Partida
Já era de manhã em Yamato, o sol começava a surgiu nos céus, e do lado de fora do palácio onde os deuses ficavam os soldados ainda faziam toda a limpeza da cidade, haviam se passado dois dias depois da guerra, o dia anterior foi de um grande funeral em homenagem as vitimas da guerra, todos participaram. Após o algumas horas perto do meio dia, Susano reuniu todos no salão principal do palácio, ninjas, samurais, guerreiros e guerreiras com diversas habilidades se reuniram a pedido do Deus das tormentas, Tsukyoumi e Amaterasu também estavam presentes, juntamente com Kaguya.
Susano havia apresentado Kaguya oficialmente para seu povo, e logo depois junto com suas irmãs e sob o consentimento de todos no local, Susano deu a Kaguya o titulo de Deusa do Eclipse. O nome veio devido ao golpe que usou na batalha final contra Surtur. Quando todos souberam, boatos rapidamente se espalharam e chegaram aos ouvidos de Susano. Kaguya ficou surpresa e logo agradeceu seu povo e principalmente seus irmãos. Estava feliz por estarem juntos novamente.
Mais tarde ao por do sol, os irmãos se reuniram na entrada da cidade, Kaguya estava com uma lança em mãos, a arma havia sido um presente de seus irmãos devido ao seu retorno, Kaguya estava pronta para partir.
- Tem certeza minha irmã? Eu posso ir junto se quiser – questionou Amaterasu.
- Não precisa. Vocês três podem ficar tranquilos. Eu quero ver como este mundo, como Midgard mudou depois desse tempo todo em que fiquei selada sozinha. Preciso ver isso com meus próprios olhos. – afirmou Kaguya.
- Bom, eu não vou insistir você sabe se cuidar sozinha. Mas saiba que sempre estaremos aqui. Afinal esta é sua casa. – disse Susano.
- É claro. Pode deixar.
- Eu quero lembranças quando você voltar Kaguya – afirmou Tsukyoumi.
- Pode deixar, eu trarei para todos. Então... Até mais... Meus queridos irmãos. – disse Kaguya dando um longo abraço em seus irmãos.
Kaguya saiu caminhando calmamente, seu objetivo era ver como Midgard havia mudado depois de tanto tempo, seus irmãos acenaram e disseram palavras de boa sorte. Kaguya se virou e acenou de volta para os três. Logo depois a Deusa do Eclipse como estava sendo chamada, começou a levitar lentamente e depois de alguns momentos observando Yamato de cima, saiu voando pelos céus de Midgard.
Helheim. Após a guerra.
Hel chegava ao mundo dos mortos após vários dias longe de casa. Depois que a guerra contra Surtur teve seu fim, a rainha governante de Helheim pôde finamente voltar para casa, ao lado de Fenrir. O lobo que estava bastante cansado das lutas que enfrentou, partiu em direção ao local onde ficava geralmente para descansar. Hel se virou e seguiu rumo ao castelo dos mortos.
No caminho, passou por alguns rios, as águas roxas saindo de algumas caveiras alocadas ao lado dos rios, dava ao cenário um visual um pouco assustador, as águas terminavam caindo em uma enorme cachoeira mais a frente. Hel atravessou uma ponte e depois de mais alguns minutos, chegou ao castelo. Hel tomou um longo banho, comeu algo e se sentou no trono. Um dos seus soldados surgiu parando em frente à Hel.
- Minha rainha é bom vê-la novamente – disse o soldado.
- Vamos ao que interessa. Como estão às almas daqueles que morreram? – perguntou Hel.
- Estão chegando aos poucos... As almas dos mortos estão sendo guiadas por nossos soldados. Elas terão seu devido descanso minha rainha. – respondeu o soldado.
- Ótimo! Continuem com o trabalho, temos muito que fazer por aqui. Deem a essas pobres almas o descanso que merecem. Não quero ver moleza. Dispensado! – gritou Hel para o soldado.
- Sim! – respondeu o soldado correndo para a saída do palácio.
Hel soltou um leve suspiro, e começou a caminhar em direção a uma das torres do palácio, de lá do alto, pôde ver as florestas de árvores mortas, os grandes rios e a cachoeira que havia visto mais cedo. Mais ao longe, também pôde ver seus soldados fazendo todo o trabalho de guiar as almas dos mortos para seu lugar de descanso, Hel sabia que teria muito trabalho a fazer, Helheim ficaria bem agitada com tanto serviço por um bom tempo.
Asgard. Um dia depois da guerra.
Já estava de noite em Asgard, o céu se encontrava limpo, sem nuvens, as estrelas podiam ser vistas com bastante nitidez nos céus da terra dos deuses. Todos os deuses asgardianos, toda a população, os soldados e também as Valquírias estavam à frente do enorme oceano que cercava Asgard. A frente das margens do grande oceano, dentro de vários barcos estava os corpos das vítimas da guerra, ou pelo menos de quase todos, alguns estavam com pertences dos mesmos, um colar, uma parte da armadura ou algo que fosse de valor sentimental para o asgardianos.
Nem todos tiveram seus corpos recuperados durante a batalha contra os jotuns, e por isso, parentes resolveram usar coisas que os representassem bem. A frente de todos estava Skuld olhando atentamente para o corpo de Urd.
Skuld se lembrava do tempo em que se tornaram Valquírias, dos treinamentos em conjunto, das muitas batalhas que travaram protegendo os nove reinos, e de seus duelos para verem quem comia mais, geralmente esses duelos aconteciam sempre em algum festival, seja em Asgard ou Midgard.
Skuld sorriu, em suas mãos estava à lança Gungnir, e amarrado a sua cintura estava o Mjionir. Thor havia entregado a lança Gungnir para Skuld, alegando que ela deveria usá-la para fazer o funeral das vitimas. Aos poucos, os asgardianos e alguns deuses começaram a empurrar os barcos que lentamente, iam flutuando em direção à beirada da enorme cascata.
Todos fecharam seus olhos por um momento, rezando pelas almas das vitimas, desejando que encontrassem paz após sua gloriosa batalha para protegê-los. Quando os barcos chegaram à metade do caminho, alguns arqueiros dispararam flechas com pontas de fogo em direção aos barcos, aos poucos as flechas foram acertando, fazendo com que os corpos e pertences das vitimas fossem queimados.
Quando os barcos estavam próximos da margem quase caindo pela cascata, Skuld bateu Gungnir no chão, fazendo um enorme barulho. De repente, os barcos começaram a flutuar no ar, e saindo das chamas, havia uma energia brilhante indo rumo às estrelas no céu de Asgard. Este, era um sinal para que o corpo físico fosse separado da alma. Todos contemplaram as luzes aos poucos sumindo no céu estrelado, alguns derramaram lágrimas, outros desejavam paz às almas de seus companheiros.
Skuld olhou para os céus e então uma lágrima escorreu por seu rosto, a Valquíria deu um sincero sorriso e disse palavras de despedida para as almas, agora todos que lutaram, poderiam finalmente ter seu descanso eterno.
"FIM..."
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