Reunião em Egípcia
Egípcia. Reino de Cleo.
A cidade real de Mênfis estava agitada, todos corriam carregando diversas cestas de comida para dentro do palácio real da rainha das serpentes, as empregadas preparavam um enorme banquete em uma mesa na sala de estar do palácio. Comidas de variados tipos feitas especialmente com ingredientes cultivados pelos agricultores da região. Sua rainha ainda estava no palácio real, sentada no trono olhando alguns relatórios de seu exercito. Quando uma mulher surgiu a sua frente.
Saindo de dentro de uma espécie de portal mágico, a deusa Osíris chegava ao palácio de Cleo. Tinha longos cabelos castanhos amarrados como duas tranças dos lados, usava um pingente na cabeça com uma joia brilhante, um colar verde e dourado em torno do pescoço, uma roupa de batalha branca com uma espécie de saia verde com detalhes em dourado, suas botas e luvas nas mãos eram brancas e em uma delas, Osíris carregava consigo um cajado mágico, e na outra, um bastão amarrado com três lâminas na ponta.
Osíris era conhecida como a deusa do julgamento, comandava a cidade de Duat que ficava ao norte de Egípcia, uma cidade com o maior numero de escravos em todo o continente, trabalhavam para os nobres dos castelos, e assim como a população de Mênfis, trabalhavam nos campos férteis como agricultores. Osíris era uma das deusas aliadas de Cleo, e havia ido fazer uma espécie de reconhecimento do território inimigo.
- Então... Como foi? – perguntava Cleo.
- Digamos que foi uma boa experiência. Os jotuns fizeram seu trabalho com perfeição. Assim, pude avaliar o poder militar de Nordicia com perfeição. Pena que não entrei em combate. Havia duas belas guerreiras que me deixaram deveras empolgada no último ataque. – dizia Osíris.
- Isso é bom... Sua hora vai chegar minha cara Osíris. Por enquanto vamos esperar os outros. – dizia Cleo sorrindo.
De repente, pôde se ouvir um enorme barulho do lado de fora do palácio. Várias pessoas gritando dando espaço para que algo passasse por eles. Cleo e Osíris foram até a sacada do palácio, e observaram enquanto outros poderosos seres chegavam a sua cidade.
- Parece que a nossa festa está para começar. - Afirmava Osíris soltando um longo sorriso malicioso.
A frente estava uma bela mulher com um olhar frio e calculista, com longos cabelos loiros, um quimono branco amarrado com uma faixa vermelha na cintura, em sua cabeça havia orelhas que lembravam muito as de um leão e também um par de chifres. Sekhmet era conhecida como a Deusa do Fogo e da guerra. Governava uma grande cidade ao sul de Egípcia, era conhecida como uma deusa que não tinha piedade de seus inimigos, destruía qualquer um que ousasse entrar em seu caminho.
Logo atrás, outra bela mulher de cabelos pretos, usando uma espécie de coroa em forma de rosto de gato dourada, roupas bem características de egípcia, um manto verde do mais caro tecido do continente, usava luvas e botas de ouro brilhantes, a suas costas havia uma cauda, seu olhar atraia a atenção de todos os homens no local, Bastet era seu nome, conhecida como a Deusa do amor. Comandava um palácio enorme cheio de riquezas, ouros e tesouros escondidos a leste de Egípcia.
Vindo do céu, voando com grandes asas brancas, chegava Thoth, o deus da cura. Tinha cabelos brancos com uma espécie de manto preto cobrindo a cabeça, usava um colar preto com detalhes em dourado, braçadeiras de cor azul, em sua cintura, usava outro manto preto com detalhes em azul e dourado com calças brancas, em seu peito e barriga havia tatuagens brancas em forma de pétalas de flores, Thoth comandava um templo antigo a oeste, onde todos buscavam a ele para curar entes queridos de maldições, doenças, etc.
Por último, vindo caminhando com muita calma, com cabelos brancos com uma tiara dourada, usando uma roupa toda preta com uma espécie de capa azul curta em volta do pescoço, meia calça preta que cobriam toda a perna até chegarem à região da coxa com saltos dourados. Usava braçadeiras pretas cobrindo todo o braço e em suas mãos havia uma lança com uma lâmina normal e outra uma enorme foice. Anúbis a deusa da morte, comandante das antigas pirâmides de Egípcia chegava à cidade.
Todos os deuses presentes haviam sido convocados por Cleo para poderem traçar seu plano de conquista dos outros continentes, todos na cidade de Mênfis pararam para contemplar e adorar a passagem dos deuses por suas ruas, logo todos adentraram o palácio de Cleo, passando por uma pequena ponte que ligava ao portão de entrada do local. Todos adentraram ao brilhante palácio da rainha das serpentes, passando por um longo corredor com inúmeros quadros de sua dona, subiram algumas escadas e enfim, estavam no salão real. Todos os principais governantes de Egípcia reunidos em um só lugar.
- Ainda faltam alguns. O que houve? – questionava Cleo.
- Estão ocupados com outros assuntos. Porém estão dispostos a ajudar. – respondia Thoth.
- Sobre Madjed, ela está preparando algo para mim, por isso sua ausência. - afirmava Anúbis.
- Entendo. Vamos à mesa. Mandei prepararem um banquete enquanto conversamos. – afirmava Cleo guiando o grupo até a sala de estar.
Ao chegarem, viram a mesa cheia com os mais belos pratos de Egípcia. Todos se sentaram em volta e começaram a comer, acompanhados do vinho mais caro e saboroso que Cleo tinha em seu reino. A rainha das serpentes sentou-se de frente para todos. A reunião dos deuses de Egípcia havia começado.
- Então meus caros, deuses e deusas. Já possuo comigo boa parte de informações sobre as tropas de Nordicia. – começou Cleo.
- Graças a mim. Eu me infiltrei secretamente no continente e pude observar de perto suas forças. Enviei tropas de jotuns para atacar alguns vilarejos, atraindo a atenção dos soldados. – afirmava Osíris com uma expressão de vitória em seu rosto.
- Pelo visto fez um bom trabalho Osíris. Esperava que você saísse de lá com alguns ferimentos por entrar em combate. – afirmou Anúbis.
- Eu me segurei ao máximo, pois minha missão era mais importante Anúbis. – retrucou Osíris.
- Enquanto isso, eu enviei algumas tropas até Yamato. Não foram muitas, porém serviram para testar suas defesas. Pena que não trouxeram nenhum bom homem para mim. – afirmava Bastet saboreando o vinho que estava em sua taça de ouro.
- Os Asians estão bem protegidos... Porém duvido que eles se juntem com Nordicia ou Yamato. – dizia Anúbis.
- Os Asians serão difíceis de conquistar, atravessar aquela muralha enorme não será tão fácil. – dizia Thoth.
- Os Therians podem ser um forte aliado nessa batalha. – afirmou Cleo.
- Eles se isolaram dos continentes em uma enorme ilha no meio do oceano. Duvido que interrompam suas atividades para entrar em guerra. Principalmente se aliando a nós ou a eles. – afirmava Sekhmet enquanto mordia um pedaço de carne.
- Eu diria que os Therians irão ficar neutros, assim como os outros continentes. Contra Surtur, soube que eles não moveram um pé para fora de sua ilha. - dizia Bastet.
- Dentre esses, a floresta das Druidas será complicado. Eles estão mais preparados depois de certas brigas com Odin no passado. E agora parece que formaram um novo acordo com a terra dos deuses e sua nova governante. – afirmou Thoth.
- Odin... Um belo homem. Pena que teve seu fim. Eu queria tê-lo derrotado eu mesma. – exclamou Sekhmet com uma expressão de raiva.
- Calma minha cara deusa do fogo. Asgard com certeza não ficará parada com Nordicia e outros reinos sendo atacados. Podemos acabar com eles juntamente com o resto do mundo. Fora que eles tem outros guerreiros bem poderosos, você terá sua chance. – dizia Cleo.
- Eu estou deveras interessada em lutar contra os outros deuses. Vai ser tão divertido. – dizia Osíris.
- Podemos ter uma vantagem. Afinal eles não esperam que nós, ataquemos tão cedo. – dizia Cleo sorrindo.
- Atacar de surpresa? Não é uma má ideia, porém não faz muito o meu estilo. – dizia Sekhmet.
- Sekhmet, seria bom se desta vez você cedesse às estratégias. – afirmou Thoth.
- Acha mesmo que farei isso? Está muito enganado curandeiro. Meu estilo de luta é um pouco mais brutal. E aliás... Meu primeiro alvo já está escolhido. Então não diga o que eu tenho que fazer. – disse Sekhmet olhando com raiva para Thoth que estava sentado a sua frente do outro lado da mesa.
- E enquanto nosso outro assunto? – questionava Cleo.
- Fala sobre os conflitos internos em algumas vilas? – respondeu Osíris com outra pergunta.
- Sim, soube que alguns moradores estão se revoltando contra o governo instaurado. – dizia Cleo tomando seu vinho.
- Isso é verdade. Porém são poucos os que têm coragem para tal feito. Não passam de seres esperando a hora de suas mortes chegarem quando nós impedirmos seus planos. – afirmava Sekhmet.
- E quando isso acontecer, eu irei guia-los para o submundo. – dizia Anúbis olhando para sua lança.
- Parece que as Maldições de Egípcia lançadas pelos antigos faraós para assusta-los, não foi o suficiente para fazê-los nos temer. – afirmou Thoth.
- As maldições ainda estão ativas, foi triste não acabarmos totalmente com elas, porém elas agora servem ao seu propósito de mantê-los afastados, sem que precisemos nos preocupar. - afirmava Bastet girando o vinho em sua taça.
- Sim, mas logo eles nos temerão como nunca antes. Afinal podemos extermina-los quando quisermos. – dizia Osíris.
Após uma breve pausa, todos voltaram a comer e beber do grande banquete oferecido por Cleo, o clima entre os deuses estava um pouco tenso, porém nada que causasse uma briga entre os seres ali presentes. Logo, Cleo voltou a falar depois de tomar mais um pouco de seu precioso vinho.
- Digam-me meus caros deuses e deusas. Vocês sabem por que não temos uma única Valquíria como guarda deste continente, como acontece com os outros? – questionou Cleo se levantando indo para a janela.
- Por que consideramos qualquer outro ser abaixo de nós, alguém que mereça ser controlado. – respondeu Sekhmet.
- Meio certo. O motivo, é que não aceitamos que seres como elas voem por nossas terras dizendo sobre o que é certo ou errado. As Valquírias são guerreiras justas que buscam a ordem enquanto nós... Buscamos a supremacia, dominar os fracos. Se tivéssemos uma neste continente com certeza não estaríamos tendo esta conversa. E isso é nossa vantagem. – afirmou Cleo abrindo a janela.
A brisa do vento entrou no local, já estava de noite e a lua pairava no céu iluminando tudo, várias estrelas podiam ser vistas do palácio de Cleo. Ao olhar para baixo, viu tropas e mais tropas se preparando para o combate, lanças, cajados, espadas, facas, diversas armas de ataque e defesa, estavam nas mãos dos soldados que se preparavam para mais uma guerra.
- Por não termos uma Valquíria, pudemos fazer o que bem quisermos neste reino... E assim será quando os mundos caírem sobre nossos pés... Vocês sabem o que deve ser feito, imagino que todos já tem seus alvos escolhidos... Que a batalha comece... Com um aviso meus caros amigos... – disse Cleo dando um sorriso diabólico, enquanto olhava para o horizonte.
Os deuses de Egípcia após seu grandioso banquete no palácio de Cleo, estavam prontos para entrar em ação. Aos poucos, uma nova batalha estava prestes a acontecer. E os reinos estavam para enfrentar novos e poderosos inimigos.
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