Declaração de Guerra!
A ilha dos Therians estava em chamas, suas florestas perto de alguns vilarejos e em torno da cidade real, queimavam com as chamas da deusa Sekhmet, que neste momento, estava sobre a cidade real segurando o corpo do rei Loewe pelos cabelos. A deusa pousou ao centro da cidade, soldados Therianos se aproximaram vendo seu rei caído. Sekhmet olhou para o rosto de Loewe e com um movimento rápido, o lançou com força em direção aos soldados. O corpo de Loewe atravessou o território se chocando com a entrada de seu palácio destruindo por completo a entrada.
- O-O Rei! Protejam o rei! Rápido! – gritava um dos soldados.
-HAHAHAHAHAHA! Vocês Therianos me divertem! – dizia Sekhmet rindo.
Alguns soldados correram para tentar ajudar o rei, outros sacaram suas espadas e foram de encontro a Sekhmet, os soldados se aproximaram dando golpes cruzados com suas armas, as lâminas estavam banhadas em magias de diversos elementos. A deusa desviou do primeiro dando passos para o lado esquerdo, quando o segundo se aproximou, Sekhmet segurou a espada com sua mão banhada em magia de fogo, com um movimento rápido, a deusa lançou o soldado para longe em meio às casas, outros dois sincronizavam seus movimentos, tentando confundir sua oponente.
Sekhmet desviava dos golpes dando pequenos passos para trás com velocidade, ao tomar distância, a deusa conjurou duas enormes bolas de fogo e lançou em direção aos soldados, o golpe se chocou contra os Therianos que explodiram no processo. Uma cratera foi aberta no local em meio à cidade, uma densa fumaça saia do local da explosão. Sekhmet então saiu em disparada derrotando um por um os soldados que encontrava pela frente, enfim a deusa do fogo e da guerra parou em frente ao palácio real.
Sekhmet entrou no local destruindo algumas paredes a sua volta, viu inúmeras estatuas de leão espalhadas pelo salão real, o que deixou a deusa irritada, já que o leão era seu símbolo. Sekhmet destruiu todas as estatuas e se sentou ao trono. Um pouco afastado, pôde perceber uma pequena sala destruída, imaginou que algo teria acontecido antes de chegar, porém para ela não importava, seu trabalho estava feito, e agora seus soldados poderiam cuidar do resto.
Alfheim. Próximo ao Palácio real.
Era madrugada, quase inicio da manhã em Alfheim. Aos poucos o sol na terra dos elfos de luz começava a surgir, seus animais místicos e nativos da região élfica começavam a despertar de seu sono, assim como sua rainha, Solstis. A nova governante de Alfheim se esforçava dia após dia desde a batalha contra Jormungand para encontrar uma cura para sua antiga governante e agora prisioneira Quarys. Alguns soldados que faziam a ronda noturna nas florestas de Alfheim, começavam a retornar ao palácio. Estavam prontos para darem seu relatório a Solstis.
Solstis também enviou um grupo de exploração há vários locais do reino dos elfos para investigarem algumas ruinas antigas, na tentativa de encontrar algo que curasse Quarys, estes mesmos soldados também estavam retornando de sua expedição após dois meses fora. Todos se encontraram no caminho para o palácio real. Os soldados usavam uma armadura simples de combate, carregavam arcos e flechas em suas costas, alguns tinham espadas, enquanto o time de exploração não tinha muito armamento, já que a maioria eram magos experientes.
Quando os dois grupos estavam próximos do palácio, trocando suas experiências diárias, dividindo histórias de suas aventuras, um barulho no mínimo estranho começava a ser ouvido. Ambos os grupos pararam olhando para os lados, de repente, saindo do meio da floresta, viram o que pareciam uma garota com uma cauda e roupas diferentes dos habitantes de Alfheim, sabia que não era elfa e sabiam também que havia chegado no território élfico de alguma forma, com uma expressão de desespero no rosto, a garota após passar de um arbusto, tropeçou caindo ao chão.
- Você é... Ei! Você está bem? – perguntou um dos soldados a ajudando.
- Sim... Desculpem-me aparecer assim. Por favor, preciso falar com sua rainha é urgente! – dizia Siluria.
- C-claro! Ei vamos leva-la ao palácio, me ajudem! – gritava o homem.
Os soldados ajudaram Siluria à caminhar até o palácio real dos elfos, um dos magos da equipe de exploração correu para chamar Solstis que começava a caminhar pelos corredores do palácio. Solstis se assustou quando soube que Siluria estava em Alfheim, e correu para o salão real, ao chegar, viu os magos dando um pouco de água para a garota que estava sentada em um banco feito de magia de terra.
- Você é... Siluria não é? Comandante das tropas reais dos Therians? - questionou Solstis.
- S-sim, eu mesma. Desculpe-me vir sem avisar, mas é uma urgência. - respondia Siluria.
- Urgência? O que posso fazer para ajudá-la? – questionou Solstis.
- Nossa ilha... Nossa casa foi invadida! – respondia Siluria ficando cabisbaixa.
Solstis fez uma cara de espanto, a elfa sabia que se a ilha dos Therians fosse invadida, o modo mais rápido de se chegar até Alfheim era pelo portal mágico feito no palácio do rei, e se Siluria, a chefe da guarda real estava neste momento diante de seus olhos, saberia que a história da garota era verdade.
Solstis sinalizou para todos deixarem o salão real as deixando a sós, e então Siluria começou a contar tudo que sabia até agora sobre a invasão para a rainha dos elfos.
Nordicia. Cidade real.
Após o festival que ocorreu na cidade, a população de Nordicia voltava a sua rotina normal, as pessoas saiam pelas diversas barracas comprando mantimentos para realizar as refeições diárias, outros compravam itens para melhorar seus equipamentos de batalha, um grupo de magos vestindo uma espécie de uniforme que pareciam com um, sobretudo preto com o símbolo de Nordicia no peito, passeava pela cidade. Grace havia restaurado por completo a Academia de Magia do reino com ajuda de Asgard, e agora as forças de magos de Nordicia poderiam ser restauradas.
Nas águas em torno do reino, Dielle se encontrava em um grande navio, estavam patrulhando a costa como sempre faziam agora que era comandante das tropas da marinha, Dielle observava com cuidado e atenção o horizonte, o sol começava a surgiu no lindo céu azul, quando Diana, uma de suas recrutas surgiu correndo pelo convés, a nova recruta era responsável pela a equipe de rastreamento mágico, não participava muito das lutas, porém tinham uma função muito importante dentro da tripulação.
- Comandante Dielle, temos problemas! – dizia Diana.
- Problemas? Conte-me tudo! – dizia Dielle começando a andar em direção à garota.
As duas caminharam para dentro do navio, passaram por um estreito corredor com alguns canos em volta, chegaram então à cabine de comando do navio após subirem alguns degraus de uma escada que ficava ao fim do corredor. Dielle viu que os magos estavam com o radar ativo, pareciam estar capitando grandes ondas mágicas vindas de um local ao sudeste do oceano de Midgard.
- E então? Do que se trata isso? – questionou Dielle.
- Comandante, há algumas horas atrás nossos radares mágicos começaram a capitar altas leituras de poder mágico vindo ao sudeste do oceano. Até então não tínhamos ideia do que era e enviamos um familiar para ter imagens do local. – respondia Diana.
Os familiares eram criaturas mágicas que poucos magos de Nordicia fora da Academia de Magia tinham habilidade para usar. Possuíam a forma de qualquer animal que o usuário pudesse imaginar, serviam como uma forma rápida e discreta de investigar um local ou uma área sem que o inimigo percebesse.
- E então o que encontraram? – questionou Dielle.
- Foi terrível... A ilha dos Therians foi dominada por uma deusa de fogo. Sua tropa veio do mar, e ostentavam um símbolo de leão em seus navios. – respondia Diana ficando cabisbaixa.
- Não pode ser... Mas já? – se perguntou Dielle ficando com muita raiva. – Atenção todos! A partir de agora estamos em alerta vermelho! Intensifiquem a guarda e a patrulha nas regiões de fronteira e perto da cidade! Notifiquem qualquer coisa suspeita que encontrarem! Prestem bastante atenção nos radares marítimos, não deixem nada passar!
- CERTO! – respondeu todos os recrutas.
Dielle sinalizou para Diana a acompanhar e as duas desceram as escadas, indo até o convés, com a ajuda de alguns soldados, as duas pegaram um barco menor. Rapidamente as duas chegaram ao porto de Nordicia e começaram a caminhar em direção ao palácio real.
- Desculpa senhora Dielle onde estamos indo? – questionou Diana.
- Vamos avisar as princesas. Aquilo foi uma Declaração de Guerra! – respondia Dielle com muita raiva.
Diana engoliu seco e seguiu sua comandante, as duas passaram por um caminho de floresta e adentraram a cidade real de Nordicia, chegaram ao palácio real pela entrada lateral do local, com muita pressa, Dielle sinalizou para os guardas abrirem passagem. Ao passar pelo corredor de entrada e chegar ao palácio, viu Grace e Roveria conversando enquanto olhavam relatórios dos guardas.
- Dielle, é bom vê-la por aqui... – dizia Grace sendo interrompida.
- Desculpe princesa Grace, mas é urgente. – dizia Dielle.
- Como assim? – questionou Roveria.
- A ilha dos Therians foi... – de repente passando entre Dielle e as princesas, e deixando uma Diana assustada, havia uma flecha de Luz que cruzou o espaço entre elas destruindo as paredes laterais com o impacto.
Todas no salão viram o buraco de onde surgiu a flecha, havia uma densa poeira no local que logo foi se dissipando, revelando na ponta da longa flecha mágica, um soldado de Nordicia morto com a flecha atravessada em seu corpo.
As princesas, Dielle e Diana ficaram de prontidão, Dielle invocou diversas espadas com sua magia, as lâminas circulavam em volta do seu corpo. Grace pegou seu cajado mágico, começando assim, a conjurar uma de suas magias. Do lado de fora, viram um par de asas brancas surgir, e então viram o que seria o dono do ataque.
- Considerem isso um aviso... A partir de agora... Estamos em guerra. - Afirmava Thoth com um olhar sério em seu rosto.
Dielle não se conteve e lançou inúmeras espadas em direção ao deus egípcio que voou em disparada evitando os disparos. Dielle e Grace correram até o buraco e viram Thoth tomar uma grande distância no vasto céu azul, Grace ainda disparou inúmeras rajadas de gelo em Thoth, porém o deus Egípcio estava longe demais de seu alcance. Agora, Nordicia estava novamente à beira de mais uma grande batalha.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top