Os preparativos para o festival esportivo já tinham começado, os treinos estavam mais pesados e estamos tendo mais aulas práticas do que teóricas.

Eu também estava fazendo uma rotina mais pesada, toda manhã eu saia para correr e depois me exercitava do lado de fora.

A semana tinha passado rápido e hoje já era sexta feira. Como de costume nessa semana, me levantei, fiz minha higiene, coloquei uma roupa de treino, um tênis e fiz um rabo de cavalo.

Desci para a área social que estava vazia e sai para poder correr, mas antes que pudesse, acabei achando Midoriya se alongando perto da escada.

S/n: bom dia Midoriya, caiu da cama de novo?

Ele me olhou assustado, pois não tinha me visto chegar.

Midoriya: ah bom dia S/n... - ele respirou fundo se recuperando do susto.

S/n: te assustei? - perguntei rindo.

Midoriya: um pouco.  - ele sorriu.
S/n: eu estou indo correr, quer ir junto?

Midoriya: eu estava me alongando para correr,  então sim.

S/n: vamos!

Eu e ele saímos juntos para correr e enquanto corríamos o dia ia clareando.

S/n: e aí?  Animado para o festival amanhã?

Midoriya: muito... E você?

S/n: confesso que estou com medo de ter que usar minhas outras individualidades... Principalmente a terceira.

Ele me olhou com pena, ele já tinha visto minha individualidade em ação na parte de proteção e viu como era fácil perder meu controle com ela.

Midoriya: sua individualidade é interessante, mas realmente parece complicada de entender. Principalmente a parte destrutiva que você ainda não mostrou para ninguém.

S/n: a parte destrutiva é um pouco mais complicada... - respirei fundo antes de falar - essa individualidade funciona conforme minhas emoções, se eu estiver com qualquer sentimento negativo meu lado destruidor ativa e eu posso matar ou machucar alguém, se eu estou com sentimentos negativos eu posso criar campos de força quase indestrutíveis, e também tem o medo, que faz eu criar o campo de força em mim mesma.

Midoriya: eu entendo o seu medo, mas como uma heroína pelo menos o escudo seria bom você usar.

S/n: mas até mesmo o escudo pode me machucar, você lembra quando treinamos juntos?

Midoriya: claro! - ele ficou todo vermelho. - como poderia esquecer...

Na hora entendi que não era no treino que ele estava pensando.

S/n: ei, relaxa. - dei risada - o que aconteceu é normal, não precisa ficar com vergonha de mim.

Ele tentou sorrir, mas ainda estava com muita vergonha. Continuamos andando até chegarmos no prédio dos dormitórios novamente.

Entramos e subimos juntos no elevador. Quando chegamos nos despedimos e cada um foi para o seu dormitório.

Assim que entrei tirei a roupa da corrida e tomei um banho quente, quando terminei, me arrumei para a aula e desci novamente para a área social.

Dessa vez alguns já estavam acordados.

{Quebra de tempo}

Estávamos conversando sobre o festival, que já tinha virado rotina antes das aulas.

Estavam todos conversando normalmente até que meu nome saiu na conversa.

Uraraka: e você S/n? Vai usar todas as individualidades ou só uma?

S/n: bom... Eu...

Bakugou: se for lutar contra mim é melhor que use todas - a voz de Bakugou soou pela sala me interrompendo - se quiser subestimar esses idiotas eu não ligo, mas a mim você não vai subestimar.

S/n: se eu usar ou não, não estaria te subestimando Katsuki. - disse confiante. - ninguém é obrigado a usar tudo o que tem.

Nessa hora vi Todoroki sorrir, um sorriso pequeno, mas visível.

Bakugou: tanto faz!

Aizawa finalmente chegou e as conversas acabaram.

Nas aulas foi tudo tranquilo, e na hora do almoço a cantina estava cheia, então peguei minha comida e fui para a árvore onde ficava as vezes.

Estava comendo quando vi uma sombra conhecida e o cheiro também não me enganava, ele queria me dar um susto, tentativa completamente fracassada com o cheiro de seu perfume inconfundível.

Comecei a abanar a calda lentamente só esperando o que ele iria fazer, então uma fita veio em minha direção mas pulei antes e ela acabou grudada na árvore. Assim que escapei com movimentos rápidos subi na árvore e vi Sero me procurando com os olhos, mas sem olhar para cima.

Em silêncio desci atrás dele e o surpreendi o deitando no chão de costas para cima e me sentando em cima dele prendendo suas mãos atrás das costas.

S/n: achou mesmo que ia me assustar príncipe da Pérsia? - tinha dado esse apelido a ele depois de descobrir que ele gostava desse filme. - esqueceu que tenho áudio e olfato aguçados o bastante para sentar você chegando?

Sero: ok você me pegou, eu me rendo. - ele admitiu rindo e eu o soltei.

S/n: o que queria? - disse me sentindo perto da árvore novamente.

Sero: te chamar pra relaxar um pouco - ele se sentou ao meu lado.

S/n: relaxar? Como?

Sero: não sei... O que você gosta de fazer?

S/n: ah muitas coisas... Depende do dia. Mas por que?

Sero: porque eu reparei que você está meio tensa por causa do festival.

S/n: ah isso todo mundo tá.

Sero: é, mas eu tô afim de ajudar você então... Vamos sair hoje a noite? Hoje é sexta feira e...

S/n: eu aceito - o interrompi. - pra onde vamos?

Sero: é surpresa princesa.

S/n: hmm... ok! Me surpreenda!

Sero: pode deixar. - ele se levantou e piscou para mim antes de sair.

Terminei meu almoço e já fiquei ansiosa pra saber o que Sero estava aprontando para me ajudar a "relaxar".

 
Continua...