05|| WE ARE GOING TO DIE
CAPÍTULO REVISADO
CAPÍTULO CINCO; NÓS VAMOS MORRER
POV'S AUTORA
— Mãe, onde está o papai? — Dhara perguntou.
— Deve estar ajudando alguém a concertar alguma coisa, ou só andando pela aldeia para ver se está tudo em ordem. — Mor a respondeu passando a mão pelos cabelos dourados da garota.
— Mãe... — Makai segurou no vestido de Morgana, onde deu puxões leves, para chamar sua atenção. — Olha, Diego está vindo e parece que estava nos procurando. — A mulher olhou para frente, onde Diego vinha até seu encontro.
— Diego, está tudo bem? — Mor perguntou confusa.
— Senhora, Druig me pediu para avisar algo sobre... — E parou de falar ao ver Dhara e Makai o olharem curiosos.
— Certo, vocês dois, vão já para o banho. — Morgana bateu levemente no ombro dos dois. — Me esperem em casa, sim? Não demorarei muito com o pai de vocês.
— Mas mamãe... — Dhara se interrompeu no exato momento que viu a ruiva arquear uma sobrancelha.
— Por favor, façam o que eu estou pedindo. — Morgana pediu, Dhara e Makai concordaram levemente e saíram da vista de Mor. A Eterna voltou seu olhar a Diego. — Onde está Druig?
=°=
Morgana parou em frente a porta amarela e soltou um suspiro, segurou a maçaneta e puxou a porta, chamando a atenção de todos ali presentes.
— Quando Diego me contou eu pensei que era piada. — Foi a primeira coisa que a mulher disse.
Do lado esquerdo, na primeira fileira de bancos, Thena se encontrava com uma iguana no colo, onde fazia carinho, ao seu lado um sonolento Gilgamesh se encontrava, pulando uma fileira de bancos, Kingo se encontrava sentando sozinho e logo atrás dele, um homem com traços indianos.
Já do lado direito, na primeira fileira de bancos, Sersi e Sprite se sentavam juntas e um pouco afastado, em pé, Ikaris se encontrava, de braços cruzados.
Druig se encontrava no meio do cômodo, — que de segunda a sexta era uma escola, mas que aos sábados e domingos era uma capela — olhando para Morgana.
A ruiva franziu as sobrancelhas ao ver um homem baixinho que estava ao lado de Kingo apontar uma câmera para ela.
— Aquela é Morgana, incontrolável, esquentada, — Mor olhou para Kingo, que parecia narrar o vídeo que o homem estava fazendo. — a personificação de Poseidon em forma de Eterna.
— Bom ver você também, Kingo. — Morgana sorriu levemente. — Veja só, finalmente decidiram nos visitar! — A mulher sorriu para Druig, mas ele parecia sério, sério demais. — O que foi?
— Não temos notícias boas. — Sprite respondeu por Druig, Mor a olhou.
— O que houve? — A mulher perguntou enquanto se abaixava para por o balde de peixes ali no canto da sala.
— Os Deviantes voltaram. — Ikaris disse sem cerimônias, Morgana riu e negou com a cabeça.
— Impossível, acabamos com eles a séculos. — Mor respondeu.
— É verdade. — Sersi chamou a atenção da ruiva. — Um atacou eu e Sprite em Londres. E outro apareceu na casa de Gil e Thena.
Morgana engoliu seco e olhou para Druig, que agora olhava para o chão, em silêncio.
— Cadê Ajak? Ela deve saber o que devemos fazer. — Morgana perguntou.
— Mor... — Druig a chamou, a mulher o olhou rapidamente, notando sua voz calma, como se tentasse a acalmá-la. — Ajak foi atacada por um Deviante. Ela se foi.
Todos olharam para a Eterna, esperando lágrimas, qualquer tipo de reação que ela normalmente teria.
Mas o que aconteceu foi algo que eles não esperavam.
— Ajak... Morreu. — Morgana murmurou, Druig acentiu levemente. A ruiva engoliu seco. — Eu não entendo, nós... nós conversavámos por cartas, estávamos planejando uma visita.
Morgana se sentou apressadamente no banco ao seu lado, temendo que se ficasse mais tempo em pé, acabaria caindo.
A ruiva observou suas mãos, vendo-as tremer, em um ato rápido, as escondeu nos bolsos de seu vestido.
— E... Tem mais. — Morgana olhou para Sersi.
E assim, foi dito tudo.
Olympia, o lugar que sonhou por milênios voltar, era uma mentira.
A vida de Morgana era uma mentira, memória de suas vidas em outros planetas foram roubadas dela pelo seu criador, Arishem.
Ela nem mesma era algo vivo, era apenas uma máquina progetada por Arishem, nada mais que isso. Uma máquina incapaz de evoluir e que servia apenas para seguir as ordens do Celestial.
E daqui a alguns dias, o mundo que ela ajudou a cuidar acabaria, porque um novo Celestial deveria nascer.
A não ser que o plano de Sersi de atrasar o despertar do Celestial funcionasse. E para isso, precisavam de Druig.
— Olha, foram muitas notícias ruins, Milady. — Druig se pronunciou.
— Você toparia? — Sersi perguntou.
— Fico feliz... — O Eterno foi interrompido pelo toque de celular de Sersi, que logo foi desligado.
— Ei, qual sua operadora? Meu telefone tá morto. — Kingo perguntou ao sussurros para Sersi.
— Viram essa floresta? Linda, não é? — Druig se levantou e andou até Thena e Gilgamesh. — Eu e Morgana protegemos essas pessoas por vinte gerações. — A Eterna viu Kingo fazer um sinal para o homem com a câmera parar de filmar. — Do mundo exterior e delas mesmas. — Druig se afastou dos dois e dessa vez, caminhou até Kingo e seu amigo. — Sua espécie, meu amigo, será responsável pela sua própria extinção um dia, você não acha?
O homem parecia intimidado com as palavras de Druig, parecia até mesmo com medo.
— Acho que devemos aprender com os nossos erros e melhorar, Senhor. — O homem respondeu. Druig o encarou sério. — Não se deve perder a esperança.
Morgana massageou as têmporas no exato momento que viu os olhos de seu marido se tornarem dourados e logo, os do homem também.
— Druig, chega. — Mor murmurou assim que o homem jogou sua câmera fortemente na parede, a quebrando em pedaços.
— Cara, você não fez isso. — Kingo murmurou se levantando do banco. Morgana se levantou também e se aproximou dos dois. — Tá, nova regra: não pode possuir o mordomo dos outros.
— Ele não vai mais fazer isso. — Morgana respondeu rapidamente. — Até por que, não é um bom exemplo. — Kingo a olhou confuso, Druig revirou os olhos.
— Onde tá o senso de humor de vocês dois? — Druig perguntou sarcasticamente.
— Eu peço desculpas, senhor.
— Não se desculpe. A culpa não foi sua. — Kingo respondeu seu mordomo, que parecia muito envergonhado com a situação. — Vocês não são Deuses, entendem isso, não é?
— Primeiramente que eu não fiz nada com seu mordomo. — Morgana disse seriamente. — E segundo, todas as lendas sobre Poseidon são sobre mim. — Druig segurou o sorriso. — Mas quando alguém faz algo incrível sempre acham que é um homem e de repente inventaram Poseidon. Então, tecnicamente eu sou uma Deusa sim.
— Que irônico. — Druig comentou olhando Kingo de cima a baixo. — Kingo, o famoso ator. — Druig sussurrou com um sorriso sarcástico nos lábios.
— Eu já dirigi também, tá? — Kingo respondeu.
— Ah é? Tipo o quê? — Druig perguntou curioso, Morgana franziu as sobrancelhas.
— Uns vídeos que tão na internet. — Kingo murmurou, Druig o olhou de cima a baixo.
— Teve muitos views? — Druig questionou, Mor revirou os olhos e se afastou um pouco dos dois.
— Eu não faço pelas views.
— Faz pelo que então?
— Vamos, ele está enrolando a gente. — A ruiva viu Ikaris se desencostar da parede.
— Precisamos dele. — Sersi respondeu, mas Ikaris não a deu ouvidos, pois se dirigiu até a porta.
— Ikaris, — Morgana revirou os olhos assim que viu Druig ir até o Eterno, com sua voz carregada de sarcasmo. — senti sua falta. — O moreno o olhou de cima a baixo. — Eai, você vai me ameaçar? Vai encantar?
— Existe uma terceira opção, se você preferir. — Ikaris disse sério.
— Então a mãe não escolheu você como o favorito dela? — Druig comentou.
— Eu aposto que ela estaria orgulhosa do que você se tornou. — Ikaris rebateu.
— Ikaris por que não faz um favor a todos nós e fica quieto? — Morgana perguntou rapidamente.
— Druig, isso é sério. — Sersi se levantou do banco.
— Eu vou te dizer o que é sério! — Druig caminhou até Sersi. — Você acabou de nos falar que estivemos em uma missão suicida nos últimos sete mil anos, que a minha existência e a da minha esposa é uma farsa. — Morgana suspirou e cruzou os braços. — Então me perdoa por não ligar nenhum pouco pro seu plano, tá bom?
Quando Druig se dirigiu para sair do cômodo, Morgana ficou na sua frente.
— Precisamos ajudar, e você sabe disso. — Morgana murmurou, Druig negou levemente.
— Não precisamos.
— Seu orgulho está afetando suas decisões! — Morgana aumentou um pouco o tom de voz. — Se não salvarmos a terra eles irão morrer.
— Podemos protegê-los de alguma forma, eu posso pensar em alguma maneira... — Morgana o interrompeu.
— Nós não temos tempo! Temos que ir, você precisa fazer algo! — Morgana dizia aquilo seriamente, com um toque de desespero que Druig conseguiu notar. — Você está colocando a sua mágoa e o seu orgulho na frente e isso está o deixando tão cego que nem consegue ver a verdade!
— Isso não é verdade! — Druig respondeu rapidamente, assim que tentou sair novamente, Mor segurou seu braço, o impedindo mais uma vez.
— Se Makai e Dhara morrerem eu jamais perdoarei você por isso! — Morgana exclamou.
O Silêncio caiu como um baque no cômodo.
Os Eternos se entreolharam confusos, nunca haviam visto o casal brigar e nunca nem se quer ouviram falar sobre aqueles nomes e de quem eles pertenciam.
— Eles estão brigando? — Morgana franziu as sobrancelhas ao ouvir uma voz aguda atrás da porta. — Nunca vimos eles brigarem, o que está acontecendo?
— Acho que já ouvimos o suficiente, agora vamos. — Morgana olhou para Druig, que bateu sua mão na testa. Os outros Eternos ainda permaneciam confusos.
— Não! Eu quero saber o que estão escondendo. — Morgana deveria saber que Dhara não iria a obedecer.
— Ah, para com isso! O que que eu tenho que fazer pra você começar a me ouvir? — Morgana soltou Druig e cruzou os braços ao ouvir a voz de Makai.
— Eu vou bater em você se não calar a boca! — Dhara sussurrou. — Agora, por que eles ficaram em silêncio de repente?
— Eu não sei e não quero saber, vamos Dhara, ficaremos encrencados se descobrirem! — Morgana se aproximou em passos silenciosos até a porta e segurou na maçaneta. — Vamos ir brincar! Brincar de imitar animais, que tal? Eu começo, olha ahn... Cocoricó...!
— Makai cala essa boca!
Morgana abriu a porta rapidamente, fazendo os dois se assustarem e soltarem um grito e em seguida, caírem para frente. Todos os Eternos os encaravam curiosos.
— Acabei de descobrir o que é um ataque cardíaco. — Makai sussurrou colocando sua mão sobre o peito.
— A culpa é toda sua. — Dhara murmurou ainda deitada no chão.
— Minha? Culpa sua! — Makai resmungou.
E começou uma discussão de quem era o culpado.
Morgana pigarreou, chamando a atenção dos dois.
— Mãe! — Os dois se levantaram rapidamente, Morgana os olhava séria.
— Mãe?! — Kingo exclamou.
— Vocês estão encrencados, espero que tenham noção disso. — Morgana viu os dois olharem para trás.
— Pai...
— Não, não, não. — Druig interrompeu Makai. — Vocês deveriam ter obedecido a mãe de vocês, não me metam nisso.
— Eu havia mandado vocês dois irem para casa!
— E nós fomos! — Makai respondeu novamente, Druig franziu as sobrancelhas. — ...Mas aí voltamos. A ideia foi toda de Dhara!
— Seu dedo duro! — Dhara o olhou incrédula. — Não finja que você não estava curioso também!
— Ei, chega. — Morgana os impediu de começarem outra discussão.
— Vocês tem... filhos? — Sersi murmurou confusa, observando as duas crianças.
— Bom, os garotos chamaram a Morgana de mãe e o Druig de pai, é meio óbvio. — Sprite respondeu com seu habitual sarcasmo.
— Mãe, quem são eles? — Dhara perguntou confusa, a garota se inclinou para o lado, para ver bem o grupo.
— São... — Druig se interrompeu e olhou para Morgana.
— São os tios de vocês. — Morgana respondeu.
— Em partes. — Druig corrigiu e olhou Ikaris de cima a baixo.
— Os das histórias? — Makai perguntou, Druig acenou levemente.
Os dois se entreolharam e em seguida, voltaram seus olhares para o grupo de Eternos que também os observava curiosos.
— Ahn... Olá. — Makai acenou timidamente.
— Tudo bem? — Dhara perguntou de forma educada.
— Não muito. — Sprite respondeu e quase que imediatamente recebeu uma cotovelada de Sersi. — Aí!
— Então, se eu estou certo... — Makai observou bem o grupo, tentando lembrar de todos os nomes que seus pais falavam. — Você é a... Sprite! A que faz ilusões! — A garota esboçou um sorrisinho quase que imperceptível. — E você... Poxa, eu não me lembro de você.
Druig segurou o riso ao ver Kingo olhar Makai indignado.
— Não se lembra de mim? Eu sou o Kingo! O tio Kingo! — O Eterno respondeu. Makai abriu levemente a boca, como se tivesse se lembrado do nome.
— Kingo! O que faz aquilo com as mãos, não é? — Makai perguntou apontando com o indicador e o médio.
— O que faz aquilo com as mãos? — Kingo franziu as sobrancelhas. — Que tipo de histórias você contou sobre mim? — O Eterno perguntou para Druig, que sorriu levemente.
— Você é a Sersi! É verdade mesmo que pode mudar as coisas? — Dhara perguntou entusiasmada, Sersi sorriu com a animação da garota e concordou levemente. — E você... — Dhara o olhou de cima a baixo. — É o Ícaro.
— Ikaris. — O Eterno a corrigiu.
Morgana suspirou ao ver Makai e Dhara olharem Ikaris com os olhos semicerrados, o Eterno também retribuía o olhar desconfiado.
— O que seus pais falaram de nós? — Morgana sorriu levemente ao ver Dhara e Makai sorrirem instantâneamente ao ouvirem a voz de Thena.
— tia Thena e tio Gil, vocês estão aqui!
Druig deu um meio sorriso ao ver Makai e Dhara correrem até os dois. — Passando rapidamente pelos pais — Gilgamesh se assustou levemente ao sentir Dhara subir em seu colo, Thena foi abraçada por Makai.
— Sentimos saudades! — Dhara murmurou beijando a bochecha de Gil.
— Sentimos saudades de vocês dois também, deveriam ter ido nos visitar. — Thena respondeu beijando a cabeça de Makai.
— Por que Thena e Gilgamesh estão agindo como se já soubessem deles?! — Kingo perguntou confuso com um leve toque de indignação.
— Porque já sabíamos. — Gil respondeu. — Pedi uma vez para Druig colocar Thena parar dormir, lembra?
— Thena, Gil, vocês podem ficar com os dois um pouquinho? — Morgana perguntou, os dois concordaram levemente.
— Não, espera, precisamos conversar! — Dhara respondeu saindo do colo de Gilgamesh. — O que está havendo que não estão não contando?
— Você ainda não entendeu? — Makai se pronunciou, chamando a atenção de todos ali. — Um Celestial vai nascer e vai acabar com a Terra. Nós vamos morrer.
— Vocês não vão morrer. — Druig respondeu rapidamente.
— Nós não vamos, Kai. — Dhara murmurou, intercalando seu olhar entre seu irmão e seus pais. — Eles... Eles não deixariam. Papai não deixaria. — Makai sentiu seus olhos marejarem e os revirou, o garoto saiu do colo de Thena. Passando pelos pais. — Kai, espera...
A garotinha segurou o braço de seu irmão, o garoto se virou para ela.
— Se você quer acreditar nisso, por mim tudo bem. Mas isso não anula o fato que nós vamos morrer. — Kai retrucou, Dhara soltou o braço de seu irmão, o olhando confusa. Ele não costumava falar assim com ela. — Isso é pior que o blip, por que não vamos ter uma segunda chance, Dhara. Não vamos ter Os Vingadores para nos salvar. — O garoto murmurou antes de sair pela porta.
Dhara empinou o nariz, tentando fingir que o fato de seu irmão ter dado as costas para ela não havia a afetado.
— Kai... Makai! Me espera! — Dhara exclamou e rapidamente saiu pela porta.
Morgana suspirou e passou a mão pelo seu rosto, irritada.
Houve um grande silêncio nos minutos a seguir, todos tentando processar o que havia acabado de acontecer.
— Estou tão confuso! — Kingo foi o primeiro a se pronunciar. — Por que aquele garoto se parece tanto com Druig? Quando e como isso aconteceu e por que só estamos sabendo disso agora? — O Eterno perguntou indignado. — Eles nem sabiam que eu era o tio deles!
— Eternos não podem ter filhos juntos. — Sersi franziu as sobrancelhas, tentando entender aquilo. — Como que...
— Olha, não temos tempo para a pergunta de vocês agora. — Morgana interrompeu a mulher, ainda tentando soar educadamente. — Você vem comigo. — A Eterna murmurou para Druig, que agora estava sério.
— Era isso que estavam fazendo esse tempo todo então? Brincando de casinha? — Ikaris perguntou antes de Druig e Morgana chegarem até a porta.
— Agora não é um bom momento, guarda seus comentários para você. — Morgana respondeu e segurou o braço de Druig, o puxando para sair.
— E não se aproxima dos meus filhos. — Foi o que Druig disse antes de sair do lugar junto com Morgana.
— O Druig é um saco! — Kingo se pronunciou assim que o casal saiu.
— É sim senhor. — Seu mordomo concordou.
— Me pergunto como Morgana conseguiu aguentar ele por tanto tempo, ela nunca foi um poço de paciência. — Sprite murmurou dando de ombros.
— Ela mudou quando as crianças chegaram. — Thena respondeu, com um leve sorriso no canto da boca. — Ela é mãe agora. O que a torna ainda mais perigosa, na verdade.
=°=
Druig observou Morgana entrar dentro de casa como um furacão vermelho, a mulher não mandou ele a seguir, apenas foi apressadamente para o quarto de Dhara.
O homem franziu as sobrancelhas e a seguiu.
— Morgana? — Druig a chamou, vendo a Eterna puxar uma mala rosa de rodinhas de baixo da cama de sua filha. — O que você tá fazendo?
— A mala da Dhara, eu só vou por algumas roupas. — Morgana respondeu. — Apenas o necessário. E aí depois farei a mala de Makai.
— Espera, o quê?
— Precisamos ir, agora. Ou colocaremos a aldeia toda em perigo, os Deviantes estão de volta, eles nunca foram embora. — Morgana respondeu. — Nós não podemos mais ficar, é perigoso. Principalmente para as crianças. — Druig abriu a boca para falar, mas Mor estava tão concentrada em organizar a mala que não percebeu. — Levaremos eles, se o Celestial vai despertar daqui a... O quê? Dois dias? Não precisaremos levar tanta roupa. Eles ficaram no Domo, conosco e...
— Eu posso falar agora? — Druig perguntou levantando a voz, na intenção de fazer sua esposa ouvir. Morgana franziu as sobrancelhas e o olhou, parando de mexer na mala. — Eu não acho uma boa ideia.
— Como não?
— Mor, levar as crianças para essa confusão? Isso não é responsável. — Druig respondeu. — E além do mais, isso não é problema nosso. É problema deles, eles podem resolver sozinhos sem precisar da nossa ajuda.
— Não pode estar falando sério.
— Estou falando muito sério. — Druig respondeu, Morgana fechou a mala de Dhara.
— Se não vai ajudar, então eu vou. — Morgana respondeu seriamente. — Você colocaria o Celestial para dormir, eu vou matar ele.
— O quê? Mor, deve ter outra maneira.
— Não dessa vez. — Morgana deu de ombros. — No fundo nós dois sabíamos que um dia iríamos sair da Amazônia, e chegou o dia. — A ruiva fechou a mala de sua filha e a pegou, saindo do quarto com Druig indo atrás dela. — O Celestial irá nascer em alguns dias e o mundo acabará, os nossos filhos irão morrer e aí Arishem tirará nossas memórias e acontecerá tudo de novo e de novo! — Mor exclamou entrando no quarto de Makai. — Eu não vou deixar isso acontecer.
— Mor, você precisa se acalmar um pouco. — Druig murmurou, Morgana riu e negou rapidamente.
— Não diz para eu me acalmar como se eu fosse uma criança! Eu ajudei a destruir planetas. — Mor engoliu seco. — Makai tinha dois anos quando o blip aconteceu e mesmo assim ele tem pesadelos sobre isso até hoje! — A ruiva se abaixou e puxou a mala vermelha de dinossauro de seu filho. — Não somos tão diferentes do Thanos afinal.
— Não somos igual a ele e você sabe.
— Não é o que eles iram achar quando você contar que vamos deixar os dois! — Morgana exclamou.
— Nós não vamos deixar eles!
— Então devemos ir.
— Eu não quero deixar a nossa casa! — Druig exclamou. O Eterno viu Morgana engolir seco e aí, entendeu tudo. — Mas... Mas você quer, não quer? — Druig perguntou.
Morgana o deu as costas rapidamente, fingindo arrumar a mala de Makai, mas a verdade era que ela não sabia a resposta para aquela pergunta.
Antes que um dos dois pudesse falar mais alguma coisa, ambos escutaram passos rápidos em direção ao quarto, os dois se viraram, vendo uma mulher ofegante parar na porta. Uma aldeã da aldeia.
A mulher chorava, parecia assustada, desesperada.
— Tem algo errado. — Druig murmurou. — O que houve? Pode dizer para nós... Somos amigos!
A mulher negou rapidamente, estava com tanto medo que não conseguia contar o que estava acontecendo.
— Nós também somos os líderes dessa aldeia e eu estou mandando você dizer o que está acontecendo! — Morgana deu um passo a frente em direção a mulher.
Antes que a mulher abrisse a boca, os três ouviram gritos e estrondos por perto.
Algo estava acontecendo na aldeia. Algo muito, muito ruim.
— Está vendo? É só eles chegarem que tudo começa a dar errado! — Druig murmurou antes dele e de Morgana saírem correndo de casa, em direção a confusão.
terceira vez q posto, vamo ver se dessa vez eu nn retiro a publicação
a fanfic, como vocês podem ver, está em ordem cronológica, principalmente os flashbacks, então eu sei que pra vcs parece que os druigana não tem desenvolvimento MAS EU JURO QUE TEM É SÉRIO, eu vou por futuramente alguns flashbacks do passado deles, não desistam deles ainda pfvr !!
alguém pfvr abraça essa família eles tão precisando sério msm
hmm tô começando a pensar em postar edits de until the end no tik tok hein, ficariam interessados nisso???
outra pergunta aqui também, que horário é um bom horário para vocês para eu postar capítulo???
talvez a fanfic fique parada por um tempo, nn é certeza, mas pode acontecer
e se vocês poderem votar eu agradeceria mt viu
enfim, espero que tenham gostado do capítulo e desculpa qualquer erro ortográfico !!
até <333
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top