23 - Massagem tântrica (+18)
Duas palavras. Massagem tântrica. É assim que vou "sextar" e preparar meus animos para os dias caóticos que terei que passar na casa de praia dos Valentine.
Todo o acúmulo de estresse que Caio me proporcionou na última semana me deixou com o corpo tão tenso que apenas o esse tipo de massagem me tranquilizaria.
O nome do massagista tântrico é Eitor. Ele é amigo da minha há anos. Apenas confio em seu trabalho por isso. Caso contrário, o fato de ser heterossexual me assustaria.
Fiz questão de marcar o último horário disponível em sua agenda. Dez e meia da noite. Afinal, depois que terminasse a sessão, iria tomar um banho e dormir cono uma deusa perfumada.
Ele, que já está na casa dos 50 e poucos, chegou alguns minutos antes e preparou a maca no meio da sala. Acendeu algumas velas perfumadas e me pediu para ficar ali deitada com o menor número de roupas e, caso não estivesse me sentindo confortável, não precisava ficar nua, apesar desse ser o ideal.
Por fim, como já conheço seu trabalho, estava o esperando de roupão. Apenas tirei a peça e me deitei nua. Foi então que ele se tocou que havia esquecido algo extremamente importante para a sessão.
— Luna! — Ele remexe sua mala. — Deixei o óleo corporal no carro. Vou buscar, espere aqui. — Afirma e eu aasinto. Nisso, ele sai apressado do apartamento.
Três minutos se passaram até que a campainha tocasse. Estranhei a rapidez excessiva, entretanto, pode ser que ele tenha lembrado de onde o óleo está.
— Pode entrar, Elias. — Afirmo. Mantenho os joelhos dobrados e os braços dobrados atras da cabeça, ansiosa pelos orgasmos que paguei para ter.
A porta se abre lentamente, dando espaço para um homem mais novo, corpulento e tatuado que Elias.
— Quem é Elias, Luna? Eu não posso ficar com... — Ele dirige o olhar para a maca e foca na minha intimidade totalmente exposta. — Que porra é essa?
Sento-me automaticamente e puxo o roupão contra meu corpo exposto. Já Caio permanece estático, me encarando, como se tivesse flagado a coisa mais absurda do mundo.
Após um longo minuto de silêncio, resolvo me pronunciar, até porque Elias chegará logo e não seria nada confortável ele dar de cara com meu namorado aqui.
— O que está fazendo aqui, Valentine? A viagem é amanhã. — Declaro e ele sai do transa enquanto de aproxima da maca.
— Eu não posso me aproximar de outras mulheres e você pode realizar fetiches estranhos? — Questiona irritado. — Isso é tão injusto que não tenho palavras para descrever o quanto.
Elevo uma das sobrancelhas e cruzo os braços.
— Olha só, querido. — Chamo ironicamente. — Primeiro que estou dentro do meu apartamento, se estivesse prestes a realizar algum fetiche, não estaria quebrando nosso acordo, porque isso não é nada exposto. — Respiro profundamente. — Já você fica dando em cima das garotas da faculdade enquanto está ao meu lado, entende a diferença? — Pergunto e ele faz careta.
— Você está distorcendo as coisas, Luna. Onde mais eu iria me relacionar com pessoas? Hum? — Caio cruza os braços e eu reviro os olhos. — E não é sobre isso. É que... Porra, quem é esse Elias? Da onde você conhece esse homem? — Pergunta e eu rio.
— Aprecio o seu ciúme, amor. — Lanço um sorriso largo e irônico para ele, que continua emburrado. — Meu Elias, meu massagista tântrico, está voltando com os óleos corporais que havia esquecido no carro. Então, por favor, adianta o que você quer? — Peço e ele eleva uma das sobrancelhas.
— Meu objetivo era esclarecer algumas coisas que estão me incomodando, mas agora tenho tantas perguntas, Luna. — Ele afirma pensativo e eu dou uma gargalhada. — Estou falando sério, você sempre consegue me surpreender.
— Beleza, senhor curioso. — Sorrio, jogo meu corpo para trás e deixo o roupão de lado. Sinto minha pele queimar, pois sei que os olhos de Caio fitam cata centímetro meu. — Espere no meu quarto, então. Depois que a sessão acabar, podemos conversar. Meu objetivo era tomar um banho e dormir, mas farei esse sacrifício por você. — Declaro e ele se aproxima, colocando o rosto acima do meu.
— Eu vou ter que te ouvir gemendo enquanto outro homem te toca? — Questiona e eu arqueio a sobrancelha. Ele percebe a confusão no meu rosto e logo se explica. — Não que você ser tocada por outro importe, mas acho que seria, no mínimo, desconfortável. — Explica e a campainha toca.
Eu sorrio o encarando.
— É o Elias. — Cochicho e ele me fita em desespero, seu rosto ainda acima do meu. — Vá, me espere no quarto. Não tenho como dispensá-lo. A sessão já foi paga. — Explico e Caio bufa.
— Puta merda, você me mete em cada furada que, sinceramente, viu? — Sai batendo pé. — Agora mais essa. Te ouvindo gemer e gozar durante uma massagem tântrica. Nossa, que experiência. — Caio afirma e bate a porta do meu quarto. Em seguida, peço que Elias entre.
— Pode entrar, Elias. — O homem prontamente adentra o apartamento, sem questionar a voz masculina que estava conversando comigo anteriormente.
— Vou lavar as mãos para começarmos, tudo bem? — Ele sorri andando em direção à cozinha. — Tinha esquecido em casa, por isso a demora.
— Sem problemas. Estou ansiosa. — Dobro os joelhos novamente, sem conseguir esconder o sorriso no rosto. Tenho certeza que minha noite acabou de ganhar um rumo diferente depois dessa visita inesperada.
Os gritos de prazer que saíam da garganta de Luna eram simplesmente um martírio. Eu, que só queria esclarecer assuntos pontuais, estava avaliando bastante se me jogar pela janela não seria uma opção boa no momento. Sei que o apartamento dela fica no quinto andar, mas pelo menos pararia de ser torturado.
Não sei porque imaginar outro homem massageando seu clitóris e sua buceta me incomoda tanto, mas é um fato. Essa porra está me revirando o estômago de estresse. Então, em um ato impulsivo, me dirigi até a porta e abri uma pequena fresta, dando espaço para observar a tal massagem tântrica que minha "namorada" estava recebendo.
Do ângulo em que estava não dava para observar as feições do homem, apenas suas mãos percorrendo o corpo nu e melado de Luna. Ele percorria as mãos por seus seios arrepiados e brincava com seus mamilos, enquanto descia até a testa de sua vagina.
Percebo que Luna está agarrando as laterais da maca com força em excitação. Seus gemidos são estridentes e ansiosos. Ela quer ser tocada.
Uma das mãos segue até seu clitóris e o esfrega algumas vezes e em seguida o belisca. A outra mão se concentra em em massagear seus grandes lábios. Luna arqueia o corpo para trás de tanto prazer, muito provavelmente chegando ao êxtase.
O problema é que o movimento faz com que nossos olhos se cruzem. A filha da puta, enquanto se contorce de prazer naquela maca e segue sendo estimulada pelo tal Elias, me lança um olhar sedutor e sorri provocativamente.
Toda a cena faz com que meu pau se enrijeça automaticamente, nunca senti tanta inveja de alguém quanto estou desse massagista. Puta merda, ela ainda lambeu os lábios me olhando...
Desesperado com tudo isso, simplesmente saio do quarto e sigo na direção dela e do massagista. Paro ma frente deles e, irritado, afirmo.
— É melhor conversarmos amanhã mesmo. — Declaro e dou de costas. Em resposta, Luna ri e o tal do Elias fica me encarando curioso.
Assim que saio do apartamento, ouço um questionamento ao fundo.
"Algum problema, Luna?", O homem mais velho questionou.
"Ah, não. É apenas o meu 'namorado' novo. Ele ainda não aceitou muito bem as minhas massagens, mas com o tempo melhora", Luna afirma e meu coração dispara.
Pelo menos, mesmo que não tivesse obrigação, afinal, esse homem não tem qualquer ligação conosco, Luna fez questão de dizer que estamos namorando.
E, por fim, voltei para o meu apartamento. Sabia que não deveria ter vindo. Inclusive, fiz uma anotação mental de nunca aparecer na casa de Luna de surpresa.
Ela sempre pode surpreender da pior forma possível.
Nota da autora
Não está corrigido. Se estiver com erros de ortografia, por favor, me perdoem.
Não esqueçam de comentar o que acharam e votar para engajar o livro.
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