I wanna be yours...

Pov Draco Malfoy

O toque que indicava o fim da última aula e com ela, o fim da prova soou por toda a escola, os alunos saíam de suas salas e ocupavam os corredores, bem como suas conversar sem sentido preenchiam o ar.

Quando saí da sala, procurei não me ocupar no caminho para a saída e fiquei perto do portão da escola, para esperar Harry passar.

Assim que o vi, fui até ele.

— Harry, como foi a prova?

— Boa, acabou que estava mais fácil do que eu pensei, me preocupei atoa, e pra você?

— Gabaritei, tenho certeza. Por mais que meus pensamentos ficassem desviando para um garoto que não sai da minha cabeça, consegui me concentrar bastante.

Olhei para Harry e ele estava vermelho, com a cabeça baixa. Soltei uma risada baixa e baguncei seu cabelo.

Paramos um pouco a frente da escola, longe da muvuca de alunos saindo.

— Quer ir no parque mais tarde? Pode levar seus irmãos.

— Eu vou ver com meus pais e te aviso, pode ser?

— Claro, pode sim. Ei, deixa eu te levar em casa?

— Não vai ser um atraso?

— Claro que não, vem, vamos.

Ele me seguiu até o estacionamento e quando paramos em frente ao meu carro ele ficou olhando ao redor.

— Harry, o que houve?

— Não estou vendo seu carro.

Ele está a genuinamente confuso e eu não pude deixar de sorrir com isso.

— Harry, hoje em vim com este carro.

Era um carro preto, modelo novo. Eu considero ele um pouco chamativo demais justamente por ser de uma marca muito famosa e não acho apropriada pra vir pra escola com ele, mas eu estava atrasado de manhã e esse foi o primeiro que peguei.

Não que eu tenha muitos carros...

Ele olhou para o carro com os olhinhos arregalados.

— ... Uou. Vão pensar que você é meu sugar daddy ou algo do tipo.

— Vamos lá, eu não sou tão velho!

Rimos e abri a porta para ele entrar, eu sabia que a piada foi só sua forma de descontrair, então resolvi não falar muito no assunto.

Ele entrou, então dei a volta e entrei ao lado do motorista, liguei o carro e aproveitei pra ligar o rádio, colocando uma música aleatória e dando partida, já saindo do estacionamento, começando o trajeto até sua casa, que não demorava muito.

— Sabe, eu não quero ser intrometido, então não perguntei, mas queria muito saber... Como você tá lidando com o fato de não ver mais só Scorpius?

Ele mordia os lábios e evitava meus olhos, então imagino que esteja sem jeito de perguntar mesmo.

— Ah, eu sinto muitas saudades, o fato de eu não vê-lo pessoalmente ainda é complicado, mas sempre fazemos ligações, ele está se dando muito bem com as crianças de lá, Astoria falou que ele está desenrolando muito bem o Francês, já que fazia aulas, isso ajudou muito ele a se adaptar.

— Ah, que bom! Mudar de ambiente assim, de forma brusca, é bem complicado, principalmente pra uma criança.

Sorri e concordei, virando uma esquina, logo podíamos avistar sua casa, mas havia uma coisa errada.

Uma viatura estava estacionada na frente da porta.

Assim que vimos isso, acelerei e parei o carro logo atrás da viatura, descemos apressados e fui atrás de Harry, não dando tempo para as formalidades e entrando na casa com tudo.

Na sala se encontravam as crianças, um policial e... Theodore Nott.

Assim que as crianças viram Harry, vieram correndo abraça-lo, ele abaixou e abraçou todas, olhando para o policial que havia se levantado só sofá jundo de Nott.

— O que está acontecendo?

— Não é da sua conta, Malfo-

— Théo, não.

Ele ainda me olhou com certa raiva, mas pelo menos calou a boca. Não sei o que esse garoto tem contra mim...

— Bom, senhor Potter, gostaria de conversar a sós com o senhor, longe das crianças.

Ele beijou a cabeça de cada uma das crianças e concordou, guiando o policial para a cozinha.

James cochichou com Teddy e os dois olharam para Albus e Lily, concordando.

— Tio Théo, a gente vai desenhar lá no quarto do Teddy, tá?

— Tá certo, trás o desenho pra mim depois?

— Trago sim.

Os quatro levantam do sofá e sobem as escadas correndo, o som de uma porta abrindo e fechando chega na sala, é a confirmação de que eles entraram no quarto.

— Nott, o que houve?

Ele ponderou um pouco, mas suspirou e jogou a cabeça pra trás.

— Remus e Sírius foram buscar as crianças na escola, mas acontece que uns ex-presidiários, que foram liberados a pouco mais de um mês por 'Bom comportamento', estavam perseguindo Sírius, parece que foi ele que prendeu eles.

Ele morde os lábios e encara a entrada da cozinha.

— Remus desceu do carro e entrou na escola, foi quando abordaram o Sírius, os caras. Não tinha ninguém perto pois eles foram mais cedo do que o horário que normalmente eles largam, queriam fazer um piquenique. Ele tentou apaziguar a situação, desceu do carro com a mão na cabeça, 'tava fazendo o que eles mandavam. Ele se ajoelhou de costas pra eles, mas foi aí que o Remus chegou...

Da cozinha, escutamos um soluço.

— As crianças iam demorar um pouco pra sair, então ele voltou pro carro. Remus, entrou em pânico quando viu os caras armados e um deles apontando uma pistola pra cabeça do Sírius, não pensou direito e gritou por ele, correndo na direção dos homens. Não sei o que ele pensou, talvez o medo tivesse tomado conta dele, mas isso custou caro...

E os soluços aumentaram, seguidos de grunhidos.

— Os bandidos se assustaram com Remus e atiraram nele, quando viram o que haviam feito, fugiram.

— O Remus foi baleado!?

— Um tiro pegou de raspão no braço, dois na barriga e um na perna, ele perdeu muito sangue, está no hospital entre a vida e a morte.

Levantei e corri até a cozinha, vendo Harry sentado, os cotovelos apoiados na mesa e as mãos pressionando os olhos, o policial entrava em pé próximo a ele, olhando-o sem saber o que fazer. Peguei seu braço e o puxei de leve, ele levantou e me abraçou, retribuí com força, pondo sua cabeça no meu pescoço.

Minha blusa ficaria encharcada em breve, mas eu não dava a mínima para àquilo.

[...]

Pov Theodore Nott

Passamos uma noite complicada, os três em claro sentados no chão da sala, não conseguíamos dormir, após uma cochilada e outra ficamos no mais profundo silêncio, apenas às das 5 da manhã é que houve alguma movimentação, e foi Harry levantando.

— Pra onde vai, Harry?

— Cozinha, vou ver o que faço pras crianças comerem agora de manhã.

— Vai mandá-lo para a escola?

— Infelizmente sim, não consigo cuidar nem de mim no momento, é melhor eles irem.

Malfoy, que até então estava quieto apenas observando, pega seu celular e começa a teclar, parecendo estar mandando mensagem pra alguém.

Não é da minha conta, apenas uma observação.

Ele logo se levanta e vai ajudar Harry, eu resolvo levantar também e subir, arrumar o material deles e depois acorda-los.

E foi isso que fizemos, alguns minutos mais tarde, talvez quase uma hora, todos estavam escovando os dentes para ir a escola.

— Draco, pode levá-los?

— Claro, posso sim, você vai ficar bem?

— Vou tentar.

O loiro dá um beijo na testa de Harry e eu reviro os olhos visivelmente.

— Tio Draco, vamos!

Lily aparece, pulando com sua mochila nas costas, logo todos descem atrás dela e Draco concorda, abrindo a porta e saindo com todos as quatro.

Pov Draco Malfoy

Fui direto até meu carro e abri o porta malas.

— Já que Lily é a menor, ela vai aqui.

— Ei! Por que eu? Só porque sou menina? Isso é mexismo!

Dei uma gargalhada com sua frase e neguei, essa menina é uma comédia.

— Machismo, Lily. Mas não é isso, é apenas uma brincadeira.

— Cuidado com as suas brincadeiras, tio Draco, eu posso levar elas muito a sério viu?

Ela faz um bico, põe a mão na cintura e bate o pé no chão, balançando o dedo indicador pra mim em sinal de aviso.

Novamente eu ri, só a Lily sendo a Lily.

— Vai, me dêem suas mochilas.

Eles tiraram as mochilas e me entregaram, coloquei elas no porta malas e depois que o fechei, abri a porta de trás.

— Entrem nessa ordem, Teddy, Lily, Albus, James.

Eles obedeceram e eu passei o cinto em todos eles, pedindo para Albus e Lily juntarem um pouco para o cinto passar nos dois.

— Me desculpem por estar sem cadeirinha, não vai mais acontecer.

Ele concordam e eu entro no banco do motorista, ligando o carro e dirigindo para a escola.

— Sempre que alguém perguntar sobre Remus ou Sírius, digam "Não é da sua conta" ou chamem as professoras ok? Pode parecer mal educação, mas vocês não tem obrigação de contar coisas pessoais para pessoas fofoqueiras, tudo bem?

— Mas o tio Remus tá bem, tio Draco?

James perguntou e vi que era algo que todos alí queriam saber.

— Vou ser sincero com vocês. Os tiros não pegaram em nenhum lugar fatal, o único problema é que ele perdeu bastante sangue, mas já estão repondo. Agora depende dele se recuperar.

— Posso dar um pouquinho do meu sangue pra ele?

— Não Teddy, você ainda não tem idade para doar sangue, mas não se preocupe. Vocês podem ajudar fazendo uma cartinha ou um desenho para ele.

Com isso, eles começaram a conversar sobre o que fazer para Remus, mas a conversa não durou, cheguei na escola rapidamente e parei o carro, desci e abri a porta para eles.

— Conseguem abrir o cinto?

Todos gritaram que sim e eu fui abrir o porta malas.

— Façam uma fila aqui, vamos pegar as mochilas.

Eles fizeram uma fila e esperaram.

— Mochila azul com um ursinho pendurado.

— Minha!

Teddy disse e pegou sua mochila.

— Mochila amarela com um girassol desenhado?

— Minha, tio!

Lily vem a frente e pega a sua.

— Mochila vermelha com estrelinhas?

— Minha!

James sorri e pega sua mochila.

— E põe fim, mochila verde com cobrinhas brancas desenhadas?

Albus estica a mão, esperando eu lhe entregar a sua.

Ele é muito calado, só fala em casa e ainda muito pouco. Estou pensando em levá-lo a um fonoaudiólogo ou um psicólogo. Deixo isso de lado um pouco e entrego a sua mochila.

— Vamos, a aula daqui a pouco começa. Só saíam se alguém que vocês conhecem vier buscar, ok? Boa aula!

Eles respondem todos juntos e somem porta adentro.  Avisto dois homens vestidos inteiramente de preto, sentados em um banco de praça que fica virado para cá, e vou até eles.

— Crabb, Goyle. Obrigado por virem.

— Não precisa agradecer, patrão.

— O que deseja de nós?

— Só deixem aquelas crianças saírem com as pessoas que eu autorizar. Mandarei nome e foto para seus celulares. Se mais alguém conseguir pegá-los, sigam essa pessoa, tirem foto do rosto dela e principalmente, me liguem imediatamente.

— Sim, chefe!

Os dois responderam, e por fim, sentaram no banco da praça que estavam anteriormente.

Ninguém vai ferir essas crianças, só por cima do meu cadáver!

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