Vamos tentar
Hi baby gays!!
No dia seguinte, Minho acordou com a cabeça doendo de tanto dormir. Já eram por volta de uma e meia da tarde, mas era compreensível já que foram ao nascer do sol e ainda passou para deixar jisung em casa. Ele levantou da cama e precisou tomar um banho para se livrar daquela sensação de corpo pesado, e enquanto a água quente escorria por seu corpo, sua mente o levou de volta até a noite passada, se lembrando de cada momento com carinho e cada sorriso lindo que jisung direcionou para si. A noite toda foi perfeita, ficaram juntos como um casal e o Han pareceu à vontade mesmo com todos por perto, porém, Minho era muito paranoico e logicamente, se lembrou de um pequeno detalhe que simplesmente o desestabilizou.
Ele pediu jisung em namoro…
Não era segredo para ninguém que era apaixonado pelo Han e já havia dito isso para ele, mas como sempre procurava algo para se preocupar, acabou se arrependendo muito do que falou na noite anterior. — eu pressionei ele, não deveria ter feito isso. - era o que pensava, e depois ficou por horas com uma dúvida. — Será que mandou mensagem e digo que foi brincadeira? Ah, ele vai voltar a me odiar, sou um idiota!! Por que você tinha que estragar tudo, Lee Minho!!!
Seu nervosismo e vergonha só piorou depois que pegou o celular e viu as postagens do Han durante a madrugada. Não era nada demais, só um emoji envergonhado e não tinha nada dizendo que era por sua culpa, mas mesmo assim, acabou tomando para si e aquilo o fez se contorcer de raiva de si próprio.
Ele ficou bons minutos encarando as mensagens de jisung sem saber o que responder. Será que estava tudo bem? Será que estava bravo? Chateado? Foi muito inconveniência de sua parte? Talvez! Mas não tinha certeza de nada e não conseguia pensar em alguma forma de escapar daquele problema que criou sozinho. Problema esse que talvez nem existisse, mas era Lee Minho e ele não precisava de motivos para ficar paranoico quando o assunto era Han Jisung. Demorou mais alguns minutos e no fim ele acabou criando coragem para responder… Na verdade ele foi intimado a responder, porém isso não importa.
Quando Minho chegou a casa da família Han, se deparou com jisung sentado na calçada. Ele parecia distraído cutucando algumas pedras no chão e ao notar sua presença, se levantou todo sorridente, abrindo os braços para si de uma maneira muito fofa. Mesmo envergonhado e sem jeito, o Lee se aproximou, envolvendo o mais novo em um abraço apertado e eles sussurram um “Oi..” com sorrisinhos bobos ameaçando escapar.
Assim que se separaram, jisung juntou as mãos em frente ao corpo, balançando de um jeitinho nervoso, porém, ainda sorria tranquilo. — Mi, sobre ontem…
— Esquece aquilo - Minho foi rápido em interromper. Vejam bem, eram duas e meia da tarde, cedo demais para tomar um fora. Na verdade achava melhor nem ouvir.
Aquilo pegou jisung desprevenido, ele juntou as sobrancelhas e inclinou a cabeça para o lado com uma expressão confusa e ao mesmo tempo adorável. — Por que? Você não gosta mais de mim?
— Gosto! Gosto muito de verdade, eu sou apaixonado por você, hanji, mas não queria te pressionar. Me desculpe se te deixei desconfortável com a minha insistência…
— Bom, não tem problema, min. Eu ia dizer que pensei bastante essa noite... Hm, eu estou pensando na verdade.
— Sério? - perguntou surpreso e o Han concordou com a cabeça. — E vaii demorar muito pra chegar em uma conclusão?
— Seu pedido tem prazo de validade ?
— Não.. quer dizer, na verdade tem sim. - Minho disse determinado. — Eu não quero ficar esperando pra sempre. Sem pressão, mas você tem que entender meu lado, então me dê uma resposta antes de se mudar.
— Isso é sem pressão?
— É… eu tô esperando a minha vida toda já, por favor, acaba logo com o meu sofrimento, Hanji
— Ok, ok mi, eu vou pensar mais rápido.
— Obrigado. - O Lee murmurou ficando em silêncio por alguns segundos e logo voltou a falar. — Se a resposta foi não, pode me bloquear
— OQUE?! Por que?!
— Se você me rejeitar, vou ter que sair pra beber com os meninos e provavelmente vou fazer besteira. Eu não quero mais passar vergonha na sua frente, Hanji, nem por ligação
— Isso é por pressão
— Só estou te avisando antes, mas você é quem sabe, só não reclame quando eu te ligar de madrugada chorando por você ter quebrado meu coração.
Jisung deu uma gargalhada, pois era quase impossível levar ele a sério, então se aproximou novamente, entrelaçando os braços em volta do pescoço do mais velho e formou um biquinho nos lábios para juntar aos deles, porém, quando estava bem pertinho, Minho desviou. — Que isso? Não quer me beijar?
— Quero muito
— Por que desviou então? - tentou novamente e Minho desviou de novo, assim como os olhos para evitar a tentação de olhar para a boca de jisung. — Por que tá fazendo isso, mi?
— Não posso te beijar
— Por que não?
Minho deus dois passos para trás, tentando se manter em uma distância segura daquele beijoqueiro. — Se eu ficar te dando os privilégios do namoro antes de namorar, você vai me enrolar e nunca aceitar namorar comigo
— Isso não é verdade
— Eu prefiro não arriscar. Eu te beijo quando me der a resposta certa.
— Mi, você nem sabe se eu vou aceitar e acha que me negar beijos vai me fazer mudar de ideia?
— Eu sou otimista, e sei que também gosta de mim
— Não vai mesmo me beijar? - o Han perguntou com um biquinho chateado.
— Não mesmo , mas você pode mudar isso agora se me der uma resposta positiva.
— Eu disse que tô pensando, Minho.
— Então vou pensar se te beijo ou não
— Idiota. - O Han resmungou rindo e eles entraram para almoçar.
Naquele dia, jisung não corrigiu os pais nenhuma vez quando insinuaram que os dois estavam namorando e aquilo pareceu um bom sinal para Minho. Ele se manteve firme na promessa de não beijar, mesmo quando foram para o quarto e o Han fez de tudo para provocá-lo, com aquele biquinho em sua direção o tempo todo, tentando trocar um beijinho por alguma sobremesa, até pudim, porém o Lee seguiu firme, estava determinado, porém, como todo heroi tem sua fraqueza, ele também acabou deslizando e sofreu um golpe baixo, quando se deu conta, já havia sido jogado contra o colchão e o Han estava sentado em cima de si, imobilizando suas mãos. — Me dá um beijinho, mi?
— Naaooo, saaii - resmungou se debatendo e aquilo só fez jisung rir ainda mais. Ele se aproximou, deixando os rostos tão perto que os lábios se tocaram de leve. — Não faz isso, não me beija, eu não quero.
— Nem se for pra comemorar o nosso namoro?
— Não. Pode sair - O Lee falou firme sem nem prestar atenção no que ele havia dito. Manteve os olhos fechados com força, contorcendo o rosto e a boca para não encostar na do outro, ele só abriu os olhos quando ouviu jisung gargalhar mais uma vez. — O que foi?
— Você não quer mais namorar comigo?
— O que?! Eu quero sim
— Então me beija pra gente comemorar - sussurrou bem baixinho no ouvido do Lee e voltou a encará-lo. — Vamos tentar?
— É sério?
— É Minho, você quer ou não? Tá me estressando já. Não começa a dar tilt que você me confud…- Ele não conseguiu terminar de falar, pois Minho foi rápido em inverter as posições e colar os lábios de um jeito desesperado, enchendo o rosto dele com uma porção de beijinhos, que fez jisung voltar a rir de tanta fofura.
Era oficial, finalmente estavam namorando, namorando de verdade depois de tantos anos confusos de muita discussão e provocações. Minho se sentia realizado, tanto que seu rosto congelou em um sorriso por dias, parecia o coringa de tanto que ria e seu humor era ótimo o tempo todo. Ele e jisung conseguiram ficar ainda mais colados do que antes, passavam quase os dias inteiros juntos, às vezes até a noite, quando não dormiam na casa um do outro, ficavam trocando mensagem ou em ligação por toda a madrugada e assim que acordavam, já corriam para se encontrarem. Um típico casal chiclete, mas nada que já não fosse esperado, pois nunca passaram muito tempo longe um do outro de fato, até quando brigavam na infância, ainda eram obrigados a conviver juntos.
Jeongin e Seungmin fizeram uma festa depois de jogar na cara do Han o quanto estavam certos, assim como Changbin e Hyunjin, que como sempre, encontravam algum jeito de zombar do amigo, Felix então, estava nas nuvens e até pediu para ser adotado pelo casal, então em geral, todos ficaram muito felizes com a notícia, mas nada que já não esperassem também. O pai de Minho foi o mais feliz de todos, ele até queria convidar os pais de jisung para um jantar querendo unir as famílias, mas o Han achou um exagero, até porque, estavam namorando a menos de uma semana, porém, quando chegou a casa da família Lee, seus pais já estavam lá e foi a vez de Lee Dongwook chamar a matriarca Han de bochechuda e cara de esquilo. Todos ficaram muito amigos depois daquilo e agora os dois não poderiam terminar nunca mais.
…
Aquele mês de férias passou muito rápido, tempo sempre foi inimigo dos amantes, ele corria toda vez que estavam juntos, mas Minho e jisung tentaram aproveitar ao máximo cada segundo juntos, até o tão temido dia de se separarem chegar. Infelizmente, não havia nada que pudesse fazer para adiar a despedida, porém, Minho tentou e assim como prometido, estava determinado a levar o namorado até o campus da universidade, assim, além de ter algumas horas extras, também poderia conhecer o lugar onde ele iria morar e estudar.
A despedida dos amigos foi bem dramática como costumavam ser, jeongin e Seungmin apareceram na porta da casa da família Han chorando, com presentes em mãos e promessas de que iriam se encontrar nas férias de qualquer maneira. Jisung não sabia muito bem como se sentir naquele momento, pois, por um lado estava feliz por ir atrás de seus sonhos e por outro, era como se nada daquilo fizesse mais sentido.
Estudar longe era seu sonho por um motivo e esse motivo agora era um dos motivos para querer ficar. Ele e Minho estavam se dando tão bem, cuidavam um do outro, se conectaram com tanta facilidade que parecia que sempre foi assim e agora que estavam bem e juntos, precisavam se separar. Com certeza era karma, por ter desejado se livrar dele muitas vezes.
O caminho até a província de Gangwon foi silencioso em sua grande parte, pois Minho não conseguia falar, precisava manter seu foco em segurar a vontade de chorar, pois não queria deixar jisung ainda pior e o Han se sentia da mesma forma, pois tinha certeza de que se abrisse a boca, voltaria a chorar na hora. O rádio tocava baixinho, mantendo um som ambiente além do barulho do vento e hora ou outra, eles buscavam o olhar um do outro, porém, nenhum queria encarar de verdade, então fugiam.
— Tô com medo... - Jisung finalmente murmurou algo depois de quase uma hora de viagem. Ele olhava fixamente pela janela e tinha o lábio inferior preso entre os dentes.
Minho engoliu seco, pois não sabia se estava pronto para dizer alguma coisa sem chorar, ele apertou os lábios, suspirou e tocou a coxa dele com uma das mãos. — Não precisa disso, você vai se sair bem, vai se adaptar rapidinho e fazer novos amigos.
— Será mi? Eu não sei se consigo… não quero ficar longe de vocês
— Não é definitivo, vamos nos ver nas férias.
— Mi, você entendeu
— Eu entendi - mais um suspiro e ele olhou brevemente para o namorado, que continuava com o olhar perdido na janela. — Vai ser bom pra você conhecer pessoas novas, Hanji. Tenta e se não der certo, pede transferência para a universidade de Seul, todos vão estar lá te esperando.
…
Mais duas horas de viagem e finalmente chegaram à província de Gangwon. Minho ajudou o Han a tirar as coisas do carro e levaram tudo para o quarto indicado no dormitório masculino. O local era até que bem aconchegante, apesar de ser pequeno. tinham dois guarda-roupas pequeno, uma escrivaninha e duas camas, mas uma delas já estava ocupada, pois o colega de quarto de jisung também estava fazendo sua mudança, mas não estava lá no momento.
Os dois aproveitaram para dar uma volta pelo campus e jisung foi fazendo uma nota mental de onde ficava cada prédio importante para não se perder no primeiro dia de aula. As pessoas de lá pareciam legais, tinham vários alunos novos se juntando em rodinhas de conversas e tocando música e o Han foi ficando um pouco mais tranquilo e até falou com alguns que descobriu ser de sua sala.
Minho ficou com ele até o finalzinho da tarde, o ajudou a organizar as coisas no quarto, se apresentaram para os colegas do dormitório, se informou sobre as aulas e professores do Han, tudo para que ele se sentisse melhor e quando chegou a hora de ir embora, trocaram um abraço de longos minutos no estacionamento. — Boa sorte, Hanji
— Eu não quero que vá embora, min - resmungou com um biquinho choroso e segurou o rosto dele para encher de beijinhos. — Vou sentir tanta saudade
— Eu também vou morrer de saudades, mas vou ficar torcendo pra dar tudo certo. - eles trocaram um beijo quase amargo pelo gosto da despedida e sem perceber, já estavam chorando, tentando limpar as lágrimas um do outro. — Fiz um presente pra você se lembrar de mim. - Minho contou e tirou uma pulseira do bolso. — Não sei se ficou bom
— É linda,mi! Eu adorei, muito obrigado. - ele estendeu o braço esperando que o outro colocasse a pulseira em seu braço e sorriu repetindo o ato com ele. — Ficou lindo de casalzinho, rosa e verde igual ao Cosmo e a Wanda
Eles riram e se abraçaram mais uma vez, pois era muito difícil se despedir. — Então, eu vou indo
— Toma cuidado na estrada e me avise quando chegar em casa.
— Pode deixar. - Minho segurou as bochechas enormes com suas mãos e apertou, fazendo um biquinho se formar nos lábios do Han, então os selou com um beijinho longo, sorrindo logo em seguida. — Te amo, Jisung.
Depois disso, ele entrou no carro e acenou antes de ir embora, sem dar a chance do outro responder, não porque não queria ouvir, mas por medo dele não sentir os mesmo, ou de ter adiantado as coisas ou só por não querer que ele visse suas orelhas vermelhas de vergonha, então só ficou o observando acenar de longe pelo retrovisor conforme se afastava.
— Te amo, mi…
Até semana que vem 😘
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