24 - Pediu por isso, vadia
O clima dentro da van alugada pelos Valentine estava... estranho. Principalmente depois do que aconteceu na noite anterior. Caio queria esclarecer as coisas com Luna, mas agora estava tomado pela vergonha.
Vê-la sendo massageada por Elias o provocou uma sensação diferente, da qual não sabia definir. Isso estava lhe perturbando. Contudo, o olhar que recebeu dela no momento em que a mesma estava se contorcendo de prazer o provocou o tipo diferente de tesão.
Vê-la lambendo os lábios, como se o quisesse ali, quase o fez arrancar o intruso do Elias daquele apartamento na base da porrada e prosseguir com os trabalhos ele mesmo. Por isso optou por ir embora.
Já Luna gozou feito louca. Teve todos os tipos de orgasmos possíveis enquanto cada parte de seu corpo era estimulada. Obviamente ficou curiosa pelo que Caio tinha a dizer, mas não se deu ao trabalho de pedi-lo para ficar, afinal, estava sendo tocada por um profissional que ainda tinha mais uma longa hora pela frente.
Mas agora ambos tinham que se fazer de sonsos. Não podiam tocar no assunto, principalmente na frente dos pais de Caio. Bryan, Cora e Lina também estavam no veículo. O trio conversava adversidades enquanto o motorista se dirigia ao apartamento de Enzo para buscá-lo, juntamente ã Samantha.
Deles, Lina estava ansiosa para que o motorista chegasse logo no apartamento do casal. Na verdade, ela não queria admitir para si mesma, mas estava ansiosa para ver o gêmeo mais velho.
Os dois se aproximaram bastante na última semana que passou. Ficavam até tarde conversando e criando teorias conspiratórias sobre a gravidez de Samantha, que, por sinal, estava cada vez mais insuportável.
Apesar de falarem sobre tudo, tinham um assunto implicitamente proibido. O beijo na boate. Ambos gostaram, isso era óbvio, mas aquilo era complicado demais. Sem contar que o objetivo, querendo ou não, era descobrir o que tinha por trás da gravidez de Samantha. Tudo aquilo estava estranho demais.
Cora e Bryan estavam no mesmo clima provocativo de sempre. O famoso "trepa mas não sai de cima".
Ninguém conseguia entender ao certo o que existia ali. O grupo apenas sabia que existia algum tipo de relacionamento. Muito estranho? Sim, mas existia.
Bryan se envolvia com várias, assim como Cora. Isso não seria um problema, se os dois não ficassem com ciúmes e protagonizassem uma discussão pesadíssima. O enredo sempre é o mesmo.
Apesar disso, o grupo, com exceção de Caio e Luna, que não saíam do celular, ficou conversando normalmente. Dona Flávia e o senhor Maurício combinavam entre si os tipos de conversas que deveriam ter com os convidados durante o decorrer da semana.
Não demorou muito para que a van estacionasse em frente ao prédio de Enzo. O novo casal já estava aguardando o veículo ali em frente. Entretanto, o que chamou a atenção dos passageiros não foi isso, mas sim o crescimento repentino da barriga de Samantha. Não estava enorme, mas para uma gestação de cerca de três meses, aquele tamanho era exagerado.
O casal entrou e o grupo não conseguiu desviar os olhares de Samantha. De todos, já ciente da estranheza por trás da história da noite em que aquele bebê foi gerado, Lina era a que mais tinha suspeitas.
— Vocês não vão nos cumprimentar? — Pergunta a loira. — Apenas vão ficar nos encarando?
Só então Dona Flávia, com o objetivo de evitar maiores constrangimentos, se pronuncia.
— Oh, querida nora. — Vira na direção dela. A mais velha estava no banco do carona ao lado do marido. — Perdoe-nos. Sei que falo por todos que os olhares surpresos foram devido ao crescimento expressivo da sua barriga. — Até mesmo a Valentine estava surpresa.
Samantha sorri sem graça e se acomoda ao lado de Enzo, que sentou ao lado dela e Lina. O clima ali conseguiu ficar ainda mais estranho do que entre Luna e Caio, que mudaram completamente a postura com a chegada do Valentine mais velho e agora aparentavam ser um casal apaixonado. Os dois simplesmente não paravam de se acariciar. A cena fazia o estômago de Enzo se revirar de ódio, principalmente porque eles estavam sentados à sua frente.
Os únicos que pareciam aéreos ao caos instaurado na van eram Cora e Bryan. Sorte deles.
— Realmente, Samantha. — Lina se pronuncia, chamando a atenção de todos. — Geralmente gestações no início sequer aparecem. Vocês já perguntaram sobre isso ao obstetra? — Ela pergunta e recebe um olhar de ódio da loira.
— Na verdade, Samantha prefere ir às consultas de pré-natais sozinha. — Enzo dá de ombros e Lina eleva uma das sobrancelhas. Desta ves, Luna se pronuncia.
— Ora, faz tanta questão de esfregar na cara das pessoas que está com o Enzo Valentine, aí na hora de deixá-lo assumir a paternidade como deve ser, não deixa? Por quê? — Luna apoia o cotovelo na coxa e debruça o queixo sobre a palma da mão.
— Está com ciúmes, querida? — Samantha muda o foco enquanto encara Luna. — Por que não foca na porra do seu namorado ao invés de prestar atenção na minha gravidez, hum? Porque Enzo e eu estamos ótimos. Sexo todo dia e tudo mais.
Luna revira os olhos e joga a cabeça no ombro de Caio, além de cruzar os braços.
— Eu tenho tanta pena de você, Samantha. — Luna sorri ironicamente. — Forçando um relacionamento com uma pessoa que não te quer por causa de um bebê. Olha só, que coisa. — Balança a cabeça negativamente. — Deveria fazer terapia.
Sem que ninguém esperasse, Samantha grunhe e avança em Luna, já agarrando seus cabelos e xingando.
— Foda-se, você já estava merecendo isso há três anos! — Samantha esbraveja.
Lina, Cora, Bryan, Caio e Enzo encaram a situação incrédulos antes de separar a grávida de Luna, que estava prestes a reagir da pior forma possível.
Absolutamente ninguém esperava por aquilo, pelo menos por parte de Samantha. Eles só agiram quando Dona Flávia gritou do banco do carona.
— EI! — A mulher vira e encara os cinco. — SEPAREM ELAS! — Ela se dirige para o motorista. — ESTACIONA ESSA VAN!
O motorista assentiu na hora e estacionou no acostamento. Enquanto isso, Lina e Enzo puxavam Samantha de cima de Luna.
Já Caio e Bryan retiraram Luna dali, afinal, seu rosto vermelho de raiva indicava que a mesma era capaz de explodir a qualquer instante.
Por fim, Dona Flávia abre a porta da van com agressividade, encara o grupo e aponta com o dedo indicador naquela direção.
— Vocês duas! — Esbraveja. — Na próxima vez que aprontarem uma dessa, expulsarei da viagem. Não admito esse tipo de comportamento. Esqueceram da nossa conversa no jantar? Nossa, que falta de classe e estupidez. — Massageia as palpebras. — Que papel ridículo, Samantha! — Afirma e balança a cabeça negativamente. — Venha, Maurício vai ficar aqui no seu lugar. Você senta comigo ali na frente.
— Eu que tenho que sair? — Samantha pergunta revoltada. — Mas ela que falou as atrocidades! — Reclama e Dona Flávia revira os olhos.
— E você que avançou nela, querida. — Dona Flávia responde em tom de deboche. — Não aja feito uma pirralha mimada e venha.
Samantha bufa e sai da van, dando espaço para o senhor Maurício. Em seguida, ela senta no banco do carona e Dona Flávia pousa ao seu lado.
Depois disso a viagem foi silenciosa. Luna estava irritada - e com razão. O grupo de amigos sentiu a tensão. E o senhor Maurício, alheio ao caos, dormiu.
Nota da autora
Não está corrigido. Se estiver com erros de ortografia, por favor, me perdoem.
Não esqueçam de comentar o que acharam e votar para engajar o livro.
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