Vilarejo
– Certo, pegaram tudo? – Christopher perguntou checando se estavam todos presentes com suas mochilas compactas em mãos, contando com o dedo até seis enquanto apontava para a cabeça de cada um – Certo, estamos todos aqui. Podemos ir?
– Ele está com o espirito jovem. – Seungmin resmungou revirando os olhos diante das covinhas persistentes do loiro de cachos, porém não quis ficar para trás.
– Sabe... Eu estou com medo de tudo isso... – Jeongin murmurou para o mais velho, recebendo um olhar curioso do mesmo conforme andavam floresta a dentro – Toda essa história é muito assustadora...
– Mas ainda assim você veio. – Hyunjin comentou alfinetando o mais novo, recebendo uma risada alta do garoto bochechudo que concordou – Você também não podia rir, você dormiu enrroscando no Seungmin e acordou suando frio por causa de um pesadelo.
O Han logo perdeu o sorriso, não era confiável dormir perto de Hyunjin, já que ele costumava dedurar todos os seus podres... Mas ele não podia reclamar muito, já que também costumava dedurar os podres do mais velho.
– Mas pessoal, não temos o motivo de ter medo. – Chan disse com um olhar confortável mediante a situação, voltando a atenção o tempo inteiro por onde andavam – Basta não se perder e continuar na trilha, vamos conhecer aquele vilarejo da lenda e vamos para casa com uma bela experiência divertida.
– Ou como uma bolsa de sangue para demônios sangue-sugas. – Seungmin murmurou, querendo ou não, também estava assustado, mesmo não querendo dizer... mentira, ele só queria deixar Jeongin mais medroso do que já estava.
– Seungmin! Não fala assim que ele tem medo! – Woojin repreendeu, o mais novo estava encolhido em seus braços.
– Pessoal, não precisamos ficar com medo. É só uma lenda, essas coisas paranormais nem existem. Entendeu? É só algo para ganhar dinheiro. – o Bang relembrou, finalmente vendo uma ponte de madeira que parecia bem conservada, localizada após um cercado velho e quase aos pedaços – Por falar nisso, chegamos.
Todos olharam atentos, passando um por um na ponte, pois mesmo que parecesse boa e nova, talvez poderia pregar peças.
O rio que cercava o enorme vilarejo era farto e cristalino, parecia fundo demais próximo a ponte, porém na outra extremidade do vilarejo, era possível até mesmo se sentar sem que a água tocasse em seus ombros.
As casas eram aparentemente de madeiras novas, provável que alguém tivesse reformado aquele lugar a fim de atrair visitantes, alguma propaganda de market, talvez?
Da mesma forma que o chão era limpo, mesmo após a tal chacina da história em Verbena, não conseguiam acreditar que nem haveria uma manchinha de sangue velha ou casas destroçadas como na história dizia.
– Eu disse que não precisariam ter medo! – o Bang comentou com um enorme sorriso, até um som alto surgir em seus ouvidos, atraindo sua atenção para o interior de uma das casas.
Mesmo que a aparência seja de uma casa reformada, o modelo em si parecia de vilas antigas dos filmes da TV, a cor variava entre madeiras claras e escuras, mas sempre haviam alguns detalhes incomuns como placas dizendo sobrenomes de possíveis antigos moradores e o mais bizarro, todas possuíam luz, mesmo que estivesse vazio.
Porém ouvir uma janela bater não estava na lista de algo possível, ainda mais naquele lugar aonde não estava ventando tanto.
As janelas eram antigas, dos modelos que o vidro sobe caso arraste para cima e desce quando abaixa... Obviamente.
Não era normal um vento tão pouco como este, que mal levantava os fios de cabelos, arrastar uma janela assim, ainda mais uma tão antiga, deveria ser impossível.
– Vocês ouviram ou estou ficando louco? – Woojin perguntou, uma voz baixa e preocupada.
– Ouvi também... – Seungmin respondeu, atendo aos arredores.
– Não tem como saber de onde vem, todas as casas possuem as luzes acesas e nem faz sentido isso! Não há postes! – Jeongin pareceu ter surtado, mesmo que gritasse em voz baixo, parecendo um chiado.
Estavam aprensivos, amedrontados, até uma silhueta baixa e musculosa surgir de dentro de uma das casas.
O homem baixo de fios negros observava cada um como se julgasse até o fundo de suas almas, o que não era nada confortável para os visitantes.
– D-desculpa... Não sabia que existiam moradores aqui... – Christopher disse de antemão, arrancando um arquear de sombrancelha do mais baixo – Somos visitantes, viemos conhecer a vila... Se possível...
O silêncio pareceu reinar, até o Han, como sempre tinha o costume, interromper aquele silêncio constrangedor... Dizendo algo ainda mais constrangedor.
– Acho que ele não fala a nossa língua. – Jisung disse com um olhar arregalado, recebendo uma risada do homem.
– Na realidade eu falo sim... E recomendo que não fiquem muito tempo fora de algum abrigo. – o homem deu de ombros, voltando para a casa aonde estava, mas ele não esperava que isso soasse como um convite, pois todos eles entraram como uma fila indiana – Eu disse que podem procurar um abrigo... Tem diversas casas vazias.
– Mas essa está ótima. – Jisung respondeu rindo, tirando um olhar indignado do homem – Prazer, baixinho. Me chamo Jisung.
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