Capítulo 62

Em uma distância segura, Louis observava junto com Lúcia a Mansão Malfoy. Havia passado alguns dias desde que saíram da fortaleza e passaram a buscar meios de resgatar Anastasia.

Pelo menos, a corvina era o plano inicial antes de saber que William também estava ali, assim como a possibilidade de Harry com Hermione.

Com os contatos certos e a ajuda de Monstro, Louis conseguiu descobrir informações valiosas do outro lado da guerra que poderia beneficiar quaisquer ações futuras para a derrota de Voldemort.

— Então, como vamos entrar? — a Diggory questionou — Vamos pela frente, ou pelos fundos?

— Acho que pelos fundos — opinou o rapaz antes de olhar para a namorada — Lu, quero que saiba uma coisa, antes de entrarmos lá.

A lufana continuou em silêncio, apenas assentindo para que ele continuasse:

— Durante esse tempo que nos conhecemos, e passamos juntos, quero que saiba que todo o sentimento por você é verdadeiro. Desde o primeiro dia que nos conhecemos e que, pela minha família, e por você, não tenho medo de morrer. Você é parte da minha vida, não apenas agora, mas quero que seja no futuro... para sempre.

Lúcia franziu o cenho e perguntou:

— Isso é um pedido de casamento?

— Se você quiser nomear desse jeito, sim — respondeu Louis — O pedido formal fazemos depois, mas quero que saiba que eu te amo e sempre irei lhe amar, independentemente do resultado dessa guerra.

A garota não disse nada, apenas selou os seus lábios nos do namorado e ambos aproveitaram o momento do qual poderia ser o último juntos.

Lúcia secou a pequena lágrima que ameaçava escorrer do canto dos olhos do Bellini e segurou suas mãos com força, antes de dizer:

— Vamos invadir o covil das cobras.

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Anastasia sentia algo estranho percorrendo o seu corpo enquanto descia as escadas da mansão. Trajada com roupas de gala com um vestido mesclado de azul e branco, a corvina descia as escadas escoltada por Narcisa e um dos Comensais da Morte. E mesmo que tivesse tentado tirar algo da Malfoy, tudo o que conseguiu foi que ela estava seguindo ordens.

Assim que chegou na sala de jantar, a garota notou que Hermione estava ali como refém ao lado de William, que tinha uma aparência pior do que a corvina se recordava. O braço de ambos sangravam visivelmente com a palavra "sangue ruim", o que fez com que Anastasia fitasse Bellatrix, que segurava a Granger.

— Anastasia, olha quem veio aqui te salvar — a bruxa ironizou e apertou a faca em torno do pescoço de Hermione — E Harry Potter também está aqui, junto com aquele amigo dele de família traidora. Todos por você, Bellini. E ainda roubaram meu cofre!

— Solte-a — disse Anastasia — Ela não fez nada para torturá-la dessa forma, Lestrange.

— Se você acha que irá me domar como faz com o todo do meu sobrinho, está muito enganada. Você sabe algo do meu cofre? Você deve saber!

— Como saberia se estou aqui presa há meses? — perguntou Anastasia, de forma irônica — Não me envolva em sua loucura.

— MENTIROSA! VOCÊ SABE!

— NÃO LESTRANGE, EU NÃO SEI!

Uma sensação de fúria preenchia o corpo de Anastasia, e a magia dentro dela também se agitava com a possibilidade de um confronto com a bruxa na sua frente. A faca de Bellatrix se apertou ainda mais no pescoço de Hermione, e ela disse:

— Essa aqui então será o preço por não saber.

— Não! — a corvina reagiu, e com as mãos, lançou um feitiço na direção da Lestrange que a arremessou para longe.

— Expelliarmus! — a voz de Harry soou pelo salão e logo, um confronto começou entre os que estavam presentes no salão.

Ao notar o rosto de Harry de relance, Anastasia percebeu que o Potter ainda havia um feitiço que deveria servir como disfarce mas seus efeitos estavam passando. Mas antes que pudesse reagir, ela sentiu seu braço ser puxado para trás e começou a se debater.

— Ana, sou eu!

Louis estava ali, puxando ela para longe do confronto enquanto Lúcia tentava segurar William com a ajuda de um feitiço, visto que o rapaz estava em um estado pior do que a mesma que tinha sido mantida em cativeiro há mais tempo.

— Chega! LARGUEM AS VARINHAS — Bellatrix começou a ameaçar de forma mais grave a cortar o pescoço de Hermione, fazendo com que fosse o motivo para os ataques pararem devido ao veneno na lâmina — Apanhe as varinhas, Draco. Porque temos aqui Harry Potter, novinho e brilhando para o Lorde das Trevas.

O feitiço havia sumido e o rapaz estava ali, exatamente como Voldemort desejava dentro dos seus domínios junto aos seus aliados, em uma grande chance de perderem.

— Chame-o Draco — disse a Lestrange — CHAME-O!

Anastasia fitou o loiro, com um olhar suplicante para que ele não fizesse o que lhe fora pedido. Draco exitou, mas não conseguiu levantar a manga de sua blusa para tocar na marca, e com o olhar pedindo perdão para a corvina, ele se afastou da sala.

Lucius, sabendo que o filho não faria, chamou o Lorde.

Até que ouviram o barulho de algo rosqueando acima de suas cabeças.

Anastasia notou que era Dobby em cima do lustre, o único que poderia se mover além das barreiras dos bruxos e a salvação para que saíssem da mansão para bem longe.

O lustre caiu no meio do salão, fazendo com que cada um caísse para um lado. Harry brigou brevemente com Draco por uma varinha, até que o loiro soltou quando Anastasia lançou um feitiço afastando-o do Potter.

Todos se reuniram em um canto, até mesmo Hermione que na confusão se soltou dos braços da Lestrange. Exceto por Louis e Lúcia, nenhum do grupo estava em boas condições de lutar, mas estavam determinados em saírem dali com vida.

— Seu elfo estúpido! Poderia ter me matado! — disse Bellatrix a Dobby.

— Dobby nunca quis matar — se justificou o elfo — Dobby só queria causar um ferimento muito sério.

Com um estalo, o elfo tirou a varinha de Narcisa, o que aumentou ainda mais a raiva da Lestrange com tamanho absurdo, em sua opinião, e esbravejou: — COMO OUSA TIRAR A VARINHA DE UMA BRUXA? COMO OUSA DESAFIAR OS SEUS MESTRES?

— Dobby não tem mais nenhum senhor! Dobby é um elfo livre, e Dobby veio para salvar Harry Potter e seus amigos!

Anastasia pode sentir sua mão sendo agarrada por Louis e Hermione, enquanto Dobby serviria como o principal ponto que iria levá-los para longe da mansão Malfoy.

Sentindo-se puxada, tudo o que Anastasia viu era um borrão e a faca de Bellatrix sendo arremessada na direção do grupo.

E a corvina torceu para que não chegasse a tempo.

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Aterrisando na areia, Anastasia pode ouvir gaivotas de fundo e um pequeno chalé não muito distante. O ar salgado significava que estava livre, e o alívio começava a percorrer seu corpo por alguns instantes antes de se lembrar que deveria estar em estado de alerta.

Levantando-se, a Bellini notou que o grupo estava aparentemente bem. Dobby ajudava Harry e Hermione, Louis estava com Lúcia, Rony se levantava e foi então que ela notou que faltava alguém.

E a resposta foi quando notou que Will tinha a adaga envenenada de Bellatrix cravada em seu coração.

— WILL! — ela berrou e correu até o amigo, notando que ele tossia muito sangue, o que elevou o seu desespero — Eu tô aqui, vou te curar! Aguenta firme que vamos te curar. HERMIONE! LÚCIA! ALGUÉM FAZ ALGUMA COISA!

— Não tenho tempo — o rapaz sussurrou enquanto se engasgava com o sangue — Mas t-tá tudo bem. V-vou ver minha mãe, e o meu pai de novo. E-eu vou ficar bem, f-foi uma honra te conhecer e lutar ao seu lado, Anastasia — Will fitou a garota, tentando ter uma lembrança boa de seus últimos segundos de vida — F-foi uma honra... me apaixonar por você.

A garota chorava enquanto segurava William em seus braços, sentindo que a vida do rapaz ia cada vez mais indo embora, até que seus olhos ficaram vazios, sem vida.

William Keynes estava morto.

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Notas da autora: Olá bruxos e bruxas, como estão?

A batalha na mansão Malfoy já aconteceu e William acabou pagando o preço. Troquei com Dobby porque é uma das mortes que ainda me dói da saga, e como Will já entrou com esse destino, o capítulo que revelei isso chegou. 

Recentemente perdemos Michael Gambon, o nosso diretor Dumbledore, e queria deixar um agradecimento por ter feito parte da saga e da nosso cinema.

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!

Até o próximo!

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