Milo e Camus

Eu te conheço?  – Camus questionou, entortando um pouco a cabeça, a pouco tempo o homem chamou seu nome, ele lhe era bem familiar.

– Claro! Sou eu! Milo! Não sei se lembra, mas você precisou da minha ajuda a uns anos, sabe... Quando eu tinha uns quinze anos você precisou da minha ajuda para achar seu sobrinho naquela floresta ao Sul, perto da alcatéia. Aí eu o farejei, te entreguei e você me deve uma. Então hoje vim aqui, pois-

Milo simplesmente levou um tapa, um lindo tapa em sua nuca.
Camus revirava os olhos, puramente em tédio e agonia.
Agora se lembrava dele.

Milo era um lobisomem da tribo do Sul, um jovem lobisomem que conheceu em um acampamento com o sobrinho que na época não tinha nem quatro anos e já aprontava o inferno a fora.
Porém não teriam formas de se esquecer desse garoto, ele simplesmente não calava a boca.
Era um palestrante do caralho.

Camus se lembrava perfeitamente da cantadas que recebeu do rapaz com meros quinze anos, sendo que na época Camus já tinha quase seus 27 anos.
Foi necessário um lobisomem mais velho, vulgo Kardia, pai de Milo, arrastar o garoto pela orelha para tirar ele de perto do humano que só queria um pouco de paz, pelos céus, Camus não sabia nem que ali havia um alcatéia, se soubesse seria o último lugar que pisaria.

Porém isso não era motivo do rapaz agora aparecer, depois de quase vinte anos ele resolveu simplesmente aparecer.

– Eu sei quem é você, garoto. Só fala o que quer, eu tô ocupado. – Camus revirou os olhos, lobisomens levavam muito a sério quando deviam algo a alguém ou quando alguém lhe devia algo, capaz de ser massacrado se negasse.

– Eu preciso chegar a Verbena, a vila do centro de Verbena. Não sei se conhece Albafica, mas ele pediu ajuda de meu pai e... Bem... O velhote bateu as botas e o cara nem faz idéia. Enfim, preciso chegar lá, pois eu devo um favor a ele e ele me cobrou esse favor. – Milo explicava com um sorriso.

– Olha, eu estou indo para o "inferno" em Verbena... Meu sobrinho desapareceu com os amigos e tô achando que aqueles lobisomens do Norte tem algo a ver. – o azulado comentou, ligando o carro enquanto ignorava a cara apavorada do rapaz – Te darei a sua carona. É Caminho, não?

– S-sim mas... Você não pode ir! – o lobisomem tocou sua mão, arregalando os olhos com seja lá qual motivo. – É perigoso!

– Garoto, eu sou um caçador. Eu aproveito e pego erva medicinal com Alba e pronto. Eu sou mestre em matar lobisomens selvagens. – o azulado revirou os olhos, o rapaz ao seu lado nem notou a farpa que recebeu, afinal, ele era um dos tipos de lobisomens selvagens, apartir do momento que a sua sociedade não era urbanizada.

– Cara! Entenda meu lado! Não são lobisomens selvagens! Lá é basicamente o centro entre duas alcatéias rivais e dois vampiros retar-

– Calma aí... Vampiro?

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