I wanna be your Ford Cortina
Vamos ignorar o fato de que esse capítulo tá pronto desde abril, e só esqueci completamente dele. Eu jurava que já tinha postado!
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Can I kiss you one more time?
Probably a crime...
I don't wanna die
Ily...
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Eu nunca passei tanta vergonha na minha vida.
Após aquele selinho, nós dois ficamos trocando carícias bobas enquanto o filme rolava. Quando coloquei o segundo filme, mais ou menos dez minutos depois, o Théo resolve perguntar algo que... se eu soubesse no que daria, teria recusado.
– Hazz... eu posso te beijar?
– Uhm? Mas não já beijou? Ou você tá falando de beijo, beijo?
– Beijo, beijo. Mas não se sinta obrigado, ok?
Pensei por um tempo, bom, eu não ia pagar de Bv, ainda mais pro Théo que me conhece a anos. Sem falar que eu já quis fazer isso, muitas vezes por sinal.
– Sabia que, antes de eu começar a gostar do Tom, eu ficava olhando pra sua boca e imaginando como seria te beijar?
– Sério? Que tal finalmente realizar esse seu desejo oculto?
– Bobo.
Ri e dei um tapinha nele, me aproximando e dando um selinho nele, que virou outro selinho, outro, e então, ele segurou meu rosto e me beijou.
Foi um beijo normal, a não ser pelo gostinho de menta que eu senti nos lábios dele.
– Você tava comendo Frigells?
Ele sorri e concorda, me beijando de novo. Dessa vez, ele pediu passagem com a língua, fiquei um pouco rescioso por fazer muito tempo desde que beijei pela última vez, mas acabei cedendo.
Eu não sei o que aconteceu, mas nós acabamos nos perdendo um no outro. Aquele beijo levou a outro, que levou a outro, e nós acordamos do "transe" com o barulho de algo caindo.
Me separei dele e olhei ao redor, assustando, acabando por encontrar Remus na porta, com Ted dormindo no colo dele, olhando pra baixo assustado.
– Pai?
– Ah, Théo, oi. Harry, você pode levar o Ted pro quartinho dele? Théo, me ajuda aqui.
– Ajudar?
– É, o Sírius entrou primeiro e, bom, ele tá desmaiado aqui.
Nessa hora me bateu uma vergonha que eu não soube explicar, saí do colo do Théo e peguei o Ted com o pai, subi pro quarto dele e o coloquei na cama, cobrindo ele com a coberta felpuda.
Esperei cinco minutos para descer, tentando me acalmar. Quando desci, vi Remus na cozinha fazendo chá e o Théo sentado na mesa. Sírius estava deitado no sofá, ainda desacordado.
– Pai, olá.
Remus olha para mim, sorrindo.
– Olá! Venha, sente-se aqui, ao lado do Théo. Estou fazendo um chá verde, você gosta, não?
– Gosto sim, pai.
Me sento ao lado do Théo, dando a mão pra ele. Ficamos de mãos dadas em cima da mesa, coisa que faz Remus olhar para o ato, sorrindo de um jeito radiante.
– Bom, não quero ser intrometido, mas acho que precisamos conversar sobre isso agora, antes que Sírius acorde.
Suspiro e concordo, vendo Remus pegar três xícaras e encher de chá, colocando na nossa frente e sentando na mesa, de frente pra gente.
– Bom, não estou falando que vocês tinham algo antes, mas o que houve? Até semana passada vocês eram só melhores amigos...
Harry cora, sorrindo de lado envergonhado, não tendo coragem de falar.
– Eu meio que me confessei pra ele, tio Remy. Durante a viagem, aconteceram coisas que me fizeram tomar coragem e falar com ele quando voltasse.
–E.E... eu disse que nós poderíamos tentar, já que eu sinto alto por ele também.
Remus sorri, bebericando seu chá.
– Então, estão namorando?
Isso me faz ficar ainda mais vermelho, desvio o olhar, passando a observar qualquer coisa que não seja meu pai a minha frente.
– Não, tio Remus. Queremos ver se pode dar certo, vamos ficar juntos, mas sem o título 'namorado', apenas... estamos juntos.
Ele aperta minha mão, atraindo meu olhar pra si, deito a cabeça no seu olho, mas olhando para meu pai, agora.
– O senhor está bem com isso?
Remus sorri e assente, nos olhando com um brilho no olhar que eu nunca tinha visto.
– Sabe... eu sonho com isso desde a época que vocês eram amigos. Antes de vocês pararem de se falar, eu digo. Era meu maior desejo.
Sorrio bobo e escondo o rosto no pescoço do Théo, que beija meu cabelo, alisando a costa da minha mão com seu polegar.
– Eu tô me segurando muito pra não pegar você e encher de soco, bastardinho!
Escuto a voz de Sírius e me viro, vendo ele quase espumando de raiva.
– Papai, não faz isso!
– Eu não vou, Harry, estou me segurando por você e por Moony.
Ele caminha a passos pesados em direção ao pai, mantendo seu olhar fixo em Théo. Quando chega, ele puxa a cadeira dele para trás e senta no colo do Remus, enfiando a cabeça no pescoço dele e resmungando algo sobre "a pureza do meu menino" e "bastardinho metido a modelo".
Será que ele lembra que o Remus também é modelo?
– Moony! Me console, não vê que estou devastado!?
Seu tom dramático de raiva misturado com um falso choro, acaba fazendo Remus ri e levar a mão a cabeça dele, fazendo carinho e "consolando" ele.
– Não fique assim, uma hora isso iria acontecer, você sabe.
– Não achei que iria ser antes dos 37, Moon...
– Ora, vamos lá amor, ainda temos Ted, Lily, James e Albus. Vamos cuidar deles, Harry cresceu.
– Só vamos explicar pra eles o que é sexo com 32, não é, Remie?
– Sim Sírius, sim...
Rimos baixinho, pegamos nossas xícaras de chá e subimos pro meu quarto, deixando a porta encostada.
– Vem, vamos tomar esse chá. Sabia que chá verde é ótimo para a pele?
Digo pro Théo, arrastando-o para a cama, sentando na beira e fazendo-o sentar ao meu lado.
– Sério? Você e Remus com seus chá... sério.
Ele ri, bebendo um grande gole do chá e sorrindo.
– É doce!
– Ora Théo, vai me dizer que nunca tomou um chá do Remus!?
– Uh, não? Não que me lembre, pelo menos.
– Uh, justo.
Rimos e terminamos de beber o chá, colocando a xícara na minha mesinha de cabeceira.
– Quer ficar deitadinho sem fazer nada?
Pergunto, deitando na minha cama e puxando Théo junto, que sela meus lábios e ri.
– Não, quero ficar deitadinho e beijando você.
Rio a apenas concordo, cobrindo a gente com o cobertor, passamos um bom tempo assim, apenas apreciando a presença um do outro e trocando beijos castos.
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