri, afagando seu cabelo. — Que bom que não restaram dúvidas entre nós. Com licença.

Enfim, passando por ele, eu me dirigi a sala prática, dando meu nome na chamada, assumi minha bancada, tirando meu notebook da mochila. Sem que eu esperasse, Kihyun se sentou ao meu lado, abrindo um sorriso. — Hm, oi hyung… soube que você vai para Jeju… eu também vou. — e riu, baixinho. — Que bom que você resolveu ir…

Eu nem o olhei, mas assenti, enquanto abria minhas pastas com as atividades daquela aula. — Vai cuidar do tratamento das fotos?

— Isso! — me respondeu, um pouco alto demais. — Você sabe a minha função… haha… legal.

Kihyun é um pouco mais novo que eu, é bem alto e bem bonito, mas como você pode perceber, ele é um bananão.

Eu não tenho um tipo, não exatamente, mas eu não gosto de bananões.

— Lembro, claro — respondi, o ouvindo soltar um suspiro. — Fizemos um trabalho juntos.

Ele deve achar que suas habilidades são impressionantes, ou que eu lembrei porque presto atenção nele, mas só me lembro porque tive que fazer a parte do trabalho dele toda de novo, porque não gostei do resultado.

— Isso, fizemos — ele riu, um pouco atrapalhado. — Você foi na minha casa.

Não me lembro disso, mas concordo, antes de olhá-lo. — Será que você poderia buscar um chá gelado pra mim? Ficou calor de repente. — pedi, abrindo dois botões da minha camisa. — Prometo te pagar assim que eu sacar dinheiro.

Ele se levantou num instante, enroscando a alça da mochila na cadeira. — Hm… l-limão?

— Pêssego — pedi, lhe dando um sorriso. Ele assentiu em prontidão, andando apressado para fora da sala.

Suspirando, cansado, eu me encostei na cadeira, encarando a tela do meu computador enquanto a professora ajustava a aparelhagem do projetor. Sentindo meu celular vibrar no bolso, eu o apanhei e abri uma mensagem de Jin.

JIN: acabei de ouvir seu ex falando sobre Kim Taehyung. Pelo que parece, ele já reservou um jantar em um restaurante granfino em Jeju”

Filho da puta, ele nunca me levou em nenhum restaurante granfino.

JIMIN: vou afundar a cabeça dele no mar até ele afogar”

Mais tarde, no meu quarto, eu terminei de arrumar os últimos detalhes da minha mala. Eu não tinha tantas roupas de calor assim, porque eu evito este tipo de clima hostil e indelicado, mas tinha o suficiente para sobreviver.

Protetor solar.
Protetor labial versão solar.
Hidratante.
Hidratante versão solar.
Aspirina.
Chinelos.
Sunga.
Chapéu.
Camisinhas. (Eu transo muito, tá?)
Calça de praia.

— Você não namorava com aquele estudante de medicina? O japonês? — ouvi, e vi Woonyoon, meu colega de quarto, entrar. 

— Ah — soltei. — Nós terminamos. Tipo, há décadas atrás.

— Hm, pensei ter visto vocês dois juntos duas semanas atrás — ele pareceu confuso. — Bom, menos mal, então… achei que ele estivesse te traindo. Acabei de ver ele comprar um almoço para Kim Taehyung.

Girei meus olhos. — É… haha… ele não tá me traindo. Já está tudo acabado entre nós.

Eu sou um santo por não destruir a imagem de Daichi para todas as pessoas que eu vejo na minha frente. Não precisa aplaudir.

— Você tá mal? — perguntou, assumindo o lado dele do quarto, pegando roupa no armário.

— Pelo término? — perguntei, e deixei um riso escapar. — Tô, tô muito… estou devastado. É… estou tendo que ser durão, sabe?

— Puts, cara — lamentou. — Que foda isso. Mas bola pra frente, porque ele já tá interessado em outra pessoa.

Eu sei. Eu estou GENUINAMENTE interessado por exatamente a mesma pessoa.

Ai, ai, as coincidências do destino.

Fechando minha mala, eu me joguei em minha cama, encarando as paredes do quarto, em silêncio. As vezes minha vinha a incerteza do que eu estou prestes a fazer, sabe, usar o Kim Taehyung. Mas, qual é… não é tão ruim. Eu ficaria com ele mesmo que o Daichi não existisse, porque porra, Taehyung é a personificação do pecado.

Se tantos gays, bis e meninas hétero existem hoje, é porque um dia Kim Taehyung nasceu.

Então, não é usar, porque eu realmente tenho interesse nele. Seu par de coxas duras são apaixonantes pra caralho. De coração.

Eu nunca fui traído, não que eu saiba, portanto, a estreia precisa ser grande. As próximas gerações precisam saber que não se deve pôr chifres na cabecinha de Park Jimin.

Era essa a minha intenção? Não! Nunca foi, mas… eu preciso dar o exemplo, preciso fazer justiça. Daichi precisa saber que vacilou comigo, de um jeito que eu nunca pensei em vacilar com ele.

Mais tarde naquele dia, eu passei em casa, e enquanto pegava algumas coisas que eu precisaria, Yezi chegou da escola, jogando a mochila no sofá, minha mãe falou para ela: — Já falei que não gosto disso, vai guardar no seu quarto. Chega jogando as coisas, outro dia até quebrou o porta retrato da minha mãe.

— Eu já guardo — Yezi respondeu, parecendo irritada. — Dá um tempo, tá? Por favor.

Minha mãe, que terminava um de seus tapetes de crochê, a olhou igualmente irritada. — Tá falando com as tuas amigas, é?

— Definitivamente não — Yezi rolou os olhos, vindo para a cozinha, onde eu procurava alguns remédios. — Você devia voltar pra casa, sabia? Sua mãe não consegue viver só comigo, ela quase morre de raiva.

Olhei para uma e depois para outra, minha mãe já se ajeitava no sofá, daquele jeito que indicava que ela estava se estressando pra valer. — É, Jimin, porque você pelo menos não chegava da escola todo dia como se tivesse enfrentado o pior dia da sua vida.

— Você não sabe se foi o pior dia da minha vida ou não! — Yezi resmungou, abrindo um pacote de rosquinhas.

— Se tem algum problema na escola, você precisa contar pra aquela porcaria de diretora! Não descontar em mim!

Aham! E apanhar daquelas garotas na saída da escola, né?

— Se você tem medo delas, o que quer que eu faça? Que eu vá bater em garotas de 16 anos no seu lugar? Eu já falei pra você, Yezi: enfia a mão na cara delas, manda ir se foder, qualquer coisa! Você chega em casa e age como se o mundo estivesse acabando, porque umas garotinhas de merda te xingaram de baleia! — mamãe soltou, largando também a agulha e os fios de crochê. — Que droga, menina!

A casa ficou em silêncio, antes que Yezi atirasse o pacote de rosquinhas na bancada e marchasse até o quarto, batendo a porta com força. Eu fechei os olhos por um momento, antes de olhar para minha mãe. — Mãe…

— Jimin! Eu não aguento! — ela me disse, amarrando o cabelo de forma atrapalhada. — Eu tô por aqui! — e apontou para região do pescoço. — Eu já conversei com ela um milhão de vezes, eu já fui até a porta do colégio dela, e ela não me deixou entrar para falar com a diretora.

E continuou: — Todo dia é isso. Ela chega morta de raiva, joga as coisas, bate as portas, come até as paredes e depois fica reclamando que tá gorda! O que eu faço? — perguntou, e eu vi que ela realmente gostaria de ter uma resposta. — Ela quer que eu a proíba de comer? Eu perguntei se ela queria ir pra academia, e ela disse que não queria. Eu perguntei se ela queria roupas novas, porque ela disse que tudo ficava feio nela… e não gostou de nada, ela disse que tudo deixa ela gorda! Eu digo que ela é bonita, ela quase me xinga! Meu Deus, sabe como é que está a minha cabeça, filho? EXPLODINDO!

Deus. Eu só vim pegar remédios para alergia.

Suspirando, eu me encostei na bancada, a olhando. — Ela tem 16 anos, mãe…

Eu disse aquilo como se essa fosse a explicação de tudo.

— E quando isso termina, pelo amor de Deus? — ela quis saber. — Eu não era assim com 16 anos de idade. Eu não sei o que eu devo fazer!

— Eu também não era assim com 16… mas ela é uma menina fora do padrão, no meio da adolescência. — tentei explicar. — Só aguenta mais um pouco, mãe… a gente vai descobrir como lidar com ela. Yezi não é uma menina ruim. Eu aposto que ela também está exausta.

Mamãe fechou os olhos, respirando fundo. — Eu só queria paz, Jimin…

— Eu sei — a respondi, e entrei no corredor, parando em frente a porta do quarto de Yezi, dando umas batidinhas.

— Vai embora! — ela mandou, e eu girei os olhos. — Não vou pedir desculpas. Eu não fiz nada!

— Eu nem falei nada, sua maluca — disse, encarando a porta fechada. — Quer armar uma emboscada e espancar essas garotas da sua escola?

— Eu ia ter que espancar a escola toda! Todo mundo me olha feio. — respondeu. — Desde quando você bate nas pessoas?!

— É um lance meio recente — expliquei. — Não sei me garanto contra uma escola inteira, mas contra umas fedelhas de 16 anos, eu posso tentar…

— Eu não quero bater em ninguém — a ouvi dizer, meio abafado. — Eu quero sumir.

— Bom — disse. — Essa vontade nunca desaparece, Yezi…

— Pare de falar bonito! — mandou. — Você nunca sofreu bullying…

Eu fiquei em silêncio por um tempo, antes de dizer: — Sofri sim… uma vez. Se lembra de quando eu cheguei sangrando em casa?

Eu não gostava desse assunto em particular, mas eu tentava o usar com sabedoria.

— Você disse que brigou, não que sofreu bullying…

— É… — ri. — Bom, me bateram por ser gay.

— Jimin… tá me falando isso pra eu me sentir mal? — ela perguntou.

— Sim — respondi. — Eu tô falando com a porta, literalmente, porque você não me deixa entrar. Se sinta mal, péssima, sua vaca.

— Vai cagar — me respondeu.

— Ei — chamei, mais baixo. — Não seja rude com a mamãe… ela não está contra você.

Yezi não respondeu, me ignorou e mudou de assunto: — Vai para Jeju às custas da faculdade? Desde quando você gosta de praia?

— Vou pra pegar um carinha — disse. — Ele é gostoso, então vale a queimadura nos ombros.

— Ativo ou passivo?

— Garota! — ralhei. — … passivo, eu espero. Não quero fazer chuca em banheiro de hotel.

— Que nojento — Yezi respondeu. — Ew, vai embora!

— Eu vou — avisei. — Sonhe comigo fazendo chuca no banheiro onde você toma banho.

— ECA, OPPA!

Com isso, eu peguei o restante das coisas que eu precisava e fui embora. Combinei com Jin de que iríamos nos encontrar na porta da faculdade para pegarmos um carro juntos até o aeroporto no dia do embarque, mas quando o dia chegou, me deparei com um ônibus esperando os alunos na entrada do campus.

Com um par de óculos escuros na cara, eu mirei Hoseok, que havia chegado logo depois de mim. — Eu fico enjoado andando de ônibus.

— Relaxa — Hoseok me disse, enquanto os alunos faziam filas para entrar. — Só temos que pegar um avião e um barco depois.

Por Deus, eu odeio viajar. Se eu pudesse criar raízes na minha cama, eu faria com todo prazer.

Olhando em volta, eu não encontrei nenhum jogador de vôlei. — O time vai em outro ônibus?

— Eles têm o ônibus de esporte — explicou. — Jin vai com eles, junto de outros professores.

— Ah, ele vai ter que ir a viagem toda no meio dos gostosos do time? Que pena, nossa… — resmunguei. — Enquanto isso a gente vai ter que ir no meio dos incels. — apontei para a quantidade absurda de nerds na na minha frente. — Não tinha ninguém menos CDF pra ir, não?

Jung me olhou. — Você sabe que você é o cabeça da sua turma, né?

— Mas eu não sou um nerdola — me senti quase ofendido. — E apesar de ser gay, eu acho que eu já vi mais mulher que esses caras. Não me compare a eles.

— Jimin-hyung!

— Ah, não — Hoseok soltou, desviando o olhar, e me virei para encontrar quem estava me chamando. Oh céus, quem será?

— Oi, Kihyun — acenei, e quando ele chegou perto, ele sorriu. Eu tinha até esquecido que ele iria também.

— Oi… hm… sua mala está pesada? — me perguntou.

Eu fiz uma careta, passando a mala para minha outra mão. — Um pouquinho…

— Eu carrego pra você — ele se ofereceu.

— Ai, não precisa… — disse, abaixando a cabeça, fingindo estar com vergonha. — Sério…

— Imagina — ele me respondeu. — Eu carrego.

Gentilmente tirando a mala de minha mão, ele me deu um sorriso e a segurou como se fosse nada. Eu o olhei por um tempo, propositalmente, antes de desviar o olhar, sorrindo sutilmente. — Obrigada, Ki.

— K-ki…? — ele repetiu. — Ah… não é nada…

Eu voltei a me atentar a Hoseok, que me olhava. Com puro nojo, sussurrou: — Você devia ir rodar bolsinha, Park Jimin.

Eu dei de ombros, usando minhas mãos livres para checar o celular, e ali fiquei imerso até o momento em que de fato embarcamos, e eu me acomodei ao lado de Hoseok, que ao invés de me dar toda a atenção que eu precisava, abriu um LIVRO e começou a ler.

Eu o cutuquei, o vendo bufar antes de me olhar. — Estudantes de fotografia não precisam ler nada?

— Não sei, eu leio. Yaoi. — disse, e ele girou os olhos. — Devia usar essa viagem pra paquerar alguém e transar. Não sei nem quanto tempo faz da última vez que você ficou com alguém. Está se tornando preocupante.

Jung começou a fazer caretas, quais imagino que sejam imitações das minhas expressões. — Jimin! É sério que você quer me dar conselhos? Desculpe, mas você já me deu exemplos o suficiente. Você já me ajudou bastante, acredite.

Eu respirei fundo, tentando manter uma conversa sincera. — É aí que tá… acho que andar comigo não foi bom pra sua vida amorosa. Você precisa entender que eu não sou um exemplo.

— Você entendeu que não é um bom exemplo, né?

— Exatamente! — respondi, um pouco frustrado. — Eu sei que não sou um bom exemplo. Mas entenda, eu não sou um bom mau exemplo.

Ele me olhou por um tempo, antes de dizer: — Pare de tentar usar seu cérebro, Jimin, não tá funcionando.

Eu lhe dei um tapa na coxa. — O que eu quero dizer é que… nem todos os relacionamentos terminam como os meus.

— Ah, é isso que você estava tentando dizer? — zombou, voltando a abrir o livro. — Prefiro não arriscar.

Eu fiquei um minuto em silêncio, antes de concluir meu pensamento: — Nós dois somos muito diferentes. Um namoro seu nunca iria terminar como um namoro meu. Devia parar de ter medo.

— Eu não tenho medo — balbuciou. — Só me parece desgastante.

— Ah, você que sabe — terminei dizendo.

Nos próximos minutos, ficamos em silêncio, desde que ele voltou a ler e eu coloquei meus fones para escutar música, cansado de ouvir o papinho do grupo sentado atrás de nós. Quando chegamos, nosso responsável passou de aluno em aluno checando a documentação, antes de nos conduzir ao local de espera.

Quando vi a imagem do time se projetar em minha frente, eu confesso que senti um pinguinho de ansiedade, porque lá estava Kim Taehyung, usando o uniforme casual do time, de olhos fechados, headsets nos ouvidos. Gostoso pra um cacete. Mamãe e papai capricharam demais nessa fornada.

— Olha lá, olha lá, olha lá — chamei Hoseok, o forçando a enxergar Taehyung.

Hoseok esboçou uma careta. — Não acredito que vai mesmo fazer isso.

Sorri, e apanhei um caderno na minha bolsa, enquanto os alunos ocupavam lugares e cantos. Escrevi rapidamente o que precisava e entreguei o caderno a Hoseok. — Vai lá, faz essas perguntas pra ele.

— O QUÊ? — me perguntou, e sua voz ecoou no aeroporto. — Droga…! Jimin!

— Você é da equipe de jornalismo, né? — questionei. — Precisa entrevistar os jogadores.

— Não — me empurrou o caderno de novo.

— Por favor — pedi, me agarrando a ele. — Eu não vou conseguir sem você! E você é a pessoa menos suspeita para fazer isso.

— Não — repetiu. — Ele vai me achar um esquisito!

— É assim que você pretende ser um repórter? — provoquei.

— Eu não pretendo ser um repórter.

— Jung Hoseok — o olhei nos olhos. — Eu não posso ficar me arriscando. Vai parecer suspeito! Eu preciso saber exatamente o que fazer, não tenho tantas chances assim.

— Por Deus… — Hoseok soltou, fechando os olhos, e ali eu já sabia que ele faria o que eu pedi. — Não me peça mais esse tipo de coisa!

— É só dessa vez — juntei as mãos, piscando os olhos. — Prometo!

Ele apanhou o caderno, caminhando a passos duros até Kim Taehyung, que permanecia na mesma posição. Vai lá meu guerreiro, faça essa pelo seu time.

— O que o Hoseok foi fazer? — ouvi de repente, e Kim SeokJin parou ao meu lado, com um pacote de pipoca doce nas mãos.

— Testar o Taehyung — expliquei. — Eu dei algumas perguntas pra ele fazer, mas o foco aqui é analisar como Kim Taehyung reage às pessoas.

— Eu fui no mesmo ônibus que ele — me disse. — É bem calado, não se misturou.

Fazendo anotações mentais, eu vi Hoseok se aproximar do alvo, lhe dando um toque no ombro, o fazendo abrir os olhos. No entanto, ele levou um tempo para tirar os fones, deixando Jung falar sozinho por um minuto, até finalmente lhe dar ouvidos.

Hoseok não se sentou na cadeira vazia ao lado dele, porque a mochila do jogador estava lá, e ele não se preocupou em tirá-la. Kim não esboçou nada muito expressivo, mal olhou na direção do meu amigo, que permaneceu de pé, anotando as respostas dele no caderno. Mas aquilo tudo não durou nem 5 minutos, Taehyung tornou a pôr os fones de ouvido quando Hoseok ainda falava, e eu vi meu bravo jornalista voltar para mim com as orelhas vermelhas e a cara fechada. Hm, eu tô ferrado.

Me empurrando o caderno, ele passou por mim: — Boa sorte.

SeokJin deu risada, jogando mais uma pipoca na boca. — Ah, eu não acredito que tô presenciando tudo isso de graça.

Incomodado, eu me encostei em um dos pilares do local, ouvindo o som dos aviões que passavam por cima de nós, partindo e retornando.

1 - De uma escala de 1 a 10, quão animado você está para esse jogo?

R: Dois.

Mas que porra de resposta é essa Kim Taehyung?

2 - Gosta do clima da praia?

R: Sim. Mas não para um jogo.

Se me permitem dizer, eu concordo com a segunda parte.

3 - Como melhor jogador da equipe, como você lida com as investidas de outros alunos?

R: Essa pergunta não faz sentido e eu não quero responder.

Eu achei minha pergunta muito boa, tendo em vista que eu tive apenas 30 segundos para pensar nela.

4 - Você é bem popular, mas está solteiro. O que alguém precisa ter para te conquistar?

R: Como isso é importante para o jornal da faculdade?

O cara é desumilde demais. O Neymar Jr responderia.

5 - Ativo ou passivo?

R: Sai daqui.

— Okay, Kim Taehyung — murmurei comigo. — Já saquei o seu tipinho.

Mas ainda essa noite, você vai pensar em mim antes de dormir. Eu te garanto.

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no próximo tem coisa boa ein gente

Me diga o que achou!

Hoje é aniversário do Guinho 😭💕

Vote e comente antes de ir embora e volte pra mais!!

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