Capítulo 8


—Eu sinto como se você estivesse me sequestrando, Morgana. —Kara disse, enquanto deixava que a morena a guiasse pela floresta afora.

Mais uma vez Kara amaldiçoou o fato de estar numa era onde relógios não existiam, pois não tinha a menor ideia de a quanto tempo elas estavam caminhando por lá, exatamente. A venda que Morgana delicadamente tinha colocado em seus olhos mais cedo não era muito obstáculo, graças a sua visão Raio-X, mas ainda assim, quem disse que ela se lembrava de por onde tinha passado? Eram só árvores e mais árvores. Entediante, na opinião de Kara.

A situação só piorava conforme ela pensava sobre isso; o vestido vermelho que Morgana tinha arranjado para ela era especialmente incômodo e não era exatamente o que ela gostaria de estar usando numa escapada para a floresta.

Morgana segurava sua mão, puxando-a pelas trilhas confusas da floresta.

—Talvez eu esteja, —Morgana sorriu de canto de boca —você nunca vai saber.

—Nesse caso, eu... —Os sentidos de Kara se aguçaram antes que ela pudesse terminar a frase.

Haviam passos em volta delas. Muitos passos. Ela puxou Morgana e a levou para trás de uma árvore instintivamente, vendo o olhar assustado de Morgana pela venda.

—Tem alguém vindo. —Kara sussurou para Morgana, apertando-a contra si com uma mão enquanto arrancava a venda com a outra.

—Como você sabe? —Morgana sussurrou de volta, deixando seus braços em volta da cintura da loira.

—Eu... só sei. Fica aqui. —Kara se desvencilhou de seu abraço, voltando para a trilha.

Assim que seu pé pisou numa folha seca, quebrando o silêncio da mata, imediatamente seis homens apareceram de trás de arbustos e árvores com suas bestas e espadas. Kara se pôs em posição de ataque e seus olhos brilharam vermelho.

Ela esperou até que os homens a cercassem e um deles tentasse acertá-la com uma espada para atacar: com um chute rápido ela arrancou a espada de suas mãos, virando um soco certeiro em seu rosto logo em seguida. Um outro tentou segurá-la por trás, levando uma cotovelada no meio do rosto e caindo. Foi quando ela sentiu algo acertando-a no braço e ricocheteando; uma flecha.

Alguém tinha tentado acertá-la com uma flecha!

Ela se virou e encarou o homem com a besta, usando sua visão de calor para deixar a madeira em chamas. O homem imediatamente a soltou e tentou sair correndo junto com mais dois homens, mas ela rapidamente levitou do chão, derrubando-os com uma série de socos e chutes.

A adrenalina já estava deixando seu corpo quando ela escutou Morgana gritando; ela rapidamente escaneou a floresta por cima das árvores encontrando o último dos bárbaros arrastando a morena consigo.

A Kriptonita Vermelha correu por suas veias como nunca antes.

Acelerando para onde eles estavam, Kara puxou o homem pelo braço para longe de Morgana. Num piscar de olhos ele estava colidindo contra uma árvore, com estralo de seu pescoço quebrando soando pela floresta.

—Você está bem? —Kara arfou, dirigindo-se a Morgana.

Morgana estava ajoelhada no chão com um olhar surpreso, porém não assustado.

—Você... voa?

—Sim, você vai sair correndo agora? 

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