Capítulo 63
A despedida de William Keynes foi realizada da mesma forma que os trouxas fazem: sem magia.
Com a ajuda de Harry e de Dobby, uma cova foi feita para o rapaz como seu último local de descanso. Durante toda cerimônia, Anastasia esteve amparada por Lúcia, Hermione e Luna, da qual descobriu que também havia sido sequestrada e estava na mansão Malfoy até poucas horas atrás. Uma lápide de pedra foi colocada, e em meio a despedida, todos ficaram em silêncio.
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— Obrigado Fleur — Anastasia agradeceu após pegar a xícara de chá. Havia se limpado do melhor modo, e usava as roupas da francesa por serem sua única alternativa no momento.
— Não há o que agradecer — disse a loira, sorrindo levemente como uma forma de aquecer o coração da Bellini — Queria poder ajudar mais.
— Isso já é de grande ajuda — respondeu a garota — Vocês tem notícias da Ordem? Ou da minha família?
— Estão sendo cautelosos — respondeu Gui Weasley — Não se sabe em quem confiar, ou quem pode estar ouvindo. Aqui é uma das poucas fortalezas da Ordem que não sabem rastrear... ainda.
Anastasia assentiu e terminou a bebida quente, sentindo minimamente bem como nunca depois de um longo tempo.
— Há algum lugar que posso descansar? Acho que preciso dormir direito.
— Claro, te acompanho — disse Fleur, guiando a garota.
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— Temos que perguntar para ela. Harry, você viu o que eu vi e isso pode explicar muita coisa! — Hermione argumentou no andar debaixo para o amigo, que olhava pensativo — Você sabemos o porque está sendo caçado, sempre soubemos. Mas o interesse dele na Ana, não deve ser somente envolvendo Draco Malfoy, tem mais coisas.
— E o que vamos fazer, Hermione? Pressionar ela? Interrogar alguém que acabou de sair do covil do mal?
— Um pouco de sensibilidade seria bom — retrucou Louis, que ouvia a conversa calado desde então — Sei que deseja saber tudo para ajudar, mas minha prima precisa de descanso e um pouco de humanidade neste momento. Ela passou por muita coisa para ser colocada em mais um plano.
— Ela vem passando muita coisa, na verdade, ao longo dos anos — disse Lúcia — Então o que podemos fazer é deixar a mente dela tranquila. Ela vai precisar de...
— Ana! — Hermione interrompeu a lufana ao ver que Anastasia entrava na sala — Você acordou.
— Difícil dormir direito com conversas tão altas sobre mim — retrucou a corvina — E não consigo fechar os olhos, minha mente está a milhão e a minha magia também.
Louis abraçou a prima de lado, de forma protetora e ela sorriu levemente sentindo o carinho de toda a sua família além da proteção. Olhando para os três amigos da Grifinória, ela começou:
— O que vocês viram na mansão, foi somente um pouco do que eu consigo fazer... sem a varinha — respondeu a corvina — Já tem algum tempo que eu tenho treinado, sozinha, como fazer feitiços sem varinha para o momento da guerra.
— Desde quando? — perguntou Harry.
— Já tem algum tempo, um bom tempo na verdade — Anastasia suspirou antes de abrir a palma da mão, vendo que uma iluminação semelhante ao feitiço de Lummos flutuava na sua frente — As vezes é fácil como respirar, mas tem feitiços que preciso me aperfeiçoar para não me esgotarem.
— Agora que sabemos disso, e que Voldemort sabe, você também se torna um alvo — retrucou Rony — É melhor você se esconder em algum lugar. Seria egoísmo te chamar para ajudar sabendo das suas condições.
— Nem se ela quisesse iria se colocar em alguma missão agora, eu não iria deixar — Lúcia brigou, em forma brincalhona, mas transmitia um fundo de verdade em suas palavras — Iremos cuidar dela.
Anastasia percebeu que Harry estava quieto, muito para o seu gosto, e então ela apontou com a cabeça para fora do cômodo. No final do corredor, a Bellini segurou a mão do Potter mentalizando um feitiço para que ninguém pudesse ouvi-los.
— O que lhe aflige?
— Ele desejar a sua morte, assim como deseja a minha — respondeu — Mas não é isso que eu queria perguntar, e sim, se você sabe algo sobre Horcruxes? Ou se pode rastrear?
Horcruxes. Ela sabia sobre uma coisa ou outra, na verdade tinha um bom conhecimento para a finalidade dos objetos, mesmo que o resultado envolvendo-as não eram positivos para quem destruísse ou quem estava criando.
— Sei sobre, mas não como rastrear — disse a garota — Você está buscando as de Voldemort, não está?
— Estou. Já destruímos um diário de Tom Riddle na época da Câmara Secreta, Dumbledore destruiu o anel dos Gaunt, e Rony destruiu o medalhão de Salazar. Tem alguma ideia de onde outras estarão, ou o que são?
— Acredito que, na ambição de poder e colecionar objetos importantes, ele deve ter feito o mesmo com outras relíquias dos fundadores. Qualquer objeto ou corpo vivo pode ser uma horcrux. Mas reflita, Harry: por que Bellatrix Lestrange ficou tão furiosa sobre alguém ter entrado no cofre dela?
Anastasia podia ver as engrenagens no cérebro de Harry se encaixando, como se ela tivesse desvendado não apenas um, como vários mistérios.
— Pode ter algo valioso lá, algo que ela ficou encarregada de proteger.
— Exato.
— E o que sabe sobre as relíquias da morte?
— O que todos, eu acho. Varinha das varinhas, a capa da invisibilidade e a pedra da ressurreição. Acredito que existem e que, quem possuir algum item, pode se tornar poderoso tanto de forma para o bem como para o mal.
— Ele encontrou — revelou Harry — A varinha está com ele.
— Eu imaginava — suspirando de forma triste, a garota apenas assentiu — E você tem um plano, certo?
— Sim. Tenho.
Anastasia abraçou o amigo com força, tentando passar coragem na medida certa e proteção para que conseguisse fazer o que era necessário.
— Tome cuidado, Harry. Tome muito cuidado.
— Você também. Posso te chamar para lutar, se precisar de algum confronto?
Concordando, Anastasia disse: — Sempre.
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Aparatando em uma das casas que pertencia a família Bellini, a primeira coisa que Athena fez foi ir correndo de encontro a filha. O abraço das duas era emocionante aos que viam de fora, uma vez que tanto Anastasia e Athena não contiveram as lágrimas.
— Meu bebê, meu bebê você voltou! Está tão crescida e tão magra, o que fizeram com você naquele lugar?
— Eu estou bem mãe, eu estou bem — disse Anastasia olhando a mais velha — Estou aqui.
— Claro que está! Eu senti tanto a sua falta, eu planejei tanto te tirar de lá e não acreditei quando o desmiolado do seu primo me disse que estava com você!
O barulho de mais duas pessoas aparatando fez com que a garota olhasse para trás e visse que sua tia Alex e Sirius tinham chegado.
— Ana! — a outra Bellini correu para abraçar a sobrinha — Você está bem? Está machucada?
— Não, tia Alex. Eu já me curei e estou pronta para outra!
— Nem fale algo assim de novo! — retrucou Athena — Não quero você me dando mais sustos assim.
— Mãe, logo terá um confronto e sabe que vou lutar, você querendo ou não!
— Mas que cabeça dura Anastasia Bellini! Quem você puxou?
— Olha, nem te conto — ironizou Sirius, fazendo a garota sorrir de leve e Athena o xingasse — Nem acredito que meu filho, desmiolado nas palavras da sua mãe, me aprontou uma dessas.
— Lógico, ele tinha que ter um sangue rebelde dos Black — retrucou Alex, abraçando Louis que acabou de se juntar ao momento — Mas você também está encrencado mocinho, mas falo no seu ouvido e no de Lúcia depois. Onde já se viu fugir de casa no meio da noite?
— Você não acabou de dizer que eu tinha o sangue rebelde dos Black? Sirius também fugiu de casa.
— Mas aquele lugar era horrível, sua avó era uma mulher pavorosa. Você ouve o quadro dela até hoje, imagina ela viva?
— Venha, vou cuidar de você agora — Athena começou a guiar a filha de volta para o quarto — E você vai descansar, dormir bem antes de pensar em participar de mais alguma coisa, ouviu mocinha?
— Ouvi mãe — resmungou a jovem, mas contente em receber os cuidados da mais velha.
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Estando limpa e com roupas que lhe serviam perfeitamente, Anastasia se preocupava com o que ocorria do lado de fora. Sabia que Harry já deveria ter invadido o Gringotes naquela hora, e também sabia que as chances de que Voldemort tivesse essa informação também eram altas.
A garota também deduzia que Draco Malfoy não estava em uma boa situação por ter deixado tanto ela quanto o Potter escapar, e que poderia trazer consequências para a vida dele ou de sua família.
Ela só esperava que pudesse ajudar o loiro de alguma forma, ainda que minimamente.
Porém, enquanto começava a adormecer, bateram na porta do seu quarto em uma urgência que ela imaginava o que poderia significar.
— Vamos para Hogwarts — disse Louis — Chegou a hora.
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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?
Mais um capítulo saindo e agora chega o momento: a batalha de Hogwarts! E quero saber se estão preparados para o que irá acontecer daqui em diante?
A fanfic está na reta final e estou empolgada para compartilhar minha versão da briga, confusão e tudo mais que já conhecemos de forma alterada.
Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!
Até o próximo!
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