Sensação Misteriosa!

Planícies de Nordicia.

A batalha entre Quarys e Nautica havia começado, enquanto Avencia e Osíris ainda estavam tecnicamente empatadas, a elfa não desistia mesmo com inúmeros ferimentos pelo corpo, enquanto a deusa do julgamento que também estava com ferimentos atacava freneticamente, após uma troca rápida de golpes as duas tomaram distância observando a batalha que se desenrolava a frente, enquanto tentavam se recuperar. Avencia e Osíris haviam destruído boa parte do local durante sua batalha, sangue escorria de seus rostos e suas roupas de batalha estavam desgastadas. Enquanto isso, Nautica e Quarys percorriam todo o local lançando rajadas mágicas uma na outra, Nautica usava seu rifle para disparar e manter distância, porém quando Quarys se aproximava a almirante usava sua própria arma para se defender.

Logo os disparos mágicos de Quarys ficavam mais intensos, porém Avencia e Osíris notaram que desde que a luta havia começado, Nautica estava séria e fazendo movimentos calculados, em nenhum momento a almirante havia desferido ou partido para um ataque mais direto, Nautica corria e saltava desviando dos ataques de Quarys com uma expressão séria no rosto, a almirante estava em total concentração.

- "Os movimentos dela... Não atacar diretamente... Será que Nautica notou algo que eu não notei?" – se perguntava Avencia enquanto analisava o combate a sua frente.

De repente, Quarys conjurou inúmeras esferas de energia de elementos diferentes a sua volta, as grandes esferas logo foram jogadas com movimentos de seus braços, Nautica fez uma cara assustada, soltou um sorriso forçado e logo começou a correr mais que antes circulando o local. Ao mesmo tempo, a almirante aumentou a potencia de seus disparos acertando cada uma das esferas que se aproximavam, os tiros se chocaram causando uma forte explosão que jogou Avencia um pouco mais para trás e obrigou Osíris e planar um pouco mais alto.

- "Ainda não... Mais um pouco... Só mais um pouco." – pensava Nautica enquanto desviava dos ataques.

Nautica estava concentrada, porém a almirante após desviar da esfera de fogo que explodiu a suas costas causando uma forte onda de destruição, sorriu olhando para Quarys que a observava, logo a almirante bateu a palma de sua mão esquerda no chão lançando magia em solo. De repente, o chão em torno de Quarys começou a emitir um brilho intenso em cor azul.

Osíris se assustou e Avencia apenas observava tudo com um sorriso, o circulo mágico estava prendendo Quarys no solo por uma grande onda gravitacional. Com o rifle em mãos, Nautica mirou na elfa e disparou com força máxima, para evitar errar, a almirante lançou mais e mais disparos, Quarys com movimentos um pouco lentos evitou alguns tiros, porém logo um deles acertou em cheio a joia de Osíris em seu colar.

De repente, uma grande torrente de energia mágica circulou o local em volta de Quarys que gritava de dor, a elfa sentia a magia de Osíris deixando seu corpo aos poucos, alguns ferimentos foram sendo feitos conforme a energia mágica se dissipava, não demorou muito para que Quarys fosse ao chão, com sua pele de volta ao normal e desacordada, a elfa tinha inúmeros ferimentos graves em torno do corpo. Osíris se surpreendeu e soltou um olhar de fúria se aproximando do corpo da elfa, porém, Nautica disparou mais alguns tiros evitando tal aproximação.

- Como percebeu? – questionou Osíris com raiva.

- Treinamento com artefatos mágicos era uma das aulas da academia de Nordicia, assim que cheguei e vi Quarys, notei que algo poderia estar canalizando sua energia mágica sobre a dela, foi então que notei que toda vez que Quarys atacava a joia em seu pescoço emitia um brilho de acordo com o ataque, depois só precisei preparar um circulo mágico gravitacional para prende-la por alguns instantes. E aqui estamos nós, eu analisei seus movimentos por um tempo e logo deduzi os padrões de ataque dela para poder formular meu plano da melhor forma. Confesso que se não desse certo, o plano B era a melhor opção. – respondia Nautica com um sorriso.

- Impressionante... Eu não esperava menos da estrategista e ex-almirante da marinha. – afirmava Osíris.

- Fico grata por tais palavras, mas agora só falta você. – dizia Nautica apontando seu rifle mágico para Osíris.

- Não ache que eu serei como ela... – dizia Osíris se preparando para o combate, porém parando em seguida. – Essa sensação... Não me diga que... – dizia Osíris com um olhar assustado olhando o horizonte.

- O que esta acontecendo? – se perguntava Avencia se levantando com dificuldades.

De repente, Osíris com seu olhar assustado abriu um portal mágico desaparecendo em seguida, deixando Nautica e Avencia com um olhar de espanto e preocupadas com tal ação da deusa Egípcia.

- O-o que aconteceu? - questionou Avencia com um olhar de surpresa se aproximando de Nautica.

- Eu não faço ideia... Mas para ela recuar assim do nada... Algo de muito ruim está para acontecer. - respondia Nautica engolindo seco.

Oeste de Nordicia.

As duas Valquírias, Heavor e Randgrid continuavam sua luta em conjunto contra Bastet, porém a batalha não estava nem um pouco a favor das duas guerreiras aladas de Asgard, Bastet era mais ágil, mais rápida, seus golpes não pareciam ser fortes, porém combinados a sua velocidade a deusa se tornava uma inimiga formidável. Ao fundo os soldados continuavam a travar sua batalha uns contra os outros, as forças da deusa Bastet estavam em minoria e estavam perto de perderem, porém com o encantamento da deusa, as forças aliadas de defesa enfrentavam seus amigos que foram controlados pela magia de Bastet tornando a batalha um pouco mais difícil.

As duas Valquírias mantinha distância de Bastet, estavam com seus trajes de batalha desgastados e com inúmeros ferimentos em torno do corpo, o cenário em volta estava completamente devastado, a batalha já havia pegado toda região oeste de Nordicia e aos poucos prosseguia mais para o centro. Bastet estava em cima dos destroços de uma casa em posição de combate, como se uma fera estivesse pronta para dar o bote em sua presa, a deusa possuía alguns ferimentos em torno do corpo, porém nada que a impedisse de atacar novamente.

Randgrid e Heavor se entre olharam e encararam sua oponente pronta para outra rodada. O escudo e as adagas das Valquírias estavam completamente destruídos, sangue escorriam de seus rostos, Heavor possuía apenas sua lança quase intacta para atacar.

De repente, ao lado de Bastet, um portal mágico se abriu revelando a figura de Osíris. As Valquírias logo recuaram mais um pouco e se concentraram em sua nova oponente, enfrentar duas deusas ao mesmo tempo seria uma tarefa difícil de fazer, porém teriam que tentar de qualquer jeito. Randgrid notou que Osíris estava com um olhar estranho, como se algo a preocupasse.

- O que faz aqui? – questionou Bastet olhando a deusa.

- Vamos recuar... – respondia Osíris engolindo seco.

- Recuar? Por que eu faria isso? – questionou Bastet novamente.

- Você estava tão entretida com sua briguinha que não notou nada a sua volta não é? Você sabe por que aceitamos essa aliança com a Cleo... Você sabe que ela tem aquilo em sua posse e sabe também o que é preciso para ativa-lo não é? – respondia Osíris com uma pergunta.

- Não me diga que... – de repente Bastet parou e sentiu a energia mágica de Thoth e Sekhmet desaparecerem, ao mesmo tempo em que sentiram uma forte energia magica em solo. – Ela não faria isso? Não com a gente aqui.

- Eu não duvidaria. Por isso vou recuar e garantir minha segurança e a de minha cidade, se ficarmos aqui poderemos ser atingidas e usadas quando tudo acontecer. E quando acontecer, com o poder que ela pode conseguir, será pior que em nosso passado sangrento contra "ele"... – afirmava Osíris com um olhar sério.

- Tsc... Eu concordo... Porém não fico nada feliz com ela usando isso. Se ela ativar aquilo, Nordicia será destruída, assim como quase aconteceu com Egípcia no passado... E pensar que lutamos tanto para evitar aquilo em nosso continente para ela libertar seu poder novamente... Maldita Cleo... Dominar esta terra era apenas uma desculpa para libertar aquilo... – dizia Bastet ficando em pé com um olhar sério.

- Então... Vamos voltar a nossos palácios e apenas assistir... E se isso se alastrar para nosso território, estaremos prontas... – afirmava Osíris atravessando o portal mágico.

Randgrid e Heavor olharam assustados, pois mesmo longe, puderam ouvir boa parte da conversa, ao ouvirem Nordicia ser destruída, as Valquírias voaram em disparada atacando as deusas com suas magias, porém não chegaram a tempo. Os golpes acertaram o solo causando uma forte explosão, em seguida as duas pararam planando no ar com um olhar assustado.

- O que ela quis dizer com aquilo? – questionou Heavor.

- Eu não sei, mas acredito que esse tempo todo, toda essa batalha fazia parte de algum outro plano inimigo. Temos que avisar os outros de algum jeito! - respondia Randgrid.

- Sim, mandaremos familiares aos pontos de ataque enquanto terminamos tudo por aqui. – sugeriu Heavor.

Randgrid concordou e em seguida, as duas Valquírias criaram pequenos animais com sua magia, as criaturas que se assemelhavam a pequenos dragões com quatro asas, carregavam as informações obtidas pelas duas, às criaturas percorreram o céu rapidamente levando para os outros campos de batalha a informação que deixou as Valquírias em alerta máximo. De repente, após quase meia hora, um forte tremor começou a percorrer o solo, as Valquírias se assustaram assim como os soldados que pararam suas batalhas, ao olharem para o céu, as guerreiras aladas viram grandes pilares de magia no horizonte.

Randgrid e Heavor perceberam algo estranho e saíram rapidamente do campo de batalha junto com outros soldados, ao se afastarem, conseguiram por pouco evitar serem atingidas por outro pilar de magia que se elevava aos céus, a energia mágica era densa, alguns soldados aliados e inimigos foram pegos pela energia desaparecendo, Heavor e Randgrid se afastavam o máximo que conseguiam, se perguntando o que exatamente estava acontecendo em Nordicia.

Momentos Antes. Palácio de Cleo. Egípcia.

A rainha das serpentes estava concentrada em seu mapa mágico, de longe, Cleo observava todos os combates que se desenrolavam pelo seu continente e também por toda Nordicia. Após mais alguns minutos de observação, Cleo notou os sinais mágicos de Thoth e Sekhmet desaparecendo do mapa mágico. A rainha das serpentes deu um leve sorriso forçado enquanto se levantava. A rainha também notou que ao norte, a joia entregue a ela para Skadi foi destruída e Skadi desapareceu, o que deixou Cleo com uma expressão séria em seu rosto.

- Por mais que agora estejamos em desvantagem está tudo seguindo sua ordem como planejei. Marcas de sangue em lugares diferentes daquele continente imundo... Agora... Falta uma última coisa e tudo estará pronto para que eu possa controlar tudo... Vocês me serviram bem... Thoth, Sekhmet... – afirmava Cleo sacando sua espada do bolsão mágico.

Aos poucos, a rainha das serpentes correu para fora de seu palácio usando magia para planar no ar, indo para fora de sua cidade e pousando ao chão, Cleo criou um imenso circulo mágico de onde uma enorme serpente dourada surgiu. Seu corpo destruiu boa parte da entrada da cidade, obrigando alguns escravos e parte da população a correr causando confusão pela cidade, a serpente tinha escamas duras como pedras e presas enormes, Cleo acariciou a fera que abaixou a cabeça ficando próximo a sua mestra, em seguida, Cleo subiu a suas costas e junto com seu familiar, a rainha das serpentes partia ao campo de batalha.

Perto do Rio Vermelho.

Hel e Anúbis percorriam o local em volta do rio travando uma poderosa batalha, as duas deusas da morte trocavam golpes intensos, Anúbis golpeava com sua foice tentando acertar Hel com força máxima, porém a governante de Helheim se defendia com precisão usando lâminas de chamas negras. As duas deusas golpeavam uma a outra gerando ondas de magia que percorriam o lugar causando pequenas destruições na área em volta, após se afastar por um tempo, Anúbis lançou um corte mágico com sua foice, Hel deu uma cambalhota no ar desviando do golpe em seguida, suas lâminas se desfizeram e com um movimento rápido, Hel conjurou suas Labaredas Infernais.

O jato de chamas negras tendo a forma de mãos nas pontas percorreu a área indo em direção a Anúbis, a deusa egípcia girou sua foice com velocidade tentando extinguir as chamas de Hel, porém sua arma logo se quebrou lançando estilhaços pelo ar, Anúbis rapidamente começou a voar com velocidade evitando os disparos sequenciais de Hel, porém alguns acertaram de raspão sua perna e braços, deixando queimaduras em seu corpo.

Hel cessou os ataques e novamente partiu para cima de sua oponente, Anúbis se aproximou com velocidade da deusa de Helheim pronta para atacar. As duas deusas se encontraram trocando intensos socos e chutes envoltos com magia, aos poucos as duas começavam a ganhar mais ferimentos, suas roupas de batalha se desgastavam conforme os golpes acertavam. Hel se afastou de Anúbis novamente e conjurou seu Buraco Negro o lançando em direção a Anúbis que usou o mesmo golpe.

As esferas gravitacionais se chocaram com força causando uma forte explosão, Hel estava com um olhar de fúria assim como Anúbis, em meio a fumaça gerada pelo choque dos golpes, Anúbis surgiu pronta para desferir outro ataque em volto de magia, Hel se lançou para o lado direito desviando do golpe, em seguida, a deusa tentou desferir um chute em Anúbis que foi logo bloqueado pelo braço livre da deusa egípcia, Hel girou seu corpo e tentou outro chute cruzado, porém Anúbis girou no ar gerando um mini-tornado de magia que afastou Hel.

De dentro do tornado, Anúbis lançava inúmeras rajadas mágicas que acertavam o lugar a sua volta criando mini explosões, alguns disparos acertaram Hel que foi pega de surpresa, os tiros mágicos atingiram os braços e o rosto de Hel lhe arrancando um pouco de sangue. Anúbis parou seu giro e logo depois partiu ao ataque, seus movimentos estavam um pouco mais rápidos, Hel tinha certa dificuldade em se defender. A governante de Helheim foi acertada com golpes rápidos que a lançaram em meio às areias do deserto.

Anúbis planava no ar com alguns ferimentos pelo rosto e corpo, enquanto Hel se levantava encarando a deusa nos céus a sua frente, Hel tinha um olhar de fúria em seu rosto, a governante de Helheim havia notado que desta vez era para valer, as habilidades de Anúbis estavam muito superiores a sua primeira luta. A governante de Helheim enxugou o sangue em seu rosto com eu braço e logo começou a planar no ar novamente, a sua volta uma poderosa aura de mágica de Helheim começava a percorrer seu corpo mudando seu visual.

- Manto da Escuridão! – sussurrou Hel invocando sua armadura negra de batalha.

- Então estou vendo este visual pela segunda vez. – afirmava Anúbis com um sorriso malicioso.

- Essa é a magia que desenvolvi depois de dominar por completo meu lado negro. Agora vamos recomeçar. – afirmava Hel partindo ao ataque.

Enquanto isso, Skuld terminava de se recuperar parcialmente com magia de cura, a Valquíria se levantou se alongando enquanto se preparava para planar, Skuld observou que Hel com sua armadura e Anúbis travam uma poderosa batalha novamente, as duas deusas da morte estavam em um ritmo muito rápido para se acompanhar. Skuld notou também que a luta que estava mais para uma vitória de Anúbis de repente, ficou em pé de igualdade. Com o Mjionir em mãos, Skuld começou a planar no ar olhando para a outra batalha que se seguia mais afastado de onde estava.

Grace e Norn que já estavam bastante feridas pelo combate, atacavam intercalando seus movimentos, tentando acertar Madjed com seus golpes, porém a guerreira egípcia desviava com precisão, seu traje estava desgastado, o manto que cobria seu rosto estava parcialmente destruído revelando seus longos cabelos vermelhos e um olhar de fúria. Madjed usava círculos mágicos e magias diversas para se defender e atacar. Skuld pensou logo em ajudar suas amigas, tendo em vista que Madjed não aparentava ser uma guerreira de ataques diretos e em maior numero, seria uma vantagem a mais para a equipe.

Quando a Valquíria estava para se afastar, logo Skuld se jogou para o lado desviando de um poderoso raio. Ao se virar, Skuld viu Thor se levantando com um olhar de fúria e ainda mais poder passando pelo seu corpo, a Valquíria já imaginou que de alguma forma, a Força Odin, a segunda forma de sua Restrição Divina havia se manifestado, pois o corpo de Thor estava completamente energizado, porém Skuld também sentiu que desta vez seu poder esta um pouco estranho comparado a antes. Segurando firme o martelo em suas mãos, Skuld deixou de lado suas teorias e pensamentos e se concentrou na batalha a sua frente, Skuld sabia que deveria por um fim ao tormento de Thor de qualquer jeito ou algo pior poderia vir a acontecer. A Valquíria começou a olhar para Thor com um brilho intenso em seu olhar.

- Queria que você ficasse deitadinho na areia apenas desacordado, mas parece que terei que por um fim em você também Thor! – dizia Skuld com um olhar sério, canalizando não só trovão, mas também seu próprio elemento mágico de luz no martelo.

- D-digno... E-eu... S-ser Digno... D-devolva... M-mjionir... – dizia Thor dando passos pesados na areia.

- Desculpa meu velho amigo... Mas isso não vai rolar! – gritou Skuld indo ao ataque.

Luz e trovões unidos pelo Mjionir empunhado por Skuld, contra a força do deus indigno. A batalha entre os guerreiros asgardianos recomeçava nas areias de Egípcia. Enquanto isso, no horizonte, Cleo e sua enorme serpente se aproximavam do campo de batalha, com um plano secreto em mente.

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