Bônus Três

Narrador:

Daniel achava que seria impossível, o pai conseguiu guardar um segredo dele ou de seus irmãos. Ainda mais mantendo o corpo daquele dentro de um Caixa, localizado em um dos seus armazéns que ficavam quilômetros da cidade de onde moram, mas a resposta estava diante dos seus olhos.

Se não soubesse que ele estava induzido em uma prisão dentro do seu próprio corpo, poderia pensar que ele estava apenas adormecido e que a qualquer momento iria abrir a tampa do caixão de vidro e se levantaria para mostrar que estava desperto.

Hampher era alguém muito belo mais do que havia visto uma única vez em seu sonho, nem mostrava que era uma criatura sanguinária deixando por seu caminho um trilha de corpos sem qualquer piedade. David que estava à frente dos outros se aproximava lentamente do caixão em passos decididos, cada parte do seu corpo dizendo para retirar a tampa de vidro e finalmente acordar o Vampiro que Ali estava.

Mas tinha uma parte que dizia para não fazer isso, ele não merece esse reencontro, afinal tudo que caiu por cima do clã vamps foi por sua tolice e de Hampher tudo sendo culpa de ambos por terem se apaixonado e sempre querendo se encontrar em outra vida. Quando recuperou suas memórias de outro tempo com ele sendo Agnes Good.

Ele sabia como todos do clã vamps o odiavam por ter feito um encanto em seu sangue para Hampher só pudesse se alimentar dele e de mais ninguém. Sua mão começou a tremer com esse pensamento, surgindo cada vez mais sombrios desde que se lembra tanto como Agnes ou David nunca teve uma família para se apoiar e ter a sua proteção.

Seus joelhos cederam, pareciam que eram feitos de gelatina cada segundo que demorava para tomar sua decisão que mudaria tantas vidas tornava-se cada vez mais pesada para que resolvesse agir desesperadamente.

— Não consigo fazer isso! — Sussurrou desamparado sua mente ficando completamente nebulosa. — Ele deve me odiar por ter feito com que as pessoas o aprisionassem nesse caixão durante seculos, ficará como os outros me odiando por ter sido uma pessoa tão egoísta.

Cada partícula do seu corpo estava tremendo querendo fugir para longe, se esconder do mundo novamente. Nesse instante desejava morrer novamente para que sua alma fosse dilacerada por toda eternidade, quando morreu pela primeira vez cada uma das emoções humanas que havia existido dentro de seu coração havia desaparecido e levado pelo vento mais agora tudo voltava desde suas inseguranças até mesmo os piores medo que ocultou por tanto tempo.

— Calma, ninguém está te culpando tão descaradamente Entendemos o que fez. Muitas pessoas fazem besteira quando se tornam cegos para o amor e o que ele nos faz fazer. — Marshall disse se ajoelhando ao lado do outro com a mão em seu ombro dando um aperto delicado. — Não existe uma pessoa que nunca faz uma dessas coisas.

— Marshall, você quer mesmo comparar coisas mundanas de pessoas apaixonadas com em alguém que criou um feitiço que nunca existiu e em seguida se transformou em uma maldição de uma linhagem inteira, causando sofrimento e várias mortes se os híbridos dessa linhagem não encontrasse seu companheiro? — Daniel disse revirando os olhos, Marshall virou para sua direção com um olhar assassino e sua faca em mãos em seguida jogou em Daniel atingindo Daniel no meio da testa que deu um passo para trás. — Belo pronto, entendi que falei na hora errada.

— Ainda bem que notou assim que usei meu ponto de vista! — Marshall falou estalando a língua mas o olhar assassino não abandonava seu rosto. — Ele não precisa ouvir algo desse tipo nesse momento.

David sai que Daniel era sincero com tudo e Marshall só iria querer ajudar sem machucar seus sentimentos.

— Eu não posso — David voltou a falar e com isso Marshall teve um pouco de pena do garoto. — Ele amava a sua liberdade e com isso tirei algo que ele mais amava.

— Quem ele mais amava era você, ele enlouqueceu e sofreu sem você de diversas maneiras e reencontrar o amor dele será algo fantástico. — Marshall disse olhando para o caixão. — Pode ir e sem nada a temer.

Marshall levantou e viu o primeiro cristal da lua em seguida, chamou David com a mão em um momento decisivo e abriram a tampa. Retirou o primeiro cristal enquanto Davi murmurava o feitiço de desativação.

O brilho de cada cristal diminuía lentamente e antes do último se apagar, Marshall puxou o Punhal de prata da adaga encantadas mergulhadas na cinza do carvalho branco que neutraliza o vampiro original quando este for esfaqueado no coração.

O recital de David parou e nada aconteceu, todos esperaram em silêncio mas nada aconteceu.

— Ele vai demorar para despertar a menos que demos sangue — Marshall disse estalando a língua. — Ficou muito tempo sem sangue e está sem energia para qualquer coisa.

Olhou para David que assentiu e cortou a palma da mão, as gotas caíram em cima dos lábios de Hampher.

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Demorou alguns instantes, então Hampher abriu os olhos que primeiro se adaptaram ao lugar junto às três vozes conversando que vinham na sua direção. Uma delas tinha um coração acelerado, outra com batidas que estavam tão lentas que parecia que iria morrer e por último tinha um que estava com o coração calmo.

Seus olhos se moveram quando uma cabeça surgiu, era uma rapaz que usava óculos. Reconheceu como sendo o do coração calmo e só seu lado o do coração quase morto.

— Como é bom finalmente conhecer você, Hampher — Falou o de óculos com um sorriso em seus lábios, dando ainda mais beleza para as suas feições feéricas delicadas. — Sou Marshall e esse aqui ao meu lado é o Daniel, um vampiro da sua linhagem do clã vamps.

Hampher se lembrava desse clã, que foram os que ajudaram a prendê-lo nesse caixão como também na prisão dentro de sua mente durante pelo visto que Marshall e Daniel se vestiam por muito tempo. O deixando cada parte do seu corpo completamente imóvel, como também completamente em silêncio do mundo. Claro que existia uma parte de si que era grata por isso, protegendo o mundo e as pessoas do seu lado sangrento, mas também tinha uma pequena parte que achava que cometeram um grande erro e queria matá-los das maneiras mais lentas e horrendas que se pode imaginar.

— Diga alguma coisa, Daniel — Marshall falou dando uma cotovelada no outro.

— Como está se sentindo? — Daniel disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça, dessa vez recebendo um chute no meio das pernas fazendo com que se curva-se. — O que... você...quer...que...eu...diga? que ele parece tão magro, que não está pesando quase nada.

— Isso era melhor do que perguntar se ele estava bem! — Marshall disse rispidamente.

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David se aproximou lentamente com o coração batendo com força contra o peito. Marshall e David estavam apoiados sobre o caixão conversando com Hampher ou discutindo um com o outro.

Em um movimento, Hamper saiu para fora do caixão, ficando a centímetros de David que gritou. Seus olhos se abriram, brilhantes, e ele atacou o vampiro para se afastar. Suas mãos foram presas e isso fez com que olhasse para os olhos do outro com pavor.

— Solte-o! Se pensar em morder ele arrancou sua cabeça — Marshall disse com o arco apontado para a costa do vampiro. Ambos eram rápidos em lutar mas Hampher não poderia ter chance já que ficou séculos preso e desfiando. — Se machuca-lo, eu te mato. Não me importo se você é quase o amor vampiro da outra vida dele.

O Vampiro original parou. David continuava se contorcendo e girando, mas Hampher tinha parado completamente de se mexer olhando para o outro em silêncio.

— Agnes? — Falou com a voz fragilizada e puxou David para si, cheirando o pescoço do garoto. — Meu amor!

Daniel e Marshall trocaram um olhar estranho entre si, vendo a cena de David quase tremendo nos braços de Hampher que cheirava seu pescoço.

— Meu amor — dizia Hampher, abafado, com o corpo tremendo. — meu amor.

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Depois de dez minutos, Hamper finalmente soltou David, olhou para o seu rosto por mais alguns segundos. Era seu amor ali, senti o cheiro da magia que seu corpo transbordava como a mesma quantidade que veio do sangue para despertá-lo.

Ele se virou para Marshall que ainda estava com o arco, seus olhos analisando cada movimento.

— Você é um caçador — Hampher falou e isso não causou nenhum efeito em Marshall. — O que deseja de mim para ter me acordado de minha prisão?

— Vamos explicar no caminho — Daniel disse entrando na frente e fez Marshall finalmente abaixar o arco. — sua família precisa da sua ajuda e quem sabe o meu clã também.

Explicaram tudo rapidamente mas não adiantaria muito para eles usarem a velocidade para sair daquela cidade, já que Hampher estava completamente fraco para usá-la.

Daniel jogou algo para Hampher, um pequeno anel decorado com pedrinhas brancas.

— Seu anel para andar durante a luz do sol — Daniel disse calmamente e saíram do armazém.

Hampher olhou para todos os lados vendo como que a civilização havia evoluído mais para ele, isso não era o mais importante, finalmente estava com o seu grande amor.

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Como Marshall supôs levaram três dias para chegarem na cidade e ainda fazendo parada para ele e David comerem ou para encontrar algo para ajudar Hampher a se alimentar mais ainda tiveram que usar um pouco do sangue de David misturado.

Assim que chegaram na mansão, já viram todos esperando do lado de fora.

Não só isso, ao lado do senhor vamps estava Utily que latiu ao ver o carro e por último Kraes Dramar com uma expressão completamente sombria. 

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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