Dead flies and bits of fluff,

Assim que Harry acordou, uma enfermeira entrou no quarto e o ajudou a se trocar, deu lhe o café da manhã e levou ele para a recepção, lá ele viu Remus assinando um papel de frente para a recepcionista, muito provavelmente a sua alta. Atrás dele estava Sírius, com uma cara de tédio encarando o teto.

-Pai, papai, olá!

Ambos fitaram Harry com sorrisos no rosto, esperaram que ele viesse para perto e abraçaram seu menino.

-Está pronto para voltar para casa?

-Sim, quero a minha pulga azul de volta.

-Eu não sou uma pulga!

Harry olhou para baixo, atrás dos pais. Tinha uma criança toda de preto o olhando emburrado.

-Ok Teddy, você não é uma pulga.

O baixinho sorri pro irmão e a família vai caminhando para o carro, entra nele e seguem a viagem conversando.

-Cadê o Theo, pai?

-Ele tava com o seu amiguinho ruivo, Ron. Parece que ele tá com um problema e o Theo tá ajudando enquanto o namorado do ruivo tá indisponível.

Isso fez Harry ficar levemente preocupado, mas como não era da sua conta, resolveu esquecer. Se fosse para saber, eles contrariam quando quiserem e se sentirem confortável, sim?

Jogou esse pensamento pro lado quando viu sua casa perto, mas tinha uma moto ali também.

-O Theo deixou a moto aqui?

-Não, bom... sim, deixou ontem, mas buscou depois...

Todos saíram do carro. Sírius primeiro, pois ele quem dirigia, abriu a porta em seguida para Harry sair também, Remus saiu por último com Teddy em seu colo, quase cochilando.

-Hazzy, que bom que chegou!

Theo falou, desencostando da moto. Como foi que não viu ele ali?

-Theo!

Harry não se segurou e correu para abraçar o amigo, que suspendeu o mesmo, fazendo-o enlaçar sua cintura com as pernas. Theo rodou um pouco, tendo seu macaquinho grudado a si.

-Tá bom, tá bom. Desgruda do meu filho, abutre.

Sírius deu um pequeno tapa no ombro de Theodore, fazendo-o parar de girar e colocar Harry no chão, com o maior cuidado possível.

-Poxa, pra quê isso?

Ele reclama, passando a mão no local acertado. Remus ri e puxa o marido pra dentro, sendo seguido pelos dois jovens.

-O Tio Théo tá aqui? Eu ouvi a voz dele, papai.

Teddy acordava de seu mini cochilo, bocejando e coçando os olhinhos. Uma cena fofa na visão de todos, menos na de Sírius.

-Viu só? Seu 'modelozinho de quinta! Acordou meu filho!

Théo revira os olhos e se aproxima de Remus, estendendo os braços para Teddy, que rapidamente passa para o seu colo.

-Você leva jeito com criança, Théo.

-Tenho que treinar, tio Remus, vai que eu acabe virando pai?

Ele sorriu provocante, olhando para Sírius e depois para Harry, voltando para o primeiro citado, que só faltava sair faísca pelo nariz.

-Seu garoto insolente!

Todos riram da birra de Sírius, até mesmo Edd riu, e ele nem entendeu o que seu tio falou.

-Pai, eu, o Teddy e o Théo podemos ficar lá no meu quarto?

-Claro que podem, Harry, chamo vocês quando for a hora de comer.

Potter agradeceu silenciosamente, de repente, recebeu um beijo na bochecha. Olhou para Théo um tanto confuso, mas entendeu ao ver o olhar furioso do pai de cabelos pretos, então, beijou a bochecha de Nott de volta.

-Tira as mãos do meu filho!

Deu um tapa em Théo, no mesmo lugar que o outro, fazendo o mesmo passar a mão ali e fazer biquinho.

-Poxa Harry, se seu pai continuar me tratando assim, como vamos casar?

-A gente foge pro Havaí, amor.

Subiram as escadas correndo, ouvindo o grito de Sírius ecoar por toda a casa em um "O quê!?" indignado. Os três adentraram o quarto de Harry rindo, encontrando Drica deitada no tapete.

-Drica! Tava com saudades da minha doninha preferida.

Ele se abaixou e pegou a doninha com as mãos, fazendo carinho na mesma e ouvindo seu barulho fofinho, só tirou a atenção dela quando escutou duas coisas se jogando em algo macio, vulgo, Théo e Teddy na sua cama.

-Vem pra cá, deita com a gente, Hazzy.

Harry riu levemente e colocou Drica no chão, se juntando a aqueles dois na cama e apertando Teddy contra si.

-Que saudade que eu senti de você, coisa fofa.

-Também senti saudades suas, Harry!

Theo se derreteu ali, com aqueles dois trocando carinho. E por breves momentos, desejou que fossem uma família.

Não que sentisse algo por Harry além de amizade, nada disso! Queria que, pelo menos, tivessem algum parentesco.

-O que acha, Theo?

-Hum?

-Vamos pegar meu notebook e assistir algum filme que o Teddy queira. Que tal?

-Pode ser.

Harry levantou da cama e caminhou até a sua mesinha de computador, pegando seu notebook ali e voltando para a cama, se sentando na ponta, deixando seu irmão no meio e Theo na outra ponta.

-Quer assistir o que, Teddy?

-A nova onda do imperador!

Assim como dito, Harry coloca o filme e dá o aparelho para Teddy, que se arruma e põe ele em seu colo, permitindo que os três vissem a tela.

Não deu outra, no segundo filme -os 101 dálmatas- os três estavam dormindo.

Remus chamou-os para comer, e como não obteve resposta, subiu para o quarto de Harry, encontrando todos dormindo agarradinhos e o filme passando ali. Ele pegou o notebook e desligou-o, pegando a máquina fotográfica de Harry na cômoda e tirando algumas fotos.

Quando saiu do quarto, levou a câmera consigo e fechou a porta. Foi para a sala e encontrou Sírius tomando uma xícara de café enquanto assistia o jornal.

-Sírius, precisamos conversar.

No mesmo instante, o olhar e atenção de Sírius, que antes estava no jornal, passaram para si.

-Eu juro que não fiz nada dessa vez!

Lupin suspira e senta ao lado do marido, com a máquina em mãos.

-Não é uma coisa que você fez, é uma que você vai precisar fazer.

Black fecha o jornal, curioso.

-O quê, Remus?

-Sobre o Harry, você vai ter que aceitar se um dia ele vier a... sabe? Ter um relacionamento.

-Eu aceito que o Harry tenha um relacionamento! Mas ele não tá pronto pra isso agora, entende?

-Claro que está, só porquê ele não contou pra gente, ele não pode namorar!?

-Eu tenho medo que o garoto que ele se apaixonar, faça a mesma coisa que aquele idiota do Tom fez, não podemos processar todos eles pra sempre!

Sírius levantou deixou sua xícara na mesa de centro e puxou os cabelos, visivelmente nervoso.

-Não posso deixar com que machuquem nosso menino de novo, Remus. O James nos confiou o Harry, a Lilian nos confiou o Harry! Não quero desapontar eles...

-Nenhum de nós quer, mas por favor, não mencione Lilian e James aqui, Harry pode ouvir...

Remus levanta e abraça o marido, que aperta-o em seus braços.

-Tudo bem, podemos conversar sobre isso depois? Quero ficar só com você agora.

Sem falar nada, Remus balança a cabeça, concordando. Se separam e sentam no sofá, voltando a se abraçarem.

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Ron estava deitado sob Blaise, na cama do moreno com este lhe fazendo carinho nos fios ruivos. Estavam a pouco conversando sobre o que havia acontecido no dia anterior.

Logo após o acontecido, Théo consolou o ruivo e instruiu a mãe deste a pedir o divórcio, indicou advogados e tudo mais. Molly achou melhor deixar Ron e Gina fora de casa pra organizar tudo melhor, assim, Nott ligou para Blaise com o telefone de Weasley, que recebeu os irmãos em sua casa apropriadamente.

Ele também agradeceu a Theo por salvar o namorado e se despediu.

Ambos eram muito gratos a ele.

-Amor, já dormiu?

-Não Blas, pode falar.

-Acha que a doninha tem razão?

-Sobre quê?

-Sobre... nós dois parecermos casados?

-Blas, meu bem. Nós praticamente somos casados.

Ambos riram e voltaram a trocar carícias, naquela imensa bolha de carinho que rodeava os dois.

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