08. Eu quero você
Capítulo 8 - Eu quero você
— Eu gostei muito que tenha conseguido executar o projeto de design que lhe enviei. — disse Jin para seu meio irmão após o teste que passou. — Você tem uma boa noção de como funciona e tem uma criatividade que parece estar adormecida mas que podemos trazer ela à tona.
Jungkook pesquisava e aprendia coisas de design de interiores a dias para ver se gostava, nisso acabou aprofundando, ainda mais depois que os Kim demonstraram interesse. E jogando muito The Sims.
— Estou contratado? — perguntou, ansioso.
— Sim e não. — isso fez Jungkook o encarar confuso.
— Como assim?
— Don e eu conversamos, chegando a uma solução boa para nós e você, diante da sua gravidez; — o moreno sentiu-se inseguro de repente, essa fala lhe lembrou quando foi demitido. — Vamos contratá-lo, mas eu irei te fornecer um treinamento, uma espécie de curso primeiro, que pode ser presencial neste escritório que é o oficial de trabalho aqui na casa do pai ou remoto. Vai durar um tempinho, o necessário para que viva tranquilamente sua grávidez, depois você irá de fato para a empresa e dessa forma, quando for, estará preparado.
Jeon ficou momentaneamente sem palavras.
— Eu nem sei o que dizer… — começou a fazer referências. — Muito obrigado, de verdade, obrigado!
— Deixa disso, garoto. Você é mais velho que eu só onze meses, ainda assim mais velho.
— Ah, mas você não sabe o quanto eu estou feliz por essa oportunidade. Eu acho que gosto de design e vocês, fazendo tanto por mim… — seus olhos lacrimejaram. — Sou grato de coração.
— Oh, maninho. — se pôs de pé, indo até ele. — Está tudo bem. Somos família e família se ajuda.
— E-eu imagino que sim, mas as coisas eram diferentes em casa… Eu nunca tive algo assim antes. Será que eu mereço?
- Óbvio que sim! — segurou o rosto dele, limpando as lágrimas insistentes. — As coisas serão diferentes do seu diferente agora. Um diferente bom. E você merece. Você e sementinha. Não ouse pensar o contrário.
Ele suspirou, mais aliviado e realmente grato por finalmente ter algo próximo de uma família de verdade. Além do novo emprego, claro. Com ele poderia continuar enxergando um futuro para si e seu bebê.
— Obrigado, Jinnie.
Foi assim que começou suas aulas diárias de design profissional das 19h00 às 21h30. Eram com Seokjin, mas às vezes quando ele tinha compromisso quem aparecia no escritório era Don. Eles eram ótimos com as explicações e por ter interesse naquilo, sentia que o conteúdo fluía, rendia, e se fixava em sua mente com uma facilidade impressionante!
Atualmente estava no quinto mês. Ainda se encontrava energético, a única coisa que incomodava era encontrar uma posição para dormir pois sua barriga estava um tantinho maior mas, por enquanto, não atrapalhava fazer outras coisas. A sementinha estava elétrica também, gostava de aproveitar o espaço e ficar mudando de posição ou lhe chutando. Em uma de suas consultas do pré natal, a dra. Sky disse que era normal, bebês faziam isso, então passou a se esforçar para se acostumar apesar de ser estranho. Um estranho muito bom, claro.
Naquele dia em específico, Jungkook havia dormido na casa do, agora, namorado. Mas Jimin, como sempre, estava em falta com as compras do mês.
— Meu Deus, Ji. Você tem que abastecer essa geladeira, comer bem. Como vai continuar trabalhando praticamente um dia inteiro se não se alimenta direito? Na real, o que anda comendo? Vento e soju? Porque só vejo isso aqui e… um pote de mel. — levantou o item ao qual tinha acabado de tirar da geladeira.
— Eu prefiro comprar as refeições prontas ou comer em algum restaurante. Não vejo necessidade de comprar muita coisa se eu vou fugir de cozinhar, vai tudo perder.
— Você é ruim na cozinha mas não pra tanto.
— Com meus anos de correria eu não continuei praticando com a minha mãe e aprendi a pagar, pegar e comer, agora tenho algo chamado preguiça e ansiedade por praticidade.
Jungkook negou.
— Como minha mãe sempre diz: comida caseira é sempre melhor. Não sei fazer muitas coisas, mas posso cozinhar para nós.
— Eba! — o beijou a bochecha. — Você é o melhor namorado.
O recessivo sorriu, sentindo seu lobo derreter por dentro. Sentia que não havia se acostumado com esse fato de serem namorados, ao mesmo tempo que era tão bom ter essa certeza.
— Antes, vamos ter que ir no supermercado e você paga.
— Justo. E lembre de trazer doces para o chato do Taehyung, ele sempre ameaça jogar meus soju fora por chegar aqui e só ter isso e “poxa, hyung, nem um docinho”. — fez uma voz forçada tentando o imitar, causando risada no outro alfa.
— Ele vai te amar quando você der doces, experiência própria.
— Ai ai, o sacrifício. — sorriu debochado, ganhando um tapa no braço e um “idiota”. — Todo seu, namorado.
E Jungkook sorriu. Amava ouvir isso.
Alguns minutos depois, eles estavam no supermercado. Enquanto o alfa recessivo pegava as coisas, o dominante empurrava o carrinho sendo chato organizador querendo colocar cada item separadamente e por tamanho. Jungkook tinha se esquecido que ele era assim. Para si, era só jogar lá dentro e pronto. Mas para Jimin tinha toda uma lógica de x coisa ficar perto de x coisa e y coisa ficar longe de y coisa para não transpassar o cheiro de uma para outra. Então, evitando estresse, passou a dar os itens na mão dele e deixá-lo entretido com isso.
— Acho que só falta o papel higiênico e as verduras. — comentou o loiro olhando a lista que dessa vez foi completa após alguns minutos ali.
— Como se escolhe?
— Eu pego. — disse, tomando o carrinho. — Outro dia te explico, quero ir logo, preparar a comida logo e comer logo. Vai atrás do papel. Nos encontramos no caixa.
— Não esquece de colocar elas no canto direito! — exclamou vendo ele se afastar, Jungkook olhou por cima do ombro, sorriu, e lhe deu o dedo do meio. — Abusado. — riu.
Pegou o papel rapidamente porque assim dava tempo de ir atrás do moreno e organizar o carrinho sem que ele só jogasse tudo lá dentro de qualquer jeito.
— Park? Park Jimin? — uma lupina lhe chamou, se virando para olhá-la, percebeu que a conhecia de algum lugar... Ah! Ela havia sido uma paciente sua em algum momento no hospital de Boston, mas não lembrava seu nome. — Eu sou a Peggy. Muita coincidência nos encontrarmos aqui. — disse super empolgada, em inglês. — Lembra de mim?
— Olá, Peggy. — a cumprimentou educadamente.
— Como vai a vida?
— Anda maravilhosa, e a sua?
— Uma lástima. Me divorciei há pouco tempo e está sendo difícil. Mas eu estou sobrevivendo. — deu uma risada.
Por ser ótima de papo, do tipo que não se calava por um segundo contando sobre a vida toda com detalhes, Peggy lhe atrasou bastante.
— … Fiquei com o bar. — ela estava a um tempo falando sobre como gostava de asiáticos, se casou com um e agora como está indo o divorcio. — Você devia aparecer por lá, quem sabe me salva de outro ataque cardíaco. — falou distribuindo sorrisos, apalpando os músculos do braço de Jimin descaradamente.
Sorriu constrangido, se afastando.
A beta era linda, simpática, dialogava bem, só que tinha o defeito de ser inconveniente e não desconfiava das esquivas alheias, não parava de querer flertar, querendo qualquer asiatico pela frente, sendo que o coração do doutor já pertencia a outra pessoa.
— Eu não vou a bares mais. Foi só na época que estava solteiro, sozinho e tinha um mísero tempo para aproveitar algo em outro país. E, por favor, se cuide para não ter mais ataques, sério, você pode morrer. Literalmente.
— Te preocupa que eu morra, doutor Park? — voltou a tocá-lo sugestivamente.
— Jimin, por que está demoran- — parou assim que o viu.
Não disse nada com a cena que via de uma fêmea o apalpando e ele a segurando pelos cotovelos mas nem precisava, sua expressão desgostosa demonstrava tudo. Esperava que aquilo tivesse uma explicação, pois era difícil engolir que o seu alfa estivesse paquerando outra pessoa. Se bem que estava grávido de outro e ficando cada vez menos atraente. Talvez Jimin tivesse se dado conta disso. Talvez precisasse deixá-lo ir. Merda de hormônios da gravidez querendo lhe deixar mal, emocionalmente confuso e abalado. Não ia chorar, não é? Pelos lobos deuses, tomara que não!
Peggy tirou as mãos do peitoral dele e arregalou os olhos ao focar na barriga do moreno.
— Vê se não demora, eu quero ir pra casa. — foi a única coisa que o gestante disse ao parceiro, em seguida pegou o bendito papel higiênico das mãos dele, pondo no carrinho sem nenhum cuidado ou ordem, indo até o caixa.
— Você vai ser pai? — perguntou, confusa.
— Espero que sim. — a resposta a deixou ainda mais confusa, porém, não ligou. Seu lobo só lhe enviava o sentimento de que precisava ir atrás de Jungkook. — Preciso ir. Tchau!
O alfa recessivo estava bem sério passando as compras. Pagou, as pegando, e colocando no porta malas do carro. Dentro deste, antes de ligar, se voltou para ele ao seu lado no banco do passageiro.
— É uma antiga paciente lá da época do meu estágio. — explicou. — Ela tende a falar e apalpar demais. Foi bem inconveniente.
— Uhm.
Era alguém que sentia ciúmes sim, principalmente quando gostava de verdade de algum macho e via cenas suspeitas. Mas não dava chilique, só ficava quieto. Park o conhecia muito bem, sua carinha fechada dizia tudo, então não tinha mais o que fazer. Restava esperar o estresse momentâneo passar e voltar a tentar se explicar. Mesmo assim, já logo acrescentou:
— Não sinto nada por ela. Você sabe disso.
— Uhm. Agora, vamos embora. — desviou o olhar para a janela, ainda sentindo seu lobo ferver de raiva e o coração apertado de inseguranças.
— Tá bom. — ligou o veículo, indo para sua residência.
Tentou conversar, mas aparentemente Jeon não queria papo, só cozinhar em silêncio. O deixou na dele enquanto se certificava de guardar cada produto em seu devido lugar, encher os potes e por os potes organizadamente no armário.
Jungkook tinha acabado de desligar o fogo quando o abraçou por trás.
— Gosto de você. — murmurou próximo ao ouvido dele.
— Uhm. — resmungou, queria se afastar mas ao mesmo tempo não tinha forças para isso.
Jimin suspirou, lhe virando para si.
— Só isso que tem a dizer? Poxa, eu pensei que fosse especial, que te tirasse dos eixos, que fosse seu sonho de consumo a vida toda e... — continuou a tagarelar com uma voz engraçada, cheia de drama.
— Para, Jimin. — deu um soquinho em seu peito, porém, acabou sorrindo e o abraçando depois, fechando os olhos ao inspirar seu odor tão másculo, tão gostoso, que tinha um enorme poder sobres si. — Você é um idiota.
— Tudo bem. Desde que seja o seu idiota. — o selou a bochecha, sorrindo.
O recessivo se afastou um pouco para poder olhá-lo melhor e esclarecer as coisas que o incomodaram.
— Eu vou ser honesto. Não gostei de te ver com aquela beta. — disse, fazendo um biquinho emburrado.
— Me desculpe. Eu fui gentil por ter sido uma paciente, no fim ela não entendeu minhas esquivas, eu deveria ter sido mais claro. Não vou deixar isso se repetir, ok?
— Tudo bem. Mas se você flertar com outra pessoa estando comigo, mesmo que eu fique chateado, irei entend- — foi interrompido de imediato.
— Do que está falando?! Eu não vou flertar com ninguém! — o olhou como se ele estivesse louco. — Meu lobo é fiel! — tanto é que anos se passaram, ficou com pouquíssimas pessoas e nunca quis nada com ninguém profundamente pois, lá no fundo, sabia que só queria ele.
— É sério. Eu irei entender porque... Vamos ser sinceros, eu estou esperando um filho de outra pessoa. Quem em sã consciência ficaria com alguém grávido? — afastou dele.
Jimin estava boquiaberto.
— Como assim?! Não tem nada disso, Jungkook! Você... Isso que está pensando... Eu não sou o tipo que cara que pensa essas coisas! Eu realmente gosto de você. Sempre gostei. E daí que está esperando um bebê? Eu gosto dele também!
— "E daí" que ele não é seu. — falou óbvio, isso chateou o lobo dominante.
— Não fala assim. — disse firme. — O bebê pode não ter o meu sangue, mas posso considerá-lo tranquilamente. Eu estou com você e estou com ele também. Se não ficou claro até agora, eu me comprometi com os dois!
— Está falando sério? — questionou, se sentindo nervoso e com o coração cheio de descompasso.
— Completamente! — soou confiante, olhando nos olhos dele, sendo realmente sincero.
— Mas eu sei que é cada vez mais fácil você desistir de mim. É inevitável. Eu estou deixando de ser atraente. — abaixou a cabeça.
Estava sensível, inseguro, e o loiro sabia ser efeito dos hormônios da gravidez. Tem lupinos que diminuem a autoestima devido às mudanças de seu corpo sendo que, mesmo com elas ainda assim, eles são lindos.
Foi até ele e tocou seu queixo carinhosamente fazendo com que o mesmo lhe olhasse.
— Poxa, não diz isso. As mudanças te deixaram diferente do que você via como seu comum, mas não menos bonito, meu bem. Você está se adaptando todo para seu filhote se desenvolver bem, para mim está radiante. Até porque sua beleza não está só no exterior. Então você continua, e sempre continuará, sendo atraente para mim.
— Como pode falar isso? Você mal me deseja. — murmurou, desanimado.
— Mas o que…? — demonstrou-se confuso. — Quem disse?
— Você nunca tentou algo a mais comigo... — falou, se sentindo triste e constrangido, apesar de alegre por ele aceitar bem a sementinha.
O alfa dominante riu, negando.
— Eu te desejo sim. Um exemplo disso é que passo a noite toda de pau duro quando dormimos juntos, eu acordo primeiro, por isso você nem vê. — o viu ficar surpreso.
— Você… Você anda cortando nossos beijos quando… Sabe… Nos empolgamos.
— Você também foge. Provavelmente, pelo o que eu acabei de ouvir, por insegurança. Já eu não quero parecer forçar a barra porque sei que gravidez não é fácil, tem dias que pode ser horrível para você até sair da cama e é comum não ter disposição para sexo. No caso, depende de pessoa. Pois você nunca reclamou então pensei que estivesse satisfeito só com nossos carinhos fofos e os beijos roubados.
— Eu não estou. Eu quero você. — sua fala murmurada, tão desejosa, acertou Jimin em cheio.
— Eu também quero você. — disse baixo, com sua voz calma e aveludada, acariciando o rosto dele.
— Então fica comigo. — pediu, se deixando levar pelo momento cheio de confissões e pelo fato de estar cansado de viver com tesão, se controlando por uma estúpida insegurança.
Park sorriu ladino, não demorando a conectar seus lábios e envolver a língua dele gostosamente em uma bela confirmação. Não imaginava que o recessivo se sentia assim, porém, agora que sabia faria o favor de provar a ele o quanto ele continuava lindo e o quanto o desejava.
O beijo de início estava lento, mas foi ficando cada vez mais envolvente ao passo que eles enroscavam as línguas e apalpavam o corpo um do outro, explorando, atiçando… Jimin deslizou os dedos pelas costas alheias, indo para baixo, chegou na bunda e apertou, trazendo o moreno para frente e fazendo seus corpos colarem, os obrigando a se roçarem ainda mais.
Com a vontade deles intensificando tudo, em um movimento mais brusco, pegou Jeon no colo e pôs em cima do balcão o causando uma risada surpresa. Suas bocas, afastadas momentaneamente, logo procuraram uma pela outra.
O beijo quente, eufórico, recheado de mordidas e chupadas nos lábios tanto de um quanto de outro prevaleceu.
Jungkook deslizou as mãos pelo peitoral firme do namorado, segurando a barra da camiseta e puxando para cima, a tirando do corpo dele, podendo apreciar aquele torso bem trabalhado pois Jimin não era nenhum sedentário.
Sorriu safado.
— Você é uma delicinha.
— Eu sou, é? — murmurou abusando de seu olhar e sua voz sexy.
Ele assentiu, acariciando o abdômen atraente.
— Muito. Me faz até pulsar.
— Bom saber. — passou a trilhar selares com caminhos aleatórios no pescoço sensível, o fazendo gemer baixinho. — Eu te desejo tanto, por tanto tempo... — suspirou pesado, subindo os beijos até a boca onde puxou o lábio inferior entredentes.
— A-agora você me tem. — disse, afetado, soltando um gemido manhoso ao passo que teve suas coxas apertadas e uma das mãos foi subindo até o volume da calça de moletom, acariciando. Isso lhe vez se molhar de lubrificante natural e soltar ainda mais feromônios de frutas vermelhas que casavam com os de frutas cítricas do outro alfa.
— Já está excitado, baby? — sorriu com malícia.
Jungkook mordeu o lábio tentando controlar mais um gemido ao ser tocado ali como a um tempo não fazia.
— Não me faça ter que resolver isso sozinho, Park.
— De forma alguma. — voltou a atacar os lábios macios e deleitosos enquanto massageava aquela área. Não demorou a tirar a peça de roupa para tocá-lo melhor, surpreendendo ao encontrá-lo sem cueca. — Você fez de propósito? — perguntou sorrindo danado.
— Não. Elas estão apertadas na minha cintura ultimamente porque engordei e... Uhm... Ah, Ji! Isso é bom! — tombou a cabeça ao tê-lo lhe envolvendo diretamente na palma, movendo a mão com calma, lhe surpreendendo ao abaixar e passar a língua.
O colocou em sua boca para então começar a chupar, aumentando o ritmo aos poucos e, caramba, mandava bem naquilo. A forma como fazia com tanta vontade, gemendo apreciativo, como se aquele pau fosse o doce mais delicioso do mundo, era sensacional e deixava o Jungkook de pernas bambas.
— Oh... Ji… — ofegou. — Onde a-aprendeu a fazer isso?
— Faculdade. — piscou.
Para provocá-lo, encarando em seus olhos cerrados devido ao prazer que sentia, e passou a brincar movendo a língua devagar por todo aquele mastro quente e melado, se dedicando à glande inchada e sensível.
— Ah! — gemeu sentindo um grande prazer naquilo, tentava fechar as pernas ao sentir espasmos. — Porra! — exclamou quando o namorado agarrou suas coxas, forçando a ficar separadas e voltou a abocanhá-lo, indo rápido, assim, sem avisos prévios.
Não aguentou se segurar, moveu o quadril em direção a boca deliciosa, revirando os olhos com um mísero boquete. Se perguntava quando foi que ficou tão sensível assim ou se era seu alfa que mandava bem demais. Tanto que não demorou a se derramar, gemendo alto e estremecendo todinho.
Foi uma bela visão para o doutor que sorriu safado, engolindo o sêmen e lambendo os lábios.
— Gostoso. — murmurou, rouco. Sensual pra caralho na visão de Jungkook. O sabor não era tão bom mas, claro, a provocação valia a pena.
— Você é um maldito safado. — disse ofegante, mordendo o lábio ao ter a cena repassando em sua mente.
— Ainda não viu nada. — sorrindo cafajeste, voltou a beijá-lo de língua, expressando seu puro tesão enquanto devorava aquela boca.
Dedilhava e apertava a cintura com delicadeza e às vezes deslizava os dedos para as coxas onde apertava com uma força maior, atiçando. Optou por ir com calma, entretanto, Jeon estava eufórico. Mais do que ele mesmo esperava. Talvez fosse porque aquilo era como uma realização pessoal que rondava seus desejos desde a adolescência quando passou por seu primeiro cio. Mal sabia como havia se controlado até agora. Se não fosse a insegurança idiota a qual estava dando ouvindo ao mesmo tempo que tentava ignorar, isso já teria acontecido.
— Por favor, eu preciso de você. — resmungou com a voz afetada pelo desejo.
— Quer fazer aqui ou...? — perguntou igualmente afetado.
— Vamos para o seu quarto. Vai que Taehyung aparece.
Caminharam até lá e puderam retomar a excitação.
O beijo rolava de forma mais sensual e com o gosto de quero mais. Muito mais. E, no processo, Jimin tocava todo o corpo do parceiro que bagunçava seus fios, vez ou outra puxando e arrepiando o dono destes. Em meio a isso, certa hora, o médico tentou puxar a camiseta alheia, porém, foi interrompido.
— O que foi, meu bem?
— Eu... Eu estou com vergonha... Meus peitos estão avantajados, eu tenho estrias e um barrigão agora. Você não vai querer ver. — de repente estava completamente inseguro.
— Deixa disso. Eu gosto de você de qualquer forma. Te garanto que continua belo. — o selou a bochecha carinhosamente. — Pode confiar em mim?
— Ahn… Posso. — sempre confiou nele então não faria mal confiar outra vez, não é?
Aceitou que ele lhe tirasse a peça.
Jimin sorriu largo. O moreno estava com o corpo diferente do costume, é verdade, mas não era coisa de outro mundo. Era apenas uma gravidez.
— Porra, Kook-ah. Não sei porque está com neura. Sinceramente, você é lindo pra caralho!
Jogando o resto de insegurança pra puta que pariu, Jungkook o puxou pela nuca, beijando, expondo seus sentimentos e todo seu tesão por ele. Que foi bem retribuído. E Jimin desceu pelo seu pescoço, passando a boca carnuda macia pela clavícula, indo para um dos peitos. Não era tão grande assim, não sabia o porquê dele estar incomodado. Buscou o mamilo, lambendo e beijando - não chuparia por motivos óbvios, não queria deixar o mais novo desconfortável outra vez ao tirar leitinho dele -. E, bem, por estar ainda mais sensível que o costume, ele se contorceu todo sobre o colchão ao qual nem lembrava o momento que foi parar nele, gemendo alto, sentindo seu corpo queimar em excitação e seu pau latejar outra vez, fora lá atrás se derreter completamente.
— Oh... Jiminnie... — manhou, puxando o cabelo, o incentivando a continuar com a carícia.
Ela que se estendeu. Mas Park logo foi para o outro lado, atiçando de forma igualmente deliciosa ao que seus dedos acariciavam o pontinho molhado e pulsante.
No entanto, ao parar de brincar no peitoral de Jungkook, o mesmo tomou as rédeas - ainda que estivesse meio desnorteado - empurrando o namorado, sentando no colo dele, devorando sua boca em um beijo quente enquanto rebolava, o melando a calça com seu slick de recessivo, soltando mais de seu odor sensual a fim de provocar.
— Ah, Jungkook-ah — puxou o ar entredentes — Assim você vai me matar. — resmungou, arrastado, sorrindo tão embriagado de tesão quanto o parceiro, apalpando a bunda dele enquanto o ele empenhava em se remexer sobre seu pau completamente duro.
— Muito bom, Ji. Mas eu tenho uma ideia. Vamos fazer isso de um jeito diferente.
Saiu do colo dele, dando um jeito de se livrar da calça jeans que o mesmo vestia. Apertou as coxas atraentes com força, aproximando a boca do pênis coberto e deslizando os lábios por cima da cueca enquanto o encarava.
— Oh, baby. Só de ter assim já dá vontade de gozar. — jogou a franja alheia para trás, tendo uma ótima visão daquele rostinho perfeito.
— Você é gostoso. — mordeu o lábio.
— Ainda nem me experimentou direito.
— Isso é fácil deduzir, qualquer um pode ver. — sorriu. — Mas só eu posso ter e sentir. Principalmente isso aqui. — apertou o volume o fazendo grunhir ao latejar de excitação.
— Porra, Jeon... Não me provoca desse jeito.
— É? E o que vai fazer contra mim se eu continuar, uhm? — livrou da peça que faltava, segurando o pênis firmemente e passando a língua devagarinho no comprimento indo para o topo, brincando na linhazinha que divide o corpo da cabeça.
— Ah, caralho — enroscou os dedos no cabelo dele, dizendo rouco: — Me chupa direito ou eu vou acabar com você.
Jeon sorriu danadinho e, envolvendo os lábios na glande, sugou, o fazendo grunhir e estremecer. Então deixou a boca escorregar até onde conseguia e passou a mover com mais intensidade, o chupando com vontade e ainda gemendo de boca cheia. Para completar seus olhos sensuais fitavam Jimin enquanto retribuía o favor de mais cedo. Chupava bem e sua linguinha atrevida era sensacional. O doutor se sentia extremamente excitado com aquilo e por vê-lo encarando todo sem vergonha, não parava de latejar.
— Uhm… Você é uma delícia... — resmungou, gemendo, rapidamente voltando a chupá-lo, deixando o namorado perdido de prazer.
— Jeon... Ahh... Chega, bebê! — não demorou a puxá-lo delicadamente pelos cabelos, para afastá-lo e trazer para cima. — Porra, eu sinto tanto tesão em você que posso gozar a qualquer momento como um alfinha virgem.
— Não resiste a mim?
— Não mesmo. — mordeu o lábio, apertando sua bunda.
— Ótimo porque ninguém quer que você resista. — disse sorrindo danado, envolvendo as pernas na cintura dele que sorriu, retirando elas de lá.
— Vou pegar nosso amiguinho.
O viu mexer na gaveta da mesinha de cabeceira, logo mostrando o preservativo.
— Ah, Ji, vem cá. Eu coloco em você. — abriu o plástico, colocando a camisinha nele. — Prontinho.
— Obrigado, lindo. — o selou, logo aprofundando, os envolvendo em um beijo que foi esquentando seus corpos, certos do que ia acontecer, ainda mais.
— Ji…
— Sim. Eu vou te levar aos céus, Jungkook-ah. — murmurou sexy, o penetrando devagar, vendo o quão ali estava molhadinho de slick, o fazendo gemer baixinho pelo desconforto e tendo que se controlar para não entrar de uma vez naquele lugar que lhe deixava maluco.
Aos poucos a sensação ruim foi embora, dando lugar a um prazer que prometia ser muito proveitoso.
— Jimin-ah... — murmurou arrastado e doce. Estava se sentindo tão bem no momento que queria mais pois sabia que as sensações gostosas iam lhe atingir ainda mais em cheio.
— Você gosta assim? Gosta de me sentir todinho em você? Gosta que eu vou devagarinho? — continuou com as estocadas calmas, sentindo muito bem aquelas paredes internas tão quentes e apertadinhas. Assim como Jungkook sentia seu comprimento.
— S-sim. Mas... Eu quero mais.
— Mais assim? — aumentou a pressão da estocada. — Ou assim? — mudou para somente algo rápido. — O quão mais você quer?
— Mais... Mais de tudo!
O loiro sorriu lascivo. E, encontrando as mãos alheias, entrelaçou seus dedos, passando a mover o quadril cada vez mais forte e ligeiro.
Jungkook estava com a boca entreaberta, os olhos cerrados, gemendo, apertando as mãos de Jimin ao passo que também o apertava a cintura com suas pernas.
— Como é bom me perder em você, paixão... — o doutor manhou, enterrando o rosto no vão do pescoço alheio, sentindo o cheirinho gostoso que provinha dali já misturado com o seu.
— Own… — gemeu dengoso pelo novo apelido.
— É bom me sentir te fodendo assim? — murmurou, o arrepiando inteiro.
— Uma delícia! Ah, Ji… Se torna melhor ainda quando você me chama de paixão.— soltou suas mãos, agarrando ele pelos ombros, amando as sensações tão intensas e inexplicáveis que dominavam seu corpo tão colado à aquele quente.
— Ah, minha paixão. — apertou os olhos, aproveitando a satisfação que era ser envolvido por inteiro por ele, principalmente pela cavidade tão quente e apertada. Porém, logo os abriu pois não queria perder a bela visão que tinha das caretas de prazer que Jeon Jungkook fazia.
— Jimin… — tentou por em palavras o que desejava. — Eu gosto tanto... Eu quero... — se perdeu um pouco devida as estocadas prazerosas. — Porra. Me deixa cavalgar em você?!
— Vem.
Eles se ajeitaram e o mais novo encaixou, rebolando lento enquanto Park tomava sua boca para si. Os lábios volumosos desceram para o ombro e pescoço, selando por toda parte. Jungkook aumentou um pouco o ritmo, intercalando com subir e descer, ir para frente e para trás, e retomar as reboladas, gemendo arrastado, brincando com os fios claros entre seus dedos.
— Eu te amo, Jiminnie. — perdido em puro deleite, murmurou próximo ao ouvido dele, o causando um descompasso no coração e o fazendo apertar sua cintura com força.
— O que? — o encarou, ofegante, afetado.
— Eu te amo. — repetiu, manhoso.
O dominante sorriu largo, puxando o rosto do namorado e o beijando com todo o amor presente em si.
— Eu também amo você. — o selou repetidas vezes. — Cada pedacinho do seu corpo, da sua alma e cada cantinho do seu coração.
Com o coração igualmente balançado e imerso naquela paixão, Jungkook acelerou os movimentos, movendo o quadril com precisão, cavalgando, gemendo prazeroso o que causou um grunhido em Jimin e os dedos dele afundaram ainda mais na cintura delineada, deixando algumas marcas por ali.
— Ah! Você é tão quente... — beijou atrás da orelha dele, o arrepiando e causando um estremecer. — Tão gostoso, paixão. — ditou com sua voz rouca, deslizando as mãos para baixo, apalpando e apertando as nádegas dele com firmeza.
— Ji. — mordeu o lábio, se empenhando em subir e descer com força.
Os sons eróticos ecoavam pelo quarto assim como seus odores fortes de frutas, misturados, os deixando ainda mais embriagados.
— Jimin-ah...
— Jungkook... — gemeu tão apreciativo quanto.
— Ah... Eu... Oh! — aquelas sensações tão deliciosas se tornaram ainda mais quando o mais velho se descontrolou e passou a jogar o quadril para cima.
Jeon se derreteu por inteiro, puxando os fios loiros. Seu corpo tremelicou, seu orifício se contraiu, virando um rio de slick, fazendo o loiro gemer alto enquanto os espasmos tomavam conta de ambos. E eles exclamaram em sonoridades diferentes, porém, se entregando ao mesmo orgasmo intenso.
Ofegantes e meio grogues, eles se ajeitaram de forma confortável na cama, encarando um ao outro com sorrisos largos de fundo safado.
— Isso foi incrível. Temos que repetir mais vezes. — disse o recessivo.
— Concordo plenamente, amor.
Amor… amor… amor… a palavra ecoou em sua mente e seu coração veio a garganta.
— Jimin-ah, você dizendo isso faz meu coração perder o compasso e meu lobo fazer festa.
— Isso o que? — falou, sorridente, se fazendo de sonso.
— Você sabe. Pode repetir?
— Não sei do que está falando, amor.
— Você é um idiota. — riu. — Mas eu te amo mesmo assim. — o abraçou, se sentindo leve e imensamente feliz.
— Que bom. — puxou seu rosto, o selando. — Trate de se acostumar com meus novos apelidos pra você, ok? Porque você realmente é minha paixão, meu amor todinho. — eles sorriram bobos. — E só pra ressaltar, pode ter certeza que, seja mais outra gravidez ou o que for que aconteça, eu sempre vou querer você.
— Sempre? Eu gosto disso. — o sorriso ficou ainda mais largo largo, estava se sentindo muito bem amado. — Eu também te quero pela eternidade.
— É muito tempo. Também gosto disso. — sorriu adorável usando até os olhos. Jeon mordeu sua bochecha, resmungando um "fofo!". Como fazia no passado, os causando sorrisos nostálgicos.
— Sabe, eu estou com ainda mais fome agora. Vamos atacar meus pratos gostosos de jjajangmyeon* e haejang-guk**?
— É pra já, paixão. Não precisa oferecer duas vezes.
Após se limparem, os dois se vestiram e ficaram jogados no sofá, vendo um filme de comédia enquanto comiam e depois se serviam de sobremesas. Os doces que haviam comprado para Taehyung, que os amava, mas ele não apareceria por ali naquele dia para cobrá-los ao irmão postiço, certo? Errado. Já chegou, chegando, como sempre.
— Até que enfim você fez compras, hyung. — disse, mexendo na cozinha. — Mas não achei meus doces. — o casal se entreolhou. — Aonde você vai? — perguntou ao vê-lo saindo.
— Ajude o Jungkookie, ele está com cólicas. Eu já volto. Só vou... Buscar algo para o desejo de gravidez dele, tchau!
— Tá bom. — deu de ombros. — Vou buscar uma compressa de água quente para ver se alivia. — foi para outro cômodo.
Da porta Jimin encarou Jungkook e em seus olhos continha cumplicidade, a mesma de anos atrás, a mesma que ficaria com eles para sempre.
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➼ *Jjajangmyeon: macarrão com barriga de porco e pasta de feijão preto
➼ **Haejang-guk: sopa de vegetais com carne
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