Entre a Lua e o Sol!
Ilha dos Therians.
A batalha na ilha dos meio-humanos prosseguia com elfos e soldados travando uma poderosa batalha nos arredores da ilha, aos poucos, as forças de Nordicia começavam a ter certa vantagem na batalha. Porém as guerreiras que enfrentavam Sekhmet estavam tendo dificuldades, a deusa desviava dos golpes com precisão, as espadas de Dielle e as flechas de Lyrist davam cobertura a Avencia e Siluria que avançavam com suas armas em mãos.
As duas guerreiras davam golpes poderosos, a elfa e a Theriana intercalavam seus movimentos para poderem ter uma maior chance de acertar, porém Sekhmet usava lâminas de fogo em cada mão para bloquear as armas, a deusa estava se divertindo com a batalha, sabia que tinha certa vantagem sobre suas inimigas. De repente, Avencia se afastou parando de atacar enquanto Siluria continuou, de longe, flechas vinham em direção a Sekhmet que desviou para os lados com um giro, em seguida as espadas de Dielle ganharam forma sendo lançadas com velocidade. Sekhmet criou uma barreira de fogo a sua frente bloqueando os golpes.
As espadas atingiram as chamas causando pequenas explosões, Sekhmet de repente, saiu do meio das chamas atacando Siluria com velocidade, seus golpes obrigavam a Theriana a recuar e se defender com dificuldade, após a troca de golpes, a arma de Siluria se partiu ao meio, Sekhmet acertou-lhe um golpe cruzado arrancando sangue de Siluria que caiu ao chão, antes que pudesse dar outro golpe, enormes rajadas de energia mágica acertaram Sekhmet que foi jogada ao chão.
Antes que a deusa pudesse se levantar, outras rajadas de magia de diferentes elementos a acertaram causando uma forte explosão na área. Todas viram Avencia rodeada por um circulo mágico com a espada em frente a seu rosto, a elfa estava de olhos fechados enquanto lançava os ataques mágicos. Avencia parou com sua magia e rapidamente correu até Siluria a pegando e se afastando do lugar.
Ao se aproximar de Dielle e Lyrist, a elfa começou a conjurar magia de cura na meia-humana, para poder ao menos estancar o sangramento, enquanto isso Sekhmet surgia em meio à densa nuvem de poeira gerada pelo golpe, a deusa parecia estar inteira, porém em seu rosto havia um pequeno arranhão. Sekhmet dava passos calmos enquanto esbanjava um enorme sorriso.
- Um arranhão? Eu as parabenizo por isso. Porém a brincadeira acabou. – afirmava Sekhmet dando passos calmos enquanto uma aura vermelha era emitida de seu corpo.
- Não podemos aguentar com ela por muito mais tempo. – afirmava Lyrist.
- Eu sei. Temos sorte de estarmos em quatro. Isso dificulta um pouco a luta para ela, porém não significa uma vantagem para gente. – dizia Dielle suando.
- Realmente, estamos em uma situação critica aqui! – dizia Avencia terminando os curativos. – Consegue ficar de pé? – questionou.
- S-s-sim... Desculpem-me. – respondia Siluria com dificuldades e raiva em seu rosto.
- Parece que você está se divertindo... Sekhmet. – dizia uma voz que ecoava pelo lugar interrompendo os passos de Sekhmet e deixando as guerreiras assustadas.
- O que está fazendo aqui? – questionou a Deusa olhando em volta.
O grupo de quatro guerreiras ficou ainda mais tensas, principalmente Avencia, pois a imperatriz da prisão se levantou ficando com um olhar ameaçador, pois a voz lhe era familiar.
- Eu? Apenas vim dar uma mãozinha a você, ou melhor... Duas. – afirmava a voz enquanto um portal mágico era formado ao lado de Sekhmet revelando as formas de Osíris e Quarys.
Todas ficaram surpresas e ainda mais tensas, se já era difícil lutar contra Sekhmet, enfrentar mais uma deusa e Quarys não seria uma tarefa fácil.
- Parece que tem um grupo bem interessante por aqui Sekhmet. – comentava Osíris observando o grupo de guerreiras a sua frente.
- Eu não preciso de ajuda como pode ver. – afirmava Sekhmet começando a ficar irritada.
- Sim, porém eu vi que tinha seres interessantes por aqui, então resolvi pegar um deles para me divertir. – afirmava Osíris com um sorriso malicioso.
- OSÍRIS! Finalmente se revelou! – gritava Avencia.
- Ora, ora, ora, você? Interessante. Quem sabe agora eu posso testar meu novo brinquedo. – dizia Osíris olhando para Quarys.
- Como ousa chamá-la assim? – questionou Avencia.
- Mas é isso que ela é. Um brinquedo leal a mim. Sekhmet... Se me permite, este lugar está um pouco cheio. E pelo que posso sentir, em breve vai ficar um pouquinho apertado por aqui... – dizia Osíris sorrindo enquanto observava o horizonte.
- Faça como quiser, o número não importa para mim. – dizia Sekhmet com tédio em seu rosto.
De repente, vindo do solo, um par de mãos feitas com magia de terra segurou os pés de Avencia que tentava se soltar, logo um portal mágico a envolveu a fazendo desaparecer do campo de batalha, Osíris e Quarys também haviam deixado o lugar assim que Avencia sumiu, as outras guerreiras ficaram preocupadas. Porém não teriam tempo para ir atrás de Avencia.
- Ótimo. Agora... Onde estávamos? – questionou Sekhmet avançando com velocidade.
A deusa estava com suas mãos envoltas em magia de fogo pronta para desferir um poderoso soco no grupo, Dielle, Lyrist e Siluria mesmo com dificuldades, conseguiram saltar para o lado desviando do ataque que acertou o solo criando outra enorme cratera na área. Após pousarem as três se prepararam para o combate novamente, Sekhmet se virou e foi primeiro em direção a Siluria que estava ferida.
A deusa se aproximou rapidamente, desferindo socos rápidos e poderosos, Siluria tentava de todas as formas se defender, porém recebia os socos em cheios, após uma sequencia rápida, Sekhmet terminou com um chute que jogou Siluria um pouco longe do grupo, a meia-humana caiu em meio a algumas árvores com sangramentos pelo rosto e desacordada. Dielle e Lyrist disparavam freneticamente contra Sekhmet que desviava avançando ao mesmo tempo.
A deusa chegou próxima a Lyrist desferindo um poderoso soco em seu estomago, Lyrist cuspiu sangue e logo foi jogada para trás em alta velocidade, destruído algumas árvores em volta. Dielle sabia que era a próxima, a comandante da marinha sacou sua espada se preparando para receber o golpe da deusa. Sekhmet se aproximou com velocidade, seus socos eram bloqueados pela espada da comandante, porém não demorou muito para a arma quebrar jogando estilhaços de metal pelo ar.
Dielle não estava surpresa, ainda tentou conjurar outras lâminas, porém Sekhmet foi mais rápida, desferiu uma sequencia de socos e chutes que fizeram Dielle ser jogada ao longe, com ferimentos pelo corpo. Dielle e Lyrist tentavam ao máximo ficar em pé, enquanto Sekhmet apenas observava pronta para lançar uma enorme bola de fogo em direção a cada uma delas.
A deusa movimentou suas mãos enquanto girava seu corpo, em seguida disparou as bolas de fogo que percorriam o local com velocidade, Dielle e Lyrist ainda se recuperavam dos golpes, sabiam que não iriam desviar da magia de Sekhmet a tempo, as duas se prepararam para o impacto, quando de repente, as bolas de fogo explodiram antes de se aproximar. As explosões causaram um forte vento e geraram pequenas nuvens de fumaça que deixaram todas ali surpresas.
Sekhmet com raiva em seu rosto sabia que Dielle e Lyrist não haviam feito isso, pois os golpes vieram de cima. A deusa começou a levitar no ar procurando o responsável, de repente, do meio da fumaça, dois objetos girando em alta velocidade percorriam o local indo ainda mais para cima, Sekhmet apenas observava enquanto os objetos de cor azul paravam as costas de uma garota de cabelos azuis que balançavam ao vento, com um cajado em mãos, e usando um vestido de batalha preto, seu corpo ficava em contraste com o brilho da lua cheia que estava alta nos céus as suas costas.
- Parece que cheguei bem a tempo. – Afirmava Tsukyoumi planando no ar com olhar que passava confiança.
- A Deusa da Lua de Yamato... Por essa eu não esperava... Então foi isso que Osíris quis dizer com esse lugar ficar apertado... – afirmava Sekhmet com um olhar sério.
De repente, em solo, uma tropa de ninjas começou a percorrer o local, alguns pegaram Dielle, Siluria e Lyrist as afastando do campo de batalha contra a vontade das duas, outros ninjas percorriam a ilha dos Therians ajudando as tropas de Nordicia, aos poucos as forças de Sekhmet começavam a perder ainda mais força na batalha. Porém os soldados de egípcia não desistiam e através de magias de reforço conseguiam se manter na luta.
- Deusa Tsukyoumi! Ela é poderosa demais, permita-me que nós ajudemos! – gritava Dielle ao longe.
- Nem pensar! Vocês apanharam feio, e do jeito que estão só vão me atrapalhar. Se recuperem dos ferimentos e depois partam para a cidade real! – retrucava Tsukyoumi com um olhar sério.
- Então... Deusa oriental... Espero que você me divirta. – afirmava Sekhmet ficando a frente de Tsukyoumi.
- Não pense que será fácil, pois agora estamos em pé de igualdade se é que me entende! – dizia Tsukyoumi girando seu cajado em sua mão.
- Eu sinceramente esperava que Amaterasu viesse não você. – afirmou Sekhmet conjurando chamas em suas mãos.
- Fico triste por desaponta-la. Mas minha irmã tem assuntos com outro alguém. – disse Tsukyoumi ficando em posição de combate.
- Que seja. O resultado desta luta não mudará. – disse Sekhmet se preparando para o combate.
- Isso... Eu lhe garanto. – disse Tsukyoumi partindo para cima de Sekhmet.
As duas deusas iniciavam nos céus da ilha dos Therians, um intenso combate. Lua e fogo, dia e noite, duas deusas de características diferentes se confrontando em uma batalha intensa.
Oeste de Nordicia.
A batalha intensa dos magos de Nordicia e soldados, contra as forças aladas do deus egípcio Thoth e seus soldados percorria toda área oeste, a batalha começou a adentrar as florestas e outros pequenos vilarejos em volta, rapidamente, muitos estragos foram sendo feitos na área obrigando muitas pessoas que ainda estavam na área a correrem por suas vidas. Os magos tentavam fazer uma espécie e proteção, porém era difícil lutar e proteger o povo ao mesmo tempo.
Enquanto isso, Roveria lançava agulhas de elementos diferentes em direção a Thoth que girou seu cajado magico formando um escudo giratório de magia de vento a sua frente. O escudo cobriu todo o seu corpo, fazendo com que as agulhas elementares de Roveria explodissem ao tocar no escudo. Thoth desfez sua magia e voou em direção a Roveria que se preparava para defender.
Porém ao tentar realizar o golpe, Luca entrou na frente com seu enorme escudo, a guerreira recebeu o impacto que a empurrou para trás, aos poucos, o escudo de Luca começava a apresentar rachaduras, a guerreira fazia uma expressão de raiva e dor em seu rosto, de repente, Luca se viu encostada em uma parede conjurada por seu oponente. Logo, Thoth se afastou e desferiu um poderoso soco em volta de magia de luz na guerreira, o golpe atravessou o escudo o quebrando em pedaços, Luca recebeu o golpe que a jogou fortemente contra a parede a suas costas.
A guerreira percorreu um longo caminho, batendo em diversos destroços, sendo parada por uma enorme pedra a quilômetros de onde estava. Luca estava com ferimentos pelo corpo todo e sangramento pelo rosto, a guerreira tentava se levantar, porém tinha muita dificuldade, de longe, Luca pôde ver Thoth se aproximando e sendo parado por Roveria.
A princesa de Nordicia atacou Thoth pelas costas que ao sentir a aproximação da princesa pulou para frente evitando o corte que atingiu o chão. Roveria logo se posicionou com sua lâmina banhada em gelo, e partiu para o ataque, porém seus golpes eram bloqueados por Thoth. Os dois se movimentavam bem pelo campo de batalha, porém Thoth tinha vantagem.
Após bloquear um dos golpes de Roveria, o deus de egípcia paralisou Roveria com magia, a princesa não conseguia se movimentar, estava totalmente paralisada em meio ao campo de batalha, Thoth pegou distância, jogou seu cajado aos céus e desferiu uma sequência de socos envoltos em magia na princesa. Roveria recebeu os golpes em cheio e logo depois, um chute completou o ataque.
A princesa foi lançada próxima a Luca, o impacto gerou uma pequena nuvem de fumaça que logo se dissipou revelando Thoth planando nos céus se vangloriando de seus ataques e com sua arma novamente em suas mãos. As duas ficaram em pé com um pouco de dificuldades, a princesa ainda conjurou magia de cura em si mesma e em Luca para cuidar das feridas menores, Roveria tinha inúmeros ferimentos pelo corpo, seu traje de batalha estava bem danificado, com sangue saindo de suas feridas.
- Vocês não tem chance contra mim. Humanos tentando chegar perto de mim, um deus. – afirmava Thoth com um olhar sério.
- Não importa se você é um deus, jotun, anão, elfo... Enquanto você machucar pessoas, vamos lutar com todas as nossas forças para te impedir. – dizia Roveria com um olhar de fúria.
- Sua coragem é impressionante. Porém Egípcia dominara tudo e a todos. – retrucava Thoth.
- Acha que conseguirá? Acha que vamos permitir? – questionava Roveria.
- Como eu disse... Vocês não terão chance contra mim, ou nossas forças. Renda-se. E quem sabe vocês sobrevivam no final disso. – dizia Thoth preparando uma magia em seu cajado.
- O que faremos? Já estamos quase no limite... Sem meu escudo, não vou conseguir aguentar a magia dele por muito tempo. – dizia Luca observando tudo apreensiva.
- Vamos usar tudo o que tivermos, não podemos deixa-lo vencer. – afirmava Roveria preparando um escudo de gelo com sua espada.
Enquanto Thoth carregava sua magia, Roveria e Luca ouviram algo se aproximando, primeiro, foi o som de passos correndo em alta velocidade, depois o som de armas se chocando mais ao norte de onde estavam e ao sul. As duas ficaram apreensivas, se fosse uma nova tropa inimiga, não haveria como escaparem. De repente, cruzando os céus em alta velocidade, enormes bolas de fogo surgiram indo em direção a Thoth, o deus egípcio parou sua magia e se movimentou pelos céus desviando dos ataques.
As bolas de fogo caíram acertando forças egípcias no ar e em terra, aos poucos, soldados do continente do deserto caiam perante as explosões, os guerreiros alados próximos de Thoth foram ao chão. Todos perceberam também que ninjas começavam a surgir no campo de batalha, com katanas, Kunais e shurikens sendo lançados contra seus inimigos, os guerreiros orientais percorriam o campo de batalha ajudando seus aliados e resgatando os poucos sobreviventes que ainda estavam por ali.
De longe, todos puderam ver um brilho nos céus iluminando a noite, um brilho dourado cercado por chamas emitindo um calor intenso, aos poucos uma bela garota de quimono vermelho, cabelos azuis e um enorme espelho a suas costas se revelava planando nos céus com as mãos na cintura, apenas observando o campo de batalha com um sorriso.
- Você é...? – dizia Thoth surpreso se colocando em posição de combate.
- Aquela? Amaterasu! – disse Roveria com um leve sorriso.
- Parece que as coisas estão divertidas aqui. E vocês nem convidaram a mim. – dizia Amaterasu com um sorriso malicioso no rosto.
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