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As manhãs de domingo são preguiçosas no meio do nada. Quero deitar sobre o chão, sentir o sol que quase não vem e dormir numa cadeira de balanço. A paz dos seus olhos me deixa eufórica, e os cachos dos seus cabelos me pedem para desatar os nós do meu estômago. Eu quero te gravar na eternidade, gritando feito louca, te exaltando. Mas ao mesmo tempo quero te guardar como um segredo, no meio dos meu lábios, entre os meus dentes, eu te escondo. Te escondo e te exibo, duvidando da realidade, da vida e do tempo.
O mundo se acaba. Os homens se enganam. Os outros fazem guerras. Mas a minha fortuna no meio dessa desgraça me deixa louca. Eu conto os momentos até ter um pouco de paz. Eu pulo os dias, eu perco os sonos. Eu vivo como um mecanismo, até o momento. Eu quero gastar as minhas horas te respirando, fazendo poesia barata e sendo paga por isso. Deixar minha letra nos papéis e os papéis na sua casa, nos registrar para o mundo, e te fazer enjoar de mim, ou até eu ficar muito mais amarga.
Eu me repito e me reviro para tirar você de todos os cantos da minha cabeça e colocar em todas as coisas que vejo, para tirar todo o dissabor que há aqui, para me distrair nos dias difíceis, para mostrar o que vale a pena, para sentir que estou viva. Para tudo ficar bem.
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