A Máquina do Amor!
Asgard. Domínio de Jormungand.
Jormungand estava sentado em seu trono quando sentiu a energia de duas armas primordiais sumirem. Logo, percebeu que Thor e seu pessoal estavam enfim em movimento pelos mundos e haviam derrotado dois arautos do medo, Jormungand emitiu um sinal para Urd retornar ao palácio de Asgard, a fim de ter uma reunião com o que sobrou de suas forças. Urd chegou rapidamente assim que viu o sinal de seu mestre, e ajoelhou a sua frente em sinal de respeito.
- Meu mestre... Eu senti a energia de Tyr e Tholin sumindo. – afirmava Urd.
- Eu também senti. Parece que Thor e seu grupo finalmente começaram a se mover depois de dias. Assim é mais divertido. Eu jurava que o filho de Odin não teria coragem de se revelar de sua toca. – afirmava Jormungand.
- O que faremos mestre? – questionou Urd.
- Você fará a guarda da Bifrost, enquanto a cidade... Eu tenho o exército pronto para cuidar de tudo. – respondia Jormungand recitando um encantamento mágico.
De repente, vários Jotuns começaram a surgir por toda Valhala, gritando e disparando ataques ao se revelarem dos portais, Urd se levantou olhando a cena em volta com um enorme sorriso em seu rosto.
- Veja minha cara. Deixem que se preparem. Lutem até ficarem exaustos. Pois quando chegarem aqui, Asgard será o local de seus túmulos. – afirmava Jormungand enquanto olhava para outros dois portais ao seu lado esquerdo. – Welver, Quarys, Loki, Nautica. Defendam seus mundos e então os nove reinos caíram sobre nossos pés.
- Certo! Não iremos desaponta-lo! – respondeu todos.
Jormungand de repente ficou quieto e fechou seus olhos. Sentiu duas fontes e energia se materializando perto da Bifrost, ao mesmo tempo, Jormungand sentiu algo que o incomodava, uma energia magica estranha se escondendo nos mundos.
- Urd. Parece que temos visita. Peço para que um deles passe e venha até mim. – dizia Jormungand.
- E como saberei qual deixar passar? – perguntou Urd.
- Você saberá assim que ver com seus olhos. Agora vá! – disse Jormungand caminhando até o trono.
- Certo! – disse Urd em resposta à ordem da serpente.
A Valquíria caída pulou levantando voou pelo vasto céu de Asgard, Urd seguiu rumo a Bifrost para cumprir com sua missão, enquanto os Jotuns caminhavam pela terra dos deuses livremente. Jormungand sentou-se em seu trono, não conseguia parar de pensar na energia que sentiu e então resolveu investigar sua origem.
Alfheim. Domínio de Welver e Quarys.
Freya e Solstis chegaram a Alfheim saindo do portal perto de uma enorme árvore que ficava a oeste do palácio real. A partir deste ponto, Solstis começou a guiar Freya pela floresta, tentando achar primeiro os campos de concentração onde estavam os rebeldes que se opuseram ao reinado de medo. Solstis e Freya tomavam bastante cuidado para não serem notadas pelos elfos negros, que faziam uma ronda na floresta.
Freya conjurou uma magia usando sua lança como catalisadora e então, colocou os guardas próximos para dormir. As duas continuaram caminhando cautelosamente pela floresta até chegarem a uma colina, de cima, puderam ver uma pequena instalação com paredes negras no meio de uma região de campina cercada por uma floresta, imaginaram que era lá o local que os rebeldes estavam presos. As duas pularam da colina e caíram no solo abaixo, Freya e Solstis logo correram se escondendo atrás de algumas árvores que haviam ao redor.
Freya sinalizou para Solstis que assentiu com a cabeça, agora as duas não tinham escolha se não invadir, tinham que libertar os rebeldes para pelo menos terem uma chance contra o batalhão de elfos negros, ambas saíram correndo, Solstis juntou suas mãos e conjurou uma ponte de gelo que saia do chão a sua frente e se ligava diretamente com o centro do lugar, porém a ponta da ponte parava em meio há uma barreira. Freya saiu na frente com Solstis atrás formando o caminho, Freya se concentrou e ativou sua magia Fimbulvert, a mesma que Skuld usava, aparentemente quem havia ensinado tal magia para a Valquíria havia sido a deusa Freya.
Nos céus, um meteoro de energia mágica se formou e se chocou com a barreira a destruindo no processo, o barulho da explosão assustou todos dentro da instalação. Logo um grupo de cinco elfos negros surgiu disparando rajadas mágicas pelo local. Solstis criou uma barreira pra proteger Freya, que conseguiu entrar no prédio, pousou no pátio central e seguiu para dentro do local.
Solstis se concentrou mentalmente mantendo sua barreira ativada e sacou suas espadas gêmeas, a Elfa saltou em direção aos elfos negros, golpeou o primeiro de surpresa com um corte duplo cruzado, o elfo caiu. Os outros viram a cena e sacaram suas espadas indo em direção e Solstis.
A capitã da guarda real élfica não precisava se segurar contra uma raça que vivia nas sombras, pois sabia que para ela, eles não significavam nada, com muita velocidade, Solstis correu atacando todos com golpes rápidos de sua espada que estava banhada em magia de raio, aumentando assim seu poder de corte, deixando as coisas mais fáceis e ágeis de serem resolvidas.
Enquanto isso dentro da instalação, Freya chegou até as celas onde os prisioneiros ficavam, no caminho, a deusa da beleza colocou vários outros guardas em um sono profundo, dentro das celas, além de pessoas comuns, Freya viu vários guardas reais presos, todos estavam com um selo que impedia que usassem magia. Freya girou sua lança e conjurou uma magia que libertou todos de suas celas, as abrindo com uma poderosa rajada de vento que quebrou os cadeados e cortou com precisão as barras das grades.
Em seguida, a deusa da beleza recitou um encantamento quebrando assim o selo que inibia os poderes mágicos dos elfos.
- Vão! Solstis está lutando lá fora! Peguem suas armas. Protejam os civis! Vamos ajudar a libertar seu reino. – afirmava Freya.
- Deusa da Beleza! Espera! Não estamos sozinhos ele está aqui! – exclamava um dos guardas.
- Quem está aqui? – BOOM! – O-o que foi isso? – questionava Freya ao ouvir a explosão.
Do lado de fora, Solstis surgia ficando de pé em meio há uma nuvem de fumaça, aparentemente a Elfa havia desviado de um poderoso golpe de magia que veio em sua direção.
- Essa foi por pouco... Se eu não tivesse percebido o dano poderia ter sido maior. – dizia Solstis.
- Fez bem em escapar. Mas na próxima não terá outra chance. – afirmava Welver em cima de uma das torres do local.
- Então você apareceu... Não esperava encontrá-lo aqui. – dizia Solstis encarando o elfo negro.
- Desta vez você não irá escapar! – dizia Welver pulando da torre caindo há alguns metros de Solstis.
De repente, uma das paredes do campo de concentração explodiu e todos os prisioneiros começaram a sair com Freya logo atrás.
- Capitã Solstis! – gritou um dos elfos.
- Vão! Libertem o reino! Reúnam-se com que estiver escondido e tomem nosso palácio e cidade de volta! – gritou Solstis.
Todos obedeceram e correram na direção oposta entrando na floresta. Freya desapareceu e reapareceu ao lado de Solstis pronta para lutar também.
- Solstis! Você deve acompanhar seus homens. – afirmou Freya.
- Mas Deusa Freya, Tem certeza? – questionou a Elfa.
- Claro. A única que pode lutar contra Quarys é você. É sua direito como capitã da guarda libertar sua rainha com suas mãos. Pode deixar que eu cuido dele. – respondeu Freya.
- Eu acharia melhor lutarmos juntas, mas tudo bem. – dizia Solstis guardando suas espadas.
- Vá! Liberte sua rainha! – gritava Freya.
Solstis começou a correr para dentro da floresta com muita velocidade.
- Não vai escapar! – disse Welver lançando uma forte rajada mágica em direção a Solstis.
Quando o golpe estava próximo de acertar, Freya lançou uma barreira protegendo Solstis que aos poucos, desapareceu floresta adentro.
- Eu serei sua oponente! – afirmou Freya.
- Então basta acabar com você e depois ir até a outra e terminar o serviço. – afirmou Welver caminhando em direção a Freya.
Freya girou sua lança e com um olhar sério, partiu para cima de Welver dando um poderoso golpe cruzado que foi bloqueado pela espada do elfo negro. Freya continuava pressionando até que Welver, com um movimento rápido desferiu um soco em Freya que atingiu seu rosto. Freya se afastou um pouco cuspindo sangue, e novamente partiu para cima de Welver. Desta vez seus golpes eram mais rápidos que o anterior, Welver defendia com facilidade, estava levando a luta como se já soubesse o resultado desde o início, como se estivesse debochando de sua oponente.
Freya estava se irritando com os movimentos e o jeito de Welver, a deusa se afastou tomando distância e então concentrou sua energia mágica na lança, Freya correu para cima de Welver dando outro corte cruzado, Welver não fez questão de usar sua espada para defesa novamente, o elfo confiou na alta resistência de sua armadura que cobria os braços, Welver usou seu braço esquerdo para defender o golpe, porém ao acertar o braço do elfo, Freya cortou o braço e ao mesmo tempo lançou Welver ao chão.
O elfo caiu levantando um pequena nuvem de poeira, estava com uma expressão de dor no rosto, não esperava que o golpe que antes era fraco tivesse ficado mais forte em segundos. Welver se levantou aos poucos e usou magia negra para parar o sangramento de seu braço e fazer um braço de energia mágica.
- Não me subestime seu elfo nojento. – afirmava Freya.
- Parece que você aumentou sua força usando sua lança. Até então eu não tinha muita expectativa em você. Mesmo sendo uma deusa, você é mais fraca do que eu. – dizia Welver.
- Eu fraca? Não me faça rir. Ataquei você com aquela força para medir seu estilo de defesa, ainda não levei isso a sério. Mas agora... Você me irritou pra valer. – afirmou Freya partindo para cima do elfo negro.
Welver soltou uma expressão de raiva e começou a atacar Freya, os dois seres atacavam e defendia com muita velocidade, seus golpes eram rápidos e precisos e aos poucos, começaram acertar um ao outro de raspão. Freya se afastou um pouco e girou sua lança dando golpes rápidos quando tinha a oportunidade, a deusa passava a lança ao redor de todo o seu corpo girando conforme atacava, seus golpes eram como uma bela dança com armas a quem visse.
Welver estava apenas na defensiva, não conseguia achar brechas para encaixar um ataque. Quando o elfo negro finalmente baixou sua guarda por um segundo, Freya desferiu uma sequência de cortes e sua armadura que se despedaçou no processo, Welver se desequilibrou indo para trás, a deusa da beleza cravou sua lança no chão, tomou impulso usando-a como apoio, e se lançou em direção a Welver, com um poderoso chute que acertou seu estômago o lançando para dentro da floresta derrubando algumas arvores. Welver ainda bateu na parede de pedra que formava a colina, o impacto formou um enorme buraco.
Welver caiu ao chão com muitas dores e machucados pelo corpo. Freya caminhava lentamente em sua direção com sua lança e mãos, Welver liberou uma tremenda magia de seu corpo e partiu para cima de Freya, que se defendeu de um ataque de espada com sua lança, os dois começaram uma disputa de armas em torno da floresta, Freya notou que Welver havia ficado um pouco mais forte e finalmente percebeu que estava lutando a sério.
Freya desviava graciosamente dos ataques de Welver, porém o elfo negro usou seu braço mágico dando um soco em Freya, enquanto a deusa defendia seu golpe de espada. Freya foi lançada batendo em algumas árvores no caminho. A deusa da beleza aos poucos se levantou com alguns machucados pelo seu belo corpo, sua armadura estava um pouco destruída devido aos golpes, mas a deusa não se importou. Logo se colocou em posição de combate novamente.
Welver surgiu a suas costas pronto para dar um ataque surpresa, porém Freya foi mais rápida e se agachou se esquivando do golpe, para proteger suas costas, Freya posicionou sua lança atrás, a deusa sentiu o choque das armas e com um movimento rápido e sutil, girou seu corpo chutando com força Welver o jogando para longe de si. O elfo estava atordoado pelo golpe, e Freya sequer esperou se recuperar, a deusa já estava em cima o cortando com muita raiva, Welver conseguiu escapar de alguns cortes se jogando para os lados, Freya girou sua lança e se posicionou esperando que Welver atacasse.
O elfo começou a sentir muito medo de perder a luta, medo de se tornar alguém fraco novamente. Sua força começou a aumentar. Welver gritava gerando uma enorme quantidade de energia mágica, Freya deu alguns passos para trás, mantendo sua guarda alta, os olhos do elfo negro tinham uma cor vermelha intensa, a deusa da beleza notou que seu corpo havia ficado um pouco mais cheio de músculos. Welver rugia olhando em direção a Freya, foi então que o elfo partiu para cima de Freya, a deusa se surpreendeu com a velocidade e conseguiu se defender, mas foi jogada para trás.
Freya cravou sua lança no chão para impedir que batesse em algo, o elfo negro se aproximou de Freya e ambos começaram uma longa disputa de armas, os dois tinham uma grande velocidade em seus movimentos e não cediam por nada, a disputa estava até então empatada, a força dos dois seres eram quase iguais, porém Freya se mostrava um pouco cansada, não era fácil se defender dos golpes poderosos de um elfo negro transformado.
Foi então que Welver desferiu um poderoso chute na deusa, a jogando na direção da construção do campo de concentração, o corpo de Freya voou por todo o campo de batalha batendo com força na parede da instalação. A deusa da beleza se levantou aos poucos, estava um pouco atordoada por conta do impacto. Seu rosto sangrava um pouco e sua armadura estava parcialmente destruída.
A deusa viu Welver se aproximar novamente pronto para atacar com sua espada, porém Freya usou toda sua magia para ativar um poderoso feitiço de ilusão. Aos poucos, a visão de Welver começou a ficar bagunçada, Freya e a construção sumiram de sua vista, dando espaço para um lugar cheio de flores com uma enorme árvore no centro.
Welver primeiramente achou estranho, a sua frente viu um grande número de seguidores ajoelhados em respeito ao elfo, de repente, sentiu o toque suave de mãos de algumas mulheres elfas passando pelo seu corpo. O elfo negro começou a gostar do lugar, começou a sentir um prazer enorme, ter poder e belas mulheres sobre seus braços ali naquele momento, Welver era o rei do lugar, ao olhar um pouco mais adiante, viu a enorme árvore no centro do local, com o vento batendo em seus galhos, a árvore começou a derrubar várias pétalas de cerejeira. As belíssimas folhas rosadas deixavam o cenário parecido com um éden do amor para Welver, às folhas caiam ao chão sendo levadas pelo forte vento que percorria o local.
Welver tocou em uma das pétalas e sentiu como se seus dedos fossem arrancados do corpo, mas as folhas fizeram nada menos que um simples arranhão. O elfo se assustou e de repente, ao olhar para baixo, viu que as belas mulheres elfas estavam sem rosto. Welver se assustou dando passos para traz e golpeando as mulheres com sua espada, porém elas apenas desapareciam como uma simples ilusão.
- Você está no meu mundo agora... Não há escapatória... Bem vindo... A Máquina do Amor! – dizia uma voz suave que ecoava pelo local.
Welver sem entender começou a correr, a multidão que antes se ajoelhou para o elfo, se tornou uma chuva de flores de cerejeira que começaram a persegui-lo passando pelo seu corpo, o elfo negro sentiu como se aos poucos estivesse sendo despedaçado pelas pétalas que não causavam dano físico e sim dano mental. A mente de Welver foi entrando em colapso devido à quantidade e dor que estava sofrendo. O elfo tentou atacar as pétalas as cortando com sua espada mais de nada adiantava, foi então que Freya surgiu a suas costas o perfurando com sua lança.
Welver não teve tempo de reagir, pois sua mente estava focada nas pétalas que encostavam e seu corpo. Freya retirou sua lança e com um movimento rápido, quebrou a espada de Welver ao meio.
A deusa da beleza desativou seu mundo de ilusão voltando ao mundo real, Welver caiu ao chão em estado de choque, enquanto caia, a espada de Welver se despedaçava e caia ao chão, a Essência do medo que habitava seu corpo, subiu aos céus e se dissipou. Freya se apoiou a sua lança e caiu de joelhos, seu mundo de ilusão chamado de Máquina do amor, demandava muito poder para causar todo o dano que havia causado em Welver.
- Menos um. – afirmou Freya um pouco ofegante.
Enquanto isso, Solstis e mais alguns soldados havia derrotado alguns elfos negros no caminho até o palácio real. O grupo rapidamente chegou aos portões de entrada sendo recepcionados pela rainha corrompida Quarys.
- Vão! Libertem a cidade real! Eu seguro ela! – dizia Solstis para os soldados enquanto encarava Quarys.
O soldado assentiu com a cabeça e então começou a coordenar o restante até a cidade real élfica.
- Veio para me deter? Acho que desta vez não pegarei leve com você. Da última vez você escapou por sorte, não pense que será da mesma forma! – exclamava Quarys saltando de uma torre parando a frente de Solstis.
- Lhe digo o mesmo. Não vou hesitar novamente, desta vez... Com toda a certeza... Eu irei te trazer de volta. – afirmou Solstis sacando suas espadas Gêmeas.
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