Capítulo 55
Draco sabia que seu prazo estava se apertando cada vez mais, e após sentir a marca queimar em seu braço e ter que acompanhar Snape até a sua casa, tinha ainda mais consciência de que estava falhando miseravelmente em seu plano.
Ele sabia que era difícil matar Dumbledore, porque era justamente Dumbledore, mas ele não tinha muitas escolhas enquanto a opção era matar o diretor ou matar Anastasia.
O Malfoy ainda não entendia a obsessão que Voldemort mostrava em relação a corvina era quase tão grande quanto ao Potter, mas ainda havia motivos para o grifano ser o alvo número um, mas Anastasia o alvo número 2, isso ele não compreendia.
Chegando em casa, que havia virado um quartel, Draco logo se deparou com os pais, sua tia Bellatrix e Voldemort dentro da biblioteca.
— Malfoy, entre — chamou o lorde e olhou para o garoto — Preciso lhe lembrar que o prazo está acabando.
— Meus planos seguem o que tracei, até o fim do semestre o armário estará arrumado e matarei Dumbledore.
Voldemort caminhou até o garoto, olhando-lhe nos olhos ao ponto do loiro começar a sentir sua cabeça ser pressionada. Ele queria gritar e berrar para que parasse de invadir sua mente, mas sua tia lhe ensinou a resistir e tentar bloquear algumas coisas.
Foi então que Malfoy notou o que Voldemort via. Era ele, sussurrando para Anastasia na enfermaria quando ela foi hospitalizada que ele ainda a amava.
— Interessante sua abordagem, menino Malfoy — disse Voldemort se afastando da mente do loiro — Aproximar e usar os sentimentos de Anastasia Bellini para depois quebrá-la. Muito inteligente.
— Obrigado senhor — Draco agradeceu com o gosto amargo na boca. Não era para aquilo ter sido visto, era para ele ter escondido, como as outras memórias que pareciam cada vez mais vagas.
— Bem, então está decidido que você irá matar Anastasia Bellini — disse o Lorde — Junto a Dumbledore, ainda este semestre. Quanto mais enfraquecemos o lado do Potter, melhor será o meu plano.
— Mas senhor — interferiu Lucius, sabendo que não apenas matar Anastasia iria acabar ferindo mais o filho como gostaria, como também despertaria ainda mais a ira de duas famílias poderosas no mundo bruxo — Anastasia pertence a não apenas uma, mas duas famílias poderosas, não seria mais vantajoso tentar trazer para nosso lado ou outros meios que a deixassem na nossa mão?
— Ainda sendo tolo, Lucius? — perguntou o Lorde — A linhagem da família de Anastasia Bellini nunca se uniria a nós, não tendo os descendentes que ela possui. Esta é a única solução, e Draco deve fazer.
Antes que saísse da sala, Voldemort olhou novamente para Malfoy e disse:
— Não seja um fraco como seu pai.
Deixando apenas a família com Snape no cômodo, Narcisa olhou para o filho que estava visivelmente abalado pela ordem que lhe fora dada.
Não bastava matar Dumbledore, ele tinha um prazo para matar Anastasia.
— E-eu acho que preciso voltar para a escola — pediu a Snape, que apenas concordou e trocou um rápido olhar com Narcisa da qual suplicou com o olhar.
"Ajude-o".
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— Ana! Ana! — Will gritava pelos corredores atrás da corvina, embora soubesse que ela se encontrava naquele momento na sala dos monitores e quando a viu, logo disse: — Katie Bell está de volta.
Os olhos da corvina arregalaram ao se lembrar da grifana que foi enfeitiçada na época do Natal ao ponto de parar no St Mungus. Ela lembrava de ouvir seu primo falar sobre as suspeitas do Potter, mas como ela sabia a verdade envolvendo o Malfoy então aquilo só podia significar que o que houve viria à tona.
E que Harry iria atrás do Malfoy e algo ruim por ter o Príncipe Mestiço envolvido iria acontecer, ela podia sentir a magia se agitando em suas veias para que interferisse de algum modo.
— Merda!
Levantando-se correndo, ela saiu correndo com Will atrás de si quando notou assim que virou a esquina antes de entrar no salão que Malfoy saia apressado, e Harry ia atrás.
— Onde vai? — gritou Will ao ver a garota tentar ir atrás, mas conseguindo pegar seu braço.
— Impedir que uma merda ocorra. Só chama o Snape e diga para ele ir ao banheiro da Murta.
— Mas Ana, por que você se importa? Depois de tudo o que aconteceu? — perguntou o corvino.
Mas não precisou que ela respondesse em voz alta porque seus olhos haviam feito isso.
"Por que eu o amo."
— Só faz o que pedi, por favor.
E correndo como nunca antes, Anastasia tentou salvar Draco Malfoy.
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A Bellini se lembrava de quando leu sobre Sectumsempra pela primeira vez desde que pisou em Hogwarts.
Ela ainda era curiosa quando achou o livro no fim do primeiro ano, e o olhou novamente em um momento do segundo. Tinha anotado o nome em um pergaminho e procurou na biblioteca de casa, achando o significado de que era um feitiço original e envolvia magia obscura, mas que seria poderoso para matar uma pessoa.
Agora, ela tinha estado ajoelhada em meio a água dos canos estourados pela batalha do sonserino e grifano, tinha segurado a mão do loiro e esperou o professor Snape fechar os machucados porque ela não podia demonstrar como estava seu nível de magia.
Ao menos, não por enquanto.
Harry havia lançado o feitiço e mesmo que a bronca do novo professor de DCAT havia sido dada, além de outras coisas que a corvina não prestou a atenção, ela nunca imaginou que veria Draco ter sua vida se esvaindo como observou minutos atrás.
— Senhor Keynes, por favor leve a senhorita Bellini para longe daqui e acalme-a.
— Sim professor.
— Professor — ela olhou para Severo com os olhos marejados e as mãos trêmulas, sentia que seu poder pedia para sair, pedia para ser expelido ou qualquer outra coisa — Draco ficará bem, ele vai viver? Eu sei o que o feitiço causa e…
— Não se preocupe, senhorita Bellini, Draco viverá.
Anastasia apenas assentiu e deixou que Will a levasse para longe dali, ambos não se importando com alguns olhares dos alunos em horário vago ou se iriam ficar molhados pela garota ainda estar encharcada.
— Vamos para nosso salão e…
— Não — interrompeu a corvina — Eu quero ir para o Lago Negro ou qualquer outro lugar. Só quero não ser vista. Não posso ser vista neste estado.
— Tá bom, e onde você quer ir?
— Sala Precisa — sussurrou.
Andando devagar e observando se ninguém os notavam naquela parte do castelo, assim que chegaram em frente a passagem, a porta se abriu e os corvinos entraram.
Will observou que o ambiente estava acolchoado e confortável, quando Anastasia caiu no meio da sala tremendo.
— Ana!
— Se afasta — ela pediu — Só se afasta antes que eu te machuque, por favor.
— Não, você está precisando de mim e não vou te deixar aqui sozinha. Nunca vou te deixar sozinha Ana.
A corvina olhou para Will e foi então que ele notou que suas íris brilhavam em um azul quase cintilante.
— Will, me deixe antes que eu possa te machucar. Por favor.
Mas o Keynes ignorou o pedido da Bellini e a abraçou, deixando que ela chorasse o quanto quisesse em seu ombro.
E em volta dos dois, tudo explodiu em tons de azul.
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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?
Encerrando já o sexto ano (não tá mto longe) e logo indo para o desfecho da fanfic com o sétimo ano, do qual as coisas vão começar a pegar fogo.
Para quem não entendeu da Ana, cada vez mais ela pode ficar instável emocionalmente e fisicamente, por isso, os picos de magia acabam ocorrendo com frequência. Ao longo dos capítulos compreenderão melhor 😉
Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!
Até o próximo! 💙
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