Primeira Vez
" Amiga, família, namorada, você é tudo isso. É a pessoa que eu amo."
- Primeira vez, amor.
Dylan
No período da tarde, mando uma mensagem para Lucas no whatsApp, perguntando a ele o que havia sido aquilo mais cedo no colégio. " Cara, você beijou o Márcio para fazer com que as pessoas parassem de pensar que eu traí a Melinda? Ou você o beijou porque está a fim dele? Me explica, não estou entendendo nada."
Ele respondeu logo em seguida. " Foi pelos dois motivos, eu queria te ajudar e ao mesmo tempo queria beijá-lo."
" Como assim? Eu pensei que você só gostasse de garotas, você nunca comentou sobre gostar de meninos também. Você gosta dele desde quando?"
" Eu também gosto de meninos, descobri isso recentemente, eu estava nutrindo sentimentos a mais pelo Márcio já faz um tempo, mas por ele ser meu amigo, nunca comentei nada e eu não sabia que ele era gay, se eu soubesse teria investido antes."
" Eu entendo o Márcio esconder isso, porque ele sempre foi mais fechado, mas você... Lucas, você sempre falou de tudo e muito mais, deveria ter nos contado antes. Pelo menos que gostava de meninos".
" Foi justamente por isso que eu nunca falei nada, eu sempre contei sobre as garotas que eu ficava, falar que eu estava gostando de um menino... Acho que vocês não iriam acreditar ou sei lá... Acharem estranho."
" Não seja bobo Lucas, jamais iriamos te tratar de forma diferente, mas agora o Márcio deve estar com a cabeça a mil... Por isso você estava tão incomodado do Márcio ter me dado aquele selinho... Lá na quadra quando você perguntou se eu gostei, estava com ciúmes é?"
" O garoto que eu gostava havia beijado meu amigo, como não ficar com ciúmes? E afinal, Márcio também é emu amigo, isso é um saco, não quero perder a amizade dele... E ele gosta de você, não de mim."
" Vocês dois ainda não conversaram depois daquele beijão? O que rolou na diretoria?"
" Não conversamos, ele tem me evitado, nem olha nos meus olhos. Chamaram nossa atenção, disseram que não podíamos nos beijar tão apaixonadamente na frented e todos do colégio, sendo que já cansei de ver menino beijando menina na escola... Mas um beijo gay deve ser algo horrível... Eu não contei sobre o que estava acontecendo porque eu pude notar que o Márcio já estava muito envergonhado por estar na direção por causa do nosso beijo."
" Poxa, que tenso cara, mas não liga, nem todos pensam com a cabeça tão fechada assim, o Márcio precisa de tempo e eu acho que você deveria tentar conversar com ele, pessoalmente ou por mensagem, mesmo que seja para dizer que gosta dele."
" Do que adiantaria? Ele gosta de você, não de mim."
" Mas ele correspondeu ao seu beijo, então, pode ser que ele tenha ficado mexido com isso."
" Talvez ele tenha correspondido por pena."
" Ninguém corresponde a um beijo por pena, amigo, ele gostou."
" Será? Ah... Não sei, mas você está certo, irei mandar uma mensagem, obrigado amigo, te conto os detalhes depois."
Eu realmente não imaginava e nem percebi que meu amigo Lucas estava a fim do meu amigo Márcio, do mesmo jeito que não percebi que meu amigo Márcio estava a fim de mim. Acho que eu realmente não sou muito esperto.
Vou a casa de Melinda ao anoitecer, ela me recebe com um sorriso que a deixava fofa e sexy ao mesmo tempo. Ela pega na minha mão e me puxa, em seguida fecha a porta de casa, vejo seu pai e sua madrasta na sala, vou até os dois e os cumprimento.
Seu pai sorri ao me ver e começa a conversar comigo, ficamos 1 hora conversando, até que Melinda intervém.
- Pai, posso roubar o Dylan um pouco?
- Oh... Desculpa, não percebi quanto tempo estou falando aqui, eu te amolei, garoto? - ele diz, todo sme jeito.
- Claro que não, o senhor nunca me amola, eu adoro conversar com você, é como conversar com meu pai, sabe, meu pai mora na China... Sinto muitas saudades de uma figura paterna. - admito.
Ele sorri. - Entendo... Que bom que você gosta de conversar, claro, podem ir namorar um pouco, mas tenham juízo, viu?
- Pai... - Melinda reclama.
- Não faremos nada demais, senhor. - falo, sorrio de forma envergonhada e sigo Melinda até seu quarto.
Ela tranca a porta do quarto, me deixando surpreso. - Melinda... Seu pai pode achar ruim que você tenha trancado a porta.
Ela sorri e segura a minha cintura. - Ele nem vai subir aqui, e ele confia em você, meu namorado perfeito.
- Namorado perfeito? Eu? Bem que eu gostaria de ser...
- Você é, não percebe? Parece que você veio de dentro de um dorama, é um verdadeiro princípe, como um protagonista masculino de qualquer dorama fofo. - ela fala e sorri gentilmente.
- Sério? Você acha mesmo que me pareço com aqueles galãs de doramas?
- Claro, lindo, sexy, fofo, e com uma personalidade de deixar qualquer garoto com inveja, sabe o quão sortuda eu sou por ter te encontrado? Nem eu acredito que você é real ás vezes...
- Eu sou real, os garotos do Brasil te decepcionaram muito não é? Por isso você se apaixonou por um garoto asiático?
- Confesso que sua aparência física foi a primeira coisa que me chamou a atenção de inicio, mas... Quando te conheci, eu vi o quão encantador você é.
- Fico feliz que você tenha gostado de mim, porque eu já nutria sentimentos por você antes de você me notar. Mas... Não sou tão perfeito como acha, eu tenho minhas falhas e... - eu dizia, até ela me interromper com um selinho.
- Não importa, comigo você nunca falhou. - ela diz, sorri e então tira sua blusa.
- Melinda... O que está fazendo? Não podemos... Vista-se. - eu falo, entregando a blusa a ela.
Ela ri e coloca sua mãos por de baixo da minha blusa, subindo com o carinho até meu peito. - Eu quero isso, eu quero você, nós dois essa noite. - ela diz com a voz baixa e rouca.
- Não... Não faça isso... Não quero que faça isso sme ter certeza. Sei como se sente sobre...
- Eu realmente quero Dylan, preciso de você, nunca tive tanta certeza de algo assim, eu tenho proteção se é isso o que te preocupa.
- Mas seu pai está lá em baixo... E se ele ouvir ou desconfiar?
Ela ri de novo. - Não vamos fazer barulho. - ela diz, então, tira seu short, a olho por alguns segundos só de trajes intimos e sorrio, ela caminha até mim e me ajuda a me despir, a levo até sua cama e a deito, beijando-a intensamente e depois descendo por seu corpo, ela segurava firme em minhas costas nuas, nos despimos dos trajes intimos e usei a proteção, sentimos nossos corpos se tocarem e se unirem, foi a minha primeira vez fazendo aquilo, eu estava nervoso, mas ela soube fazer com que tudo fosse muito natural, e eu amei cada detalher de seu corpo, assim como ela amou cada detalhe do meu. Fizemos muito esforço para não fazer barulho, não queríamos que nos descobrissemos. Quando terminamos, suas mãos estavam unidas as minhas e ela sorriu ao beijar a ponto do meu nariz.
- Estou tão feliz que isso aconteceu, sabe, que fizemos amor... Foi lindo, é como se fosse a minha primeira vez. - ela confessa, me olhando com carinho.
- Gostou mesmo? Foi a minha primeira vez... - acabo confessando. Mas ela ri, não esboça nenhuma surpresa.
- Eu já imaginava... Você sempre foi muito respeitador, sempre desconfiei de que fosse virgem. Mas você foi excelente, eu amei muito. - ela diz, e se joga em cima do meu corpo nu novamente.
Sinto uma onda de calor invadir meu corpo novamente. - É melhor nos vestirmos... - digo, tentando tirá-la de cima de mim.
- Podemos fazer de novo, se quiser. - ela diz, enquanto acariciava meu abdômen. Aquilo foi muito tentador, mas eu não queria estragar as coisas, e se o pai dela acabasse desconfiando ou nos escutando? Seguro em seus ombros cuidadosamente e a afasto de mim, levanto e começo a me vestir, ela continua nua, me olhando com uma expressão emburrada, tento não olhá-la e só continuo me vestindo. - Se vista, não quero estragar as coisas com seu pai. - eu digo.
- Não seja careta, estou aqui nua para você, por que só não aproveita? - ela diz e caminha até mim, tento controlar a minha respiração ao vê-la sem roupa e não poder tocá-la.
Ela sorri maliciosamente e coloca seus braços em volta do meu pescoço. - Tem certeza de que vai reusar? Meu pai não vai nos escutar, somos bons em fazer silêncio... - ela termina a frase e beija meu pescoço, estava no meu limite, mas resolvo afastá-la ainda assim.
- Já fizemos, não precisamos ir para uma segunda rodada. Vamos deixar para o futuro... - falo, e entrego suas roupas a ela, a mesma bufa, mas se veste a contragosto.
- Amanhã?
- Não, Melinda, mais para o futuro...
- Por quê? - ela insiste, olhando para mim como se eu fosse um ET.
Sorrio timidamente. - Porque somos menores de idade, perante a lei e aos nossos pais somos considerados crianças, e não devíamos ter feito isso, eu fui fraco. Foi lindo e muito bom, só que o sexo na nossa idade traz muitas consequências, como gravidez, traumas psicológicos e muito mais... Sei que nos cuidamos, e que nos amamos, só que mesmo usando proteção, sempre tem o risco da gravidez, e como você já passou por um relacionamento tóxico, que ele te pressionava a transar... Eu tenho medo de que sem querer eu esteja fazendo o mesmo com você. Ou que sua paixão por mim esteja te induzindo a se entregar antes do seu tempo, sabe, ás vezes você pode achar que está preparada, mas não está. Não quero que nossa relação te cause mais traumas. Eu não me importo em te esperar, Melinda, só que ás vezes é dificil para eu poder me controlar e eu sei que precismaos ter cautela quanto a nossos atos, não quer estragar nosso namoro. - termino de dizer, era tudo isso o que eu pensava e o que estava me incomodando, eu esperava que ela me entendesse.
Se eu seguisse as minhas vontades, faríamos sexo quase todos os dias, só que precisamos saber nos controlar e pensar antes de cometer qualquer coisa que venha nos prejudicar no futuro, que venha nos fazer mal de corpo e alma. Adolescentes nunca pensam com a razão, é sempre como a emoção e com os desejos, mas não podemos ser assim sempre, Melinda era importante demais para mim.
Ela sorri de lado e toca meu rosto com sua mão direita. - Eu entendi tudo o que você disse e eu concordo com você em relação a isso, só que eu quero que você saiba que a minha relação com o Eduardo foi totalmente diferente do que é a minha relação com você agora. Ele nunca pensou no meu bem estar, como você está fazendo agora, como você sempre fez comigo, e eu não quero que você ache que você me induziu a algo ou que meu amor por você me induziu a isso, tá, de fato o amor que eu sinto por você é um dos grandes responsáveis por eu te querer de corpo, só que eu quis isso, eu senti vontade de ter seu corpo no meu, eu fiz de tudo para conseguir isso, e eu entendo que somos jovens demais e menores de idade e que ter uma vida sexual ativa pode trazer sérios problemas na nossa idade, eu sei disso... Mas o que aconteceu com nós dois neste quarto foi tudo maravilhoso para mim, mas eu vou te respeitar e também vou tentar respeitar as minhas limitações. Eu amo você e amo o quanto você é um fofo, e cavaleiro, sua mãe te criou bem Dylan. - ela diz, sorri e beija a ponta do meu nariz.
Suspiro aliviado, era bom saber que ela havia entendido meus pensamentos. - Eu te amo Melinda, minha primeira vez foi incrível, quero que saiba disso. - falo e beijo sua testa.
- Eu sei... Eu vi em seu olhar...
Sorrio um pouco envergonhado, mas a puxo para um abraço. Ficamos assim durante alguns segundos, até eu me despedir ir embora. Para a minha sorte, quando fui embora não esbarrei com o pai de Melinda pela casa e nem com sua madrasta, eu não sei se eu saberia agir normalmente na frente dele caso ele perguntasse algo... Naquela noite eu fui embora com um sorriso estampado em meu rosto que continuou até a manhã seguinte.
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