52
Isabel
Verifico novamente minha roupa novamente.
Embora ninguém tenha dito a Bella com quem iremos sair, está óbvio que ela sabe, principalmente quando minha mãe perguntou justamente a ela se a roupa estava boa.
_ branco e azul? Verde sempre fica bom em você _ minha mãe diz me vendo pronta.
_ quero variar um pouco, sempre uso verde ou amarelo_ resmungo tentando controlar a ansiedade _ está tão feio assim?_ questiono pronta para trocar de roupa.
_ não, está linda, minha filhota sempre está linda, mas verde realça sempre sua beleza _ diz e eu ergo os sobrancelhas pegando uma regata verde escura.
_ com licença?_ peço e ela me dá espaço.
Com um casaco branco, uma calça jeans e uma blusa verde minha mãe aprovou minha roupa batendo diversas palmas.
Meu pai tinha uma carranca nos vendo sair de casa como se fossemos suas filhas mais novas indo para a primeira festa de noite.
_ acho que vou desmarcar, Bella ficará mal_ digo rapidamente em frente a casa pronta para pegar meu celular.
_ filha, vamos lá, é importante se importar com sua irmã, mas você tem que se colocar em primeiro lugar as vezes_ diz e eu sorrio coçando a nuca _ queixo erguido, sorriso confiante, cabelo para o lado e ombros para trás _ me corrige mexendo em meus cabelos.
_ eu gosto dele separado_ resmungo tentando arrumar.
_ porque não amarra? Aparece mais seu rosto, você fica tão linda de cabelo preso_ diz e eu respiro fundo nervosa.
_ estou feia?_ questiono pronta para fazer o que ela disse.
_ está linda, eu que estou nervosa, desculpa _ pede.
O grande jeep de Emmett parou em frente a casa, e de lá, desceu o grande homem vindo até nós em passos largos.
_ oi, meu amor_ diz pegando meu rosto em suas mãos onde ele deixa um beijo castro em minha testa_ olá, Reneé_ diz dando um abraço apertando em minha mãe.
_ então? Vamos?_ questiono apressada com medo de Bella o vê-lo.
Seguimos para o carro, Emmett ajudou minha mãe entrar no banco de trás e a ajudou a colocar o cinto.
_ parece cinto de cadeirinha de criança, eu vivia me batendo com esses quando colocava em vocês quando eram pequenas_ resmungou se ajeitando no banco.
Bato no ombro de Emmett quando ele pega na minha bunda fingindo me ajudar a subir no enorme carro.
_ onde vamos?_ minha mãe questionou quando todos já estavam no carro.
_ em um restaurante que gosto muito _ respondeu prontamente de forma educada como um perfeito genro.
_ bom... vocês estão se cuidando, não é?_ questionou me fazendo engasgar sozinha tendo um coro de risada de ambos.
_ mãe!? Eu já não te respondi isso?_ questiono brava.
_ sim, mas do que adianta vc se cuidar e ele não? Há muitos homens que dão golpe da barriga_ dou risada sentindo meu rosto esquentar.
_ não há o que se preocupar Reneé _ Emmett diz e minha mãe estreita o olhar no retrovisor me observando.
_ então? Qual suas intenções com minha filha?_ questionou e olhei torto para ela pelo retrovisor.
_ as melhores possíveis, casamento e mais coisas, lógico que se ela aceitar, é claro_ respondeu cordial mantendo o olhar na estrada.
_ e você quer ter filhos?_ travei no lugar tendo meus olhos cravados nele, sei que isso deve ter o deixado desconfortável.
_ah... uma criança é sempre bom, o corpo é da Bel, se ela quiser ter estarei ao seu lado dando apoio, mas não posso concordar se quero ou não, sendo que não serei eu a carregar a criança, a única coisa que tenho certeza é que quero sua filha para o resto da vida_ olhei para o teto tentando controlar a vergonha.
_ ah!... Que amor_ levo as mãos ao meu rosto tentando me fundir ao carro.
O restaurante finalmente chegou depois de uma longa interrogação vergonhosa.
Emmett como um completo cavalheiro me ajudou a sair do carro e ajudou minha mãe se livrar do cinto-de-segurança.
Seguimos para o restaurante muito bonito e aconchegante, as luzes são amarelas e as cadeiras são substituídas por bancos de couro marrom, em cada mesa há uma vela e os garçons rodam para cima e para baixo cuidando dos clientes.
Emmett nos guiou até uma mesa mais afastada com banco em formato de C fazendo nós dois ficarmos próximos e minha mãe afastada de nós, já que ela se esgueirou até a ponta para ler o cardápio e encher o garçom de perguntas.
_ eu pago a minha parte e da minha mãe _ digo baixinho para minha mãe não ouvir.
_ eu nem vou comer, relaxa, eu pago, eu sempre pago_ diz dando os ombros passando o braço em volta de mim pousando sua mão em minha cintura.
_ você paga só para mim, eu e minha mãe vamos sair caro_ digo dando uma rápida olhada no cardápio vendo que o preço é um pouco salgado.
_ esqueceu que eu sou de uma família rica_ diz e eu torço os lábios brava.
_ então você paga_ resmungo um tanto mais contente.
Embora eu nunca tenha me importado dele pagar as coisas, é minha mãe, eu tenho que cuidar dela.
_ me deixe ser um bom genro, guarde esse dinheiro e leve ela para almoçar junto com a Bella _ sugere e eu concordo sabendo que aquela era a melhor decisão.
_ oh! Tem lagosta, adoro lagosta_ ela comenta se arrastando até meu lado para mostrar o cardápio.
_ pode pedir o que quiser mãe _ digo e ela sorri pedindo para ela e para mim também.
Emmett pediu um prato mais simples, uma sopa de cogumelos.
E claro.
Um vinho para acompanhar.
Para eles, já que eu pedi um suco de laranja.
O jantar rendeu muitas risadas e muitas caretas já que eu nunca tinha comida um bicho tão feio, é gostoso, mas é muito feio.
Após um jantar muito vergonhoso com lembranças velhas do meu primeiro amor no fundamental, o jantar acabou.
Agora estou em frente ao restaurante com Emmett, minha mãe foi ao banheiro.
_ está tão bonita_ diz deslizando as enormes mãos pelo meu rosto.
_ estou como sempre_ retruco dizendo a verdade.
_ para mim não, toda vez que eu te vejo é como se eu me apaixonasse de novo, como se eu visse o amor da minha vida pela primeira vez, como se todas as vezes rolasse o amor a primeira vista_ diz e eu desvio o olhar envergonhada.
_ eu sei disso_ digo baixinho abraçando seu corpo.
_ eu quero tanto te beijar e tirar suas roupas, me sinto um adolescente à flor da idade _ diz e eu dou risada erguendo o rosto.
Dou-lhe um leve beijo nos lábios o impedindo de me tocar.
_ lamento, vai ter que esperar_ digo a verdade e ele torço os lábios como uma criança birrenta.
_ não posso tirar nem uma casquinha?_ questionou e eu dei risada afastando suas mãos da minha bunda.
_ me desculpa, docinho, vai ter que esperar_ digo e ele revira os olhos.
_ vou entrar em abstinência, já posso até virar padre!_ diz e eu dou risada o imaginando como padre.
_ eu acho que ia ficar muito bem, muito atraente_ digo e ele sorri me abraçando.
Mas como o que é bom dura pouco, minha mãe logo chegou falando alto e elogiando o quanto os banheiros daqui são limpos.
A noite foi boa, muito boa...
Desculpa qualquer erro ortográfico
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