O Inicio da Tempestade!

Skadi estava impressionada com a quantidade incrível de magia emanando do corpo de Thrud, era a primeira vez que Skadi via o seu temível Modo Berserker, já que a deusa só o utilizou contra Surtur e mais recentemente contra Tyr quando o mesmo estava possuído pela Essência do Medo de Jormungand.

- I-i-impressionante... – dizia Skadi com um sorriso forçado.

- Vamos no divertir... Rainha de Jotunheim! – gritava Thrud flexionando suas pernas para pegar impulso.

A deusa da batalha rapidamente deu um poderoso salto, deixando o chão as suas costas com uma pequena cratera, Thrud se aproximou com velocidade de Skadi que por muito pouco, conseguiu defender-se do golpe cruzado do Stormbreaker. A rainha de gelo tentou atacar em seguida, porém a deusa asgardiana girou seu corpo bloqueando a espada de Skadi. A rainha de gelo se afastou logo em seguida enquanto Thrud pousava ao chão. De repente, Skadi sentiu um forte impacto na região do seu estômago, sua armadura aos poucos rachava e sangue azul começava a sair de sua boca, quando olhou para baixo viu Thrud lhe acertando com um poderoso soco que a jogou para longe em seguida.

Skadi voou com velocidade batendo em tudo a sua volta, a rainha de gelo parou batendo em uma enorme pedra que foi destruída com o impacto gerando uma densa nuvem de poeira. Skadi em meio aos destroços se levantava com dificuldades, o golpe havia sido mais forte do que esperava, a sua frente Thrud se aproximava com um sorriso malicioso. Skadi começou a emitir uma aura magia entorno de seu corpo, e logo partiu ao ataque.

O choque das armas das duas guerreiras geraram uma forte onda de energia que destruía ainda mais o local, Skadi estava sendo pressionada, porém a joia em sua armadura começou a gerar ainda mais magia para o corpo da rainha de gelo. Skadi se afastou e rapidamente voltou a atacar com um pouco mais de velocidade, Thrud se defendia na mesma proporção, porém sua velocidade começava a aumentar aos poucos.

Thrud bloqueou outro corte cruzado de Skadi que atacava freneticamente, a deusa da batalha rapidamente girou seu corpo desferindo um golpe com a empunhadura da arma no peito de Skadi que recuou alguns metros, logo em seguida, a deusa desferiu um corte cruzado com o Stormbreaker destruindo parte da sua armadura, graças à magia da joia, o corte não foi tão profundo, porém sua pele branca de baixo da armadura começava a ficar a mostra e sendo banhada por seu próprio sangue.

Skadi soltou um olhar de fúria e antes que pudesse atacar com um soco de seu braço esquerdo, Thrud bloqueou o golpe com sua mão livre, com um movimento rápido, a deusa da batalha segurou firme o braço de Skadi e a sacudiu de um lado para o outro, a rainha de gelo sofria inúmeros danos com os golpes, logo Thrud jogou Skadi ao longe, em sequência a deusa conjurou uma chuva de raios com seu martelo que atingiram a rainha de gelo em cheio criando uma enorme explosão.

Thrud apenas observava de longe sem se aproximar, quando a poeira da explosão abaixou, Skadi se levantava com dificuldade, sua armadura estava completamente destruída revelando partes da roupa que usava por baixo, inúmeros ferimentos faziam parte do corpo gélido de Skadi. A rainha de gelo ainda mantinha o colar com a joia em seu pescoço. Thrud percebeu que a joia ainda a mantinha de pé, e logo notou o que deveria fazer.

- Você está aguentando bem... Mas desta vez acabou. – afirmava Thrud começando a correr.

- E-e-eu não vou perder aqui! – gritava Skadi.

A magia em volta de Skadi aumentou graças a joia, porém o item mágico começava a apresentar rachaduras, a rainha de gelo correu de encontro a Thrud, porém a deusa da batalha estava mais rápida, Thrud chegou desferindo um poderoso soco em Skadi, a rainha de gelo sentiu o golpe, porém rapidamente conjurou espinhos de gelo enquanto segurava o braço de Thrud, os espinhos que surgiram foram de encontro a deusa que girou seu corpo para direita evitando o golpe, Skadi sentiu a força de Thrud muito acima da sua, alguns espinhos de gelo desviados por Thrud acertaram Skadi que recuava aos poucos, outros Thrud conseguia bloquear com seu machado, porém um deles lhe acertou fazendo um pequeno arranhão em seu rosto

Thrud sorriu e novamente jogou Skadi ao chão, gerando uma enorme cratera em volta, a deusa da batalha desferiu um corte que arrancou o braço gélido direito de Skadi que a soltou, a rainha de gelo desferia um enorme grito enquanto sangue azul escorria do ferimento, em seguida Thrud lançou inúmeros raios em Skadi que gritava com a energia transbordando por todo seu corpo, logo a joia que dava força para a rainha de Jotunheim se partiu em inúmeros estilhaços que voaram ao ar. Skadi caiu ao chão com relâmpagos crepitando em volta de seu corpo, Thrud apenas a observava com um olhar de fúria. A deusa da batalha levantou seu machado para poder terminar o combate, porém instintivamente Thrud se lançou para trás.

Em volta de Skadi um portal mágico se abria, quando Thrud percebeu o que seria era tarde demais, o corpo de Skadi foi engolido pelo portal, quando a deusa se aproximou, pôde ver do ouro lado as terras gélidas de Jotunheim, Skadi caia em meio ao gelo com um sorriso forçado no rosto e gelo saindo da ferida de seu braço direito.

- Fugindo? –questionou Thrud com um olhar sério.

- I-i-isso é apenas... Uma retirada estratégica... – respondia Skadi fechando o portal a sua frente.

Em sequência, Thrud desativou o modo Berserker, aparentemente, a deusa havia aprimorado seu modo de batalha para aguentar mais tempo em combate com ele ativado, Thrud também deu um jeito de amenizar um pouco os efeitos colaterais que eram gerados quando tal modo desativasse. A deusa caiu de joelhos no chão se apoiando em seu machado. Após alguns minutos de descanso e concentração, Thrud se colocou em pé novamente, e começou a caminhar, indo em direção aos gigantes de gelo e jotuns que ainda percorriam toda a área norte.

- Skadi... Na próxima você não escapa. – afirmava Thrud caminhando com um olhar sério em seu rosto.

Palácio de Gelo. Jotunheim.

Skadi conjurou outro portal mágico e desta vez, caiu em meio ao salão real de seu palácio causando um forte impacto no solo, a rainha de Jotunheim estava impossibilitada de se mexer graças aos seus ferimentos, o corpo de Skadi estava coberto por seu sangue e inúmeros cortes, logo um jotun surgiu a carregando pelos braços. A criatura era um gigante de gelo, tinha um corpo humanoide, usava uma armadura de gelo, e tinha um olhar ameaçador.

Quando os dois estavam caminhando para fora do salão real, indo em direção à outra ala do castelo de Skadi, a rainha percebeu que alguém estava sentado em seu trono, alguém que ela não esperava encontrar em seu mundo. Skadi deu ordem para o gigante parar e se virar em seguida.

- V-v-você... O que faz aqui? – afirmava Skadi observando o homem de cabelos pretos, uma roupa amarela, com calças pretas, e uma espada verde embainhada na cintura.

O homem a olhava com sua mão sobre o trono apoiando sua cabeça, em seu rosto uma cara de tédio se mostrava, enquanto olhava atentamente a rainha de gelo.

- Eu? Apenas vim tirar uma história a limpo... Algo que me incomoda há dez meses. – afirmava o homem.

- E acha que eu... Possa tirar essa sua duvida... Loki? – questionava Skadi.

- Ah claro que pode. Quando senti seu retorno eu vim logo para cá, esperando que você chegasse aqui, só não esperava que fosse neste estado lamentável... Confiar em artefatos humanos não é do seu estilo. – respondia Loki.

- Fale... O que você quer? – questionou Skadi.

- Quando eu estava sobre efeito da Essência do Medo... Eu vi algo... Aquela coisa do Jormungand me mostrou meu passado. Algo que estava escondido em minha mente, que alimentou meu medo... Eu vi você... – respondia Loki olhando seriamente para Skadi.

- C-c-como assim? – questionou ela surpresa.

- Ele mostrou o medo que eu senti quando Odin matou meu pai... E o medo que eu senti quando você me abandonou e foi se aliar a Aegir e Surtur da primeira vez, quando eu ainda era somente um bebe... Minha cara mamãe. – respondia Loki se colocando em pé olhando friamente para Skadi que estava sem reação e com um olhar de raiva.

Egípcia. Em um vilarejo próximo ao Rio Vermelho.

O grupo de Grace estava começando a adentrar a região onde um pequeno vilarejo que vivia as margens de um rio ficava. O rio que era chamado pelo povo de Egípcia de Rio Vermelho, não só era a fonte de água de muitas vilas, como também uma rota para onde os barcos levavam mantimentos com mais rapidez para as grandes cidades. O grupo de invasão passou algumas horas andando até o local e resolveram parar no vilarejo.

Como estava de madrugada, muitas das pessoas ainda dormiam, outras começavam a sair, e se espantaram ao ver seres diferentes, usando roupas diferentes do habitual e suas terras, os poucos que saiam logo entraram em suas casas novamente com medo. As guerreiras notaram que o vilarejo era pobre, suas construções não tinham sequer a formação completa de uma casa, algumas paredes estavam com buracos, outras não tinham um teto completo. Tal visão fez Skuld e as outras ficarem cabisbaixas por um tempo, o grupo também notou que no corpo das poucas pessoas que se revelaram haviam marcas de correntes e cortes.

- Esse povo... Como Cleo pode governar assim? – questionava Skuld com um olhar de preocupação.

- Ela não se importa com as vilas pequenas desde que sua cidade real e as outras tenham tudo que a riqueza pode oferecer. Com isso, povos assim que vivem as margens do rio, são esquecidos e servem apenas para se tornarem uma fonte de escravos. E como escravos, eles não têm direito a nada, apenas vivem para servir os reis e rainhas daqui e depois morrerem. – respondia Grace com raiva em seu rosto.

- Isso é terrível. Será que, se derrotarmos Cleo... Podemos salvar essa terra? – dizia Norn olhando o lugar em volta.

- Quem sabe. Mas mesmo que a derrotamos. Não teremos garantia disso, pois os outros deuses ainda estarão no comando. – dizia Grace com um olhar sério.

- Não temos muita escolha. Vamos nos concentrar em parar a guerra primeiro, depois podemos quem sabe ajudar essas pessoas. – afirmava Hel que planava no ar.

- Você tem razão rainha de Helheim. Vamos parar próximo ao rio. Depois voltamos a caminhar. Não estamos muito longe do nosso objetivo. – dizia Grace.

Logo o grupo avistou uma construção abandonada perto do grande rio, o barulho das águas do rio, deixava a noite com uma sensação de tranquilidade e leveza, a construção da qual o grupo de Grace estava era uma espécie de armazém abandonado, pelo estado que estava com pedras de mármore espalhadas pelo lugar, o telhado sem boa parte de sua estrutura revelando a lua nos céus, e suas paredes desgastadas pelo tempo, o grupo sabia que não era mais usado há muito tempo.

Grace ao entrar se ajoelhou por alguns minutos e logo, criou inúmeras criaturas de magia de terra aproveitando a areia em solo. Os pequenos monstros de magia saíram do lugar correndo por todo o vilarejo e nos arredores, alguns em solo, outros pelo ar com pequenas asas.

- Com esses familiares saberemos se formos atacadas. – dizia Grace se levantando.

- Eles não teriam coragem de atacar uma vila povoada não é? – questionou Norn.

- Estamos falando da Cleo. Ela provavelmente fará pior. – respondia Grace.

- Vamos ficar atentas, Podemos sofrer outro ataque de suas forças a qualquer momento. – dizia Skuld.

- Sim, assim que estivermos prontas, vamos abrir um portal magico para o mais próximo possível de Mênfis. De lá, podemos nos infiltrar na cidade e então seguir para o palácio de Cleo. – dizia Grace.

- É um bom plano. Faremos isso do modo mais furtivo possível, porém séria bom uma distração não acham? – sugeriu Hel que planava perto do telhado vigiando tudo de cima.

- Não me diga que você fará isso? – questionou Skuld olhando para Hel.

- É claro minha cara amiga... De todas, eu sou a mais apita a criar uma distração. – respondia Hel com um sorriso.

- Isso é verdade... Não podemos negar. Você é a unica deusa entre nós, e a unica com uma quantidade maior de magia... – confirmava Grace com um sorriso de canto.

Enquanto o grupo conversava dentro da instalação improvisada, Norn se elevou aos céus ficando ao lado oposto de Hel, a Valquíria observava o horizonte egípcio com atenção, seu olhar passava em todo lugar, porém mais ao leste de onde estavam, Norn pôde avistar o que seriam algumas nuvens de chuva vindo em direção ao vilarejo, as guerreiras começavam a ouvir o estalar dos trovões ecoando no lugar aos poucos.

- Parece que vai vir uma tempestade. – afirmava Skuld olhando os céus.

- Isso pode nos prender aqui por mais algum tempo. Não vai ser bom esperar mais neste lugar. Não quero correr o risco de envolver essas pessoas em uma batalha. – dizia Grace.

- Mas também não podemos ficar presas no meio de uma tempestade no deserto e sem proteção, por mais que usemos nossa magia. – dizia Hel pousando em solo novamente.

- Isso é verdade, mas... – de repente Grace parou.

A princesa começou a sentir uma forte onda de magia percorrendo o lugar em volta, Grace sentiu que seus familiares não estavam respondendo. A princesa sabia que se isso acontecesse, significaria que havia inimigos por perto, de repente, uma forte aura magica se aproximava aos poucos. Norn, Skuld e Hel sentiram o mesmo. Principalmente a deusa dos mortos, Hel estava sentindo que alguém que já enfrentou se aproximava do grupo, além de uma sensação familiar. Não demorou muito e o céu da madrugada que começava a dar espaço ao nascer do sol, foi tomado por densas nuvens de chuva. A água caiu do céu com força, trovões e relâmpagos ganhavam espaço no céu.

De repente, Hel invocou mãos magicas que puxaram Skuld, Norn e Grace para perto assustando ainda mais as garotas, quando todas estavam reunidas, Hel conjurou um denso escudo de chamas negras que as protegeu de um raio vindo do céu. O impacto gerou uma grande onda de explosão destruindo a estrutura onde estavam, e também algumas casas por perto. Quando a poeira abaixou, Hel desfez o escudo.

Todas viram o lugar a sua volta destruído, pessoas corriam tentando se proteger da chuva. As guerreiras correram para fora da área onde estavam formando um circulo cobrindo todas as direções, estavam reunidas um pouco mais próximas da margem do rio. Nós céus flutuando com sua foice em mãos. Hel conseguiu ver a figura de Anúbis em meio à chuva, com outra deusa a seu lado.

- Aquela é... – dizia Skuld olhando para cima.

- Anúbis... Parece que nos encontramos de novo. – dizia Hel olhando atentamente para sua inimiga.

- Invasores... Bem vindos a Egípcia. – dizia Anúbis olhando para Hel com um sorriso.

- Agradeça a Cleo pela festa de boas vindas. – gritava Grace.

- Ah pode deixar que eu farei isso... Assim que acabarmos com vocês. – afirmava Madjed.

- Isso é estranho... – afirmava Skuld olhando tudo a sua volta.

- O que foi Skuld? O que é estranho além dessas duas a nossa frente? – perguntou Grace.

- O raio... Não veio delas... Além disso, a tempestade, esta coberta por magia. Não é natural. – respondia Skuld suando em meio às gotas de água que corriam por seu rosto.

- É verdade... Eu também poso sentir... Não me diga que... Anúbis... Então foi isso o que quis dizer com ganhar tempo naquele dia. – dizia Hel om raiva em seu rosto.

- Pelo visto vocês perceberam mais cedo que o esperado. Porém de nada adianta. Pois com ele do nosso lado... Nós temos uma grande vantagem. – dizia Anúbis estralando os dedos com um olhar sério.

De repente os trovões começaram a rugir com uma intensidade maior, relâmpagos caiam em meio ao deserto, gerando grandes nuvens de poeira que se dissipavam com a chuva que caia. Nos céus, próximo a Anúbis e Madjed a figura de um homem tomava forma, usando um elmo que cobria seus longos cabelos loiros, uma armadura de combate meio destruída, uma pele escura com um olhar vermelho sombrio. Todas ficaram assustadas com a visão que tinham em meio a raios e trovões, pois mesmo com uma aparência diferente, as guerreiras naquele momento, sabiam quem estava diante delas.

- Merda... Essa vai ser complicada... – dizia Grace com um sorriso forçado.

- N-n-não pode ser... – afirmava Norn surpresa.

- Esse é o pior inimigo que podíamos enfrentar... – dizia Skuld com raiva em seu rosto.

A cima delas, sendo iluminado pelos raios, Thor se revelava no campo de batalha.

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