Uma Luz de Esperança
Alfheim. Alguns minutos antes.
Tsukyoumi, Quarys e Loki continuavam se recuperando da batalha contra Aegir, enquanto isso em volta deles, seus bravos guerreiros continuavam se esforçando ao máximo para derrotar as criaturas transformadas de Aegir. Os elfos pulavam entre as enormes árvores de Alfheim, disparando flechas e ataques mágicos, os ninjas atacavam a distância, usando suas kunais e outras técnicas ninjas, samurais golpeavam com suas espadas cortando as criaturas. Os jotuns se espalharam por todo Alfheim, conseguiram chegar perto inclusive do palácio real de Quarys. Os elfos que faziam a guarda do palácio lutavam com garra e determinação para proteger o palácio.
Tsukyoumi montou uma barreira usando a energia das Magatamas em suas costas para proteger Quarys e Loki enquanto se recuperavam. A deusa da lua ficou do lado de fora da barreira fazendo guarda, pronta para atacar quem ousasse se aproximar.
- Muito obrigada por sua ajuda Deusa Tsukyoumi. – agradeceu Quarys.
- Não precisa agradecer rainha. Eu fiz apenas o necessário. – afirmou Tsukyoumi.
- Claro... Pelo menos agora temos a vantagem aqui. – disse loki.
- Loki, da próxima vez que ativar aquilo eu te mato. – disse Quarys dando uma tapa nas costas de Loki.
- C-claro, claro, entra na fila – disse Loki reclamando.
Ao longe um pequeno portal se abriu no céu, os três guerreiros logo ficaram espantados, não tinham como imaginar se era um amigo ou aliado, Tsukyoumi ordenou que Quarys e Loki continuassem sua recuperação enquanto ela verificava a situação. Tsukyoumi levitou subindo aos céus ficando um pouco acima de sua barreira. Ao se aproximar pôde ver do que se tratava. Era seu irmão Susano.
- Tsukyoumi! Foi difícil encontrar sua leitura mágica. Achei que estivesse em Midgard. – disse Susano se aproximando.
- Eu fui mandada aqui como reforço pela Almirante Nautica. Mas o que faz aqui? Você não estava em missão? – questionou Tsukyoumi.
- Sim... E eu já acabei – disse Susano mostrando o item que tinha em mãos.
Tsukyoumi ficou surpresa. Estava feliz em rever sua verdadeira arma novamente, a terceira dos três tesouros sagrados de Yamato, Yasakani no Magatama. Diferente das Magatamas nas costas de Tsukyoumi, Yasakani no Magatama era diferente. Uma joia que era usada como uma espécie de colar mágico pela deusa da lua, sua magia amplificava ainda mais o poder das outras magatamas e também os poderes de Tsukyoumi. A joia significava literalmente: “Joia em formato de gancho” ou “Joia Curva” devido ao seu formato.
O deus das tormentas entregou a joia para sua irmã, após entrega-la, Susano explicou para Tsukyoumi que Kaguya havia retornado de alguma forma. A deusa da lua começou a chorar de felicidade, finalmente poderia rever sua irmã mais uma vez. De repente, um circulo mágico de comunicação apareceu para os deuses. Todos se assustaram, pois a voz do outro lado estava com bastante pressa e ainda por cima, ouvia-se o barulho de explosões ao fundo.
Nidavelir. Alguns minutos antes.
Na terra dos anões, a batalha continuava pela cidade que agora já se encontrava praticamente destruída. Hel em cima de Fenrir disparava bolas de chamas negras queimando os jotuns ao redor, Thrud golpeava as criaturas com seu machado, abrindo caminho para que Tholin e Ulin pudessem achar um abrigo no palácio real dos anões. Uma nova leva de soldados esqueletos vindos de Helheim se levantava do chão atacando ainda mais os monstros.
A batalha durou por mais algum tempo até que finalmente a cidade estava livre de Jotuns, Hel mandou que seus soldados andassem por todo o reino de Nidavelir, a fim de procurar novas ameaças. Tholin e Ulin pararam em frente às escadas de entrada do palácio, alguns magos anões correram para curar os feridos em batalha, e principalmente ajudarem sua princesa e as deusas presentes.
A visão da cidade era de se espantar, corpos de inocentes no chão, soldados mortos em batalha, e vários monstros em todo o lugar. A cidade dos anões havia sido completamente destruída, por sorte as Valquírias que morreram em batalha conseguiram evacuar uma boa parte dos cidadãos para dentro do palácio real. Hel saltou e pousou a frente de Fenrir, o lobo se abaixou e começou a descansar. Hel caminhou até Thrud, a deusa da batalha estava quase no limite.
- Que legal essa nova arma. – afirmou Hel.
- Obrigado Hel. Pedi para o velho Volundr fazê-la para mim junto com a armadura. – disse Thrud enquanto recebia magia de cura de um dos anões.
- Interessante. Você e seu primo são todos iguais. Só pensam em lutar e lutar.
- É pode até ser, mas acho que agora eu o supero em uma batalha. Essa belezinha aqui ainda não mostrou 100% de seu poder. – disse Thrud orgulhosa da nova arma.
- Nossa. O que este machado tem de tão especial assim? – questionou Hel.
- De acordo com o velho Volundr ele tem a capacidade de... – de repente Thrud foi interrompida.
Um circulo mágico de comunicação foi aberto para Hel e Thrud de dentro da cidade, as duas ficaram surpresas, não esperavam um chamado assim do nada. A preocupação agora pairava sobre as guerreiras.
Midgard. Palácio de Nordicia. Algumas horas antes.
Nautica e Senna, continuavam monitorando a evacuação da população de Midgard através do mapa desenhado no chão do trono real. Foi quando perceberam que o sinal mágico em cada um dos três pontos começou a se intensificar, a almirante percebeu que os reforços haviam chegado para auxiliar na batalha. Enquanto isso do lado de fora, mais e mais pessoas começaram a entrar na cidade, as Valquírias auxiliavam a todos, indicando o caminho que teriam que tomar para dentro da barreira.
Eram muitas pessoas, a cidade estava quase enfrentando uma Superlotação. Nautica deu ordens para que as Valquírias esvaziassem um pouco a cidade, colocando vários grupos de pessoas dentro de novos portais e que os levassem em direção a cidade de Yamato. Nautica pediu para que um dos ninjas e um samurai que faziam a guarda acompanhassem as Valquírias e ajudassem a organizar a população. A evacuação seguia seu rumo, até que através de um portal uma bola de fogo surgiu explodindo a área, matando algumas pessoas que estavam perto. O portal foi fechado, um grupo de magos da academia de magia de Nordicia correu para tentar socorrer os feridos. Nautica se assustou e olhou para o mapa, viu que a área onde Thor se encontrava estava toda destruída.
- Almirante! Temos informações! – disse um dos recrutas chegando à sala do palácio.
- Diga-me, como estão as coisas? – questionou Nautica.
- Os feridos foram levados para uma ala medica próxima, infelizmente um grupo de mais ou menos 100 pessoas acabou morrendo no ataque, descobrimos que o ataque veio do vilarejo onde Surtur se encontra. - respondeu o recruta.
- Entendo. Bom trabalho! Volte a ajude os outros. – disse Nautica.
- Certo! – responde o recruta saindo da sala as pressas.
- Parece que temos problemas. – disse Senna.
- Sim princesa. A evacuação está quase terminada, nosso único problema é organizar todos. Thor! Está na escuta? – disse Nautica invocando um circulo mágico.
Sem resposta. O Deus dos Trovões estava em total silencio.
- Thor? Está ouvindo? Thor? – insistiu Nautica.
Thor continuava sem responder, o deus dos trovões estava tão concentrado em sua batalha, que o circulo mágico de comunicação não se ativava. A comunicação somente seria ativada se o ser do outro lado estivesse totalmente concentrado para responder. Nautica se irritou e direcionou sua comunicação para Asgard, na tentativa de que pelo menos Skuld respondesse.
- Skuld está me ouvindo? – questionou Nautica.
- Nautica. Sim estou. – responde Skuld.
- Ótimo! Temos problemas por aqui, não vou explicar os detalhes, mas Thor e Surtur estão se enfrentando em um vilarejo ao norte daqui, preciso que vá para lá imediatamente. – disse Nautica.
- Certo! Farei isso! – disse Skuld desativando a comunicação.
Mais tarde, Nautica acompanhava os movimentos de todos pelo mapa, notou que Aegir e Skadi haviam desaparecido de seu radar, logo concluiu que Alfheim e Nidavelir estavam praticamente seguras apenas com sinais de Jotuns espalhados pelos reinos, coisa que os soldados poderiam resolver.
De repente, Senna e Nautica começaram a ouvir gritos vindos do lado de fora. As duas correram para ver o que estava acontecendo, ao chegarem do lado de fora, viram vários e enormes pilastras de fogo surgindo do solo, e de dentro delas, varias criaturas de fogo, destruindo todo o lugar por onde passavam, as pessoas que ainda não conseguiram entrar na barreira dentro da cidade aos poucos foram sendo atingidas, morrendo no processo.
Nautica mobilizou todas as forças do palácio para combaterem as criaturas. Senna também correu para o campo e batalha, como princesa de Nordicia e também como cavaleira. Nautica voltou para dentro e olhou com mais cuidado o mapa, viu vários pontos de ataque de Jotuns se espalhando aos poucos por Midgard. Nordicia e Yamato não tinham como enfrentar todas essas criaturas sozinhas.
Nautica fechou os olhos e suspirou, ficando um pouco mais calma. Novamente, ativou um enorme circulo de comunicação diretamente com Alfheim e Nidavelir. Enquanto isso o barulho das explosões ficavam mais intensos do lado de fora.
- Alguém... – BOOM! - Alguém na... Escuta? – perguntou Nautica.
- Aqui é Tsukyoumi. Estou na escuta.
- Aqui é Hel, estou ouvindo!
- Ótimo! Vou repassar o que esta... – BOOM! -... Acontecendo em Midgard... Ouçam com... Atenção! – BOOM! - Não digam nada! - BOOM! - Apenas ouçam! – disse Nautica com bastante pressa.
Midgard. Atualmente. Local da batalha contra Surtur.
Skuld continuava de joelhos olhando a tenebrosa cena a sua volta, Jotuns destruindo tudo ao seu redor. Thor se levantou e puxou o Mjionir para suas mãos e começou a combater as criaturas, Thor saiu em disparada pelos céus de Midgard, derrubando os Jotuns que via pela frente com poderosos golpes de seu martelo e também com raios vindo do céu, Amaterasu também se levantou aos poucos, a Deusa do Sol canalizou energia do próprio sol para poder regenerar sua magia.
Logo, Amaterasu estava novamente recuperada e partiu para ajudar o deus dos trovões no combate, Amaterasu começou a disparar varias bolas de fogo, acertando as criaturas que estavam indo em sua direção. Os soldados asgardianos lutavam bravamente tentando repelir o exercito de criaturas, porém estavam quase chegando ao limite de suas forças, não iriam aguentar mais tempo. Surtur continuava em pé rindo, vendo toda a destruição se espalhar por Midgard.
- Sintam o medo! O desespero! Queimem até que suas almas se tornem cinzas! HAHAHAHAHAHA! – disse Surtur rindo.
- Ei Skuld! Por quanto tempo pretende ficar ai? Levanta logo e lute! – disse Thor desviando de algumas criaturas.
- Ele está certo... Skuld! Vamos! Não deixe o sacrifício de Urd ser em vão. Está guerra... Ainda não acabou. – disse Amaterasu enquanto disparava bolas de fogo nos inimigos.
Skuld percebeu os esforços de seus amigos tentando impedir o avanço dos monstros, rapidamente enxugou suas lágrimas com os braços e se colocou de pé. A Valquíria estava decidida a seguir os conselhos dados por Hel anteriormente e proteger todos, afinal a verdadeira derrota era perder a esperança. Tais palavras ecoavam por sua mente e então, Skuld abriu suas asas e saiu voando, disparando varias rajadas mágicas nas criaturas. Surtur continuava apenas observando os esforços inúteis de Thor, Amaterasu e Skuld tentando repelir seu exercito.
O senhor do fogo preparou em sua mão três enormes bolas de fogo e as lançou em direção aos três. O golpe pegou todos de surpresa, acertaram os três ainda no ar, fazendo-os cair no chão, rapidamente todos foram cercados por varias criaturas, Amaterasu se preparava para lançar uma barreira a fim de tentar impedir o ataque das feras, mas não conseguiria a tempo.
De repente, os monstros a sua volta começaram a queimar sendo reduzidos ao nada, apenas cinzas voaram pelo ar enquanto as criaturas terminavam de queimar. Thor e Skuld olharam para Amaterasu, porém a deusa do sol afirmou que não tinha sido ela. Surtur também achou estranho, da onde tinha vindo tais chamas? Pensou ele.
Novamente vindo dos céus um enorme e poderoso raio surgiu acertando Surtur com muita força. O senhor do fogo gritou de dor, novamente, outro raio o acertou, desta vez o fazendo ficar de joelhos por um breve momento.
Surtur emanava ódio em seu rosto, olhando diretamente para Thor. Skuld e Amaterasu agradeceram Thor pelo o ataque, mas o deus dos trovões alegou que também não era ele o dono do golpe. Todos ficaram confusos. Da onde estavam vindos tantos ataques poderosos assim? Pensaram eles. Foi então que ao topo de uma colina, todos puderam observar uma sombra um tanto quanto familiar. Com o sol nascendo as suas costas, a luz do novo dia iluminava aos poucos a figura de Thrud, a Deusa da batalha.
- O que achou dessa em caveira velha? Gostou do poder do StormBreaker? – gritou Thrud.
- Parece que chegamos bem a tempo. – disse Hel montada em Fenrir. Ficando ao lado de Thrud.
Rapidamente junto com Thrud e Hel, Tholin e a já recuperada Ulin surgiam com um grupo de anões a sua volta. Skuld soltou um enorme sorriso, Amaterasu ficou aliviada e Thor estava totalmente perdido, com uma expressão de confusão em seu rosto, se perguntava como Thrud sua prima também podia controlar trovões.
- Ajoelhe-se e alegrem-se! Seu salvador está aqui! – disse Loki surgindo com um exercito de Elfos a suas costas, acompanhado pela rainha Quarys, Tsukyoumi e seu irmão Susano.
Amaterasu ficou feliz em rever seus irmãos novamente. Todos estavam prontos para decidirem a batalha e terminar a guerra. Surtur se levantou enfurecido. O senhor do fogo sacou sua espada que estava cravada nos chão e olhou para todos a sua volta.
- Vocês! Não cansam de me atrapalhar! Mas tudo bem. Eu mostrarei que nada adianta esta pequena e frágil união de vocês. – disse Surtur convocando enormes ogros de fogo vindos de Musphelheim.
As criaturas estavam saindo de dentro dos pilares de fogo espalhados pela região. Todos ficaram surpresos, mas não com medo, afinal agora tinham uma chance de vencer, todos estavam reunidos, se prepararam para o último combate que decidiria o destino dos nove reinos, todos estavam prontos para enfrentarem a batalha final contra o senhor do fogo.
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