– Então temos visitas. Eles estão atrás do que afinal? Não tem nada que atraia tantos exilados assim. – Minho se perguntava, olhando em sequência para o rapaz desacordado no sofá, fedendo a sangue e lobo, enquanto os dois vampiros (Chan e Felix) fediam ao sangue sujo do humano na tentativa de transformação.

O sangue de um transformado não costuma atrair exilados, então deveria haver algo maior por trás de tudo.

– Eles estão atrás do garoto de sangue dourado. – o Seo respondeu o que pensava ser óbvio – Um sangue desses, com certeza eles sentiriam a quilômetros de distância.

– E continuo achando que ele sabe demais para um simples vendedor de apartamento. – o Han murmurou, claramente desconfiado do Seo.

Por sua vez, Jeongin e Seungmin julgavam o Han com os olhos, pelo amor, ele era muito lezado. O cara criou uma arma de sangue e apontou ela várias vezes para eles, óbvio que aquele cara não era um mero vendedor de apartamentos, tinha coisa por trás, mas agora isso não era a prioridade.

– O que são exilados? – o Kim questionou, tentando entender o que acontecia ali.

– Não se preocupe, se você sobreviver a isso, eu te explico. – Minho disse como uma forma de conforto sádica.

Não poderiam deixar os humanos expostos, seria jogar todos os seus planos ao lixo, o melhor seria manter ao menos os humanos que estavam vivos, em segurança.

– Seo... Consegue proteger eles? – Minho questionou, recebendo um olhar indignado dos presentes, mas o Seo apenas riu, achando cômica a situação.

– Claro que sim, mas o cadáver ali eu não vou nem tocar se tentarem matar. Vão me fazer é um favor. – o Seo arrastou o Han pelo braço corredor a dentro, sendo em sequência seguido pelo Kim e pelo Yang, que não sabiam o que fazer para não atrapalhar seja lá o que iria acontecer ali.

– Eles estão aqui... – Felix sussurrou, se encolhendo sobre o sofá quando percebeu seu corpo fraquejar – A barreira!

– Irmão, não se preocupe com nada... Eu vou te proteger. – Minho sussurrou, sabendo que o irmão ouviria bem graças aos ouvidos afiados.

Christopher estaria encarregado de pelo menos reforçar a segurança extra, mas ele estava bem mais preocupado em proteger o corpo do Kim desfalecido no espaço vago do sofá, ao lado do Lee ruivo, pois sabia que ninguém iria se preocupar em proteger o suposto falecido.

Um baque alto soou pelo lado de fora, os vampiros sabiam que estavam ali, atacando a barreira invisível que Felix tentava manter com toda sua força.
Seu nariz sangrava como uma cascata interminável, sua cabeça doía cada vez mais, até que algo maior bateu contra a barreira.

Seus olhos se arregalaram, a dor em seu peito havia se espalhado para todo o seu corpo, conforme a barreira lentamente caia pelo chão, como uma cascata holográfica, mostrando aos invasores que haviam conseguido o que queriam.

Porém quando arrebentaram a porta enorme de madeira escura, a primeira visão que se depararam ao ver a sala de estar, foi o vampiro de fios castanhos, carregando em suas mãos a enorme foice feita do seu próprio sangue.