Capítulo 54

Notas (iniciais) da autora: Hey pessoal, como estão?

Primeiro quero agradecer aos +100K em visualizações! Sério, sei nem como dizer obrigado por apoiarem Unconditionally.

Por causa dessa conquista, postei um vídeo no meu tiktok e o link está no meu mural para quem quiser.

Queria dizer também que vou encurtar o sexto ano para chegarmos aos embates do sétimo e assim, poder entrar na reta final da fanfic.

Boa leitura! ✨

Pela primeira vez, Anastasia detestava o dia dos namorados e tudo o que envolvia essa data. Enquanto parecia que todos estavam em uma bolha de amor, ela se concentrava em absorver o máximo de conhecimento que conseguia, usar menos a varinha para situações inusitadas e o que mais conseguisse.

Embora as aulas parecessem não estarem ligadas com a data, a percepção da corvina mudou quando viu que Horácio Slughorn anunciou a porção que eles aprenderiam.

— Amortentia. Alguém sabe me dizer o que é essa poção? — os olhos do professor passaram pela sala até pousarem em Anastasia — Senhorita Bellini, poderia?

— É uma poção do amor. Poderosa e que pode até mesmo gerar obsessão, em casos extremos. E seu aroma é de acordo com o que lhe atrai em uma pessoa, por isso muda de bruxo para bruxo.

— Excelente! Quarenta pontos para Corvinal — disse Horácio — Poderia vir fazer uma demonstração? Não tenha medo, se aproxime.

Levantando da cadeira e andando até o caldeirão, a corvina logo pode sentir o cheiro da poção e alguns efeitos em seu corpo.

— Descreva o cheiro predominante, senhorita Bellini — pediu o Slughorn — O cheiro que mais lhe atrai.

O olfato da corvina captou um leve cheiro de livros e de tinta, provavelmente por conta do gosto de escrever. Logo em seguida, o suave perfume do Will quando estudavam juntos na Sala dos Monitores.

Mas foi um cheiro, o mais predominante que fez com que, especialmente o coração, se apertasse porque era justamente o que ela temia sentir.

O cheiro de maçãs verdes.

Tão característico que ela não precisava se esforçar para lembrar, pelo contrário, seria sempre fresco em sua memória, cada momento e saber o que ocorria lhe fazia sentir dores de cabeça e um aperto no coração.

— Maçãs — respondeu em um tom baixo, sentindo que o estômago se agitava e havia chances do café da manhã voltar — Sinto cheiro de maçãs verdes frescas e… sinto muito professor, preciso me retirar.

Correndo de forma desesperada para fora da sala não se importando com a turma, a garota foi para um dos banheiros e se trancou na última cabine, colocando a refeição para fora enquanto tremia.

Caindo fraca ao lado do vaso, Anastasia começou a chorar e tentava conter seus soluços, não queria que ninguém a ouvisse ou a achasse para fingir ser forte novamente.

Ela queria ser vulnerável por alguns instantes.

E com esse pensamento, Anastasia acabou apagando no chão do banheiro.

ೃ *ૢ✧

Ao abrir os olhos, a corvina notou que estava na enfermaria e ali ao seu lado se encontrava Hermione com Lúcia, tendo um olhar tranquilizador ao ver que ela acordou.

— Como você tá? — perguntou a Granger ao ver que a amiga se levantava — Não, melhor ficar deitada porque você foi encontrada desmaiada.

— Estava com início de combustão mental. Você recebeu algumas poções e vai passar alguns dias aqui — explicou Lúcia e Anastasia arregalou os olhos.

— Dias? Não posso passar tudo isso — disse a corvina, tentando se levantar mas sendo contida pelas amigas — Gente, eu tô bem e…

— Não, você não está! — esbravejou Lúcia — E você vai descansar! Anastasia, você não é feita de ferro! 

— Mas…

— Não tem nada de "mas"! Como acha que fiquei ao saber pela Murta que você estava jogada no banheiro? Louis ficou doido e só deixaram Hermione ficar porque a Madame Pomfrey viu que ela era a mais calma — explicou a lufana — O mundo bruxo não vai ruir nos dias que você ficar aqui, e vai descansar ou digo a sua mãe que está passando da conta.

A corvina bufou e cruzou os braços ainda deitada.

— Tá. Eu fico aqui.

Hermione olhou para a amiga um pouco tímida e com um olhar reconfortante.

— Harry disse que você saiu após sentir o cheiro da amortentia. Maçãs verdes frescas, foi o que ele disse — explicou a grifana — Você ainda gosta dele, não gosta?

Lúcia olhou a Bellini na cama e notou que ela concordou minimamente com a cabeça.

— Difícil deixar de gostar de uma hora para a outra, eu só queria que não doesse tanto.

— Eu senti o cheiro do Rony quando foi minha vez em outra aula — a Granger disse baixo, apenas para as duas ouvirem — Mas ele está envolvido com outra garota, então só vocês sabem disso.

— Queria sentir o cheiro de outra pessoa, mas somente as maçãs prevaleceram — Anastasia suspirou — Senti o cheiro do Will, mas no final foi aquele idiota. Por que? Por que eu tenho que ainda sentir algo por ele, mesmo que mínimo, depois de tudo o que aconteceu?

— Essa é uma boa pergunta — disse Hermione — Por que, infelizmente, só gostamos de idiotas? E não tem nenhum feitiço para impedir isso?

— A vida é uma merda — murmurou Lúcia olhando para a corvina — Nosso horário já vai terminar, quer algo?

Anastasia negou.

— Só descansar. 

— Traremos a lição para você, e avisaremos aos outros que você está bem — disse Hermione e Lúcia assentiu.

Assim que as duas saíram, madame Pomfrey chegou com uma dose de poção para que Anastasia dormisse e se recuperasse. 

Aos poucos, a corvina foi deixando que o líquido fizesse efeito em seu corpo e podia ouvir tudo de longe, de forma fraca, como se a poção estivesse entorpecido seus sentidos para que descansasse.

A voz de Louis preocupado, de Will junto ao professor Flitwick perguntando sobre seu estado de saúde. 

Haviam passado algumas horas e a poção ainda fazia efeito quando Anastasia sentiu o cheiro de maçãs verdes muito próximo a si.

A Bellini sentiu quando um beijo foi deixado em sua testa, e um leve sussurro perto ao seu ouvido.

— Eu sinto muito ter que passar por isso — a voz do sonserino era baixa — Eu sinto muito mesmo. E eu… eu…

Por mais que Anastasia quisesse abrir os olhos não conseguia, deixando-a ainda mais frustrada. Ela queria falar, queria olhar para ele e ao menos dizer algo.

Mas não conseguia.

— Eu senti o cheiro de morangos — confessou Draco — Na minha amortentia e queria que soubesse que não é a única ignorando algo, eu também ignoro algo dia após dia, mas não posso arriscar sua vida Ana, não suportaria que morresse por minha causa.

Um leve aperto foi dado na mão da garota, que desejava abrir os olhos e ter uma conversa franca, colocar as cartas na mesa sem magia e sem nada.

Ela queria voltar a como era antes.

— E eu quero que também saiba que eu ainda te amo, e sempre irei lhe amar, mas não espero que me perdoe depois do que fiz. Nunca lhe pediria isso. Só quero consertar tudo e eu vou, ainda que signifique te perder.

Anastasia pode sentir novamente os lábios de Draco no topo da sua cabeça, até que notou que o calor do corpo dele não estava mais próximo de si.

E com uma lágrima escorrendo pelo canto do olho, ela deixou que a poção lhe curasse por completo.

ೃ *ૢ✧

Notas da autora: Eita que foi só sofrência neste capítulo para combinar com a aura dos últimos anos.

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!

Até o próximo! ✨💙💚

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top