5 - Minha força de vontade não é tão grande assim
— E você acha que sou sua vadia? Que estou disponível para foder contigo sempre que está com vontade, amor? — Cruzo os braços e sento à cama, encarando o rosto emburrado do meu namorado. — Não sei se já te contaram, Enzo, mas as mulheres ficam excitadas a partir do tratamento. E se você depender disso para ver essa bucetinha, meu querido, adeus. — Debocho e ele revira os olhos.
— Amor, por favor, pare de falar essas coisas. Você tem plena consciência de que é a razão do meu viver. — Enzo se aproxima e agacha no meio das minhas pernas, elevando o rosto na direção do meu. — Me perdoa. Essa semana foi extremamente complicada e estressante, tive muitos problemas pessoais desde o último sábado. — Explica e eu arqueio uma das sobrancelhas.
— Então você está mentindo, querido. — Afasto seu corpo bruscamente das minhas pernas, fazendo com que ele caia de bunda no chão. — Você disse que não foi ao meu aniversário porque a mãe de um corno lá morreu. Agora vem com papinho de problemas pessoais. — Levanto e paro acima dele. — Sem contar, meu amorzinho, que esse seu discursinho barato não faz sentido. O que é pessoal demais a ponto de você não compartilhar com a mulher com quem divide um relacionamento há três anos, hein?
Enzo, de maneira inesperada, move a perna em direção à minha canela, fazendo com que eu perca o equilíbrio e caia sentada em seu colo. Ele solta um gemido, mas sorri em seguida e senta, amarrando minha cintura e unindo nossas testas.
— Alguns problemas são pessoais demais para serem compartilhados, amor. — Fala com firmeza e seu hálito de hortelã atinge minhas narinas, me fazendo desejar sua boca. Sorte que tenho plena consciência de que desejos vêm e vão.
Já o meu ódio, ah, meu ódio não. Ele mexeu mesmo com a pessoa errada. Isso não se faz.
Já teria terminado o relacionamento com Enzo se não fosse minha ânsia sanguinária por vingança. Esse comportamento esquisito está me fazendo suspeitar de que existe algo por trás daquela transa com Samantha e eu vou até o inferno em busca de respostas! Afinal, foram três anos de relacionamento. Tudo isso vai terminar pessimamente mal? Com certeza. Mas que seja comigo saindo por cima, vitoriosa, e ele na merda. Foda-se. Escorpiana com ascendente em leão.
— Então vá resolvê-los, porra. — Falo entredentes enquanto fito seus olhos negros. Enzo solta minha cintura e fica emburrado novamente.
— Que porra está acontecendo? — Levanto e me afasto. Ele faz o mesmo e cruza os braços. — Não está satisfeita com o relacionamento, Luna? É isso? Cansou de mim? Três anos ao meu lado foi tempo demais?
— Tão irônico ouvir isso saindo da sua boca. — Dou uma risada amarga. — O que foi, amor? — Me aproximo dele e paro ao lado de seu ouvido. Acaricio seu peitoral por cima da camisa e cochicho provocativamente. — Está com medo de eu estar fodendo com outro enquanto se mantém distante? — Desço com a mão até o cós de sua calça e ele me fuzila com o olhar. — Vai ter que ficar com a dúvida, bebê. Foda-se, morde as costas. — Me afasto rindo e me jogo à cama.
— Por que você precisa ser tão complicada, Luna? E escrota. Porra, precisa falar assim? Já percebeu a forma como está me tratando? — Enzo fica estático e me encarando. Suas bochechas estão vermelhas de raiva. Além de puto, sei que está com ciúmes do que acabei de falar.
— Sou recíproca, amor. Não exija de mim o que você não oferece. Tem vadias por aí? Pois espere vinte vezes pior da minha parte. — Sorrio enquanto acaricio minha barriga, de cima para baixo, com as pontas dos dedos. Em seguida, desço até as coxas. Sei que Enzo gosta de ver essas coisas.
Quero que, além de puto, saia desse apartamento excitado. Enzo observa o movimento e solta um grunhido irritado pela provocação. Já eu sorrio vitoriosa e concluo.
— Agora vá embora. Quero ficar sozinha, não percebeu? — Elevo uma das sobrancelhas.
— Não faço ideia do que Cora e Lina enfiaram na sua cabeça, Luna. — Enzo se aproxima e cruza os braços. — Ou o que ouviu por aí, porque sabe bem que a fofoca corre solta pelos corredores daquela faculdade, principalmente quando o objetivo é prejudicar os outros. — Suspira cansado. — Mas o meu amor por você segue sendo o mesmo, independente de qualquer coisa. Tem consciência disso, não é?
A chateação e o incômodo em seu olhar são coisas que realmente estão me deixando perplexa. Enzo não está satisfeito com o que está acontecendo. Eu deveria perguntá-lo o motivo disso tudo e jogar à mesa tudo o que sei. Mas, sinceramente, ele não merece. Não depois do que está me fazendo passar. Então apenas respiro fundo e continuo o encarando.
— Enzo, meu bem. Vá resolver os seus problemas de merda e me deixe sozinha. — Reafirmo entredentes, e meu namorado assente, cabisbaixo.
Enzo dá meia volta e, em questão de três minutos, ouço a porta do apartamento bater com força, indicando que ele havia ido embora. Diante disso, como atitude imediata, pulo da cama e vou correndo até o closet.
Assim que destranco a porta, dou de cara com uma cena extremamente peculiar e cômica: Caio sentado ao chão, virado para a parede, enquanto meus brinquedos sexuais estão espalhados atrás dele, pois a prateleira onde ficam está quebrada ao meio.
Arqueio uma das sobrancelhas e o lanço um sorriso ladino, impossível de segurar.
— Ficou empolgado, foi? — Questiono enquanto adentro o closet e começo a recolher os objetos pelo chão. — Espero que não tenha se aproveitado do meu plug anal, é o meu favorito. Não dá para dividir. O restante não tem problema.
— Você é tão engraçada, Luna Simões. — Caio ironiza enquanto me encara e pega impulso para levantar. — Hilária, uma comediante.
— Nossa, alguém está na defensiva. — Termino de recolher os brinquedos sexuais e os atiro à cama. Em seguida, retorno para a frente de meu cunhado. — O que foi? Nem estou reclamando de nada, apesar da estante estar destruída. — Dou de ombros.
Caio ri ironicamente, mas percebo que, na verdade, está puto. O brilho nos seus olhos está muito diferente do comum.
— Você me empurrou em cima de um monte de vibradores, pênis de borracha e a porra de um plug anal. Sem mencionar os cremes que nem me dei ao trabalho de olhar. Depois me trancou dentro de um closet com tudo isso enquanto ficou provocando o meu irmão sexualmente. — Tento respondê-lo, mas ele me impede. — Vai dizer que não? Falando sobre estar fodendo com outro, porra — Caio avança na minha direção e me encara lascivamente. — Conte-me, Luna. Esse outro seria eu?
Dou um passo para trás, impactada com a atitude repentina de Caio. Não imaginei que fosse se estressar tanto por ficar alguns minutos trancado no closet ou com a minha conversa com Enzo. Ter caído na prateleira foi apenas o vagabundo do destino tirando onda com a cara dele. Não tive nada a ver com isso.
Observo sua postura rígida e estranho a respiração ofegante. Apenas entendo o estresse excessivo quando noto o grande relevo em sua bermuda. Toda a situação o deixou excitado. Por isso o estresse. Caio veio até o meu prédio para conversarmos sobre o incidente do meu aniversário não se repetir, entretanto, ao que tudo indica, seu corpo deseja o completo oposto disso.
Sorrio atrevidamente e, totalmente tentada e disposta a provocá-lo, respondo sua indagação.
— Com a raiva que estou, esse outro poderia ser qualquer um, Caio. — Me reaproximo mais do que antes, fazendo com que poucos centímetros impeçam o contato entre nossos corpos. — Mas pelo relevo da sua bermuda, tenho certeza de que gostaria que a resposta fosse outra, hum? — Questiono, mas não obtenho qualquer resposta imediata.
A tensão do ambiente aumenta ainda mais, então sorrio, me divertindo com isso. Não que o estresse com Enzo tenha desaparecido, mas perceber que Caio está perdendo ainda mais o controle por minha causa é extremamente excitante.
Isso mesmo. Vê-lo assim, ofegante e desejoso, deixa a minha calcinha melada. Muito melada. Também me faz imaginar se o seu desempenho na cama é tão bom — ou até melhor — que o do irmão.
Mordisco o lábio inferior com o pensamento e resolvo quebrar o silêncio, já sentindo todo o corpo eriçado.
— Vai, Caio... — Passeio lentamente com a ponta dos dedos nas partes desnudas de um de seus braços, que seguem cruzados e tensionados. — Me diz o que te deixou assim, hum? As provocações íntimas ou o fato de estar tão próximo aos meus vibradores? Queria usá-los em mim? — Dou uma risadinha.
— Você está brincando com o fogo, Luna. Certas coisas, depois de feitas, não têm mais volta. — Ele responde, e eu finalmente uno nossos corpos, sentindo sua ereção contra minha parte sensível. A vontade que sinto é de arrancar a roupa dele e foder aqui mesmo, de pé.
— O seu irmão está me traindo, Caio. Meu relacionamento não existe mais, pois não admito deslealdade. Enzo jogou três anos de namoro fora porque quis. Apenas não terminei porque a curiosidade sobre o que caralhos está acontecendo fala mais alto. E eu vou até o fim para descobrir. Mas também vou até o inferno para me vingar. Sou a melhor parceira do mundo, mas sou a pior inimiga de todas. — Dou um longo passo para trás e arranco minha blusa, expondo meus seios sem sutiã. Em seguida, retiro o short do baby-doll e a calcinha. Um largo sorriso preenche meu rosto enquanto atiro as peças no canto do quarto.
Caio encara minha nudez de cima a baixo e solta um gemido impaciente, como se estivesse sendo torturado. E eu continuo com meu discurso.
— Se quiser me ajudar com a minha vingança e a descobrir a verdade, fique à vontade. Não vou te pressionar, sei que não imaginava nada disso ao vir aqui. — Dou uma risadinha. — Também sei que veio para esclarecer as coisas sobre o beijo, deixar claro que não iria se repetir e blá-blá-blá. Mas sabemos que não será assim, seu pau mostra o contrário. — Afirmo, e ele fica em silêncio, refletindo sobre as consequências de seus próximos passos.
Impaciente, quebro o silêncio mais uma vez.
— Vai me ajudar, Valentine? — Passeio com as mãos pelo corpo, provocando-o.
— Foda-se, minha força de vontade não é tão grande assim. — Responde, dando um passo na minha direção.
Caio une os lábios aos meus, invadindo minha boca com sua língua macia e me arrancando os mais profundos suspiros. O atrito de seu pau duro contra minha buceta desnuda me faz desejá-lo ainda mais.
Ondas de excitação preenchem cada parte do meu corpo, me fazendo ansiar por mais, muito mais, do meu cunhado. Sinceramente, nunca me imaginei nessa situação. Mas agora que estou aqui, com ele, mal posso esperar pelo momento de gozar na ponta de sua língua.
Ele afasta o rosto, arranca a camisa e me atira à cama, ansioso por me atacar da maneira que tanto desejo.
Nota da autora
Galera, oi!
Vou começar a publicar dia sim, dia não. Assim terei mais tempo para produzir e editar os capítulos. Assim que tiver maior quantidade de textos guardados, volto à publicar diariamente.
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Não sejam leitores fantasmas, por favor. 🙏
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