Marca de Carinho

Quando o primeiro bruxo conheceu o primeiro vampiro, ele se apaixonou. Foi amor a primeira vista.

O bruxo se chamava Asmita e o vampiro se chamava Defteros.

Os dois possuíam uma linda história de amor, aonde o imortal fazia de tudo para arrancar os sorrisos do bruxo, até que depois de quase dois anos de amor, o bruxo resolveu presentear o seu vampiro com uma arma capaz de matar qualquer criatura.

De acordo com o bruxo Asmita, uma guerra entre espécies estava perto, com a criação dos Lobisomens, precisaria de uma ajuda extra sobre a sua força, então uma arma capaz de acabar com qualquer espécie, era perfeita.
O vampiro Defteros de início não aceitou, mas quando notou que realmente o seu amado tinha razão, ele aceitou tal presente.

Uma marca de sangue surgiu em seu pulso, a cor era rosa, como o amor que Asmita possuía pelo seu imortal, puro, inocente e gentil, mesmo após anos, sequer consumaram daquele amor, pois o vampiro respeitava mais do que tudo a inocência de seu querido.

Porém sempre havia algo tentando destruir a paz.

Com a guerra, a vila dos bruxos criados foram destruídas, o que mais doeu tanto em Asmita quanto em Defteros, foi que, a vila foi destruída por vampiros.

O vampiro ainda tentou lutar, mas sua arma não era capaz de matar vampiros, ela nunca os mataria, pois ela era feita para proteger o vampiro de outras espécies.
Pensando em um meio de proteger Asmita, Defteros resolveu pesquisar por si só como fazer uma arma para que protegesse seu bruxo, porém o máximo que aprendeu foi criar a melhor e mais poderosa barreira, que se ergueria sozinha em caso do seu bruxo se ver em perigo inconscientemente.

Estava tudo bem assim, os dois sozinhos iriam reerguer a vila dos bruxos.
Defteros se exilou dos vampiros, sendo finalmente um exilado, adotivo de bruxos, um vampiro forte e poderoso.
Asmita não poderia estar mais feliz, porém isso não duraria.

Em um dia, Asmita saiu em busca de plantas medicinais, algo que talvez não pareça, o bruxo escondeu muito bem, mas ao criar a arma, o bruxo perdeu sua visão.
O vampiro percebeu, mas não queria expor algo que seu bruxo não quis lhe dizer.

O loiro saiu sem companhia, longe da vila, desprotegido.

– O que faz aqui? – a voz era de Defteros, o que fez o bruxo sorrir, iria dar uma desculpa boba, mas tudo o que recebeu foi um selar.

Asmita ficaria feliz, mas estava confuso, seu amado parecia diferente, ele estava irritado, mas o beijou, então deveria estar tudo bem.

Quando o selar foi quebrado, o bruxo iria questionar, quando sentiu pela primeira vez, as presas afiadas enfincando-se em seu pescoço.
O grito de dor ecoou, Asmita não conseguia segurar, mesmo sentindo que sua vida acabaria ali, o bruxo sorriu, acariciando a cabeça de seu amado, enquanto lhe dizia que o amava e que estava tudo bem.

Enquanto por sua "visão" o vampiro que mais amou estava o matando para saciar a fome, isso não era a realidade vista por outro.

Aquele nunca foi o seu Defteros, aquele era Aspros, um vampiro capaz de se transformar em qualquer outro graças ao seu poder concedido do vale das bruxas.

Quando Defteros chegou, já era tarde e a proteção se tornou maldição.

A marca azulada que o pulso de Asmita carregava desapareceu, surgindo no pulso do vampiro assassino, com o tom vinho.

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