O Estourar de uma Nova Batalha

Surtur e seus generais, Aegir e Skadi, caminhavam em frente a uma legião de jotuns, ao chegarem à fronteira entre Midgard e Musphelheim, Skadi e Aegir conjuraram um grande portal mágico, cada uma em frente a seu batalhão, as duas generais junto com seu determinado batalhão de Jotuns entraram no portal, desaparecendo logo em seguida, Surtur continuava a andar calmamente com o restante de seu exercito logo atrás.

- Vão minhas queridas servas. Destruam os mundos. – disse Surtur com um sorriso diabólico em seu rosto.

A brisa fria do vento dava uma sensação de medo, principalmente no meio de uma evacuação. Em vários lugares diferentes dentro dos reinos, as Valquírias que cuidavam das patrulhas dentro de cada mundo começaram a evacuar os moradores que não podiam lutar, iam de vilarejo em vilarejo, de cidade em cidade, tirando famílias de suas casas a fim de protegê-las do mal que estaria por vir.

Com exceção do território sombrio e recluso dos Elfos Negros, das Terras de Jotunheim, a ilha secreta dos Therians e a própria Musphelheim, as Valquírias ajudaram a evacuar os cidadãos de Nidavelir, e das cidades de Midgard, na terra dos anões Thrud havia conseguido apoio total da raça dos anões, os soldados faziam guarda junto com algumas Valquírias na entrada, enquanto dentro da cidade, Thrud e os anões que usavam magia ajudavam a população a se organizar.

Na temida e sombria terra dos mortos Helheim, a Deusa dos Mortos Hel estava pronta para a guerra, havia montado um exercito de mortos, soldados esqueletos, usando armas e cajados mágicos. Hel estava com um visual diferente de antes, adaptado totalmente para a guerra, algumas partes como suas botas e suas luvas eram feitas da junção de ossos, seu vestido também havia mudado, agora era um uniforme de guerra, preto com detalhes em roxo, dessa vez Hel iria com seu fiel cão de guarda, Fenrir.

Em Nordicia, Nautica, Senna e Tsukyoumi organizavam as forças humanas que iriam para o ataque, a Deusa da lua havia trazido um grupo formado por ninjas e samurais, Tsukyoumi havia dado ordens para que alguns guerreiros de Yamato ficassem na cidade e a defendessem caso o ataque chegasse até eles, vários soldados de Nordicia se preparavam para o combate, todos faziam guarda pesada em volta da cidade. Nautica mandou uma frota para o mar com um novo navio da marinha, sua frota cobria cada canto das aguas que circulavam em volta de Nordicia.

Tsukyoumi e seu esquadrão de ninjas e samurais patrulhavam as áreas próximas à cidade cobrindo uma grande área tomando todos os cuidados possíveis. As Valquírias que ajudaram a evacuar os humanos, montaram uma barreira de proteção dentro da cidade para proteger as pessoas que chegassem perto.

Em Asgard, Heimdall e Tyr faziam a guarda da Bifrost, Thor estava montando um pequeno batalhão de ataque que iria com ele rumo a Midgard, para auxiliar a princesa Senna e todos que estariam por lá. Deixaria apenas a quantidade necessária de soldados em Asgard para defesa da já destruída Valhala.

Enquanto isso antes do amanhecer em Alfheim, Loki se encontrava de joelhos em frente ao trono de Quarys, atrás dele, Bertha estava pronta com seu arco em mãos, em volta do salão do castelo, havia uma guarda de Elfos enfileirados de cada lado, estavam prontos para combater qualquer tentativa de ataque a rainha. O lugar era bem iluminado com paredes de cor azul, atrás do trono havia uma belíssima pintura de Quarys em um enorme quadro.

Loki havia explicado tudo que havia acontecido nos últimos dias para a rainha do elfos, Quarys não ficou espantada nem mesmo demostrou medo algum diante da história contada por Loki, ela sabia que mesmo sendo o Deus das Trapaças, Quarys sabia que Loki não estava mentindo, pois assim como todos os reinos ela também sentiu o despertar do senhor do fogo.

- Loki. Irei ajuda-los a lutar contra Surtur novamente. Porém não estou nenhum pouco a fim de interagir com aqueles Anões inúteis. – disse Quarys.

- Mais é claro minha cara rainha. Eu lhe garanto isso. Suas forças irão agir em lados separados da guerra, acredito até que nem chegarão a se encontrar – afirmou Loki com um sorriso.

- Assim espero Loki. Não quero criar uma guerra dentro de outra. Surtur deve ser detido. – disse Quarys ficando mais seria.

- Minha senhora, eu peço permissão para entrar. – disse a voz de um soldado do outro lado da porta do palácio.

- Entre.

O soldado elfo abriu a porta do palácio, e correu parando ao lado de Loki, logo se ajoelhou em respeito à rainha.

- Minha rainha, algumas Valquírias vieram até o castelo com elfos da região pedindo abrigo. O que faremos? – questionou o soldado.

- Então... Elas já começaram a se mover. Foi rápido meu caro Thor – pensou Loki.

- Parece que a evacuação dos não combatentes começou. Deixe-as entrar na cidade real, escolte-as e depois façam a guarda da cidade, proteja seu povo.

- Como desejar minha rainha – disse o soldado se levantando indo em direção ao local onde estavam as Valquírias.

A cidade real de Alfheim era um lugar escondido por magia, somente os Elfos tinham sua exata localização, o soldado saiu do palácio real e guiou as Valquírias e o grupo de elfos até a cidade real.

- Loki, eu vou te soltar, mas se aprontar alguma...

- Eu sei, vai me matar não é? Olha ultimamente a fila está um pouco grande – disse Loki com um tom de deboche.

- Que bom que você sabe. Vamos... – A rainha Quarys interrompe sua fala e por alguns segundos o silencio reinou na sala.

- Quarys? – questionou Loki.

- Droga! Então eles farão assim é. Bertha! Se apresse e leve um grupo pequeno de arqueiros com você, corram para a floresta, assim que verificarem o local indicado, quero informações exatas de quem são. – disse Quarys com raiva.

- S-Sim! – respondeu Bertha correndo para a saída sem entender muita coisa.

- O que foi isso? Porque mandou Bertha a floresta? – perguntou Loki com muita duvida.

- Eu sinto Loki, quando qualquer um entra ou sai deste reino. A uma magia que apenas eu conheço que faz com que eu consiga monitorar e rastrear leituras mágicas dentro de Alfheim. Com isso eu pude senti-la. – afirmou Quarys.

Em Nidavelir, Thrud estava com uma aparência diferente, havia adquirido uma armadura de guerra preta e azul, com detalhes em dourado, seu machado estava diferente também, havia sido reforjado pelos anões, recebendo alguns aprimoramentos, seu formato também estava um pouco maior e ameaçador, os Anões tinha construído tal equipamento a pedido da Deusa da Batalha há alguns meses atrás.

Acompanhando Thrud rumo ao portão de entrada da cidade, estava a general do exercito dos Anões, Tholin. Tholin era também a princesa do reino, tinha cabelos longos num tom rosa bem claro, usava uma armadura azul na parte de cima de seu corpo, e uma enorme saia dourada, em uma de suas mãos havia uma espada e na outra Tholin segurava um escudo, ambos dourados. Tholin havia perdido o irmão na última batalha contra Surtur, e desde então sentia raiva dos Jotuns.

Logo as duas chegaram ao portão ficaram no meio da estrutura, olhando a paisagem em volta, alguns soldados anões estavam montando guarda em cima do portão e em algumas torres e locais próximos.

- Thrud como está à armadura Thrud? – perguntou Tholin.

- Está perfeita. O velho Volundr mandou bem como sempre. – disse Thrud sentindo-se muito feliz.

- Fico contente que tenha gostado. Agora que estamos prontas e o esquadrão de magia mais os soldados estão prontos, podemos ir ao campo de batalha. O único problema é que iremos ver aquelas orelhas pontudas irritantes novamente. – afirmou Tholin.

- Sim, os elfos estarão conosco assim espero. Nordicia e os outros reinos já devem estar começando os preparativos, a ideia é primeiro evacuar o máximo de pessoas não combatentes e montar um perímetro de defesa em torno das principais cidades, depois iriamos definir um esquadrão para rastrear o sinal dos Jotuns e só então atacaríamos. - disse Thrud.

- É uma boa ideia minha cara Deusa da Batalha. Porém a evacuação deve demorar. São muitas pessoas para evacuar, fora que não sabemos quando aquela caveira de fogo vai atacar. - afirmou Tholin.

- É verdade. Mas é nossa única alternativa. Também não podemos ir até Musphelheim e simplesmente derrota-lo, por mais que eu quisesse isso. Queria que as coisas fossem mais fáceis. – disse Thrud apertando os punhos.

- Bom, pode não ser as mais fáceis, mas o caminho difícil pode se tornar interessante de se explorar, temos que acreditar. – disse Tholin sorrindo para Thrud.

Thrud também sorriu, e logo depois voltaram a observar a paisagem, os primeiros raios de sol começavam a surgir no horizonte da terra dos anões e também em Alfheim. Thrud e Tholin estavam decididas a seguir imediatamente para Nordicia a fim de se juntarem ao exercito contra Surtur. Porém foram interrompidas, tanto em Nidavelir como em uma área afastada de Alfheim, dois enormes portais mágicos se abriram, na terra dos elfos, Bertha e um pequeno esquadrão de elite dos elfos estava próximo do circulo mágico, ao longe, vindo da direção do grande circulo, Bertha ouviu gritos enraivecidos de feras.

Imediatamente a caçadora de recompensas sentiu do que se tratavam as ordens da rainha Quarys. Ao longe pôde ver Aegir caminhando pela floresta, com vários olhos vermelhos atrás de sua presença. Em Nidavelir, uma figura com uma bela armadura de gelo surgia no meio do portal andando calmamente, logo depois, um grande exercito surgiu as suas costas. Skadi estava pronta para acabar com a cidade dos anões. Os reinos não estavam esperando um ataque surpresa, estavam totalmente preocupados em primeiro evacuar os civis.

Enquanto as duas generais invadiam mundos diferentes, o senhor do fogo continuava sua marcha seguindo seu caminho. Se Skadi tinha como alvo Nidavelir e Aegir Alfheim, tendo em conta também que Asgard já havia caído graças aos esforços de Aegir, Surtur queria apenas um alvo, primeiro o senhor do fogo iria destruir a terra dos deuses que o humilhou e selaram da última vez. Midgard. Começando por sua capital, Nordicia. A guerra havia começado a batalha para definir o destino dos nove reinos, seria travada mais uma vez.

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