Metades
Meu coração bateu tão forte
Que já não sabia medir em minutos
Muito menos em horas
Metade de mim queria ir embora
A outra não via a hora de te ter de volta
Mas uma dessas metades
Sempre é a hipócrita
Sentia sua falta, saudades tremenda
Fiquei como um oceano
Fiquei como um oásis no inconstante cálculo da minha saudade
Metade de mim queria seus braços
Outra não aguentava ouvir o som dos seus lábios
Mas uma dessas metades
Sempre é hipócrita
Estudei sobre a vida
Adquiri conhecimento tanto que comecei a ser criança
Aprendi sobre conceitos e teorias moleculares
Metade de mim queria negar sua existência
A outra deseja que você fosse o tema da minha pesquisa
Mas uma dessas metades
Sempre é a hipócrita
Por isso, te poetizo
Por que na realidade só te dualizo
Queria não ser humano para isso
Mas isso não consigo
Metade de mim manipula
A outra prega conceitos que não efetua
Mas entre todas elas
Há um poeta, que escreve
Mesmo sendo humano
Sobre você com amor cientista
Eterno dualista
Efêmero realista
Sincera hipocrisia
Nos meus poemas você será marcada
Mas que em qualquer revista científica
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top