11 :: você é meu (só meu)
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PARK JIMIN
Acordei com uma dor de cabeça terrível. Levantei da cama com flashes de dor pulsando na minha cabeça enquanto coçava os olhos, tentando entender o que estava ao meu redor.
O toque do celular ecoou pelo quarto. Olhei para a mesa e vi que era meu pai ligando. Que droga...
— Oi, pai, tudo bem? — Eu já sabia o que estava por vir. Ele certamente iria brigar comigo por eu ter sumido sem dar explicações.
— Jimin, o piloto me avisou que você nem apareceu no aeroporto. Por que não voltou para a Coreia?
— Estou bem também, obrigado por perguntar... — Eu retruquei, já me preparando para o sermão.
— Eu não estou de brincadeira com você! — Seu tom estava péssimo, e eu precisava de uma desculpa convincente, mas nunca fui bom em mentir.
— Ahh, é que uma empresa me chamou para uma sessão de fotos hoje... — Ok, isso foi realmente uma desculpa péssima.
— Sou eu quem manda nos seus contratos, e não me lembro de nada sobre isso.
— É uma parceria nova, pai, ainda não temos contrato. Você não confia em mim? Eu vou te passar mais detalhes assim que eu voltar para Seoul, não se preocupe.
Ele ficou em silêncio do outro lado da linha. Ouvi ele falando algo com a minha mãe, e então voltou para a chamada.
— Eu quero que você embarque hoje à noite. Amanhã você já tem compromissos marcados aqui, e isso é uma ordem.
— Ok, pai.
Sem mais perguntas, ele desligou a chamada.
Suspirei fundo. A dor de cabeça ainda latejava, e eu precisava urgentemente de um banho para ver se essa ressaca passava. Enquanto a água quente caía sobre mim, esfreguei os olhos, tentando clarear os pensamentos. As lembranças da noite anterior vinham em flashes, e o que me deixava mais inquieto era o fato de eu não lembrar até que ponto as coisas foram.
No meio dessa confusão mental, um flash específico me atingiu como um raio.
— O Jungkook dormiu aqui???
Terminei o banho o mais rápido que pude, saí do banheiro e comecei a observar o quarto com mais atenção. Tudo estava arrumado, a cama feita, mas nenhum sinal dele. Aparentemente, ele tinha ido para o quarto dele ontem. Passei a mão pelo cabelo ainda molhado, tentando lembrar mais detalhes. Não parecia que algo a mais tinha acontecido. Eu não fiquei tão bêbado, então provavelmente não fizemos nada... ou será que fizemos? A incerteza me corroía.
Então, ao virar o olhar para o canto do quarto, algo chamou minha atenção. Meus olhos se arregalaram.
— Eu não acredito...
Ali, encostado na parede, estava um urso de pelúcia enorme, cercado por presentes e flores. O perfume doce de morango estava impregnado no ambiente, o mesmo aroma que eu sabia muito bem de onde vinha. Era inconfundível.
Me aproximei lentamente, ainda tentando assimilar o que estava vendo. De repente, a dor da ressaca ficou em segundo plano, substituída por uma avalanche de perguntas e sentimentos que eu mal sabia como lidar.
Minha reação foi mandar mensagem para ele.
— Ele realmente está jogando sujo, e sabe disso.
Olhei com cuidado cada presente e não consegui conter o riso. Amei cada coisinha, cada detalhe. Dei risada feito bobo enquanto admirava. Fiquei parado por alguns segundos, surpreso, tentando processar o gesto. Por mais que eu tentasse ser indiferente, era impossível. Eu tinha amado tudo.
Eu sabia que não deveria estar agindo assim, mas estava me envolvendo cada vez mais nisso, sem conseguir evitar.
[...]
Hoje o dia estava quente, o mais quente desde que chegamos nos Estados Unidos, e eu estava determinado a aproveitar cada momento antes de voltar para a Coreia. Olhando pela janela, o sol brilhava intensamente, e eu sentia que essa seria uma oportunidade perfeita para criar memórias. Hoje seria um dia só meu... ou melhor, nosso.
Enquanto comia todos os morangos que ele me deu, saboreando cada mordida, não pude deixar de sorrir ao olhar cada presente.
— Como ele sabe que gosto de morango? Eu nem sou tão óbvio assim...
Depois de comer todos os morangos, fui me arrumar pra gente curtir, sem a preocupação de trabalhos e agenda.
Escolhi uma camisa preta simples, que combinava com o calor, e um boné para me proteger do sol. O
Me olhei no espelho, ajustando o boné na cabeça e tentando projetar uma aparência despreocupada e casual.
O Jungkook já me esperava no estacionamento, e a visão dele me fez o coração disparar. Ele estava usando uma regata branca e uma calça bege, e, pela primeira vez, pude ver a tatuagem do braço dele totalmente exposta.
Ele parecia ainda mais forte, e a luz do estacionamento realçava cada detalhe do seu corpo. Não consegui evitar a sensação de que ele estava me desafiando a me aproximar. A maneira como ele me encarava me deixava nervoso, mas, ao mesmo tempo, me atraía ainda mais.
— Isso não são trajes de um guarda-costas — comentei, apontando para suas roupas.
Ele olhou para seu próprio corpo, como se estivesse avaliando o que eu disse.
— Gostou? — a pergunta saiu de seus lábios com um tom provocador.
Meu olhar percorreu todo o seu corpo, absorvendo cada detalhe antes de conseguir responder.
— Sim... muito.
Um sorriso canalha surgiu no rosto dele, e, caramba, eu não conseguia disfarçar o quanto estava gostando da cena. Jungkook continuou me olhando, a expressão dele era uma mistura de autoconfiança e expectativa, e eu não consegui desviar o olhar.
Senti, então, a pior coisa que poderia acontecer na presença dele... De novo.
Tentei disfarçar, mas era óbvio que ele iria perceber. Ele olhou na direção das minhas mãos, que estava estrategicamente posicionada na frente da calça, tentando esconder o volume crescente.
Jungkook ergueu o olhar e levou uma das mãos ao rosto, como se estivesse lutando contra algo.
— Por que tá fazendo isso comigo? — Sua voz saiu ofegante, revelando a dificuldade em se controlar.
Eu não conseguia responder. Como diabos eu fiquei excitado só de olhar para ele?
Ele se aproximou, colocando as duas mãos em um pilar que estava atrás de mim, me prendendo ali. A proximidade dele era eletrizante. Ele não me tocava, mas a intensidade do seu olhar, aquele olhar cafajeste e cheio de promessas, me deixava completamente vulnerável.
— E-eu não fiz nada... — minha voz saiu falhada, quase um sussurro.
Ele olhou para baixo, mordendo o lábio enquanto sorria. Que sorriso gostoso.
— Se você ficar assim de novo, eu não me responsabilizo pelo que posso fazer — ele disse, com um tom provocador.
— V-vamos indo? — eu disfarcei, tentando manter a compostura enquanto me afastava dele por baixo dos braços.
Ele respirou fundo, olhando para o alto, e começou a caminhar em direção ao carro. Eu me sentei no banco do passageiro, tentando organizar meus pensamentos enquanto ele ligava o motor. O som do carro era uma espécie de música de fundo que contrastava com a tensão que pairava no ar entre nós.
Enquanto ele dirigia, eu não conseguia deixar de olhar para ele várias vezes. A forma como seu braço se movia ao volante, os músculos se contorcendo e como ele parecia tão concentrado... Era tudo tão hipnotizante. A cada segundo que passava, eu desejava ele ainda mais.
— Onde vamos? — ele perguntou, ainda meio ofegante, sua voz carregando um traço de ansiedade que apenas aumentava a tensão entre nós.
— Vamos para as Cataratas do Niágara. Quero muito conhecer antes de ir — respondi, tentando mudar o foco do que acabou de acontecer no estacionamento. Mexi no computador de bordo do carro e coloquei a localização para ele, a adrenalina subindo enquanto esperava por sua reação.
Ele começou a dirigir, e a estrada se desdobrava à nossa frente. No caminho, não pude deixar de comentar sobre a ligação do meu pai.
— Tudo bem. Agora vamos ver como vou enfrentar seu pai — ele disse, com um tom de brincadeira, mas eu podia sentir a preocupação entre a risadinha.
— Não vai precisar. Fica tranquilo, eu controlo ele — respondi, tentando aliviar a tensão no ar.
— Já sabe, hm? Não quero problemas com seu pai — ele continuou, com os olhos fixos na estrada.
— Fica de boa, tá tudo certo. Eu vou dar um jeito nisso. — A confiança nas minhas palavras era genuína, mesmo que no fundo, eu não tivesse essa certeza.
[...]
Ele dirigiu por mais um tempo e finalmente chegamos. Assim que desci do carro, fui recebido por uma vista deslumbrante das primeiras quedas d'água.
— Nossa, que coisa mais linda, olha! — exclamei, de boca aberta, admirando a paisagem impressionante que se estendia diante de mim. O sol refletia na água, criando um arco-íris na névoa que se elevava das cataratas.
— Uau, é tudo muito lindo mesmo... — Jungkook parou ao meu lado, sua presença aquecia o ambiente. Ele olhou para as cataratas e depois se virou para mim, com um sorriso que iluminava seu rosto. — Inclusive, você também.
— Jungkook, Jungkook, você pare. — Tentei falar com um tom sério, mas meu sorriso traiu minha intenção.
Ele riu como uma criança que acabou de aprontar, e não pude evitar rir junto com ele. Era incrível como, mesmo em um lugar tão bonito, ele conseguia desviar meu foco para o que realmente importava.
Meu olhar voltou para a majestosa queda d'água, que parecia ainda mais magnífica sob a luz do sol. A força da água caindo e a neblina fresca faziam o cenário parecer de outro mundo.
— Você também... — respondi.
— Ãhn, o que você disse?
— Você já ouviu, não vou repetir. — Minha tentativa de ser indiferente falhou miseravelmente. A tensão no ar era palpável, e eu sabia que a química entre nós estava crescendo a cada segundo.
Jungkook riu, a expressão dele era uma mistura de satisfação e desafio. Estávamos ali, rodeados por um dos maiores espetáculos da natureza, mas o que realmente me deixava tenso era a presença dele. As quedas d'água atrás de nós continuavam a cair, criando um som relaxante que parecia acentuar a nossa conexão naquele momento.
— Por que está com o rosto vermelho? — Jungkook perguntou, com um sorriso de canto que parecia mais provocador do que curioso.
— Para de me provocar... — Respondi, dando um tapinha leve no braço dele, tentando disfarçar a vergonha que subia pelo meu rosto.
Aquela interação fez com que as risadas fluíssem entre nós enquanto conversávamos sobre várias coisas, desde os detalhes das cataratas até lembranças engraçadas da infância. O clima era descontraído, e a energia ao nosso redor tornava tudo ainda mais especial. Passeamos pelas várias plataformas que cercavam as quedas d'água, e a água que caía em nós proporcionava um alívio refrescante do sol escaldante que nos envolvia.
Nosso passeio foi preenchido por risadas e brincadeiras, com ele me provocando em qualquer oportunidade que surgia. A cada passo, eu me sentia mais à vontade, bem diferente de quando nos conhecemos.
Finalmente, encontramos um lugar onde podíamos nos apoiar nas grades, observando a vista espetacular. As quedas d'água eram majestosas, e a força da água era surpreendente. A conversa fluiu naturalmente, e perdemos a noção do tempo enquanto admiramos aqua paisagem deslumbrante.
— Se eu deixasse meus pensamentos intrusivos comandarem, eu me jogaria nessa água — eu disse, e ele caiu na risada.
— É melhor não. Se não, nós dois morreremos juntos, já que vou ter que te salvar.
— Eu sei nadar, e muito bem. Não preciso ser salvo.
— Com a força dessa água, você vai nadar direto para o céu.
Eu comecei a rir ainda mais.
A conversa fluiu naturalmente, e cada risada parecia reforçar a conexão entre nós. O calor do sol, o som da água e a presença dele ao meu lado tornavam tudo ridiculamente bom.
O sol brilhava alto, e mesmo com o barulho da água caindo, havia uma tranquilidade em estarmos ali juntos, na companhia um do outro.
De repente, uma voz interrompeu nossa paz.
— Oi, com licença, vocês poderiam tirar uma foto nossa? — Uma voz feminina surgiu atrás de nós, e eu me virei para ver três garotas que pareciam ter a minha idade.
Fiquei receoso em olhar nos olhos delas, pois estava sem máscara, apenas com um boné. Se elas me reconhecessem, poderia ser um problema, e eu não estava preparado para lidar com isso naquele momento.
— Sim. — Jungkook respondeu, pegando o celular delas com um sorriso. Sua expressão era descontraída, como se a presença delas não o incomodasse nem um pouco.
As meninas aproveitaram e se posicionaram com a principal queda d'água ao fundo, rindo e se ajustando enquanto Jungkook tirava as fotos. Assim que terminou, ele devolveu o celular a uma delas, que agradeceu com um sorriso feliz demais para o meu gosto.
A menina que pegou o celular de volta era a mesma que estava olhando para ele o tempo todo. O brilho nos olhos dela era nítido, e isso me deixou incomodado. Não que eu me importasse com isso, mas já tinha notado o jeito como ela o observava desde o primeiro momento em que se aproximaram. As outras garotas também estavam impressionadas, mas era ela quem parecia mais entusiasmada.
Quem eu queria enganar? Eu estava me importando, sim. A sensação de ciúmes começou a se formar no meu peito, e tentei ignorar. Até que...
— Eu... hmmm, você se importaria em me passar seu número? — ela pediu descaradamente, entrelaçando as mãos.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. A garota realmente teve a audácia de pedir o número dele? Jungkook me olhou assim que ela terminou de falar, e então voltou o olhar para ela.
— Desculpe, eu namoro. — A resposta dele me pegou de surpresa, e eu senti um alívio imenso ao ouvir, até que...
— Eu não me importo. — O desdém na voz dela fez meu olhar se direcionar para ela, e aquilo foi o limite para mim.
— Você é surda, garota? Não entendeu que ele namora? Se põe no seu lugar! — A indignação tomou conta de mim, e minha voz saiu mais alta do que eu pretendia.
Ela e as amigas arregalaram os olhos para mim, surpresas com a minha reação. A garota ficou em silêncio, mas a expressão de choque no rosto dela era nítida.
Eu peguei no braço dele e o puxei com tudo, seguindo em outra direção. Ele nem sequer me contrariou; pelo contrário, obedeceu e me acompanhou.
— Ei, ei, calma aí. — Jungkook disse, tentando me parar após me afastar um bom trecho delas. A voz dele me trouxe de volta da explosão de raiva que eu tinha acabado de ter.
— O QUE FOI??? — Meu tom foi tão ignorante quanto o que tinha usado com a garota oferecida.
— Por que está falando comigo assim? Eu não tenho culpa.
— Me desculpe... — Eu soltei o braço dele e levei a mão ao rosto, envergonhado. — Não sei o que me deu.
Ele riu, colocando a mão na cintura e balançando a cabeça, com uma expressão divertida.
— Você é sempre tão engraçadinho, né? Babaca... — falei com voz mais fraca.
— Imaginei que você ficaria com ciúmes, mas não esperava que fosse surtar assim com a garota. Coitada. — Jungkook riu ainda mais.
— Ciúmes? — Dei uma gargalhada. — Claro que não! Eu só fiquei bravo porque ela foi inconveniente. Para de rir!
Depois de tudo que já passamos, era difícil fazer essa resposta parecer convincente. Para ser sincero, nem a mim mesmo eu conseguia enganar, quem dirá ele.
Ele me deu uma apertadinha de leve no queixo, como se tentasse me fazer olhar nos olhos dele.
— Vamos pegar alguma coisa no caminho pra comer e, depois, ir pro hotel arrumar as malas, tudo bem?
— Vamos... — Respondi, ainda olhando para o chão, um pouco envergonhado.
No caminho, ele estacionou em um restaurante de comida coreana. Comprou duas porções de tteokbokki e algumas garrafas de cerveja, enquanto eu fiquei esperando no carro. O cheiro delicioso que vinha do lugar deixou meu estômago roncando, esquecendo do que eu fiz.
Por que eu fiz aquilo? Por que surtei daquela forma? Esses pensamentos não paravam de ecoar na minha cabeça enquanto ele dirigia de volta para o hotel.
[...]
Assim que chegamos, subimos para o quarto e decidimos comer ali mesmo. Nos sentamos no chão, ao redor de uma mesinha de centro, onde dava pra ficar mais à vontade, sem correr o risco de manchar a cama com molho.
Ele pediu o tteokbokki picante, enquanto o meu veio normal, mas com bastante queijo. Claro que na Coreia o tteokbokki era mais autêntico, mas esse aqui também estava muito bom.
Conforme comíamos, abrimos várias garrafas de cerveja. Estava tão gelada que não resisti e bebi mais de uma. O clima estava leve, como se tudo que tivesse acontecido antes fosse esquecido.
— Toma, prova o meu com queijo. — Ofereci o meu tteokbokki pra ele, segurando o hashi, e ele se aproximou, abrindo a boca para comer.
Que droga, até nesse gesto ele conseguia ser sexy. A forma como seus lábios fecharam suavemente ao redor do hashi, a leve provocação no olhar enquanto mastigava... Ele fazia tudo parecer intencional, como se soubesse o efeito que causava em mim.
Fiquei completamente distraído com meus próprios pensamentos e, quando movi meu braço, acabei derrubando a tigela de tteokbokki direto em mim. O molho quente escorreu pela minha roupa, me fazendo dar um pulo imediato.
— Puta merda... — dei um pulo, sentindo o calor do molho nas minhas pernas e barriga.
Ele se levantou rapidamente, vindo me ajudar.
— Você se queimou? — perguntou, a preocupação evidente na voz enquanto olhava para a bagunça.
— Não, ainda bem... — respondi, balançando a cabeça. — Mas minha roupa está destruída. Vou tomar um banho, me espera.
Levantei apressado e corri para o chuveiro, já imaginando que aquele molho não sairia tão fácil das minhas roupas. Era uma das minhas camisas favoritas...
O banho foi rápido, apenas o suficiente para tirar o molho e o calor do corpo. Depois, coloquei uma bermuda qualquer que tinha à mão, mas percebi que esqueci de pegar uma camisa antes de entrar no banheiro. Sem muita escolha, saí do banheiro apenas de bermuda, o cabelo ainda molhado e algumas gotas de água escorrendo pelo meu peito.
Ele estava sentado na cama, distraído mexendo no celular. Quando me viu saindo do banheiro, deixou o aparelho escorregar da mão, derrubando no chão. Seus movimentos ficaram hesitantes enquanto o pegava de volta, e eu notei o nervosismo estampado em seu rosto.
Não era só impressão, ele estava realmente nervoso. Seus olhos não desgrudavam do meu corpo, principalmente da minha tatuagem.
— Não sabia que você tinha tatuagem... — Ele comentou, a voz levemente rouca, enquanto olhava fixamente para ela.
Ao ouvir isso, virei um pouco mais para o lado, dando uma visão melhor, mas fui pego de surpresa quando ele levantou de repente e se aproximou. Não era um passo tímido, ele estava muito perto, invadindo completamente meu espaço.
Instintivamente, recuei, mas ele avançou ainda mais, e me prendeu contra a parede. A mão dele subiu até meu pescoço, os dedos passando pela minha pele e parando no meu cabelo, ali na nuca. Era impossível não perceber a intenção nos olhos dele, estava claro que ele queria me beijar.
E, para ser honesto, eu também queria.
— Como você ousa aparecer assim na minha frente, Park? — Ele perguntou com aquele mesmo sorriso canalha que me fazia perder o controle.
— Do mesmo jeito que você apareceu com essas roupas na minha frente... — Respondi, deixando meu olhar percorrer seu corpo, cheio de desejo.
Ele passou a língua no piercing do lábio, tentando se conter, mas a tensão entre nós era gritante. A mão dele ainda estava no meu cabelo, como se estivesse esperando o momento certo.
— Não me olha assim, caso contrário, vou ser obrigado a te beij...
Antes que ele pudesse terminar a frase, segurei seu pescoço com firmeza e o puxei para mim. Nossos lábios se encontraram de novo, de forma intensa e urgente. Ele não hesitou, me envolvendo com seu braço forte, guiando o beijo, como se aquele momento tivesse sido esperado por tempo demais.
Assim que nossos corpos se pressionaram, ficou claro que ele já estava excitado, assim como eu. Sentimos a tensão através das roupas, mas, dessa vez, não havia espaço para vergonha. Eu puxei seu quadril com mais força, pressionando ainda mais meu corpo contra o dele.
O desejo era intenso, impossível de ignorar.
— Jimin, para, não... não faz isso... — Ele mal conseguia terminar a frase, com a respiração ofegante. Ignorando seu pedido, continuei, provocando ele ainda mais. A mão dele desceu pelas minhas costas, até segurar minha bunda firme, e antes que eu percebesse, ele me ergueu no colo.
— Ei, calma aí... — Tentei falar, mas ele me interrompeu, me levantando com facilidade.
— Eu te avisei pra não me provocar — sussurrou.
Ele me colocou na cama, ficando em cima de mim, enquanto nossas línguas se encontravam em beijos intensos, e nossos corpos se esfregavam, criando uma fricção que só aumentava o desejo. Ele se afastou um pouco, apenas o suficiente para tirar a camisa, e quando vi seu corpo, não consegui conter o pensamento: eu nunca imaginei que o corpo de um homem pudesse me excitar tanto.
Assim que ele tirou a camisa, cravei minhas unhas em sua pele, puxando de volta para mim com urgência. Ele mordeu meus lábios, enquanto suas mãos percorriam cada parte do meu corpo, explorando cada detalhe. De repente, ele abaixou um pouco, prendendo meus braços para cima com firmeza, e chupou meu mamilo, me arrancando um gemido involuntário.
— Puta que pariu, Park... — Sua voz saiu entre gemidos, tão ofegante quanto a minha.
Os gemidos em sincronia só aumentavam o meu desejo. Cada movimento que ele fazia sobre mim me deixava mais entregue.
Quando seus lábios deixaram meu mamilo e subiram de volta para o meu pescoço, eu já estava completamente fora de mim. Sua língua quente traçava um caminho lento, me torturando de um jeito que eu jamais imaginaria ser possível.
— Você tá me deixando maluco... — Ele sussurrou contra minha pele, e o som da sua voz baixa e rouca fez meu corpo inteiro se arrepiar.
Minha respiração estava entrecortada, e toda vez que tentava falar, um gemido escapava antes. Ele sabia o que estava fazendo, me mantendo naquele estado de expectativa, deixando a tensão crescer a cada toque, a cada beijo.
— J-jungkook... — O nome dele escapou dos meus lábios quase em súplica, como se eu estivesse implorando por mais, e ele, percebendo, pressionou seu corpo ainda mais contra o meu.
O calor entre nós dois era sufocante, mas ao mesmo tempo, viciante.
De repente, ele se afastou um pouco e tirou a calça, revelando uma cueca box branca que deixava transparecer quase tudo. Meu rosto corou, não só pela vergonha, mas porque eu queria ver ele pelado. Eu não conseguia desviar o olhar...
Com cuidado, ele retirou a bermuda que eu estava usando, me deixando apenas de cueca. A sensação de estar ali, exposto e vulnerável pra ele despertava um misto de ansiedade e excitação em mim. Ele se abaixou e começou a esfregar em mim novamente, enquanto sua boca explorava meu pescoço, traçando uma linha quente e úmida de beijos que me fazia gemer involuntariamente.
A cada toque, a cada movimento, ficava tudo melhor ainda. Meu quadril se elevava ainda mais em direção ao dele, buscando mais contato, mais intensidade. A sensação de sua pele contra a minha me fazia querer mais, e a expectativa do que viria a seguir aumentava a adrenalina em meu corpo.
Eu estava completamente entregue naquele momento, deixando que a paixão e o desejo tomassem conta de mim.
Enquanto nossas testas se encostavam, ainda ofegantes, ele colocou a mão na minha cueca e pegou meu pênis. A sensação da sua pele quente contra a minha me deixou louco. Ele ficou de joelhos na cama, enquanto eu permanecia deitado, com as pernas abertas para ele, e então, com um movimento lento e sem timidez alguma, ele tirou o próprio pênis para fora também.
Era maior do que eu imaginei, com veias dilatadas marcando todo o comprimento... Ele começou a mexer, provocante, enquanto me olhava com um sorriso canalha, deixando claro que estava amando ver minhas reações. Seus olhos brilhavam com prazer, e o fato de eu não conseguir desviar o olhar só o excitava ainda mais.
— Você é um cafajeste... — eu disse, passando a língua pelos lábios, completamente hipnotizado por ele. Ele mordeu os lábios, seu olhar intenso se encontrando com o meu.
— Vou te mostrar o cafajeste, então. — A provocação estava estampada em seu rosto.
Ele segurou meu pênis junto com o dele, começando a estimular os dois juntos com uma mão só. A sensação era surreal, e cada movimento despertava ondas de prazer que se espalhavam pelo meu corpo. Enquanto isso, a outra mão dele acariciava minha coxa com um toque suave e tentador, fazendo meu corpo se arquear em busca de mais.
Porra... Nem sei explicar o que eu senti naquele momento. Ele estava tão molhado, e eu também. A conexão entre nós era intensa, e ele continuou a nos estimular, movendo as mãos de forma perfeita enquanto abaixava o rosto e me beijava. Para ser sincero, nem conseguíamos beijar direito de tão ofegantes que estávamos.
Nossos corpos já estavam suados, e eu gemia cada vez mais com ele masturbando nós dois, a sensação era incrivelmente boa. Mas, de repente, ele parou, pegou rapidamente a calça dele do chão, e tirou um sachê de lubrificante do bolso.
— Por que você anda com isso no bolso? — meu olhar curioso foi em sua direção, surpreso e intrigado.
— Shhh! — Ele fez um gesto pedindo silêncio, encostando nos meus lábios, e eu não consegui resistir; coloquei o dedo dele na boca e comecei a chupar.
— Puta merda... — Ele ficou louco ao me ver fazer aquilo, os olhos dele brilhando de desejo e intensidade.
Ele colocou um pouco de lubrificante na mão e, com cuidado, levantou uma das minhas pernas, espalhando o gel sobre minha pele. A sensação estava deliciosa, e a expectativa só aumentava.
— Você quer fazer isso? — Ele mordia os lábios enquanto seu dedo continuava acariciando e espalhando o lubrificante, seus olhos fixos em mim, cheios de desejo.
— Uhum, quero... — minha resposta foi quase um sussurro, mas minha expressão de desejo praticamente já falava por mim, revelando toda a minha vontade.
Então, devagar, ele introduziu um dedo. Meu corpo contorceu involuntariamente, e gemidos curtos escaparam dos meus lábios. Eu nunca tinha sentido algo assim antes; a mistura de prazer e surpresa era maluca, e eu queria mais.
— Coloca mais... — implorei, contraindo meu corpo na direção da mão dele, ansiando por mais.
Ele me lançou aquele sorriso safado, o meu preferido, e então introduziu mais dois dedos em mim, agora com mais firmeza. Ele movimentava a mão com precisão, observando atentamente cada reação minha, como se estivesse amando me ver derreter apenas com seus toques. A intensidade aumentava a cada segundo, e eu não conseguia mais controlar os gemidos.
Depois de alguns minutos, ele tirou os dedos com cuidado, levantando novamente de joelhos na cama. Ele pegou o lubrificante, e a visão dele passando a mão lentamente pelo comprimento do próprio pênis era quase hipnótica, uma delícia de assistir.
Ele se aproximou, posicionando a cabeça do pênis com cuidado em mim. O toque era suave, e seus olhos fixaram nos meus, como se estivesse esperando uma confirmação silenciosa antes de seguir adiante. Mesmo sendo um safado, ele ainda mantinha uma gentileza que me deixava completamente entregue.
Eu respirei fundo e dei um leve aceno com a cabeça, permitindo que ele continuasse.
Ele ficou de joelhos enquanto eu permanecia deitado à sua frente, e então começou a me penetrar com cuidado. Era grosso, e a dor foi inevitável, mas a excitação dominava tanto meu corpo que nem me importei. Eu só queria ele dentro de mim, a qualquer custo.
Seus olhos estavam fixos em mim, observando cada uma das minhas reações, enquanto ele continuava a entrar, devagar. Eu gemia baixinho a cada estocada, sentindo o desconforto misturado com um prazer que eu nunca tinha experimentado antes. A dor, de alguma forma, tornava a experiência ainda mais intensa, quase como se amplificasse o prazer.
Ele segurou meu quadril com força, os dedos afundando na minha pele, e começou a rebolar lentamente dentro de mim, aprofundando os movimentos.
— Ahhh, você é uma delícia... — Ele sussurrou entre gemidos, enquanto rebolava e me observava intensamente. Sua mão encontrou meu pênis, e ele começou a me masturbar no mesmo ritmo em que me penetrava, seus movimentos ficando cada vez mais profundos e intensos.
— C-continua... — Eu implorei, completamente tomado pelo prazer. Meu corpo já se entregava com facilidade, cada vez mais vulnerável para ele. Eu queria mais, precisava de mais.
Ele se inclinou sobre mim, uma das mãos firmemente apoiada na cama enquanto a outra continuava me tocando. Seus músculos tensionados deixavam claro o quão forte ele era, e mesmo assim, ele não parecia cansado. Nossas testas se encostaram, e nossos olhares se encontraram de perto, a respiração pesada e irregular de ambos preenchendo o silêncio do quarto.
— Você vai ser meu, tá entendendo? — Ele disse enquanto me estimulava no mesmo ritmo das socadas.
— Uhum... — Respondi, completamente rendido, minhas unhas cravando em suas costas, puxando para mais perto, querendo ele cada vez mais dentro de mim. Levei uma das mãos ao seu rosto, segurando firme na sua bochecha, meus olhos fixos nos dele.
— Você também é meu! — murmurei.
Ele sorriu daquele jeito safado quando ouviu minhas palavras, e eu me derreti ainda mais.
— Todo seu.
Ele mordeu meu lábio antes de me beijar profundamente, enquanto suas estocadas ficavam mais intensas e profundas. Agora que ele sabia que a dor havia se transformado em puro prazer, não se conteve mais, e eu me entreguei por completo a cada movimento.
Enquanto nossas bocas se moviam em sincronia, ele me preenchia cada vez mais. Junto com os gemidos que escapavam dos meus lábios, o quarto se enchia de sons de pele contra pele e respirações pesadas. A tensão no meu corpo crescia, e eu sabia que não ia demorar muito para chegar ao ápice.
Ele parecia saber disso, pois seus movimentos ficaram mais intensos e precisos, tocando exatamente onde eu precisava sentir. A mão dele não parava, me masturbando com a mesma intensidade das estocadas.
— Isso... — gemi entre beijos, meu corpo todo se arqueando em direção ao dele. — Não para...
Ele me observava, excitado com a minha reação, e logo percebi quando ele também se entregou, seus gemidos se misturando aos meus enquanto seu corpo tremia de prazer. Nossos corpos estavam suados, e o cabelo dele pingava de suor, tornando a cena ainda mais íntima e conectada, como se fôssemos feitos um para o outro.
— E-eu... eu vou... — Puxei seu quadril ainda mais para mim, sem nem conseguir completar a frase. Que sensação deliciosa!
Meu corpo estremeceu, e eu me desfiz em suas mãos, gemendo alto, incapaz de conter meu orgasmo. Nossos lábios se uniram em um beijo intenso enquanto gemíamos juntos, ele se movendo com mais força, como se quisesse me levar ao limite do prazer.
Tivemos um orgasmo juntos. Eu gozei em sua mão, sentindo a onda de prazer me consumir, enquanto ele liberava seu prazer dentro de mim, nosso contato se intensificando.
Ele desabou sobre mim, completamente sem fôlego, enquanto eu também lutava para puxar ar. O calor de nossos corpos entrelaçados criava uma sensação de euforia, e nossos cabelos pareciam encharcados de suor, como se tivéssemos saído de um chuveiro. O momento era tão intenso que, por alguns instantes, o mundo ao nosso redor desapareceu, e tudo que importava era nós dois, perdidos na nossa entrega e no prazer que sentimos um pelo outro.
— Eu quero namorar com você — ele sussurrou, um sorrisinho delicioso nos lábios enquanto acariciava meu rosto suavemente.
Senti um frio na barriga ao ouvir aquelas palavras. Em resposta, dei um selinho bem molhado e demorado, saboreando o gosto doce do nosso momento.
— Eu também quero — respondi, com um sorriso tímido iluminando meu rosto.
Ele então me abraçou com força, e mesmo que nossos corpos ainda estivessem pegando fogo, era incrivelmente gostoso estar assim, colados um ao outro. O calor emanava de nós, mas havia algo acolhedor e seguro em seus braços que me fazia sentir bem. Ficamos assim por um bom tempo, aproveitando o momento, até que a respiração começasse a voltar ao normal.
Tomei um banho enquanto ele organizava a bagunça que fiz com o tteokbokki. A água quente escorria pelo meu corpo, aliviando a tensão acumulada, e logo depois, ele também tomou uma ducha. Quando finalmente voltamos a deitar juntos, o ambiente parecia ainda vibrar com a intensidade do que acabamos de fazer.
— Esse seu cheiro... — ele disse, cheirando meu pescoço quase como se quisesse afundar seu rosto em mim. A sensação provocou cócegas, e eu não consegui evitar uma risada.
— Que risada gostosa... Ri mais pra mim — ele pediu, seus olhos brilhando de alegria.
Nunca vivi algo assim com ninguém. A ideia de me arrepender do que fizemos passou pela minha cabeça, mas naquele momento, em meio à confusão que sentia ao estar perto dele, percebi que valia a pena lutar. Pela primeira vez, eu não era apenas alguém vivendo a vida que um contrato impunha. Me senti como um ser humano real, alguém que cede às suas vontades, mesmo que elas pareçam confusas.
Ele deitou o rosto ao meu lado e assim ficamos, nos olhando nos olhos. A mão dele acariciava meu cabelo de forma delicada, como se estivesse tentando gravar cada detalhe de mim em sua memória. Seu olhar continuava a brilhar, refletindo uma mistura de carinho e diversão, e eu sabia que, independentemente do que o futuro reservasse, aquele momento seria um dos mais especiais da minha vida.
E assim, acabamos dormindo, envoltos em um manto de conforto e paixão. O som suave das nossas respirações se misturava ao silêncio do quarto, criando uma atmosfera tranquila que nos envolvia. Eu me sentia seguro ali, entrelaçado a ele, como se nada mais importasse além daquele instante.
E assim, com um sorriso nos lábios e um coração aquecido, mergulhei nos sonhos, sabendo que ele estava ali ao meu lado.
Dane-se o vôo.
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[🎙️]
Finalmenteeeee!
O que acharam no capítulo?
Tentei transmitir ao máximo o que estavam sentindo na primeira vez deles.
Esse capítulo também ficou maior do que imaginei, se tiver algum errinho, me perdoem hihi
Não esqueçam de votar e comentar se gostaram.
E até o próximo capítulo!
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