Capítulo II.
12 anos atrás.
Um jovem de 16 anos cavalga na chuva, junto a ele estão mais 200 homens do clã Huragumi. O jovem cavalgando é Saiko Huragumi, e o homem cavalgando ao seu lado é Hirozu Huragumi, o líder do clã e pai de saiko. O clã Huragumi acabara de declarar guerra ao clã Miazuki, e ambos os clãs cavalgavam em direção ao campo de batalha.
Ambos os clãs se encontram e um sangrento combate se inicia. O chão é completamente transformado em um mar de sangue, os samurais se degladiam em meio a uma forte chuva. Hirozu luta diretamente contra o líder do clã Miazuki, Naoya Miazuki; enquanto Saiko luta contra o filho de Naoya, Kagami.
Saiko é um exímio lutador, e ataca freneticamente Kagami, que por sua vez se concentra em defletir os ataques de Saiko, esperando uma oportunidade para atacar. "Você sequer sabe por que estamos lutando?", pergunta, Kagami, para Saiko. "Só o que me interessa é matar você e o máximo possível do seu clã."
"Assim como eu esperava, você é um tolo. Sequer sabe da opressão que seu clã tem feito ao nosso, durante anos. Sempre nos forçando a pagar tributos para nos manter seguro de ronins e saqueadores, sendo que nem mais aparecem por aqui. A verdade, é que temos que pagar esses tributos para nos mantermos seguros de vocês. Mas isso acaba hoje", Kagami aproveita uma desfere um corte no ombro direito de Saiko, que sente uma do terrível, mas não para de se defender dos ataques de kagami.
Saiko e Kagami continuam duelando entre si, sempre buscando quebrar a guarda do outro, até que Saiko tem uma ideia. Ele se joga ao chão, com as costas viradas para trás, e ele sabia que Kagami seguia estritamente o código de honra dos samurais, que impedia desferir um golpe nas costas de seu oponente. Então Saiko se vira e joga um pedaço de lama que pegara do chão nos olhos de Kagami, que, desesperado, tenta tirar a lama dos olhos, mas já era tarde demais: Saiko perfura o coração de Kagami, o matando.
Naoya, ainda lutando com Hirozu, vê o fim que seu filho levara, e se enfurece ao extremo, botando mais carga em seus golpes. Hirozu percebe que Naoya se deixou levar pelos seus sentimentos, e aproveita isso: "Nossa, é uma pena mesmo... ter um filho tão inútil assim, que morre de maneira tão patética. Digno do clã Miazuki, de fato.". Naoya se enfurece e parte para cima de Hirozu, abrindo uma brecha para um ataque vindo de baixo, e Hirozu aproveita perfeitamente essa brecha, cortando verticalmente o corpo de Naoya, o partindo perfeitamente.
Depois da morte de seu líder, os samurais do clã Miazuki perderam a esperança na batalha, e logo após algumas horas de luta, se renderam completamente. Com a derrota do clã Miazuki, Hirozu decidiu se tomar como líder do clã Miazuki, e decidiu deixar seu filho, Saiko, como seu representante legal naquele clã.
Assim, o clã Huragumi ganhava cada vez mais influência, e cada vez mais se aproximava do imperador, Kurosawa. O Plano de Hirozu era se tornar o braço direito do imperador, e por isso buscava sempre fazer favores para Kurosawa, principalmente aqueles que o imperador prefiria que não viessem à luz do dia, como este que Hirozu acabara de receber: Destruir de dentro para fora o clã Hatakashi, que estava se recusando a pagar tributos ao imperador por considerar um absurdo a quantia que deviam doar. Kurosawa deixou os métodos a critério de Hirozu.
Manhã do dia após Hirozu receber sua missão.
É um belo no clã Huragumi, os membros do clã começam a acordar um por um, e começam seus afazeres na cidade que é sediada pelo clã Huragumi. Saiko já começa treinando logo pela manhã, ele é extremamente disciplinado e focado, mas também extremamente antissocial. Já seu irmão, Hakari, é o extremo oposto. Hakari não deseja de forma alguma se tornar um samurai, ele almeja se tornar um renomado pintor, e somente por causa de suas pinturas serem vendidas por altíssimos preços que Hirozu não exilou hakari do clã Huragumi, uma vez que todo o dinheiro das vendas eram passadas para o orçamento do clã.
Hakari era um garoto extremamente gentil e amado por todos do clã, menos por seu pai e seu irmão, que o consideravam uma decepção. Ele e a filha da criada de Hirozu eram apaixonados um pelo outro, mas temiam que houvesse represália por parte do clã se eles ficassem juntos. Portanto, eles deixavam bem escondido esse amor mútuo um pelo outro. Contudo, Saiko já havia percebido que eles passavam muito tempo juntos, e sabia que havia algo a mais naquela suposta amizade deles.
Hirozu chega da sua viagem ao palácio real, e logo manda chamar Saiko. "Hoje é um dia especial para você, meu amado filho. Hoje te enviarei em sua primeira missão, missão essa requisitada pelo imperador em pessoa. Você vai acabar com o clã Hatakashi. Eles não sabem ainda do fim que teve o clã Miazuki, e não saberão que você é meu filho, pois nunca o viram. Você irá para lá como líder do clã Miazuki, para supostamente atuar como mediador entre o clã e o imperador. Antes de você chegar, vou mandar que parte dos homens do extinto clã Miazuki ataquem o clã Hatakashi, fingindo serem um grupo de ladrões, o que irá diminuir a força de ataque deles, e então você aproveita para destruir os que restarem lá dentro do clã. Entendido?".
Saiko abre um grande sorriso: "Entendido perfeitamente, pai.". Então Saiko tem uma ideia. Saiko se encontra com Hakari, que estava fazendo mais uma pintura. Saiko fala para Hakari sobre o plano de seu pai, e diz: "hoje você vai virar um verdadeiro homem, e não vai mais envergonhar nosso clã. Você vai vir comigo", Hakari se assusta, e rapidamente nega, pois não via prazer algum na violência. Mas Saiko diz: "Você acha que eu sou idiota igual o pai, é? Sei que ele não liga para você o suficiente para perceber o que você sente pela vadiazinha filha da criada, mas eu sim. Sabe o que vai acontecer com ela se eu contar que vocês estão gostando um do outro? Ela vai sair da casa principal e vai se juntar aos escravos de guerra que nosso clã conquistou ao longo de nossas várias batalhas... pode imaginar o que vai acontecer com ela no meio de todos aqueles homens?", saiko abre um sorriso.
Hakari se enfurece como nunca antes havia, é extremamente relutante, diz: "Tudo bem, eu vou.". Hakari nunca havia pego em uma katana antes, mas ele tinha um talento especial na arte do combate, talento esse que vinha dos genes de seu pai. Assim, ao cair da noite, Saiko e seu irmão chegavam a porta do clã Hatakashi, afirmando serem do clã Miazuki, e que estavam ali para negociar uma forma do clã pagar os tributos ao imperador. Junto de Saiko e Hakari, estavam mais 20 espadachins extremamente habilidosos, que faziam a escolta de Saiko e Hakari, e ainda haviam mais 20 escondidos aos arredores, esperando a matança começar, para auxiliarem na batalha.
Ao chegar na cidade sediada pelo clã Hatakashi, Hakari vê o terrível estado que o clã estava, com muitos passando fome e definhando, e isso apertou fortemente seu coração. "Por que essas pessoas que tanto sofrem merecem morrer na mão de um imperador corrupto?", pensava consigo mesmo. Enquanto isso, Saiko apenas achava engraçado o quão fraco eram os membros daquele clã, mas segurava o sorriso.
Então, na mesma sala se encontravam Saiko, Hakari, Junji, líder do clã, e sua filha, Hanami. Estavam ali para supostamente negociar. Junji havia acabado de explicar seus motivos para Saiko, e tinha justificado o por quê não poderiam pagar os tributos tão altos como estavam sendo cobrados. Saiko respira, e começa a rir. Junji e Hanami se entreolham, sem entenderem o que estava acontecendo. "Olha, vocês realmente levantaram bons pontos. Mas eu realmente não ligo se vocês estão na merda ou não, só vim aqui para cumprir com a minha missão", saiko se levanta, desembainha sua espada, e grita alto o suficiente para todos os seus soldados escutarem: "Atacar!", e logo parte em direção de junji, que mal conseguira se defender do ataque de saiko. Do lado de fora, os samurais do clã Huragumi começam a atacar os samurais do clã Hatakashi, e destroem tudo o que veem pela frente.
Hanami saca sua espada e corre em direção de saiko, mas Hakari rapidamente entra em sua frente, e defende um golpe direto desferido por hanami, que, consternada, indaga hakari: "Por que estão fazendo isso? O que fizemos de errado? Me diz!!", Hakari sente o peso dos pecados que seu clã cometia naquele dia, e a pergunta de Hanami perfuravam fundo o coração dele. Sem poder dar uma resposta, ele somente responde: "Me desculpe". Hanami se enfurece e desfere diversos ataques em hakari, que por sua vez desvia de todos. Hakari era visivelmente mais forte, mesmo que tendo treinado tão pouco em toda sua vida.
Junji e Saiko travam uma batalha frenética, um mínimo erro pode levar a morte de qualquer um dos dois. Junji era um dos samurais mais respeitados de seu tempo, e com razão. Certa vez, junji batalhara com 10 homens, e venceu, praticamente ileso. Contudo, em sua frente estava um homem que valia por mais de 10 espadachins. Saiko ainda não havia superado seu pai, mas o seu potencial poderia leva-lo a se tornar o samurai mais forte de seu tempo, superando até o lendário Musashi Yamamoto.
Saiko se divertia com as batalhas, travar um duelo com outro espadachim era o que mais lhe dava prazer. Ao lutar, muitos diziam que parecia que saiko estava dançando, por conta de seus belos movimentos com a espada e por conta de seu grande sorriso que sempre se fazia visível enquanto lutava. Já seu irmão, não demonstrava felicidade alguma naquele momento, apenas desviava e defendia dos ataques de hanami. Então, um samurai do clã Hatakashi entrara na tenda onde eles estavam, e fora atacar Hakari, que instintivamente cortou o pescoço do samurai, sendo este o seu primeiro assassinato. Mas Hakari nem tivera tempo de pensar sobre, pois Hanami aproveitara a oportunidade e avançou em direção de Saiko, pretendendo atacá-lo pelas costas.
Hakari não sabia explicar o que aconteceu, era como se ele tivesse dormido e uma outra pessoa tivesse tomado controle de seu corpo naquele momento. Hakari avança e perfura o coração de Hanami, por detrás de suas costas. Junji vê isto e grita: "Seu maníaco homicida!!! Ela estava grávida!!", e no momento que Junji gritara, ele abriu brecha para um ataque fatal de Saiko, que arrancara fora sua cabeça. Hakari de repente volta a si, ele olha para suas mãos ensanguentadas e começa a se perguntar o que estava acontecendo. Começa a questionar se aquilo era, de fato, a realidade.
Saiko ri, "Muito bem, meu irmão! Hoje você finalmente se tornou homem! Agora vamos, precisamos matar os jovens e as crianças também, só deixaremos os velhos vivos, assim não tem possibilidade de haver insurreição.", Hakari olha para Saiko, como se não tivesse entendido uma palavra que ele acabara de dizer: "O que? Não... não acabou?". "Claro que não! Agora que começa a parte divertida! Ha ha ha", Hakari então se recusa a continuar com aquela matança, mas Saiko o lembra do que haveria de ocorrer com a amada de Hakari, caso ele não ajudasse. Hakari então toma sua katana, e vai para o campo de batalha.
Varias mortes ocorrem, mas a grande maioria é do lado do clã Hatakashi. Hakari então repete para si mesmo: "A vida é injusta. Eu não tenho culpa", e a cada samurai, criança e adulto que ele matara, ele repetia para si mesmo: "A vida é injusta. Eu não tenho culpa". E assim, ao final do dia, a missão estava cumprida. Clã Hatakashi havia sido completamente dízimado do Japão. Os samurais do clã Huragumi comemoravam por terem vencido a batalha com tão poucas baixas, mas Haraki estava só, sentado na grama, enquanto olhava para o céu estrelado. E repetia para si mesmo: "A vida é injusta. Eu...", e começa a chorar copiosamente, "Meu Deus... meu Deus, o que eu fiz".
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