12 :: o álcool é o ponto fraco
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JEON JUNGKOOK
Meus olhos se abriram lentamente, acompanhando os primeiros raios de sol tímidos que atravessavam a janela e refletiam no meu rosto. O quarto estava silencioso, o ar ainda carregava o calor da noite passada. Olhei na direção da luz, percebendo que ainda era muito cedo... O sono ainda pesava em mim, e meus olhos lutavam para se manter abertos.
Com um movimento preguiçoso, virei a cabeça para o lado, e lá estava ele. Jimin, dormindo tranquilamente, apoiado no meu braço. Seus cabelos loiros estavam bagunçados, a respiração lenta e suave. Foi naquele momento que despertei por completo.
— Então não foi um sonho... — sussurrei para mim mesmo, sorrindo sem perceber, enquanto um calor confortável crescia dentro de mim.
Fiquei ali, o observando, tentando absorver tudo o que tinha acontecido. Minha mão foi automaticamente para os cabelos dele, acariciando com cuidado. O toque suave fez com que o cheiro dele, aquele aroma único de morango, se espalhasse ainda mais.
Ele ficava tão bonito dormindo...
Na verdade, ele era bonito de qualquer jeito. Fazendo qualquer coisa. Mesmo as pequenas imperfeições só pareciam tornar tudo mais perfeito. E eu, feito um bobo, não conseguia parar de admirar. Senti meu peito apertar de leve, aquele misto de felicidade e ansiedade por tudo o que aquilo representava. Ali, com ele, tudo parecia certo, como se o mundo pudesse esperar um pouco mais enquanto eu o observava.
Depois de ficar um bom tempo só observando ele dormir, tirei meu braço debaixo dele com cuidado para não o acordar e levantei. Não queria sair daquele momento, mas sabia que ele provavelmente acordaria com fome, e para ser sincero, eu também já estava começando a sentir fome.
Peguei o carro e fui até uma pâtisserie próxima comprar algumas coisas. Foi uma verdadeira batalha fazer o pedido sem saber falar absolutamente nada de inglês, mas me virei como pude.
Voltei para o hotel em menos de dez minutos, e ele ainda continuava dormindo, tranquilo, como se o mundo lá fora não existisse.
Nós não embarcamos ontem, mais uma vez, e eu sabia que o pai dele provavelmente estava furioso, tanto com ele quanto comigo. Precisamos encontrar uma solução para isso o quanto antes, mas por agora, deixei essa preocupação de lado. Tinha que aproveitar o momento.
Preparei o café da manhã numa bandeja e coloquei ao lado dele na cama. Olhei mais uma vez para o Jimin dormindo e lembrei que eu precisava correr. O sol ainda estava fraco, e esse era o melhor horário antes que o calor começasse a castigar. Eu sempre corria todas as manhãs, mas depois da noite que tivemos, sentia ainda mais necessidade de exercitar o corpo.
O loirinho acabou comigo... mas eu queria que ele acabasse comigo assim todo dia.
O Central Park ficava a um quarteirão do hotel. Fui até lá e corri por uns trinta minutos, me concentrando no som das árvores e no ritmo da respiração, tentando organizar os pensamentos. Senti meu relógio vibrar no meu pulso, indicando uma ligação do Jimin. Parei, peguei o celular e atendi.
— Ei, eu amei o café da manhã, obrigado. Você vai comer comigo? — A voz dele soava leve, e eu sorri só de ouvir.
— Fico feliz que gostou. Já estou chegando. — Respondi.
Desligamos, e apressei o passo, ansioso para voltar logo para o hotel.
[...]
Assim que cheguei, vi Jimin de costas na varanda, falando ao celular. Ele olhou para mim com uma expressão séria enquanto falava, e essa expressão permaneceu até encerrar a chamada. Já imaginei quem seria, e isso me preocupava.
— Era seu pai? — perguntei.
— Sim... — Ele concordou, soltando um suspiro.
Merda.
— Ele estava bravo?
— Um pouco... — Ele deu com os ombros, tentando minimizar. — Eu menti que saí escondido de você pra beber e acabei passando mal, por isso não embarcamos.
— Mas assim ele vai ficar ainda mais bravo com você, Jimin.
— Melhor comigo do que com você. — Ele deu um sorrisinho suave, aquele que sempre me desmonta. — Vamos comer e ir para o aeroporto. Não posso mais provocar ele.
— Vamos. — Retribuí o sorriso, tentando afastar os pensamentos que me dominavam.
Ele estava usando um roupão do hotel, e seu cabelo dourado estava ligeiramente bagunçado. Os olhos ainda inchados de sono e o jeito tímido com que me olhou só me fizeram lembrar da noite anterior.
Ele estava com algumas marcas que fiz no pescoço, e eu também carregava as dele. Nunca senti tanto prazer na minha vida, não consegui me segurar, e ele parecia tão entregue quanto eu. Minhas costas ainda estavam marcadas pelas unhas dele.
Minha vontade era tirar esse roupão dele agora e reviver tudo aquilo, mas infelizmente não dava. O jatinho chegaria em uma hora e meia, e só tínhamos tempo para comer e arrumar nossas malas.
Não dava mais para adiar esse retorno.
Sentamos na cama, lado a lado, para comer. A primeira coisa que ele pegou foram os morangos, como sempre, e logo em seguida os muffins, que também eram de morango.
— Hmmm, isso tá tão gostoso... — ele disse com a boca cheia, aproveitando cada mordida.
— Não mais gostoso que você ontem à noite. — Eu não podia deixar essa passar. Assim que falei, as bochechas dele ficaram vermelhas, mais vermelhas que os morangos que ele segurava.
Ele desviou o olhar, encarando a bandeja com aquele sorriso tímido nos lábios carnudos, ainda tentando encontrar uma resposta.
— Tô com vergonha, que droga... — Ele riu, pegando mais um morango e dando uma mordida, como se tentasse disfarçar.
Eu sorri, fazendo um carinho no rosto dele, e ele me retribuiu, apoiando o rosto na minha mão, me olhando com um brilho nos olhos que deixava tudo ainda mais intenso.
— Eu nem imaginava que aquele garoto surtado que conheci era assim. — falei.
— Eu? Foi você quem já chegou me incomodando.
Eu dei risada da resposta rápida e defensiva dele.
— Eu falei que ia te colocar na linha, não falei?
— E não colocou, babaca. — Ele fez aquele bico, fechando a cara.
— Para, se não vou ser obrigado a provar pra você e tirar essa cara de bravo.
Ele olhou pra mim, cruzando os braços e tentando segurar o sorriso, como se estivesse esperando.
Enquanto comemos e conversamos, eu me sentia um pouco tenso, mesmo em meio ao papo bom. Tentava disfarçar ao máximo, mas ele percebeu. Acho que ele já me conhece o suficiente para notar essas coisas.
— Tá tudo bem? Você parece meio ansioso. — Seu olhar curioso e pequeno me fitava.
— Bem, sobre nós... — Eu hesitei, não encontrando as palavras certas para perguntar o que eu realmente queria. Mas, para minha surpresa, parece que ele já entendeu.
Sua mão se apoiou devagar no meu braço, deslizando até a minha mão e entrelaçando nossos dedos. Seus olhos brilhantes me olhavam de forma meiga, e isso só aumentou minha ansiedade.
— Eu também quero namorar com você, e não estava bêbado quando respondi.
No momento em que ouvi isso, senti meus batimentos aumentarem no peito. Parti na direção dele, cobrindo de beijos na sua boca, no rosto e no pescoço.
— Ai, isso... isso dá cócegas... — Ele ria cada vez mais, se contorcendo a cada apertadinha que eu dava em seu corpo enquanto explorava cada pedacinho.
Caralho, que risada gostosa.
Aquela felicidade me envolveu como um abraço apertado. Era como se, pela primeira vez desde a morte da minha mãe, eu estivesse me sentindo genuinamente feliz. Mas, infelizmente, nem tudo são flores. Por mais que eu quisesse o Jimin, sabia que a carreira dele era um enorme precipício entre nós. Não havia dúvida de que as coisas seriam difíceis... ou talvez, impossíveis.
Depois de um tempo, terminamos de comer. Jimin ficou no quarto arrumando as malas dele enquanto eu voltei para o meu quarto para organizar as minhas também. Coloquei minhas bagagens no carro e voltei para o quarto dele para ajudar.
— Me dá um beijo? — ele pediu de forma repentina, enquanto eu segurava as duas últimas malas, prestes a sair do quarto. Soltei no chão imediatamente e fui na direção dele sem nem pensar duas vezes.
Nossos lábios se tocaram em um beijo que rapidamente se intensificou, cheio de paixão e desejo. O gosto delicioso da sua língua explorando a minha era exatamente o que eu havia desejado desde o primeiro minuto do meu dia, mas, se formos ser sinceros, eu já queria isso há muito mais tempo.
Minha mão acariciou suas costas entre os beijos, enquanto a outra guiava sua nuca, sentindo aquele cabelo macio e gostoso deslizar entre meus dedos. Cada toque, cada movimento, parecia acender uma chama que eu não sabia que existia dentro de mim. Eu estava completamente envolvido por ele, e o mundo lá fora parecia desaparecer.
— Você não sabe o quanto eu queria fazer isso — murmurei, ainda a poucos centímetros de seu rosto, enquanto nossos lábios ainda se tocavam levemente.
Ele sorriu, com os olhos se fechando entre os sorrisos. Ele era lindo! Simplesmente lindo, e eu estava completamente maluco por ele. Minha mente não se cansava de reforçar isso; eu estava absurdamente apaixonado.
— Vamos evitar contato físico depois que sairmos do hotel, tudo bem? É arriscado demais — ele disse.
— Vou ter que ficar quase doze horas em um voo longe de você? Que maldade, Park…
— Longe não, vou estar com você — ele riu. — Só não podemos deixar que ninguém perceba sobre nós, ainda mais no voo.
— Tudo bem, prometo tentar me comportar — falei, torcendo os dedos com um gesto de promessa.
— Tentar não, se não, te deixo de castigo — ele falou, a voz carregada de provocação.
— E qual seria a punição do castigo? — perguntei, desafiador.
Ele deu um sorriso malicioso e muito sugestivo, arqueando uma das sobrancelhas de forma que me deixou intrigado.
— Já entendi sua resposta. Prometo que vou me comportar, não vou arriscar ficar sem esse corpo gostoso seu, senhor meu chefe — respondi.
— Que guarda-costas obediente...
— Posso te obedecer em mais coisas, basta você pedir — eu disse, e o sorriso dele se alargou, tão gostoso que me fez puxar ele pra perto novamente.
Nossas bocas se encontraram em um beijo intenso, cheio de amassos e mãos bobas. Era uma despedida, mas também uma promessa, como se aquela viagem pudesse ser eterna. Eu me perdi no calor da pele dele, nos sorrisos e nas risadas que misturavam o desejo de estarmos juntos.
A realidade bateu à nossa porta, e interrompemos aquele momento para continuar com nosso retorno. Ajudei o Jimin a descer o restante das malas para o carro, enquanto ele segurava o urso que eu dei. Partimos para o aeroporto, e a tensão da volta já começava a pesar no ar, já pensando em como o pai dele reagiria.
Assim que chegamos, devolvi o carro alugado e entramos no terminal. Jimin estava com bastante roupa para não chamar atenção, já que só havia eu como segurança. Em uma multidão de fãs, eu não conseguiria proteger ele.
Por sorte, mesmo com ele levando aquele urso enorme, conseguimos passar despercebidos entre as pessoas e logo embarcamos de volta no jato da gravadora.
O piloto veio até nós e nos cumprimentou cordialmente. Em poucos minutos, o avião decolou, e a sensação de estarmos novamente no ar trouxe um misto de alívio e ansiedade. Eu olhei para Jimin, que estava olhando pela janela, perdido em seus próprios pensamentos.
Dessa vez, sentamos um do lado do outro, e nenhum de nós queria ficar longe, ainda mais por tantas horas. Eu não queria ficar sem sentir esse seu cheirinho de morango durante toda a viagem.
Ele sentou na janela, e nos primeiros minutos de viagem ficou contemplando a vista de Nova York ficando cada vez mais distante. Seu olhar então virou na minha direção, e nossos olhares se encontraram; afinal, eu estava com a cabeça apoiada no banco, já olhando para ele.
— Eu quero te beijar — sussurrei, enquanto meus olhos automaticamente desciam e se fixavam nos lábios carnudos dele.
Ele arregalou os olhos.
— Shhh, para com isso — ele riu, levando o dedo à boca em um gesto de silêncio, olhando para os lados para conferir se alguém havia ouvido.
Delicadamente, meu dedo mindinho fez carinho na mão dele, que estava apoiada no banco, e aos poucos, já estávamos de mãos dadas. Sabíamos que era arriscado, mas eu queria tocar nele, nem que fosse só um pouco.
Ele colocou um travesseiro em cima das nossas mãos, tentando esconder, e ficamos assim. Os minutos passavam, e os murmúrios do avião se misturaram ao som suave da respiração de Jimin, que foi o primeiro a dormir. Eu me perdi na calma que sua presença me trazia, deixando que a serenidade do momento me envolvesse.
A mão dele era quente e delicada sob a minha, e o toque suave parecia afirmar que tudo o que aconteceu era real. Desde quando eu me tornei tão ambicioso em desejar alguém tão fora do meu humilde alcance?
Com a mente borbulhando em pensamentos positivos e negativos, eu também acabei pegando no sono, mergulhando em um mundo onde as incertezas não me alcançavam.
[...]
Depois de dormir, acordar, dormir de novo, comer, conversar e novamente dormir, finalmente chegamos à Coreia do Sul.
O sol ainda nascia por aqui, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. Assim que saímos do jato, avistamos um funcionário da Town nos esperando com a Porsche do Jimin. Ele estava com um sorriso no rosto, como se soubesse o quanto o carro era especial para o Jimin.
— Bom dia, senhor Park! — cumprimentou o funcionário, entregando as chaves com um leve respeito.
Ele agradeceu e o funcionário foi embora. Jimin não quis dirigir, então assumi o volante até a mansão. Fui o caminho todo com a mão na perna dele, enquanto ele conversava sobre os próximos compromissos.
Assim que passamos pelos portões da casa, parei o carro próximo à garagem.
— Te vejo amanhã? — perguntei.
Nossos dedos entrelaçaram em uma dança carinhosa e sutil entre nossas mãos, enquanto trocamos olhares, ainda dentro do carro.
— Sim, você continua como meu guarda-costas pra todo mundo. É a forma que temos pra continuar juntos sem suspeitas.
Um relacionamento escondido era algo que nunca imaginei na minha vida, muito menos com um homem, ainda mais novo que eu e, para completar, famoso. Mas por ele, eu simplesmente não me importava com nada disso.
— Por mim, tudo bem. Por você, vale a pena. — afirmei, sentindo meu coração acelerar.
Ele sorriu, um sorriso que iluminou seu rosto e fez meu peito aquecer.
— Não esquece de me mandar mensagem — pedi, a voz baixa, mas cheia de expectativa.
— Pode deixar. Vou te bombardear com mensagens. — ele brincou.
— Espero que sim.
Ele sorriu olhando para nossas mãos entrelaçadas e, por um momento, me perdi naqueles olhos brilhantes. Eu queria beijar seus lábios hidratados, mas aqui era arriscado demais. Assim, nos despedimos apenas com o carinho nas mãos, e ele entrou em sua casa, desaparecendo atrás da grande porta da entrada.
Com um suspiro, peguei minha moto na garagem da casa dos Park, onde deixei antes da viagem. A adrenalina percorreu meu corpo enquanto ligava o motor e sentia o vento fresco no rosto ao sair. O caminho para o meu apartamento parecia mais longo do que o normal, mas eu não me importava.
As luzes da cidade piscavam ao meu redor, mas nenhuma delas se comparava ao brilho do sorriso dele. Talvez seja esse o efeito que ele causava nas sua fãs, e funcionou até comigo.
E agora, ele era meu.
[...]
Assim que cheguei, o Jin estava passando pela sala e me viu.
— Céus, um estranho entrando no meu apê... Tae, corre aqui! — Ele gritou, vindo na minha direção com um sorriso largo no rosto.
— Cala a boca, Seokjin. — Nós rimos juntos. Era bom estar de volta.
— Senta aí e me conta, como foi a viagem? Como são os americanos? Você gostou da comida? Vocês brigaram muito? Ele encheu a cara? Você encheu? — A avalanche de perguntas foi imediata
Nós nos acomodamos no sofá, e eu me peguei rindo da empolgação dele.
— Calma aí, uma pergunta de cada vez. — Eu disse, tentando organizar meus pensamentos.
— Achei que você ia sofrer todo esse tempo com o Jimin, mas nem reclamou nas mensagens. — Jin cruzou os braços, me analisando com um olhar provocador.
— Ahh, hmm... a viagem foi tranquila.
Nesse momento, o Tae chegou na sala e me cumprimentou com um aceno.
— E aí! Como foi a viagem? — ele perguntou, se jogando no sofá ao meu lado.
Conversamos um tempo sobre como foi a viagem.
— Eu vi o show dele no YouTube, tinha tanta gente. — Tae comentou.
— Muitas! Eu nunca tinha visto aquela quantidade de pessoas em um único lugar, e o show foi incrível. — Eu disse, quase sem perceber o orgulho transbordando em minha voz. O brilho nos meus olhos parecia deixar tudo claro, e a cara desconfiada que o Tae fez enquanto me ouvia não passou despercebida.
— Sei que vocês vão sofrer sem mim, mas preciso ir para a gravadora. — Jin disse, com seu ego sempre afiado. Ele se levantou, se despediu rapidamente e saiu, deixando a porta se fechando atrás dele.
Assim que o silêncio tomou conta da sala, o olhar julgador e atento do Tae se virou pra mim, quase como um robô programado.
— E esse chupão no pescoço, foi o Jimin? — ele perguntou, uma mistura de curiosidade e preocupação na voz.
Caralho, direto assim?
Senti a temperatura do meu rosto subir instantaneamente. Eu sabia que não conseguiria esconder nada dele, principalmente com aquela expressão de investigador que ele estava usando.
— Ahhh, isso? Hahaha, isso... — Eu gaguejei, sem saber como continuar. Desde quando me tornei tímido? Nunca fui assim.
— Não precisa ficar sem jeito, tava na cara que você estava gostando dele. — Tae disse.
Ele sempre foi atento assim desde o primeiro dia em que o conheci. Eu já deveria imaginar que ele seria o primeiro a notar.
— Tava tão na cara assim? — perguntei, soltando uma risada sem graça enquanto olhava para baixo, coçando a cabeça como se isso pudesse me ajudar a encontrar as palavras certas.
— Estava. — Ele riu. — E como você está se sentindo com relação a isso?
Eu olhei para o alto, buscando colocar em palavras o que estava sentindo.
— É tudo muito louco, não sei explicar... Nunca senti isso por alguém. — confessei, sentindo a intensidade das emoções que me consumiam.
— Dá pra ver na sua cara, não precisa nem explicar. — Ele riu. — Bem, nunca gostei de alguém, então não sei o que você está sentindo, mas pela sua cara, está te fazendo bem.
— Obrigado, Tae. — respondi.
— Só tenham cuidado, imagino que vocês precisem esconder isso por causa da carreira dele... Com tanta gente no mundo, você tinha que se apaixonar justo por um idol? — ele comentou, levantando uma sobrancelha.
— Precisava me lembrar da parte mais difícil? — respondi com um sorriso amargo. A verdade é que eu sabia que seria complicado, mas a ideia de desistir não passava pela minha cabeça.
— Vou fazer algo pra gente comer, espera aí. — Tae se levantou, indo em direção à cozinha.
Enquanto ele se afastava, peguei meu celular e comecei a navegar pelas redes sociais. Até que duas mensagen se destacaram na minha visão. Era do Jimin.
O Jimin estava se abrindo cada vez mais comigo, e eu estava gostando demais disso. Cada mensagem dele fazia meu coração disparar, e eu queria que ele soubesse o quanto ele significava pra mim.
Minha atenção se voltou para o Taehyung quando escutei a voz dele falando comigo.
— Jk, tá faltando shoyu e gergelim pra colocar no dakgangjeong, consegue ir lá buscar na conveniência?
— Pede pelo delivery.
— Você vai mais rápido. Por favor... — ele insistiu, com aquele olhar cheio de piedade.
— Porra... Ok, volto em 5 minutos. E só vou porque você vai fazer dakgangjeong.
— Valeu, hyung.
Peguei minha moto e fui em uma conveniência a uns três quarteirões de casa. Era um pouco mais distante, mas era a maior conveniência da região, então tinha certeza de que encontraria tudo lá.
Cheguei à conveniência e estacionei a moto. Assim que entrei, fui direto para a seção de condimentos. Peguei o shoyu rapidamente e, enquanto procurava pelo gergelim, andando pelas prateleiras distraído, acabei esbarrando em alguém.
— Nossa, me desculpe... — já me desculpei virando o corpo pra pessoa, até que notei que, pela merda da coincidência do destino, era ninguém menos que a irmã do Hoseok.
— Ahh, oi Jungkook, que coincidência! — Ela falou comigo como se já quisesse puxar assunto. — Você mora por aqui?
E realmente puxou.
— Não muito... — respondi com poucas palavras, me afastando aos poucos, como se desse a entender que estava atrasado ou algo do tipo. A última coisa que eu precisava era de uma conversa com ela.
— Você pode me fazer um favor? — perguntou, com um sorriso que parecia genuíno, mas que me deixou um pouco nervoso.
Mas que merda...
— Sim. — Era só o que me faltava.
— Bem, eu comprei um presente para o Jimin um tempo atrás, mas ele sempre foge. Poderia entregar para ele? Diz que eu comprei com muito amor.
Eu não sei explicar o misto de emoções que tive ouvindo ela falar isso.
— Hmmm, c-claro... — respondi, tentando esconder a tensão na minha voz.
Ela abriu uma pequena bolsa que usava e tirou uma caixa de presente bem pequena. O embrulho era simples, mas tinha um laço bonito, algo que certamente chamaria a atenção do Jimin.
— Muito obrigado, já pedi para meu irmão entregar várias vezes, mas sabe como irmãos são, não é mesmo? — Ela deu um sorriso nervoso enquanto me entregava a caixa.
E o Jimin estava certo, a irmã do Hoseok estava tentando se aproximar de mim apenas para chegar até ele. Uma parte de mim queria gritar e dizer que ele estava comigo, mas, ao mesmo tempo, não queria causar mais problemas.
Uma coisa é certa; ela não vai ter ele nunca.
— Se me der licença, preciso ir. — Falei, colocando a caixa de presente no bolso. Peguei um pacotinho de gergelim qualquer e fui direto para o caixa, tentando não pensar na situação.
Eu subi na moto ainda indignado, meu olhar fixo na caixa do presente que fazia volume no meu bolso. Eu poderia simplesmente não entregar aquilo, mas não seria legal. Ela poderia perguntar ao Jimin depois, e eu não queria criar mais problemas. Uma parte de mim queria jogar essa porcaria longe, mas outra parte sabia que eu não poderia ser tão mesquinho.
Liguei a moto e saí, pilotando em direção ao apartamento com a mente uma bagunça. Assim que entrei, Taehyung estava na sala, me esperando.
— Você levou dez...
— Dez? — perguntei, confuso.
— Dez minutos. Você falou que levaria cinco.
— Ahh, desculpe, Tae... — Minha cabeça estava longe, pensando em tudo que tinha acontecido.
— Pela sua cara péssima, aconteceu alguma coisa, né? — Taehyung perguntou, observando minha expressão enquanto eu me sentava à mesa.
Respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos.
— Tem uma garota, irmã do melhor amigo dele, e bem, ela gosta do Jimin há um tempo... E acabei de encontrar com ela.
— E por que isso te deixou assim? Se ele não está com ela, isso não é um problema — ele disse, dando com os ombros, como se fosse simples.
— Ela me pediu pra entregar isso a ele. — Coloquei a caixinha na mesa, mostrando a embalagem que escondia o que quer que estivesse dentro. Estava toda embalada, então não dava pra ver o que era.
Taehyung pegou a caixinha e a examinou, olhando ao redor como se esperasse que alguém aparecesse e explicasse o que estava acontecendo. Depois, devolveu na mesa, sem esconder o olhar crítico.
— Você não tá pensando em se livrar disso, certo?
— Estou... — confessei, balançando a cabeça.
— Não faz isso, melhor entregar. E outra, se vocês se gostam, não tem por que isso te abalar — Taehyung disse, me dando um olhar firme.
Respirei fundo, pegando a caixinha de volta da mesa.
— Você está certo... Hoje eu tento fazer isso.
— Boa garoto, agora me passa esse shoyu pra cá — ele respondeu.
Taehyung voltou para a cozinha e começou a finalizar o frango, enquanto eu fiquei só esperando o cheff terminar. Assim que tudo ficou pronto, sentamos na sala e começamos a comer enquanto assistíamos a um anime. Taehyung assistia o mesmo anime que o Jimin gostava...
Tudo me lembrava ele.
Depois de um tempo, Tae levantou e foi para o quarto, começar uma live.
O restante do dia passou devagar. Eu fiquei jogado no sofá, perdido em pensamentos, assistindo alguns episódios de um filme que não me prendia a atenção, enquanto o tempo passava.
[...]
Acordei com meu celular tocando; e já era noite. Liguei o despertador sem muita esperança de que conseguiria voltar a dormir, mas acabei pegando no sono de novo. A viagem havia sido cansativa, e o desgaste acumulado me deixou ainda mais sonolento.
Depois de um banho revigorante, coloquei uma regata preta, uma calça jeans confortável e um tênis. O calor da noite na Coreia era intenso, e sabia que na balada a temperatura ia subir ainda mais.
Peguei minha moto e fui até a casa dele. Assim que a guardei na garagem, mandei uma mensagem avisando que já o estava esperando, e em poucos minutos, ele saiu.
Jimin estava com uma calça jeans que se ajustava perfeitamente ao corpo, uma blusa preta simples e um boné que escondia parcialmente seu rosto. Ele estava deslumbrante, como sempre.
— Uau! Assim eu vou ter que te agarrar, Park...
— E você veio de regata de novo, parece até de propósito. — Ele sorriu de um jeito safado, afinal, da última vez ele ficou excitado de me ver assim.
— Esse seu sorriso é um sinal que gostou, acertei? — perguntei.
— Acertou muito... Vamos sair daqui logo.
Ele quis dirigir, então entrei no banco do passageiro do carro dele e partimos. No caminho, conversamos um pouco mais, até que ele comentou sobre o melhor amigo.
— O Hoseok vai também, tudo bem?
— Claro. — Não era um problema, mas me lembrou do maldito presente que ainda estava no meu bolso.
— O que foi? Não quer que ele vá? — Ele virou o olhar pra mim, percebendo que algo estava errado.
— Imagina, não é isso... Hmmm, fui na conveniência mais cedo e a irmã dele estava lá.
Assim que eu falei, o clima mudou. Jimin virou a cabeça pra me olhar, e eu percebi que tinha chamado a atenção dele.
— E...? — O tom dele estava mais sério, e eu sabia que ele queria ouvir o resto.
Respirei fundo, hesitando, mas tomei coragem e fiz o que precisava ser feito.
— Ela me pediu pra te entregar isso. — Tirei a caixinha do bolso da calça e mostrei pra ele.
Ele estacionou o carro na garagem da balada, pegou a caixinha e abriu. Dentro, havia duas alianças e um pequeno bilhete que dizia "namora comigo?"
Eu realmente devia ter jogado essa merda no lixo.
— Eu vou devolver isso para o Hobi. — Ele fechou a caixinha e a colocou no bolso, com uma expressão de desgosto no rosto.
Fiquei em silêncio, sem saber o que dizer. A raiva começou a subir, e não consegui segurar.
— Não precisa ficar com ciúmes. — Ele tentou me tranquilizar.
— Vocês já ficaram alguma vez? — A pergunta saiu sem eu pensar. Eu sabia que não deveria, mas a curiosidade me consumiu.
— Sim. — A resposta dele foi direta e sem rodeios, e isso só aumentou meu incômodo.
Eu não sabia se preferia que ele falasse a verdade assim, na lata, ou que tivesse mentido sobre nunca terem ficado.
— Hmm. — Voltei a ficar quieto, tentando processar.
Jimin virou na minha direção, e o aroma doce de morango dele invadiu mais ainda o interior do carro.
— Se eu tivesse gostado dela, estaria com ela, não acha?
— Eu sei... — Respondi, ainda sem saber como agir.
— Então vem, vamos nos divertir. Ela não importa em nada pra mim, você sim. Esquece isso. — Ele sorriu, e eu não pude deixar de sentir um calor no peito com aquelas palavras.
Nós descemos do carro e entramos. O ambiente estava escuro, com muitos efeitos visuais piscando, o que parecia ideal pra ele se sentir à vontade sem precisar se esconder. Ele pediu duas garrafas de soju, e assim que começamos a beber, Hoseok apareceu e se juntou a nós.
Estava muito quente dentro da balada, e isso me fez beber mais do que eu deveria, assim como o Jimin. Todos dançavam eufóricos ao som da música eletrônica, e, pra variar, ele estava se divertindo pra caramba.
— Eu realmente arrumei um quase adolescente pra cuidar. — Ri enquanto observava ele dançando, todo animado, com aquele jeito leve que só ele tinha.
Eles estavam próximos de mim, e, em um momento, eu vi o Jimin devolver o presente para o Hoseok. Me senti envergonhado, parecendo uma criança egoísta, mas, ao mesmo tempo, aliviado por ele ter feito isso. Mesmo no escuro, ele percebeu que eu estava olhando. Quase como um raio, ele parou na minha frente, colocou os braços nos meus ombros e me encarou.
— É você quem eu quero. Não quero te ver com essa carinha de ciúmes. Se não, vou ser obrigado a te beijar.
— Então beija. — minha resposta saiu automática, mas, pra minha surpresa, ele realmente me beijou bem ali, no meio da festa, com o Hoseok vendo tudo.
O barulho da música, as luzes piscando, tudo se esfumou, e só existia nós dois naquele momento.
Eu sabia que devia parar, já que ele provavelmente estava bêbado, mas não consegui resistir e retribuí o beijo, o puxando pra mais perto. O boné dele subia a cada movimento, e a música parecia tocar apenas para nós dois.
Nossas línguas se moviam em perfeita sincronia. Eu mordi seu lábio e voltei a beijar, enquanto minha mão segurava seu cabelo na nuca. Ficamos nesse beijo por longos e deliciosos minutos.
Foi então que percebi que ele estava excitado só pelo jeito que ele estava se movendo.
— Ei, vamos parar. — Mesmo não querendo, eu parei nosso beijo.
— Para de ser chato, que droga. — Ele me deu mais alguns selinhos, segurando minha camisa com força.
Eu levei a mão na nuca dele, puxando seu ouvido para mais perto.
— Aqui tá lotado, não é uma boa ideia. — Arrumei o boné que tinha saído um pouco com o beijo.
Ele sabia que eu tinha razão, mas dava pra ver que estava pegando fogo.
— Ca-ra-lho!!! Vocês estão juntos? Não esperava esse beijão...
A voz do Hoseok nos trouxe de volta à realidade.
Jimin ajeitou o boné, virou de costas pra mim e pegou meus braços, envolvendo ele num abraço por trás.
— Estamos. — Ele jogou a cabeça pra trás, encostando no meu ombro.
Aquilo... Ouvir ele confirmar isso para alguém foi como ganhar na loteria. Ou talvez, mais valioso que isso.
— Puta merda, que casalzão! Eu sabia que vocês iam acabar juntos. Eu vou tacar na cara da minha irmã essa droga de presente. Temos que comemorar!
O Hoseok correu para o bar pra pegar mais bebidas. O Jimin virou rápido na minha direção e veio com a boca próxima ao meu ouvido.
— Eu tô com tesão, e agora?
Isso me tirou uma risada sacana.
— Se quiser, podemos dar um jeito nisso no meu apartamento.
Ele me olhou enquanto mordia os lábios, sua carinha não negava que ele realmente estava.
— Vamos beber só mais um pouco com o Hobi, e nós vamos.
Álcool era realmente o ponto fraco dele.
[...]
Ficamos por mais um tempo na balada enquanto eles curtiam um pouco mais. Já era tarde quando decidimos ir embora, enquanto o Hoseok preferiu continuar.
Assim que entramos no carro, ele nem esperou eu respirar e já veio direto me beijando, como se estivesse guardando aquilo o tempo todo.
— Espera aí, a gente ainda tá na balada... — Tentei falar, mas ele ignorou completamente, continuando com mais intensidade.
De repente, ele passou uma perna por cima de mim e se ajeitou no meu colo. Mesmo com as calças, dava pra sentir o quanto ele estava excitado, e cada vez que ele rebolava, a sensação só aumentava. Minhas mãos foram direto pra cintura dele, segurando firme, e logo em seguida apertaram sua bunda, puxando-o pra mais perto de mim. O calor entre nós dois estava incontrolável.
Foi então que, em meio ao beijo, ele parou por um segundo, abriu o porta-luvas e tirou um frasco de lubrificante. Desde quando ele comprou isso?
Ele me olhava com aquela expressão provocante e cheia de atitude, e seus olhos gritavam prazer.
— Você quer transar aqui? Tá louco? — perguntei, surpreso.
— Eu tô louco por você...
Ele foi para o banco do passageiro, com uma pressa que denunciava sua urgência, e tirou a calça. Enquanto ele fazia isso, eu só conseguia olhar, absorvendo o que estava acontecendo. Quando voltou, sua mão já veio direto para minha calça, abriu o botão e tirou meu pau pra fora, que latejava de desejo.
— É tão lindo... — ele sussurrou.
— Fica melhor ainda quando tá dentro de você.
Ele sorriu enquanto mordia o lábio e derramava um pouco de lubrificante em mim. A sensação fez meu corpo se contorcer de tesão. Sem esperar muito, peguei um pouco do lubrificante também e comecei a espalhar nele. Só esse movimento já era o suficiente para o corpo dele contorcer no meu colo.
Enfiei um dedo devagar, deslizando por dentro enquanto ele gemia baixinho, o som quase abafado pelo barulho fraco vindo de fora.
A cada movimento, o corpo dele reagia, e os gemidos baixos me deixavam ainda mais louco. Continuei devagar, movendo o dedo dentro dele, sentindo como ele estava apertado e quente. Ele apoiou a testa no meu ombro, respirando pesado, enquanto eu aumentava o ritmo, agora com dois dedos.
Ele se remexia no meu colo, buscando mais contato, mais proximidade. Seus movimentos ficavam cada vez mais impacientes, até que ele me olhou com os olhos semicerrados, o rosto corado pelo tesão.
— Vamos fazer logo, antes que eu goze só com os seus dedos.
Eu ri com o pedido dele e tirei os dedos devagar, segurando sua cintura enquanto o posicionava sobre mim. Ele encaixou e foi descendo devagar, mordendo os lábios para conter um gemido mais alto conforme me sentia dentro dele. O carro era esportivo, então o espaço interno era pequeno, mas isso não importava pra nós dois.
Quando ele enfiou tudo, um gemido abafado escapou da sua boca, e eu o segurei firme pela cintura, ajudando a conduzir seus movimentos.
Na primeira vez que ele sentou, eu já queria gozar de tanto prazer. Ele continuava subindo e descendo devagar, me olhando, enquanto uma mão segurava o encosto do banco e a outra levantava a camisa, revelando mais do seu corpo.
— Caralho, eu te amo... — sussurrei entre gemidos, mordendo levemente o pescoço dele, sentindo o calor do seu corpo contra o meu.
Ele soltou a camisa, segurou meu rosto com firmeza e me beijou de novo, dessa vez com mais intensidade, seus lábios colados nos meus enquanto ele aumentava o ritmo das sentadas. Minha mão continuava apertando sua bunda, ajudando nos movimentos, trazendo ele cada vez mais fundo pra mim. Sua respiração vinha entrecortada, alternando entre beijos urgentes e ofegantes, enquanto o corpo dele se movia com mais desejo.
Ele ergueu a cabeça, deixando a boca entreaberta, o rosto marcado pelo prazer enquanto sentia cada centímetro de mim dentro dele. Aproveitei pra deixar um caminho de beijos molhados pelo pescoço e pelo peito, sentindo ele se contorcer cada vez mais. Então, de repente, ele parou de subir e descer, começando a rebolar lentamente no meu colo, os movimentos circulares o deixando ainda mais delicioso.
O pau dele estava completamente duro, balançando conforme ele rebolava, e eu não pude resistir. Com uma mão firme, segurei o pênis dele, começando a estimular em sincronia com suas sentadas, fazendo ele gemer baixinho enquanto se perdia no prazer. O contraste entre os nossos corpos em sincronia e a sensação dele rebolando me deixava cada vez mais perto do limite, e eu queria que aquele momento durasse para sempre.
— Que delícia... — Ele murmurou, olhando fundo nos meus olhos com uma expressão safada. Ele lambeu os lábios carnudos, e esse gesto simples fez meu desejo por ele aumentar ainda mais. Não consegui resistir ao impulso de me inclinar e sentir o sabor da sua boca de novo.
O ritmo que ele impôs era perfeito, e cada movimento fazia meu coração disparar. Eu sentia cada pulsar do seu pau na palma da minha mão, e a sincronia entre nossos corpos se tornava cada vez mais intensa.
Ele me olhou com uma mistura de desejo e provocação, e eu sabia que estávamos em uma dança de prazer que não tinha como parar. A tensão no ar era eletrizante, e a forma como ele movia os quadris enquanto estimulava o próprio corpo me deixava completamente pirado. A música do carro, que tocava em som ambiente, parecia se misturar aos nossos gemidos, criando uma trilha sonora perfeita para aquele momento.
Minha outra mão puxava ele ainda mais pra mim, buscando uma conexão mais profunda. Eu queria estar dentro dele completamente, como se meu corpo clamasse por isso de forma viciosa, algo que eu sabia que não queria perder. Se desejar alguém como ele era ambicioso, então eu continuaria sendo ambicioso, porque o que eu sentia por ele era único, algo que nunca experimentei com ninguém antes.
Mesmo que ele parecesse inalcançável, eu faria de tudo para tornar ele alcançável pra mim. Ele era tudo que eu precisava, e isso só me fazia querer ainda mais.
Lá fora, o clima era ameno, com o céu pontilhado de estrelas, uma noite calma e aparentemente perfeita. Mas dentro do carro, o calor era intenso, como um forno prestes a explodir em chamas de puro desejo. A tensão aumentava a cada segundo, e o fato de estarmos em um lugar público, no estacionamento deserto, fazia a adrenalina correr pelas nossas veias. Cada som, cada toque parecia amplificado por essa mistura de excitação e risco.
Sabemos tudo o que um relacionamento entre nós implicaria, todas as complicações e barreiras que viriam. Mesmo assim, era como se estivéssemos simplesmente ignorando tudo, só para viver esse momento. Nossas diferenças, traumas e medos pareciam desaparecer, enquanto o que sentíamos criava um elo tão forte que tornava qualquer consequência insignificante.
No calor do momento, com nossas peles ardendo de prazer e paixão, nos perdemos um no outro, como se o mundo lá fora não existisse. E, mais uma vez, chegamos juntos ao ápice, nossos corpos sincronizados em uma explosão de sensações que nos consumia completamente.
Ele desabou no meu peito, suas pernas e braços sem forças, ainda apoiado no meu ombro. Virando o rosto na minha direção, ele sorriu em meio à respiração pesada.
— E-eu... eu também te amo.
Aquelas palavras me atingiram com tanta força quanto o prazer de momentos atrás. Eu sorri, minha mão deslizando suavemente pelo seu rosto.
— Eu juro que queria ouvir isso pelo resto da minha vida... Não só ouvir, eu queria você pelo restante da minha vida.
Vi suas bochechas corarem instantaneamente, e ele escondeu o rosto no meu ombro, envergonhado. Era engraçado como, minutos antes, ele estava completamente entregue, cheio de atitude, e agora agia tímido, como se não fosse o mesmo que acabou comigo.
Eu o abracei apertado, rendido naquele momento, como se o tempo tivesse parado. Ficamos assim, nossos corpos ainda juntos, enquanto o ar condicionado começava a refrescar o ambiente e desembaçar os vidros. Mas, mesmo ligado, nada parecia ser capaz de dissipar o calor que ainda existia entre nós.
Depois que finalmente conseguimos recuperar o fôlego, ele saiu do meu colo e foi para o banco do passageiro, ajeitando a calça com um sorriso tímido no rosto. Nosso plano inicial era ir para o meu apartamento e fazer isso com mais calma, mas a gente sequer conseguiu esperar.
Dei partida no carro, e o clima entre nós ainda estava pegando fogo. Era como se fosse impossível ficar sem tocar nele, sem sentir o calor do seu corpo perto do meu. Minha mão descansou em sua perna, subindo e descendo levemente, enquanto dirigia em direção à casa dele.
Ele se encostou no banco, ainda com um sorriso cansado nos lábios, e eu não conseguia evitar de pensar que, mesmo depois de tudo, eu queria mais. Sempre mais dele.
[...]
Era madrugada, mas mesmo assim, havia seguranças por toda parte, na entrada, nos jardins, até perto dos carros. Não dava pra arriscar nenhum contato físico ali, com tantos olhares atentos. Suspirei, sem esconder a frustração, mas sabia que não tinha escolha.
Antes dele entrar, eu segurei sua mão e fiz um carinho suave, aproveitando o último momento de intimidade da noite. O toque era leve, mas carregava todo o desejo de ficar mais tempo com ele.
Ele me olhou com aquele sorriso pequeno, mas sincero, e antes de soltar minha mão, perguntou:
— É muito cedo pra confessar que vou sentir sua falta até amanhã?
Eu ri baixo, balançando a cabeça.
— Eu já tô sentindo antes mesmo de te deixar.
Ele sorriu ainda mais, e então, com relutância, soltou minha mão e entrou. Eu o observei desaparecer na casa, com a sensação que eu estava finalmente vivendo, e não só sobrevivendo.
Guardei o carro dele e caminhei até minha moto, sentindo o frio da madrugada tocando minha pele enquanto a adrenalina ainda corria nas minhas veias. Coloquei o capacete, mas minha mente estava em outro lugar, totalmente focada na vontade de estar com ele, de sentir seu corpo ao lado do meu enquanto adormecíamos juntos. Por mais que eu soubesse que seria arriscado, não conseguia afastar a sensação de que algo estava faltando.
Tentei me convencer de que teríamos outras noites, outras oportunidades de ficarmos juntos sem precisar nos preocupar com outras pessoas. Liguei a moto, o som do motor cortando o silêncio da noite, mas antes de partir, olhei uma última vez para a casa dele, como se estivesse buscando coragem para ir embora.
Suspirei fundo, acelerei e parti.
Chegar em casa parecia uma eternidade. Assim que entrei, fui direto pro banho, deixando a água quente correr pelo meu corpo, tentando relaxar meus músculos tensos, mas a sensação de seus toques ainda estava ali, presente na minha pele. O calor entre nós dois, os beijos, os suspiros... cada detalhe ainda se repetia na minha mente como um filme.
Eu estava definitivamente apaixonado...
Deitei na cama, mas o sono simplesmente não vinha. Meu corpo revirava de um lado para o outro, buscando um conforto que só poderia encontrar ao lado dele.
Finalmente, depois de muito tempo, o cansaço foi maior do que o desejo, e meus olhos começaram a pesar. Fechei os olhos, com o pensamento nele e no que ainda estava por vir, deixando o sono finalmente me levar.
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Oi leitor!
Fiz um capítulo bem maior que os demais e pretendo continuar assim.
Parece que nosso casalsinho ainda vão viver muitas loucuras assim, espero que gostem disso.
Até o próximo capítulo!
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