O Início das Preparações de Guerra
As princesas de Nordicia se espantaram, não esperavam um ataque direto ao palácio assim do nada, Grace e Roveria acreditavam que o ataque seria um pouco mais sutil e em um lugar distante do reino, acreditavam que teriam uma abordagem mais estratégica e não que fossem direto ao ponto. Dielle ainda tentou lançar suas espadas novamente em direção a Thoth, porém o deus da cura já estava fora do alcance de suas lâminas que desapareceram em meio ao ar. Dielle se virou e viu Roveria retirando o corpo de seu soldado da flecha que se dissipou logo em seguida, soldados entraram no palácio real socorrendo o homem morto, Diana estava um pouco assustada com toda a situação, mas logo que Dielle se aproximou, a garota se acalmou um pouco.
- Então eles já começaram? – questionou Grace.
- Sim, e parece que não fomos o primeiro alvo. – respondia Dielle.
- Como assim? Eles atacaram outro lugar? – perguntou Roveria se aproximando.
- De acordo com os radares mágicos da marinha, nós detectamos um alto pico de poder mágico na ilha dos Therians, quando enviamos nossos familiares para investigar, vimos à ilha em chamas. – respondia Dielle.
- Por Asgard... Isso é terrível. – dizia Roveria ficando preocupada.
- Só pode ter sido Sekhmet, ela é a única que poderia ter feito isso. – dizia Grace com muita raiva.
- Princesas, o que faremos? – questionou Dielle.
- Mantenha a marinha de prontidão. Eu irei alertar os magos e soldados para ficarem atentos ao entorno da cidade. Reforcem a patrulha da área. Não deixem nada passar! – gritava Grace.
- CERTO! – respondia Diana e Dielle que logo se movimentaram para fora do palácio.
- Minha irmã, parece que começou. – afirmava Roveria.
- Sim. Roveria... Mande uma carta mágica para Asgard. Avise Skuld e a deusa Freya imediatamente. Vamos precisar de reforços e de peso, tendo em vista estes ataques iniciais! – exclamava Grace.
- Está bem, farei isso. Também mandarei um aviso para Yamato, vamos montar uma reunião estratégica antes. Vamos evitar ao máximo que outra tragédia recaia sobre nosso povo. – dizia Roveria se movimentando, buscando uma carta mágica.
- Ótimo! Conto com você irmã. – afirmava Grace.
Grace saiu do palácio as pressas indo em direção a Academia de Magia comunicar os magos do local, no caminho, avisou todos os guardas do palácio para ficarem de prontidão nos limites da cidade. Enquanto isso, Roveria escrevia a carta magica avisando Asgard sobre o incidente, após terminar, correu para o buraco em sua parede e lançou a carta ao vento, logo após a carta se tornou um pássaro de cristal, que seguiu em disparada rumo a Asgard. Em seguida, Roveria estava pronta para avisar Yamato sobre o ocorrido.
Alfheim. Palácio real.
Solstis e Siluria haviam conversado bastante sobre o ocorrido na ilha. A garota meio-humana havia contado como havia acontecido o ataque e o provável destino de seu rei. Siluria não tinha como saber como estava a ilha, e nem se os soldados conseguiram evacuar sua população por completa, Siluria ficaria feliz em saber notícias, estava na esperança de que pelo menos alguns pudessem ter escapado.
- Acredito que após esse ataque, os outros continentes não ficaram parados. – dizia Solstis.
- Sim, principalmente Nordicia. A rainha Cleo tem uma longa história de rivalidade contra o reino. Aposto que eles não deixaram passar. – dizia Siluria.
- E com Nordicia se movimentando, Asgard também entrará na jogada. Assim como Hel. – dizia Solstis ficando séria.
- Outra guerra... E logo quando estávamos começando a caminhar em direção à paz. – dizia Siluria ficando cabisbaixa.
- Sim, mas é inevitável. Enquanto houver aqueles que buscam a dominação e a conquista pela força, haverá aqueles para proteger quem é contra. Conflitos sempre irão existir, e é o nosso dever tentar evitar a maioria deles o máximo possível. – afirmava Solstis se levantando.
- Então... – dizia Siluria olhando para Solstis.
- Pode contar com nós elfos. Não temos esse acordo com os Therians por nada. Vamos ajuda-la. Iremos nos unir a Nordicia e possivelmente a Asgard. Tudo bem para você? – questionava Solstis.
- Sim! Acredito que agora não é hora para sentir remorso por estarmos lutando ao lado daqueles que nos desprezaram, mas meu rei queria acreditar que era possível um acordo com os humanos, então vou seguir com o desejo dele. – respondia Siluria se levantando.
- Ótimo! Antes de irmos a Midgard quero passar em um lugar, e você vem comigo. – dizia Solstis.
- Espera, e você como atual rainha pode sair do seu reino? – questionou Siluria.
- Você saberá em breve. – dizia Solstis piscando para Siluria que estava um pouco surpresa.
A rainha dos elfos sinalizou para que os guardas entrassem no local, Solstis explicou a situação a todos e logo, os elfos entenderam. Os elfos seguindo as ordens de Solstis reforçaram a proteção dentro e fora do palácio. Aumentaram a vigia nos arredores da cidade real como medida de precaução, Solstis sorriu e indicou para Siluria a acompanhar, as duas seguiram para fora do palácio real, indo em direção ao local onde Solstis gostaria de ir antes de acompanhar a guerreira Theriana até Midgard.
Asgard. Palácio Real.
Era mais um dia tranquilo na terra dos deuses, o céu azul sem nuvens, crianças se divertindo pelas ruas de Valhala, Thrud e Tyr treinando os soldados nos campos de treinamento, Valquírias voando em patrulha pelo reino. Tudo parecia normal como sempre esteve nesses últimos meses. Freya estava na cozinha do palácio real, fazia uma leve refeição com algumas frutas que eram colhidas no jardim do palácio. As frutas que muitas vezes eram maças douradas que nasciam somente em Asgard, eram colhidas, plantadas e cultivadas pela Deusa Idun.
Uma mulher de cabelos loiros curtos com uma tiara de folhas na cabeça, tinha olhos verdes, usava um vestido branco com um espartilho dourado por cima, e andava sempre com seu cajado mágico, Idun era ótima com magias de suporte, a deusa era muito amigável, se dava bem com todos em Asgard e cuidava com muito amor e carinho das frutas douradas da terra dos deuses. Idum fazia companhia para a deusa Freya durante sua refeição, conversavam e riam de diversos assuntos.
- Ei Freya! Quando é que você vai casar hein? – perguntava Idun com um olhar curioso.
- C-casar! C-calma ai Idun. – dizia Freya se engasgando com a maça.
- Não adianta esconder, sabíamos que você tinha uma quedinha pelo Thor antes dele morrer pro Jormungand. – afirmava Idun.
- E-eu não sei de nada disso, suas maças estão ótimas né? – questionava Freya fugindo do assunto com o rosto um pouco corado.
- Fugindo não é? – dizia Idun rindo de Freya.
- E-eu? Claro que não! Só estou variando o assunto. - respondia Freya desviando o olhar.
- Entendo. Freya, você deveria escolher alguém logo. Thrud já casou, e se brincar, as outras podem muito bem arrumar alguém. Não seria bom a governante de Asgard ficar solteira. - dizia Idun mordendo uma maçã.
- Eu sei, mas o momento não é muito oportuno para se pensar nessas coisas. - dizia Freya suspirando. - Ainda há muita coisa a fazer depois da última batalha.
- Queria que dias tranquilos fizessem cada vez mais parte da nossa rotina. Mas eu entendo que manter a paz nos reinos é de extrema importância. - Afirmava Idun.
- Exatamente, então... Nada de casamento para mim por enquanto. - afirmou Freya terminando de comer a maçã em suas mãos.
De repente, as duas ouviram passos vindos em direção à cozinha, eram passos de alguém que estava com pressa, logo um soldado com um pássaro de cristal na mão entrou se anunciando.
- Perdoe-me a intromissão deusa Freya, mas é urgente. – dizia o soldado se curvando em respeito.
- O-o que seria? – questionou Freya se levantando.
- Acabamos de receber esta mensagem de Nordicia, como está em um pássaro de cristal, acreditamos que seja urgente. – respondia o soldado.
- Me passe à mensagem, por favor. – dizia Freya.
O soldado estendeu o braço e o pássaro voou para frente da deusa da beleza, Freya conjurou um feitiço desfazendo o pássaro em forma de carta novamente, quando a atual governante de Asgard leu seu conteúdo, uma expressão de espanto e raiva saia de seu rosto.
- Por Asgard... Chame Skuld no palácio real imediatamente, diga que é uma emergência! – gritava Freya.
O soldado assentiu com a cabeça e logo, saiu em disparado pela porta, Freya não conseguia acreditar que Egípcia estava finalmente se movendo.
- Idun nosso assunto ficará para outra hora. – dizia Freya saindo da cozinha indo em direção ao salão real.
- Sem problemas, até breve. – dizia Idun com um sorriso malicioso.
Ao chegar dentro do salão real de Asgard, Freya sentou-se em seu trono, seus olhos passaram pela carta mágica de Roveria novamente e depois se voltaram para sua lança. Minutos depois, Skuld chegava voando adentrando o palácio real de Asgard. A Valquíria ficou a frente de Freya com uma cara assustada.
- Por que me chamou assim tão de pressa Deusa Freya? – questionou a Valquíria.
- Skuld, reúna uma equipe a sua escolha, estou te mandando para Midgard. – respondia Freya dando ordens a Skuld.
- Aconteceu alguma coisa? – questionou novamente.
- Sim, para resumir Egípcia começou seus ataques aos continentes, à ilha dos Therians foi destruída e logo em seguida, o palácio real de Nordicia foi atacado, não se preocupe as princesas estão bem. – respondia Freya ficando séria. – Skuld, vá para Nordicia, auxilie as princesas no que for necessário.
- SIM! Farei todo o possível! – exclamava Skuld começando a sair do palácio.
- E Skuld... Deixei Randgrid avisada, peça para manter as Valquírias e as tropas terrestres em alerta. – afirmava Freya dando suas últimas ordens.
Skuld assentiu com a cabeça e saiu correndo pela entrada do palácio, ao chegar do lado de fora, deu um salto abrindo suas asas e voando até o campo onde as Valquírias geralmente ficavam.
- Cleo, você não cansa de querer tudo para si? – se questionava Freya amassando a carta mágica sobre seu punho com muita raiva.
Após meia hora, Skuld se encontrava na entrada da Bifrost, estava com sua armadura de combate nova e sua espada embainhada na cintura, ao longe pôde ver Norn se aproximando, a Valquíria pousou de frente para Skuld com uma expressão séria no rosto.
- Então vamos entrar em ação? – questionou Norn.
- Sim, uma missão de extrema importância, se falharmos, aquilo que Surtur e Jormungand buscavam pode se tornar real, temos que evitar a todo custo. – respondia Skuld.
- Certo. E só iremos nós duas? – perguntava Norn com uma expressão de duvida.
- Daqui sim, eu já avisei alguém para onde estamos indo não se preocupe, só não sei se ela aparecera na hora. Afinal, acredito que ela esteja louca para entrar em ação também, depois de todo esse tempo. – respondia Skuld sorrindo.
- Ela...? - Norn fez uma pausa pensando, e logo lembrou de quem se tratava. - Entendo, ela certamente será um reforço de peso agora que soube que está mais forte. Então vamos. Precisamos chegar a Nordicia o quanto antes. – dizia Norn dando alguns pulos para se aquecer.
- Sim, Nordicia... Estamos indo. – afirmava Skuld começando a levitar.
As duas Valquírias então alçaram voou passando pelo Bifrost, indo em direção a mais uma batalha para proteger os mundos.
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