Reinado de Medo!
Alfheim. Palácio real.
O palácio real dos elfos foi o primeiro alvo de ataque de Quarys e Welver. Dominando o palácio e seu exercito, entrar na cidade real escondida dos elfos seria algo simples. Solstis estava dentro do palácio real comandando as tropas de defesa, porém os guerreiros não iam aguentar muito, os poderes de Quarys e Welver estavam muito maiores que os dos soldados, foi então que a porta do salão real explodiu revelando os dois elfos corrompidos.
- Rainha Quarys... Por favor, olhe o que está fazendo, atacando seu reino e com ajuda de um elfo negro. Acorde Quarys! – gritava Solstis.
- Você ainda insiste nisso... São todos iguais... O medo é a única forma de governar. – afirmava Quarys caminhando em direção a Solstis.
- Vamos acabar logo com isso. – dizia Welver se colocando em posição de combate.
Solstis sacou suas duas espadas e se preparou para lutar Welver partiu pra cima dando golpes rápidos, Solstis bloqueou os golpes e o lançou para longe, em seguida Quarys já estava em cima pronta para desferir um poderoso corte, Solstis bloqueou novamente e então Welver se juntou a batalha. Agora Solstis se defendia usando o dobro da velocidade, não era fácil para ela lutar contra dois oponentes fortes ao mesmo tempo. A batalha foi se intensificando, até que por um momento de descuido, Solstis é golpeada caindo no chão.
Percebeu que havia recebido um chute na perna e se desiquilibrado, ao tentar levantar não conseguiu, o que permitiu que Quarys se aproximasse com sua espada em mãos pronta para desferir um golpe mortal em Solstis.
- É o fim! – dizia Quarys pronta para matar Solstis.
- Eu acho que não! – gritou uma voz.
De repente de traz de Solstis, Gullveig surgiu de dentro de um portal formando um escudo mágico de proteção. A bruxa bloqueou o golpe de Quarys, porém não iria aguentar muito.
- Rápido... O portal! – gritou Solstis.
Solstis assentiu com a cabeça e então se jogou para dentro do portal, Gullveig usou uma jogada arriscada para se safar, atirou uma rajada magica a queima roupa na barreira, tanto ela como Quarys foram jogadas para trás, porém Gullveig caiu dentro do portal desaparecendo no processo.
Quarys se levantou e agora junto com Welver olharam em volta a procura de novos inimigos, ao garantirem que não havia mais ninguém, os dois elfos e arautos do medo tinham enfim dominado o palácio real dos elfos, agora seu próximo alvo seria a cidade real.
Nidavelir. Há alguns quilômetros da cidade.
Enquanto a cidade dos anões era dominada por Tholin e seus poderes, Ulin fugia da cidade real acompanhada pelo velho ferreiro Volundr. O velho usava uma armadura de combate prateada e um elmo com chifres apontados para frente. Estava carregando Ulin que andava apoiada em seus ombros.
- Não se preocupe princesa Ulin... Vou te tirar daqui. – afirma Volundr.
- Precisamos voltar! Temos que salvar Tholin e nosso povo. – dizia Ulin.
- Nessas condições não seríamos mais do que simples brinquedos nas mãos da princesa. Temos que nos cuidar primeiro. – disse Volundr.
Enquanto caminhavam os dois pararam e então viram a sua frente uma massa de energia se formando e de dentro, Gullveig e Solstis saiam caindo à frente dos dois.
- Parece que conseguimos. – dizia Gullveig.
- Eu agradeço por ter me salvado. Afinal onde... – Solstis parou sua fala e viu dois anões a sua frente.
- Estamos em Nidavelir... Você deve ser a Ulin. Perfeito, venha conosco. – dizia Gullveig abrindo outro portal.
- Por que confiaríamos em você e em um elfo? – questionou Volundr.
- Ora, prefere ficar aqui e ser morto por sua princesa corrompida? – retrucou Gullveig. – alias estou aqui para levá-los até Helheim, estamos escondidos lá.
- Estamos? Então que dizer que... Tem mais? – questionou Solstis.
- Sim. Vamos! Parece que temos companhia. – afirmava Gullveig ajudando Solstis a ficar em pé.
Ao longe Volundr pôde ver soldados correndo para pega-los, estavam com armaduras negras, provavelmente, haviam sido corrompidos de alguma forma por Tholin. Logo, todos adentraram o portal saindo de Nidavelir rumo a outro mundo.
Midgard. Nordicia. Praça central.
Nautica e Senna estavam em uma luta frenética e rápida pela praça central da cidade, Nautica usava sua espada como se já estivesse acostumada com o tipo de arma há muito tempo, Senna sabia que a almirante não era do tipo de guerreira de combates corpo a corpo, mas de alguma forma, Nautica a usava como um mestre espadachim. Seus ataques forçavam Senna muitas vezes a ficar na defensiva, porém, a princesa não hesitava em atacar com força total, tomando muito cuidado para não ferir Nautica mortalmente, afinal acreditava que teria alguma forma de trazê-la de volta.
Senna desferiu um ataque rápido que foi bloqueado por Nautica, e com um movimento rápido, Nautica desferiu um soco em Senna, a princesa segurou a mão de Nautica bem a tempo de evitar que acertasse seu rosto. Senna aos poucos foi abaixando a mão de Nautica e então deu um chute na almirante a fim de afasta-la, Nautica deslizou para trás e então se colocou em posição de combate novamente, Senna se posicionou e partiu ao ataque.
Com movimentos rápidos, Senna começou a atacar Nautica freneticamente a forçando a ir para trás, a almirante conseguia bloquear os golpes da princesa com um pouco de dificuldade, Senna então levantou seu braço o movimentando, desferindo um golpe cruzado em Nautica, a almirante desviou para o lado mais foi atingida por um chute de Senna, que girou seu corpo acertando a almirante a jogando perto da enorme fonte de água que havia na praça.
Nautica se recuperou rapidamente e partiu para cima de Senna, a princesa conseguia se defender da maioria dos golpes, alguns foram acertando de raspão, ferindo um pouco seu corpo e destruindo partes pequenas da armadura, Senna então começou a atacar com mais rapidez, sua espada ia de encontro à espada de Nautica, o barulho das armas se chocando ecoava por toda a praça, as duas lutavam com bastante velocidade, alguns moradores que estavam escondidos assistiam com muito medo a batalha a sua frente.
Os golpes começaram a ficarem ainda mais rápidos, Nautica estava aos poucos começando a ganhar vantagem sobre a princesa, até que Senna com um movimento rápido, conseguiu se esquivar de um golpe cruzado, a princesa deu alguns passos para trás a fim de recuperar o fôlego, enquanto Nautica apenas observava.
- Acorda Nautica! – gritava Senna.
- Impressionante... Hora de jogar sério. - Disse Nautica se levantando.
- Nautica... Por favor, pare! – gritou Senna novamente.
- Frota de Barragem: Artilharia de Guerra! – gritou Nautica ativando sua magia.
Vários canhões mágicos apareceram ao redor de Nautica que começou a disparar freneticamente, Senna se movimentava rápido bloqueando os tiros com precisão por sua espada, porém os golpes que eram defendidos ou que eram desviados pela princesa acabaram acertando a cidade causando ainda mais destruição no local. As casas aos poucos foram sendo destruídas pelos tiros, mais e mais pessoas saiam correndo de medo. Senna fechou seus olhos e se concentrou em sua espada enquanto ainda desviava dos golpes de Nautica.
- Desfiladeiro de Gelo! – gritou Senna.
A princesa usou uma de suas magias de gelo para criar um enorme muro de gelo a suas costas, protegendo assim os moradores das casas próximas, Senna também criou uma espécie de muralha em torno da praça central cobrindo por completo o lugar, Senna havia aprendido a usar magia durante algumas visitas à academia de magia de Nordicia, porém ainda não dominava por completo seus feitiços. Nautica sorriu e então começou a disparar com ainda mais vontade. Senna corria para os lados evitando que os disparos a acertassem. Novamente a princesa se concentrou e ativou outra magia.
- Espada da gloria!
A espada da princesa começou a emitir uma luz dourada e com um movimento rápido, atacou Nautica que bloqueou usando sua espada, Nautica se esforçava para não ser cortada, a força da princesa havia aumentado um pouco, Nautica ativou sua magia e começou a atirar em Senna, a princesa saltou para trás desviando dos tiros, Nautica se irritou, preparou sua espada e um rifle em mãos e partiu para cima de Senna, as duas começaram uma longa disputa de espadas, os golpes eram rápidos e precisos, Nautica tentava de qualquer jeito achar uma brecha para atirar em Senna.
A princesa não dava sequer um espaço para Nautica disparar, porém os golpes de espada estavam começando a acertar, sua armadura aos poucos foi se destruindo e marcas de sangue surgiam em torno do seu corpo, Senna sabia que não iria aguentar muito mais tempo. Enquanto as duas lutavam freneticamente cercadas pela barreira de Gelo, Loki sobrevoava a área atacando a cidade em volta, ao avistar a barreira de gelo criada por Senna, Loki parou em meio ao ar observando a disputa em baixo, com um movimento rápido de suas mãos, Loki lançou uma grande rajada mágica em direção as duas, Nautica sentiu o golpe se aproximando e logo se jogou para trás, Senna olhou para cima e tentou bloquear o ataque de Loki com sua espada.
O golpe mágico se chocou com a espada de Senna forçando a princesa para baixo, uma pequena cratera começava a se abrir em torno dos pés da princesa. Após algum tempo segurando o golpe, Senna finalmente conseguiu joga-lo na direção oposta a sua acertando em cheio a parede de gelo, destruindo-a criando assim um buraco.
Senna tentava recuperar fôlego para poder voltar à luta, mas não teve chance, Nautica com muita agilidade aproveitou o golpe de Loki, e a perfurou com sua espada, Senna aos poucos sentiu a espada perfurar seu corpo. Nautica estava com uma expressão seria em seu rosto, aparentemente não estava sentindo nada ao perfurar Senna, era como se Nautica não se importasse mais com nada. Os guardas viram a cena do outro lado do buraco e logo gritaram pedindo ajuda. Alguns magos da academia de magia estavam na cidade ajudando a evacuar os feridos e os não combatentes e ao saberem da situação, correram para ajudar.
- Objetivo concluído! – afirma Nautica.
- N-nautica... Por favor... Abra seus olhos! – dizia Senna antes de cair morta nos braços de Nautica.
- O melhor jeito de causar medo aos humanos. É matando o líder deles. Muito experta minha companheira. – dizia Loki pousando próximo a Nautica.
- Ainda não acabamos. – afirmou Nautica ativando sua magia e atirando nos outros soldados.
- Então eu cuido do show. – dizia Loki carregando o corpo de Senna nos braços.
Com sua magia de ilusão, Loki fez uma projeção mágica de si mesmo com o corpo de Senna em seus braços, logo nos céus, um enorme Loki surgia podendo ser visto da cidade inteira.
- Rendam-se humanos. Vocês são todos inferiores a nós, os Arautos do Medo, sua líder caiu. Se não se renderem, os próximos serão vocês. – dizia Loki para toda cidade de Nordicia.
Rapidamente a moral dos soldados caiu, todos largaram suas armas no chão e aos poucos se renderam, moradores de Nordicia choravam pela perda de sua princesa, e se escondiam com medo de Loki e principalmente Nautica, todos agora tinha medo da comandante que havia se voltado para o lado negro. Mais ao longe, escondido nas sombras perto do palácio, Gullveig apenas observava o anúncio de Loki junto com Ulin, Volundr e Solstis, a bruxa não havia chegado a tempo de evitar que Senna caísse em batalha, todos lamentaram muito e então voltaram para Helheim, enquanto a cidade se rendia aos servos de Jormungand, iniciando assim, um reinado de medo em Nordicia.
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