Capítulo VII.

Saiko acorda sentindo fortes dores na cabeça. Aos poucos ele se lembra de todo o ocorrido, e ao ver uma poça de sangue e não encontrar nem Hakari e nem o urso, Saiko presume a morte de seu irmão, e logo volta para o seu clã para dar a infeliz notícia: Hakari e sua esposa foram tragicamente mortos por um bando de ronins. Saiko logo avisou para todos sobre a morte de seu irmão, e rapidamente assumiu o posto de líder do clã Huragumi. Saiko e Jin manteram uma ótima relação, na qual Saiko realizava as tarefas desejadas pelo imperador por debaixo dos panos. A cada missão cumprida, o imperador Jin confiava mais em Saiko, contudo, era justamente isso que o líder do clã Huragumi queria.

Saiko sempre fora ambicioso e orgulhoso, sempre buscando o topo. Ele não pretendia parar apenas no posto de líder do clã Huragumi, ele queria mais, muito mais. Saiko planejava tomar o trono do imperador. O imperador Jin recentemente havia se casado com a bela Yamanai, de longos cabelos escuros e lindos olhos azuis. Pouco depois de se casarem, Saiko e Yamanai já estavam tendo um caso. Yamanai somente se casou com Jin por ele ser o imperador, mas na realidade o detestava e amava Saiko, que inesperadamente começou a desenvolver os mesmos sentimentos por Yamanai. E desde então, Saiko já planejava um momento certo para se livrar do imperador, e assumir o seu trono. De acordo com as leis do império japonês, na morte do imperador, cabe, a priori, à imperatriz escolher quem seria o novo imperador, e esse era o plano de Saiko; matar Jin e deixar que Yamanai o consagrasse imperador do Japão.

Saiko havia criado fortes relações com o clã Kamatoshi, e através de sua influência como o braço direito do imperador, havia conseguido colocar os samurais mais fortes do clã Kamatoshi como guardas pessoais do imperador. Saiko já havia contado o seu plano para o líder do clã, e havia prometido uma enorme quantidade de riqueza em troca de ajuda para assassinar o imperador, e assim eles selaram um acordo. Contudo, o plano demorou para ser executado, pois não poderiam errar nem nos mínimos detalhes, então Saiko esperou pacientemente o momento certo para concretizar seu plano.

2 anos se passaram.

O imperador tinha um encontro marcado com o rei da dinastia coreana, e havia acabado de partir para Coreia, a fim de realizar negociações comerciais. Esse era o momento perfeito que Saiko tanto esperava. Ele não queria matar Jin no Japão, causaria muitas suspeitas, portanto, Saiko conseguiu fazer com que todos os samurais que fossem a bordo do navio do imperador para o escoltar fossem do clã Kamatoshi, e lhes deu a seguinte ordem: "quando estiverem na metade do caminho, envenenem a comida de Jin, assim não levantará suspeitas; o cozinheiro será culpado e sentenciado a morte, mas nós estaremos limpos". E assim foi feito, alguns dias após sua partida, o barco do imperador retorna, e os samurais trazem consigo notícias alarmantes: "O imperador morreu!".

Tudo havia sido concretizado conforme o plano de Saiko. Foi feita uma grande cerimônia fúnebre em respeito ao imperador, o cozinheiro do navio foi sentenciado a morte por suspeitas de envenenar o rei, e o grande dia chegara para Saiko: Yamanai acabara de nomear Saiko Huragumi como o novo imperador do Japão. E a notícia se espalhou por todo o Japão. Saiko foi recebido com grande festa em seu palácio real, e poucos dias após ser consagrado imperador, se casara com Yamanai, que já esperava um filho de Saiko.

Saiko finalmente se sentia realizado, ele conquistara o Japão por completo. Certo dia pela manhã, Saiko fora informado que um bando de ronins estavam pedindo permissão para falar com o imperador , pois, segundo eles: "Temos algo conosco que é de extremo interesse do imperador". Saiko não entendeu direito, mas ficou genuínamente intrigado, assim, foi logo ao portão do palácio para ver do que se tratava tudo aquilo. Chegando la, se deparou um um grande grupo de samurais, com uma grande sacola preta no chão. E no meio de todos aqueles samurais, havia um que se destacava, um que visivelmente aparentava ser o líder de todos ali. O homem careca se aproxima do imperador e o reverencia: "Vossa majestade, muito prazer. Eu me chamo Kenji, sou líder deste nosso humilde bando, ao qual chamo de Aka, muito prazer". Saiko olha torto para o homem: "Chega de enrolação. Vocês disseram que tem algo para mim, o que seria isso? Acho bom não estarem tentando me enganar".

Kenji ri, "Certamente que não, vossa majestade. O que temos aqui é de suma importância para o senhor... bom, uma imagem vale mais do que mil palavras, não é mesmo? Tragam para o imperador o nosso presente". Dois samurais pegam o grande saco e o jogam aos pés do imperador. "E o que supostamente deveria significar isso? Vão me dar um saco preto de presente? "; "de forma alguma, vossa majestade", responder Kenji, em tom sarcástico. "O que temos aqui para o senhor é muito melhor do que isso, pode acreditar... acho que o senhor ficará muito contente". Saiko se irrita pela demora, "Ah tudo bem, tanto faz. Só abram logo esse maldito saco", "a seu dispor, vossa majestade", kenji responde pouco antes de abrir o saco e revelar o que era seu misterioso presente para o imperador. Saiko não consegue acreditar em seus olhos, ele pensa estar vendo algum tipo de fantasma ou assombração, pois diante de seus olhos estava seu irmão, Hakari, completamente amarrado e desacordado. "O que... mas... como?", Saiko não consegue formar uma frase sequer. Kenji abre um grande sorriso: "Vejo que chamamos sua atenção, vossa majestade".

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