Undyne a...assassina?
O frio incessante de Snowdin finalmente havia cessado, por toda a parte uma temperatura mais neutra era sentida. O chão demonstrava um tom azul escuro belíssimo, só não tão escuro como o rio que segui a nossa esquerda. Na sua superfície podia-se ver enormes cubos de gelos, estes que seguiriam até o núcleo o resfriando e desaparecendo, fechando este talvez eterno ciclo. A guarda humana, esta formada por mim, MK, Papyrus e Asri, seguia em direção ao castelo real, nosso principal meta. Paps, como capitão, estava liderando o caminho. Mk estava entre mim e Asri, animadíssimo nos contando outras histórias sobre Undyne.
Chegando a certo ponto, exatamente a direita, havia um pequeno posto de madeira, este que seu topo estava coberto de neve. Dentro dele havia um familiar e sorridente esqueleto. Este que nos aborda, quando nos aproximamos:
-Hey, Bro.
-SANS! VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! EU SOU O CAPTÃO AGORA, DA GUARDA HUMANO!
-Wow, bom para você, Paps.
-É CLARO QUE É BOM. POSSO FINALMENTE GANHAR TODO O RECONHECIMENTO QUE MEREÇO NYEHEHEH.
-Hehe, hey, MK, humano e...rei?
-Yo, Sans.
-Olá Sans -Digo sorrindo.
-Sim, sou o rei -Responde Asriel com um olhar poderoso.
-Eu soube que vocês estão indo para o castelo. Sabe...eu realmente não gosto muito de me intrometer e tal, mas meio que estou feliz pelo meu bro, então se quiserem eu posso levar vocês para lá. Eu conheço alguns...atalhos.
-OS ATALHOS DO SANS SÃO OS MELHORES, O QUE VOCÊ ACHA, REI?
Asriel me encara praticamente dizendo que a escolha seria minha. Admito que ela parecia tentadora. Mas a perderíamos tanta coisa! Tanto meu senso de explorador quanto meu senso de jogador de Undertale se recusam a tal fim sem graça.
-Será mais divertido se formos andando, sabe...sempre é bom exercitar os ossos.
-Hehe, essa foi boa, pirralho. Bem...você que perde. Olha a hora, estou atrasado para o meu intervalo. Tou indo para o Grillby’s. Eu levaria vocês, mas não quero atrapalhar sua jornada -Ele termina piscado seu olho caracteristicamente.
Dito isto ele em segundos sumiu da nossa visão. Em seguida continuamos a seguir a trilha.
Conforme caminhávamos o ambiente se preenchia cada vez mais de uma espécie de grama, esta que parecia crescer sem limites, criando assim um perfeito lugar para se esconder. Nós aos poucos fomos nos esgueirando por elas. O barranco a nossa esquerda fazia com que a luminosidade fosse bem escassa.
-UNDYNE! EU ME ESQUECI TOTALMENTE QUE TINHA QUE ENCONTRA-LA AQUI NESTE EXATO MOMENTO.
-Papyrus? -Pergunta uma voz feminina no topo do barranco a nossa esquerda.
-HEY, UNDYNE.
-O que diabos está fazendo aí em baixo?
-EU ESTOU PROTEGENDO O HUMANO -Ele diz isto agarrando minha cabeça e me levantando acima das gramas.
Meu olhar cruza com uma figura utilizando uma peculiar armadura prateada.
-HUMANO!
-NYE?
-Acho que é melhor corrermos, Paps -Digo com um sorriso de pânico no rosto.
Todos nós começamos a acelerar até que finalmente chegamos em um local menos gramado. Parecia que tínhamos escapado, porém uma lança azul passou por nós e se fixou no solo, fazendo com que todo parassem.
-Por que está fugindo Papyrus? E por que está junto do Humano? -Questiona uma peculiar figura segurando uma lança azul brilhante e utilizando uma armadura prateada, esta que do topo do capacete saia um mecha de cabelo vermelho.
-UNDYNE! SINTO LHE INFORMAR MAIS NÃO PODEREI MAIS INGRESSAR NA GUARDA REAL. EU AGORA SOU O CAPITÃO DA GURDA HUMANO -Diz Papyrus com um semblante de orgulho.
-Guarda humano?
-SIM, EU FUI NOMEADO PELO PRÓPRIO REI -Papyrus afirma isso indicando Asriel com suas mãos.
-Esse não é o rei, Papyrus...se bem que você até que parece ele.
Prevendo que a conversa não seguiria um rumo agradável, Asri se adianta e leva Undyne um pouco para o canto. Pelo seu olhar ele parecia que iria dizer toda a verdade.
-Então você está dizendo que é o filho do rei. Este mesmo que tinha morrido, mas que foi revivido em uma flor e que agora possui metade da alma deste humano e voltou a sua forma original?
-Basicamente.
-Bem difícil de digerir, mas não nego que você parece muito o rei fofucho. Então vocês estão indo até o castelo pra destruir a barreira?
-Isso.
Undyne respira fundo. Neste momento ela agarra a cabeça do Asriel e o ergueu nos seus ombros, em seguida ela correu disparada em nossa direção. Nós tolamente tentamos escapar, mas sua velocidade era insana. Não demorou para que ela estivesse erguendo todos nós com a simples força de seus músculos. Após capturar a todos ela começou a correr celeremente enquanto realizava seu grito característico:
-Nyaaaaa!
Não sei quanto tempo se passou, quando menos percebi a nossa frente estava uma ponte de madeira e a frente desta nada mais que um grande abismo. Neste momento, pensei que por fim ela pararia, mas sua velocidade não aparentava diminuir. Eu já cogitava tentar impedi-la, contudo ela saltou sem medo rumo a escuridão. Neste momento acho que senti minha alma deixando o meu corpo.
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