Breathing in your dust
Harry não queria estar fazendo isso.
Ele não estava preparado para ter essa conversa com Edward.
Não.
Não é o pesadelo de "De onde vem os bebês?", ele espera que essa demore bastante! Talvez ele responda essa quando Ted fizer 32...
Enfim, a conversa é sobre...
– Ted, o que está acontecendo na escola?
Definitivamente, ele não queria falar sobre isso.
– Nada. A tia Alinne tá menos chata só.
– Que ótimo! Mas... tem alguma coisa ruim acontecendo com você na escola, Ted?
O garoto baixou a cabeça e tensionou as mãos.
Havia chegado onde queria.
– Harry, eu sou adotado?
Uh...?
– Como assim, meu amor?
– O Pai e o papai não podem ter um barrigão que nem as mães dos meus amigos, e os bebês vem do barrigão das mulheres, né?
– Sim, os bebês vem de lá, mas não pergunte como, isso é assunto para os 13 anos.
Ele acena com a cabeça.
– Mas... se os papais não podem ter barrigão, como eu vim parar aqui? Eu não tenho uma mãe... eu sou adotado?
– Olha, você não é adotado... mas não sou eu quem deve te falar isso. O Remus e o Sírius tem que te contar uma história, eles te contariam de qualquer jeito quando você fosse mais velho, mas já que as coisas tem que ser assim... Espere ok? Eu já volto.
Harry sai do quarto de Ted, onde estava conversando com o irmão. Ele desce as escadas e entra na cozinha, onde Remus e Sírius conversavam sobre algo trivial, era dia de folga de ambos.
– Uh, pai.
Sírius levanta a cabeça, sorrindo para Harry.
– Sim, Hazzy?
– Hoje, quando eu fui buscar o Ted, a Steffany me contou que tem algo acontecendo com ele e nos mandou conversarmos com ele. Eu tava lá no quarto dele conversando e... ele perguntou se era adotado.
Os ombros de Remus tensionaram, os lábios de Sírius foram precionados juntos, o clima era pesado.
– Eu acho que chegou a hora de contarem pra ele...
Remus suspira e olha para Harry, sorrindo.
– Tem problema se você tomar conta dos outros enquanto saímos com Ted?
– Tudo bem, papai. Eu vou ficar em casa de todo o jeito.
Ele assente e levanta, levando Sírius a fazer o mesmo.
– Amor, vai ligando o seu carro. Vamos visitar a Tonks.
Remus fala e sai da cozinha, subindo para o quarto de Ted.
– Ei, Harry.
– Uh?
Harry olha para Sírius, que tinha se aproximado.
– Sabe, o Ted tem apenas 5 anos, ele perguntou sobre ser adotado e acho que vai perguntar sobre a Tonks quando contarmos, mas você...
– Pai, eu sei que sou adotado, obviamente. Eu nunca perguntei, mas sabia que era adotado.
– Não tem nenhuma pergunta? Sobre seus pais biológicos...
–Eu tenho pais ótimos, pra quê preciso saber sobre outros? Vocês são o suficiente para mim.
Ele sorri, dando um abraço em Sírius, que aperta o filho contra o peitoral, como para protege-lo.
– Eu te amo, Harry.
– Também te amo, pai.
Depois de se separarem, eles vão cada um para um lado, Sírius para a garagem e Harry para a sala.
Já haviam almoçado, era por volta das duas da tarde, Lily estava dormindo no quarto de Albus e James, que também dormiam, Harry agora ficaria sozinho, praticamente.
Quando Remus passa pela porta da frente com Ted no colo, ele suspira e pega o celular.
Uh... e se?
Ele põe a mão no bolso do casaco, pega o papelzinho com o número de telefone e decide adicionar.
Contato "O loiro lá" salvo.
[O loiro lá]
online
Oi?
Olá, quem é?
Harry Potter
Oh, olá Harry!
O que está fazendo?
Eu estou fazendo absolutamente nada, e você?
Cuidando do Scorp, a Astoria tá atolada com coisas da faculdade.
Yaa, que chato pra ela :c
Uma pouco, mas ela dá conta.
Fez as compras?
Ainda não, tava arrumando o Scorpius para sairmos, mas não consigo encontrar a lista de compras.
Voe falou que tinha colocado na agenda da Astoria.
Vou ver se tá lá.
ESTAVA! Que bom, já tava enlouquecendo, juro.
Hahaha
Que bom que achou
Sim, agora eu vou lá, preciso fazer essas compras antes que eu perca a lista novamente.
Certo, até mais?
Até logo, Harry.
Até, Draco.
Harry sorri, bloqueando a tela do celular e pensando sobre o que fazer agora, quando, de repente, um som de notificação atrapalha seus pensamentos.
Ele vê pela barra de notificação e sorri bobo.
Soulmate 🔐: Posso te ligar?
Harry desbloqueia o celular e responde com um "Ligae", não demorando a começar uma música instrumental e aparecer a foto do melhor amigo.
_Harryyy
_Que foi, bebê?
_NÃO FALA ASSIM QUE EU APAIXONO!
_Se eu falar um "a" com a intonação diferente você se apaixona, Theo
_Uh, não mentiu.
Eles riem.
_Mas vai, fala o que iria falar
_Ah, eu tô na cidade, voltei hoje de manhã mas estava muito cansado e resolvi dormir, acordei agora a pouco e tô comendo, quer vir aqui?
_Uh uhm, tô cuidando dos meus irmãos.
Harry atualizava Théo sobre tudo o que acontecia com ele, inclusive falou sobre os amigos de Sírius deixarem seus filhos alí, bom... ele não falou assim.
Harry havia contado a Théo que ouviu a briga e que tinha descoberto que eles eram seus irmãos, afinal, ele precisava de alguém para desabafar.
_E os tios? Hoje não é a folga deles?
_Bom, sim mas... o Teddy perguntou se era adotado...
_Eles levaram ele pra ver a Tonks?
_Uh, sim. Meus irmãos estão dormindo, então nem rola eu ir.
_Sem problemas, vou terminar de comer e ir aí, tô morrendo de saudade, Hazz...
_Eu também, Théo, eu também...
E a ligação se encerra. Harry estranhou como a voz de Théo estava diferente, não na voz, na entonação, talvez?
Bom, ele deixou isso de lado e ligou a televisão, pondo um filme na Netflix, para aguardar a chegada do amigo.
Não demorou mais de 10 minutos, Harry ouviu o portão da frente abrindo e fechando, depois a porta da sala e então, viu ele colocando o capacete no canto da sala. Antes de dizer alguma coisa, Théo já havia deitado no sofá e o colocado por cima.
– Que saudade que eu tava do seu cheirinho!
Ele disse, abraçando Harry com força, mas tomando cuidado com a ferida do mesmo.
– Também tava morrendo de saudade de você, Théo.
Ele enterra a cabeça no pescoço do mais velho, suspirando.
– O que fez lá? Digo, além de trabalhar.
– Uhm... fui em várias cafeterias e vários restaurantes, pensei em te levar lá nas férias.
– É bonito?
– Maravilhoso! Você vai amar.
– Aguardarei.
Eles sorriem e se arrumam em uma posição que dê pra ver a televisão e não parar de se abraçarem.
– Imagina, seus pais chegam e vêem a gente assim.
Harry ri, imaginando a cena.
– Sírius iria te matar.
– Ele é muito ciumento com você, Hazz...
– Sim, mas não tem motivo pra ter ciúme de você!
Ele fala, brincando, mas ao ver que Théo não riu, Harry olha pra ele confuso, coisa que o faz começar a falar.
– Sabe, Harry... eu tirei um tempo nessa viagem pra pensar, refletir sobre mim mesmo, sabe? E eu queria saber... se eu nutrisse sentimentos por você, o que aconteceria?
– Nós conversaríamos, dependendo da ocasião, iríamos estabelecer limites de toque físico ou então... entraríamos em um acordo, caso eu achasse que pudesse retribuir seus sentimentos.
Harry fala com calma, olhando nos olhos do amigo.
– Uhn, entendi.
Ele olha pro lado.
– Tem algo a me falar, Théo?
– Sabe, Harry... -Ele suspira.- Eu percebi que realmente gosto de você desde não sei quando, eu realmente te vejo como um amigo, mas tem algo a mais, sabe? E eu... eu não sei como te contar isso de uma maneira que transmita o que eu sinto. Eu não tô dizendo que quero que você retribua meus sentimentos, mas também não queria ter me que restringir quanto a você, e eu-
O menor põe a mão na boca do amigo, rindo de leve de como ele falava.
– Eu te dei duas opções, não vamos precisar nos restringir ok? Eu... eu acho que consigo retribuir seus sentimentos, mas não crie tantas expectativas, certo?
– Consegue retribuir?
– Sim... bom, não é tão difícil gostar de você.
Ele ri, passando uma mão no rosto de Theo, esse que se senta direito no sofá, trazendo Harry pro seu colo, de um jeito que ele sentasse nas suas coxas, sem invadir o espaço pessoal e tomando cuidado com a cirurgia do menor.
– E.Eu posso... posso...
Potter sorri, assentindo e laçando as mãos na parte de trás do pescoço de Théo quando ele se aproxima, se inclinando na direção um do outro, ambos os olhos se fecham, as respirações se misturam e, finalmente, os lábios se tocam.
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É DRARRY EU JURO
Mas eu não resisti aos Therry 😭😭😭
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