Será que ainda teremos uma segunda chance?
Já eram 3:00 am...
Finalmente chegou a hora de executar o plano A, meu tão esperado plano A. Levantei calmamente da minha cama e agachei devagar tateando o chão para encontrar a minha mochila. Assim que a arrastei ela para fora da parte debaixo da minha cama, levei ela até a porta e a deixei escondida atrás da mesma, e em seguida, saí do quarto.
Precisava ir até a cozinha para preparar dois copos cheios de calmantes para entregar aos meus seguranças, porém, para que o meu plano realmente dê-se certo, terei que dizer que estava com sede, com muita vontade de beber água.
Provavelmente poderei então colocar essa parte em prática, e poder oferecer para eles o copo cheio de calmante.
Não iria demorar para que começasse a surtir o efeito e quando isso acontecesse, vão subirem as escadas comigo até a porta do meu quarto, sem problemas quanto a isso. Logo depois, vai ser necessário esperar um tempo para que eles acabassem caindo em um sono profundo, e então irei aproveitar essa... Pequena brecha para sair do quarto de novo, e tentar fugir dessa mansão mais uma vez.
Bom, isso se no final eu não acabar esbarrando com o Minho, é claro. Se por ventura acontecer, vou precisar dar um jeito de fazê-lo acreditar que eu só estava perambulando pelo corredor por uma possível falta de sono ou não sei, que eu estivesse procurando o banheiro talvez.
Enfim, assim que pus os pés para fora daquele cômodo, imediatamente os seguranças me vieram prontos a me impedir e:
— Aonde pensa que vai, senhor Min Yoongi?— Disse o segurança, esperando impacientemente pela minha resposta.
— Eu só queria ir até a cozinha para beber um copo de água, por quê? Nem isso posso mais fazer sozinho?— Disse na intenção de fazê-los acreditarem que estava incomodado com a pergunta do segurança.
— Ah, pode sim! Mas iremos te acompanhar até lá, não leve para o lado pessoal, mas foi uma das ordens de seu pai.— Disse enquanto me encarava seriamente.
— Ok!— Logo em seguida dessa minha fala, comecei a andar em direção as escadas.
Após chegar no piso interior, me encontrei na cozinha em questão de instantes, ao lado da geladeira com a intenção de pegar uma jarra de água. O friozinho que se foi libertado assim que a porta se abriu serviu para gelar um pouco a minha alma, mas não foi nada de mais, apenas um breve instante em meio de muitos outros que estavam prontos a vir.
Assim que eu fiz isso, peguei três copos dentro do armário e trouxe a minha mão o calmante para escondê-lo debaixo da manga de minha blusa de frio preta que cobria meu peitoral.
Coloquei os copos sob a bancada, e os enchi rapidamente protegendo os recipientes da visão dos seguranças com o meu corpo. Peguei uma pílula e abri, joguei o pó incolor dela em dois copos e dei uma balançada, para misturar homegeneamente no líquido e parecer uma simples e comum água gelada, como precisava ser.
Quando terminei, peguei os dois copos, respirei fundo, me virei e:
— Vocês querem um pouco de água, rapazes?— Disse torcendo de que eles aceitassem.
— Queremos sim!— Disse os dois ao mesmo tempo, em um estranho coro grave das duas vozes.
Pareciam com sede, era de se esperar por trabalhar escolta a noite inteira sem descanso. Os dois pegaram o copo e beberam como se fosse a última dose de água que poderiam beberem na vida, bem rápido e acabando tudo em segundos.
Não estava com sede, enquanto eles beberam dei dois ou três goles em meu copo no máximo.
Dei uma lavada prévia nos copos e então guardei de volta em seus devidos lugares no armário que eu tinha pego e:
— Bom! Por favor, volte ao seu quarto agora!— Disse um dos seguranças, claramente me apressando.
Então, assim que voltamos, disse a eles que já estava pronto para ir dormir e fui escoltado de volta até aos meus aposentos. Assim que já estava lá dentro do meu quarto, deitei um pouco na cama e tive que esperar por cerca de uma hora e meia para ter a certeza de que o calmante já tinha surtido efeito.
O engraçado de deitar na cama, é que ela parece ter uma força surreal para nos puxar ao sono, então, ficar ali sem fazer nada e acordado era um ótimo exercício mental.
Ótimo, acredito que já é o suficiente. Depois do tempo que eu auto estipulei, resolvi levantar da cama e andei a passos lentos tentando evitar fazer qualquer tipo de barulho, evitando ao máximo ruídos e afins.
Quando me aproximei da porta, a abri aos poucos, para observar o lado de fora e por sorte, os seguranças estavam praticamente desmaiados no chão, presos em um sono profundo e um tanto delicioso de se olhar.
Peguei minha mochila atrás da porta e coloquei nas minhas costas. Tentei fazer o máximo de silêncio possível ao fechar aquela porta para que não chamasse a atenção, torcendo para que a maçaneta não fizesse barulho, nem as suas dobradiças que também eram doidas para gritar quando eram dobradas propriamente dito.
Comecei a descer as escadas o mais rápido possível. Logo, estava andando em direção a porta que dava acesso à saída. Ficava verificando se não havia ninguém me perseguindo ou me vigiando, por sorte, realmente estava livre, pelo menos por enquanto.
Quando tive a certeza, ou pelo menos a certeza de alguém fugindo do recinto, respirei fundo, coloquei a mão na maçaneta, mas fui impedido de abrir, pois, ouvia passos se aproximando do local em que eu me encontrava.
Não vi outra alternativa a não ser de correr e jogar minha mochila atrás das escadas, aproveitando um espaço que dava para esconder a maioria das coisas que quisesse.
Lembro que quando eu era menor sempre quando queria esconder alguma coisa dos meus pais, por medo de levar uma bronca ou ficar de castigo, eu utilizava aquele espaço para sumir com o objeto ou a coisa na qual me traria consequências no futuro, no entanto, não estava na hora de lembrar do passado, e sim se concentrar no agora.
Assim que a mochila sumiu em meio daquele espaço, fingi que estava andando em direção a cozinha quando senti alguém cutucando meu ombro, virei para trás e:
— Senhor Min Yoongi, o que está fazendo acordado a essa hora?— Disse Minho enquanto me encarava seriamente.
— Ah, é que não estava conseguindo dormir e, por que estava com sede e resolvi ir até a cozinha para beber um copo de água.— Disse torcendo que ele acreditasse nas minhas palavras.
— Entendi! Vou te acompanhar por via das dúvidas.— Disse todo desconfiado.
— Você que sabe...— Disse e continuei andando em direção a cozinha.
Confesso que minha mente vacilou naquele momento, levando a negatividade o desenrolar de meu plano. Minho é a pessoa mais desconfiada que eu já conheci em toda a minha vida, e penso que aquele homem não iria facilitar para o meu lado depois de me encontrar andando por aí. Enfim, espero que consiga me livrar dele logo.
Assim que cheguei na cozinha, bebi um copo de água. Bom, de desidratação eu não morro.
Depois da água, andamos em direção as escadas e quando estávamos subindo, o telefone de Minho toca, e ele sem pensar em duas vezes acaba por ir atender, porém, primeiro foi até ao escritório de meu pai temendo que alguém ouvisse sua conversa.
Como eu disse antes, ele é a pessoa mais desconfiada que eu conheço.
Não existia um melhor momento do que aquele, e de fato, nenhum outro iria aparecer tão fácil. Aproveitei esse pequeno descuido e desci as escadas, coloquei a mochilas nas minhas costas e corri até a porta, saindo, fechando ela lentamente e correndo até a calçada, sentindo o vento semi-frio daquela hora. Fiquei andando o mais rápido possível e só parei quando encontrei um ponto de táxi, no qual entrei em um veículo arfando, anestesiado pela sensação de fuga. Instruí ao taxista a me levar para a estação de metrô mais próxima.
Ótimo, não demorou muito. Paguei o taxista e saí andando pelo local até dar de cara com o metrô que estava vindo cansado do horizonte. Engraçado pensar assim, porém, provavelmente não deveria ser sua primeira viagem, e de fato não seria a última. Assim que ele parou e abriu suas portas, entrei no mesmo e me sentei onde havia dois lugares vazios, um para mim, e o outro para minha mochila, e então, aproveitei a viagem.
Cinco horas depois...
Finalmente cheguei na cidade natal do Jimin, já tinha saído do metrô e fiquei andando meio que sem rumo, pois, ainda não sabia a localização da casa dele. A única forma de descobrir era de ficar perguntando em cada pessoa que passasse perto de mim na esperança que receber a direção correta.
Não demorei muito para encontrar alguém que parecia saber de alguma coisa, uma senhora, porém, parecia que estava com pressa, talvez iria para uma lotérica ou em algum banco. Mesmo assim não poderia deixar essa chance passar, então resolvi me aproximar e perguntar se ela conhecia o Jimin ou a família dele.
Decisão tomada, me aproximei da senhora, respirei fundo e a cutuquei por trás, disse:
— Com licença, senhora! Por favor, poderia me ajudar a encontrar uma pessoa?— Disse esperando pela resposta dela.
— Posso sim, meu jovem!— Disse com um sorriso de lado. Ótimo, simpatia recebi.
— A senhora conhece Park Jimin ou alguém da família dele?— Disse torcendo de quê, ela realmente soubesse.
— Me desculpe, mas sou nova na cidade, então não os conheço ainda.— Disse toda sem graça.
— Sem problemas e me desculpe pelo incômodo.— No instante seguinte depois de respondê-la com um sorriso, me retirei de sua presença.
Depois de algum tempo, andando e perguntando para cada alma viva que passava perto de mim, minhas esperanças começaram a se esvair de mim.
Parecia que todo mundo tinha perdido a memória, pois, ninguém o conhecia ou mesmo sua família me trazendo uma grande frustração a cada segundo que se passava.
No limiar da minha esperança, quando estava prestes a de fato desistir e ir para alguma delegacia tentar ver se eles tem algum registro de cada habitante da cidade, resolvi perguntar para mais pessoas aleatoriamente, e uma das que eu interroguei, sentada em um banco de praça poderia ser uma das minhas últimas opções.
Era um homem, aparentava ter entre 40 e 50 anos de idade, distraído com os seus pensamentos, pois, olhava para o horizonte em completa alienação.
Achei até um tanto engraçado quando me aproximei, pois, parecia que ele não estava nem aí para tudo que estava acontecendo ali, no mundo, aqui e agora. Enfim, me sentei ao lado dele, o cutuquei para que percebesse a minha presença e:
— Com licença, senhor! Poderia me ajudar?— Disse esperando pela resposta.
— Pode sim! Em que posso lhe ajudar?— Disse enquanto me encarava atentamente.
— O senhor conhece Park Jimin ou à família dele?— Disse torcendo de que ele soubesse quem eram.
— Eu os conheço sim! Para falar à verdade, acho que este tal de Park Jimin estudou com um dos meus filhos no ensino médio, se não me engano. Por quê está procurando por ele?— Disse todo curioso.
— É que preciso resolver algo pendente com ele, só isso.— Disse enquanto colocava a minha mão sob à nuca.
— Entendi. Aparentemente você quer saber aonde que ele mora, certo?— Disse todo pensativo.
— Quero sim, senhor! E sabe aonde que ele mora?— Disse enquanto o encarava.
— Sei! Ele mora três quadras daqui em uma casa pequena toda pintada de azul, perto de uma antiga árvore da cidade. Se quiser, posso te levar até lá, já que você me parece um viajante, não deve ser daqui, estou enganado?— Disse enquanto me encarava.
— Está certo, senhor! Vim de longe só para resolver um negócio com ele pessoalmente.— Disse todo sem graça.
— Ok e então vamos?— Disse enquanto levantava do banco.
— Vamos!— Disse e logo em seguida levantei do banco também.
Desistir não é uma opção, às vezes demora, às vezes é rápido, mas temos que seguir em frente, só assim conseguiremos o que tanto procuramos.
Andamos por algum minutos até chegar a tal casa que supostamente o Jimin e sua família moram, então, agradeci o senhor de ter me trazido até aqui e com um sorriso no rosto ele foi embora.
Por quase cinco minutos eu fiquei parado na frente da porta da casa dele, na tentativa falha de criar coragem e bater na porta para enfim conseguir falar com ele.
O medo de ser rejeitado por ele falava mais alto do que qualquer coisa na minha cabeça, e eu, não queria que isso acontecesse de jeito nenhum.
Bom, acho que ninguém quer, na verdade...
Juntei o pouco de forças que eu consegui, e toda a reserva de coragem que eu guardei ao longo da minha vida para este instante. Bati na porta e não demorou muito para alguém a abrir.
Era uma jovem senhora, que presumo ser a mãe dele. Bom, antes que meu coração explodisse em agonia, me coloquei a falar e:
— Com licença, senhora! Me desculpe pelo incômodo, mas gostaria de saber se é aqui mesmo onde mora Park Jimin?— Disse torcendo de que fosse mesmo.
— É sim, qual o motivo da pergunta? — Disse sem entender nada.
— É que sou o ex-chefe dele, gostaria de resolver algumas coisas pendentes, ele está por aqui ou saiu? — Disse esperando pela resposta.
— Ele está sim, entre, vou ir até ali chamar ele — Em seguida, fiz exatamente o que ela tinha me pedido.
Assim que entrei, ela me disse para que se assentasse no sofá enquanto iria chama-lo. Confesso, não estava conseguindo conter o meu nervosismo e o medo de ser rejeitado. Parecia que tudo aquilo, todos aqueles sentimentos negativos estavam crescendo a cada segundo, se tornando cada vez maiores, mais incômodos, e de certa forma, mais doloridos em meu coração.
De repente, comecei a ouvir passos vindos em minha direção, só o suficiente para fazer meu coração se acelerar cada vez mais e mais por conta daquilo tudo. Fechei os olhos tentando acalmar a fera dentro de mim, e então, senti alguém me cutucar por trás, diz:
— O que você está fazendo aqui, Yoongi? Você sabe que não podemos mais nos ver, segundo seu pai, ele iria matar a mim e a minha família se nos encontrássemos novamente. — Disse claramente surpreso com a minha presença naquela residência.
Eu sei disso… Mas… Precisava te ver, nem que seja por uma última vez… — Comecei a pronunciar de forma um tanto melancólica, e em seguida fui interrompido pela mãe do Jimin.
— Com licença rapazes! Eu preciso ir ao supermercado. Irei levar a Blair junto comigo para não atrapalhar a conversa de vocês. — Terminou enquanto andava em direção a porta saindo rapidamente. Em poucos segundos, qualquer rastro que ela tinha deixado ficou submisso ao fechar daquela porta, sumindo, levado ao outro lado da rua.
— Continuando… Eu precisava te ver, para mim, é uma tortura ficar longe de você, e sei que bem provavelmente não quer mais me ver por medo do meu pai cumprir aquela promessa louca dele e acabar com sua família para proteger a reputação da minha. Mas… Eu queria te dizer algo… Quero lhe dizer que deveríamos enfrentar esses problemas juntos e provar para os meus pais que o nosso amor é forte, é único. Mesmo com aquele pensamento horrível dele, sei que o nosso relacionamento não vai acabar com a reputação de ninguém, mesmo assim… Se ele não entender? Irei arrumar um jeito de proteger você e todos aqueles que você ama, e principalmente, farei o possível e o impossível para sermos felizes, mesmo que tenhamos de passar o resto de nossas vidas fugindo das garras de meu pai. — Disse, em meio a longas lágrimas que cortavam o meu rosto.
Jimin me abraçou fortemente, queria mostrar no mínimo complacência com aquele gesto, mas mais do que isso, queria me trazer calma, serenidade, e passar um pouco com aquele gesto o que sentia, diz:
— Yoongi, provavelmente você se arriscou muito vindo para cá, e aposto que os caras que trabalham para seu pai devem estar te procurando em cada canto desse país nesse exato momento. Só por você ter se arriscado tanto para vir me encontrar, tive a certeza que você realmente me ama. Eu… Ainda te amo, mas temo pela vida da minha mãe, temo pela vida da Blair, não quero que meu amor acabe matando elas um dia. Espero que entenda Yoongi, por enquanto, a melhor opção é voltarmos e… — Disse, mas logo foi interrompido. Não podia deixar ele terminar aquele raciocínio, precisava mostrar a que vim, então, o interrompi com o beijo mais intenso e tênue que eu consegui, mostrando minha atitude… Mostrando de fato tudo que eu sentia por aquele homem.
Jimin imediatamente me empurrou para trás, ficou me olhando assustado por um tempo, porém, seus olhos de certa forma brilhavam em saudade, mas parecia que aquele sentimento que apareceu levemente em seus olhos não era o foco principal da sua conversa de agora, diz:
— Por favor… Pare! Você não tem ideia de quanto isso está sendo difícil para mim, tomar essa decisão dói o meu coração, mas eu sei que vai ser melhor para nós dois… Por favor Yoongi, tente entender… — Disse, completamente assustado.
— Por favor, não faça isso conosco! Deixa eu te provar, existe um jeito de sermos felizes juntos! E mesmo que meu pai faça de tudo para nos separarmos deve sim existir uma maneira! — Disse tentando controlar minhas lágrimas e minha voz, mas falhei miseravelmente desta vez.
— Pelo visto você não vai desistir, certo? Então podemos fazer o seguinte… Me dá duas semanas para pensar… Preciso ver se merecemos ou não uma segunda chance. Quando eu me decidir… Vou ligar para seu celular e vou falar sobre tudo, mas do fundo do meu coração, espero que você entenda seja lá qual for a minha escolha e a respeite de braços abertos, ok? — Disse com um semblante sério, totalmente voltado para me encarar.
— Ok, se é o que vai ser melhor para nós dois por mim está tudo ótimo. Tenho que ir, antes que meus pais percebam a minha falta lá na mansão. Bom, na real acho que eles já perceberam e devem estar que nem loucos me procurando, devo receber um belo sermão daquelas pessoas e provavelmente vão contratar mais uns dois seguranças para ficarem me perseguindo a cada metro que eu andar, mas não me arrependo de ter vindo aqui, nunca vou me arrepender disso. — Me direcionava a porta enquanto falava, na intensão de voltar para aquela mansão que fugi a boas horas atrás.
— Tome cuidado com eles, devem estar muito preocupados, nunca se sabe o que eles podem fazer contigo… — Ele pronuncia enquanto abre a porta permitindo a minha passagem.
— Pode deixar! — Disse me despedindo, e então caminhei daquela casa até chegar na estação de metrô.
Era mais rápido chegar lá quando não se tinha de ficar parando cada pobre alma que passava nas ruas para pedir informação, e, cansava bem menos também.
Assim que cheguei na estação, peguei o primeiro que passou e me assentei em um banco vazio. Não era muito raro de acontecer de encontrar algum para se assentar aqui, mas como andei bastante, resolvi ficar ali para relaxar, e descansar um pouco antes de ter de enfrentar a minha família.
Pude finalmente respirar aliviado, pois, consegui fazer a minha parte, conversar com ele, explicar o que sentia, pedir uma segunda chance, e agora, só me resta esperar e torcer, para que tudo dê certo em nossas vidas. "Também espero que o Jimin realmente nos dê uma segunda chance. Se caso ele dê mesmo? Farei o possível e o impossível para prová-lo que não irá se arrepender disso nem por um segundo", pensei comigo mesmo.
Cinco horas depois...
De volta a Seul, fora do metrô, a caminhando na rua na intenção de poder tirar um tempo sozinho para colocar meus pensamentos no lugar que nunca deveriam ter saído.
Estava realmente precisando de um tempo assim, e caminhar de certa forma me ajudava a conseguir tempo e liberar a mente para que eu pudesse de fato pensar em tudo que eu queria, já que logo teria de aguentar meus pais me dando sermão por fugir mais uma vez daquele local.
Bom, só passei algumas horas fora, nem foi um dia todo… Mas sei que não vou escapar daquelas falácias de todo jeito.
Assim que consegui colocar todos os meus pensamentos no lugar certo, andei por alguns instantes e avistei um táxi passando na rua, fiz o sinal para que parasse. Parou, entrei no mesmo e disse o endereço da mansão na qual moro com os meus pais. O taxista acelerou o veículo e não demorou muito para que chegasse na minha "prisão", quer dizer, na mansão.
Assim que cheguei, paguei o taxista e saí imediatamente do veículo, e então, entrei escondido para que ninguém percebesse a minha presença. Subi as escadas bem devagar nas pontas dos meus pés, passei pelo corredor que dava acesso ao quarto rapidamente, mas no meio daquele longo caminho acabei me esbarrando com alguém, a única coisa que eu não queria que tivesse acontecido. Minho, me encarou como se estivesse irritado, com os olhos explodindo algum tipo de raiva que eu desconheço, e se pôs a falar, diz:
— Então você resolveu fugir mais uma vez, certo? Serei obrigado a relatar tudo para os seus pais. Ainda não contei para eles, porque não pensei que iria demorar tanto para voltar dessa vez. Ah, e, porque eles ainda não acordaram, então não dariam falta de um inútil como você dormindo. Bom, assim que eles acordarem vou falar tudo, e com toda certeza, você vai sofrer as consequências. — Disse, e no instante seguinte me jogou contra a parede.
— Faz o que você quiser, Minho! — Disse e o empurrei para trás.
Depois daquele teatrinho que ele esperou para fazer continuei andando em direção ao meu quarto, entrei, tranquei a porta e joguei a mochila bem, no fundo do guarda-roupa. Troquei minhas vestimentas e deitei na cama, precisava dormir um pouco, já que ainda não tinha conseguido pregar os olhos e também, para usar todo o tempo útil para pensar o máximo que eu conseguia para procurar uma paz e um conforto em tudo aquilo. Agora o que me resta é esperar pela resposta do Jimin e torcer que a escolha dele seja nós dois juntos.
Uma segunda chance...
Um recomeço para nós dois sermos felizes, e se for esta opção, terei certeza que dessa vez, ninguém vai atrapalhar a nossa felicidade.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top