Capítulo 27

Juro solenemente não fazer nada de bom

Notas (iniciais) da autora: Hey pessoal, como estão?

Quinto ano finalmente começando, e já teve até troca de capa, quem gostou? Tentei fazer uma coisa simples então espero que tenham gostado 💙

Outra coisa que quero falar para vocês é que os quotes do elenco saíram e as aesthetics dos personagens que eu criei também, então se vocês quiserem mimar lá com comentários e votos estou aceitando ✨✨

Prontos? Boa leitura!

Malfeito feito


O Expresso de Hogwarts estava na plataforma e faltavam poucos minutos para o trem partir. Harry e Louis se despediram da forma animaga de Sirius, que havia decretado severamente que embarcaria o afilhado e o filho pelo menos uma vez na vida, e enquanto os outros se despediram de seus pais ou parentes próximos, os gêmeos Leblanc não haviam sido levados pela família até o local pela primeira vez.

Na verdade, os dois não os viam desde que fugiram de casa.

— Ele desistiu fácil — Ellen comentou com o irmão vendo que a família Malfoy se aproximava.

— Não acho que ele desistiu fácil, alguma hora ele virá atrás de nós. Ou pelo menos a mamãe.

— Mamãe não fará nada sem a autorização dele Peter, esqueceu que ela sempre lembra quem manda na casa?

Peter concordou cabisbaixo sabendo que a irmã tinha razão, a mãe deles nunca iria contrariar as ordens do pai.

— Ellen? Peter? — Narcisa sorriu em direção aos dois e foi abraçá-los — Como estão?

— Bem — respondeu a loira.

— E onde estão os pais de vocês? Eu ainda não os vi — a Malfoy olhou para a plataforma procurando os velhos amigos e não os encontrando.

— Houve algum problema? — Lucius perguntou com a expressão séria e Draco estava da mesma maneira ao lado do pai.

— Bem…

— Viemos sozinhos — Ellen interrompeu o irmão antes que ele contasse o real motivo — Eles tiveram um problema para resolver e os elfos nos trouxeram, eles já foram.

Narcisa olhou para os gêmeos sabendo que havia alguma coisa errada ali, algo que não se encaixava já que, por conhecer a família Leblanc muito bem, eles não deixariam os filhos sozinhos embarcarem para Hogwarts.

— Então, posso acenar para vocês, já que os seus pais não estão aqui? — Narcisa perguntou para os dois que concordaram. 

Draco olhou para Ellen notando que havia algo ali que não estava explicado.

— Vou procurar um vagão antes que tudo fique cheio — Draco disse se despedindo dos pais, deu um abraço na mãe e acenou com a cabeça para o pai.

Narcisa abraçou os gêmeos de surpresa e sussurrou nos ouvidos deles:

— Qualquer coisa estou aqui.

— Obrigado — Peter agradeceu e Ellen apenas sorriu.

Os gêmeos entraram no expresso e foram em direção a janela vendo Narcisa acenar, eles retribuíram enquanto o trem começou a andar.

— Vou atrás da Tiana, tudo bem? — Peter perguntou para a irmã que assentiu.

— Se cuida.

Cada um foi para um lado, e a loira começou a andar pelos vagões procurando algum vazio, até achar um em que o Malfoy estava sentado sem sua gangue.

— Posso? — ela apontou para os bancos vazios.

— Fique à vontade.

Ela sorriu e entrou fechando a janela, se jogou nos bancos disponíveis, e cruzou os braços.

— Pensei que fosse ficar com Cedrico — Draco comentou quebrando o silêncio.

A notícia que Cedrico havia embarcado no trem fez boa parte dos estudantes comentarem, já que o lufano havia sido visto pelos alunos na última vez em um estado nada bom, e o regresso do Diggory para Hogwarts para terminar o último ano era o assunto do momento. 

Ellen havia trocado poucas cartas com o namorado com Lúcia como sua intercessora, e haviam combinado de se encontrarem com calma quando estivessem na escola.

— Depois falo com ele — a Leblanc disse olhando para a janela.

— Quer conversar? — o loiro perguntou vendo a colega com lágrimas nos olhos.

— Você vai me ouvir?

— Se você quiser que eu ouça.

A loira suspirou e fechou os olhos, tentando impedir que as lágrimas caíssem.

— Fugi de casa com meu irmão há alguns dias, não quisemos seguir o que nosso pai queria para nós.

— E onde vocês estavam?

— Na casa da Tiana — mentiu para não dizer o verdadeiro lugar onde estavam, a localização de Sirius era um segredo que somente os membros da Ordem e seus filhos sabiam junto com Harry, Hermione, Tiana, Lúcia e, claro, os gêmeos Leblanc.

— Podia ter ido lá para casa, minha família poderia ajudar melhor do que os pais trouxas da Hudson.

— Não poderia, sua família é muito amiga da minha ou se esqueceu disso?

— Não me esqueci.

— Onde está sua mini gangue Malfoy, chutou eles?

— Queria ficar um pouco sozinho para pensar sobre algo que aconteceu nas férias.

— E vou querer saber o que houve?

— Eu quase beijei a Anastasia.

Ellen arregalou os olhos e abriu a boca, involuntariamente, chocada.

— O que? Como? Quando? Onde? Por que você não beijou ela logo?

Draco ficou desconcertado com as perguntas enquanto contava detalhadamente para Ellen sobre o ocorrido, o fato da Bellini ter descoberto que ele era o admirador secreto da garota e o quase beijo sobre o tablado na sala de medidas.

Aquele era o momento que o Malfoy mais relembrava desde que voltou para casa. Não havia se passado um dia, sem que ele lembrasse do quão perto Anastasia estava dele e o quanto queria beijá-la.

— E me diz que você falou com ela depois.

A resposta silenciosa do loiro fez Ellen revirar os olhos e bufar irritada pela lerdeza do garoto.

— Draco, eu vou te dar um conselho de amiga. Amiga verdadeira, e não aqueles seguidores da gangue que você tem. Anastasia é uma menina linda, inteligente, extremamente talentosa com magia, encantadora, simpática e um monte de outras características que demoraria para falar.

— O que está tentando me dizer?

— Que se você demorar muito, Anastasia pode gostar ou melhor, se apaixonar por outra pessoa e então...você vai ficar a ver navios se continuar dessa maneira.

— E o que quer que eu faça?

— Tome uma atitude, o que mais você pode fazer?

— E como faço isso? 

— Não sei, o romântico escritor de bilhetes secretos aqui é você.

Três batidas na porta interromperam a conversa, e a mesma se abriu mostrando Pansy com uma cara séria.

— Estão nos chamando para a reunião no vagão dos monitores.

— Você é o novo monitor da Sonserina? Olha, estamos muito bem arranjados esse ano — Ellen brincou, mas viu que o garoto na sua frente não esboçou nenhum sorriso, pelo contrário.

Draco mudou a postura fazendo Ellen franzir o cenho. O Malfoy tinha praticamente assumido a mesma postura do seu pai, a Leblanc diria até que a mesma expressão como se fosse uma armadura e levantou abotoando o paletó no meio.

— Nos falamos depois — ele se despediu de Ellen de modo sério antes de seguir Pansy.

ೃ *ૢ✧

Em um vagão no meio do expresso, Luna ajeitava O Pasquim em uma pequena pilha enquanto Anastasia e Gina terminavam de comer os feijões, teorizando em quem daria a matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Sinceramente não sei, quer dizer... — a Weasley mais nova fez uma careta ao engolir um feijão com gosto de cera de ouvido — Não temos sorte ultimamente nessa matéria, mas o melhor foi o Lupin.

— Com certeza — concordou a Bellini sorrindo após ter pego um com gosto bom — Mas deve ser alguém muito bom, pelo ocorrido no ano passado, porque temos que estar preparados se algo acontecer.

— Como o que?

— A volta dos Comensais da Morte — palpitou a Bellini — Porque se eles voltarem muito, significa que estão trabalhando novamente para ele.

— Isso é verdade, papai acha que Harry corre mais perigo esse ano do que nos outros — a Lovegood estendeu as revistas para a Bellini — Quer mesmo fazer isso? 

— Claro. Quando me comprometi a ser colunista da revista e ajudar no que eu puder, estava incluindo as vendas também.

A porta do vagão onde as três estavam se abriu, Hermione junto com Lúcia e Louis apareceram do lado de fora.

— Ana, estão nos chamando no vagão dos monitores — noticiou a Granger — Parece que temos uma reunião importante.

— Não quer mesmo que eu termine? Você parece bastante ocupada sendo monitora e não quero atrapalhar — ofereceu Luna vendo a Bellini negar enquanto se levantava com as revistas no braço.

— Pode deixar Luna, você já fez isso por um bom tempo quando saímos da estação. Aproveite as tortinhas — falou se referindo aos doces no colo da garota — Volto depois.

— Tchau — acenaram a Weasley e a Lovegood.

— Por que está com a gente Louis? Você não é monitor — comentou Anastasia vendo que o primo ainda seguia as três.

— Para sanar sua curiosidade, estou indo falar com Fred e George. Tenho bastante interesse nessas novas brincadeiras deles.

— Aí, você também não Louis, isso vai dar problema — a Granger comentou fazendo o Bellini dar de ombros.

— O que é um ano letivo sem brincadeiras. Um exemplo disso é Ana como monitora — ele comentou antes de parar onde os gêmeos ruivos estavam e olhar para a prima — Ainda não acredito que você é monitora, essa escola deve estar a beira da loucura para te nomear para esse cargo priminha — Louis brincou com a Bellini, que retribuiu com um gesto obsceno com o dedo do meio da mão — Sua mãe sabe que está fazendo isso?

— Aprendi com você, talvez eu deva contar para a sua mãe a má influência que você é para mim — ela sorriu irônica antes sair andando junto com as amigas — Espero que essa reunião não demore, ainda tenho que vender as revistas.

— Eu ainda não entendi o porquê você está escrevendo para essa revista — Hermione apontou para a pequena pilha nos braços da amiga — Podia escrever para o Profeta Diário.

— Eu achei legal, é um conteúdo diferente do que se tem no Profeta — apoiou Lúcia.

— O Profeta Diário não aceitaria os meus textos, e o senhor Lovegood me dá total liberdade para escrever o que eu quiser, e eu preciso dessa liberdade de expressão para falar o que eu quero.

Hermione apenas concordou e ficou quieta achando que a corvina merecia algo melhor, mas apenas ficou quieta.

As três se dirigiram para o vagão dos monitores, que era um dos maiores do trem. O local estava cheio, visto que a reunião abrangia as quatro casas de Hogwarts. A Grifinória teria Hermione e Rony como monitores, assim como a Sonserina teria Draco e Pansy, já a Lufa Lufa teria Lúcia junto com outro aluno que Anastasia desconhecia, e por sua vez, a Corvinal teria a Bellini e William Keynes, um aluno do qual a garota havia visto algumas vezes e falado menos ainda.

— Bom, queria primeiro dar boas vindas aos novos monitores. Sei que parece uma tarefa difícil, ou chata, mas não é tão ruim assim. Quando chegarmos à escola, receberão dos diretores de suas casas um broche, que deve estar sempre no uniforme de vocês — Cedrico, agora nomeado um dos monitores chefes, começou a falar as primeiras instruções — Vocês serão responsáveis por cada casa, e só podem tirar pontos de sua própria. Vocês têm acesso ao banheiro do quinto andar da escola, devem ajudar os alunos do primeiro ano nos dormitórios e farão rondas noturnas para ver se algum aluno está infringindo as regras. Não é uma tarefa muito difícil, alguma pergunta?

Rony levantou a mão.

— Não podemos mesmo tirar pontos de outras casas? Mesmo se um sonserino provocar?

— Não.

— Que droga — o ruivo resmungou.

— Alguma outra pergunta? — perguntou Cedrico vendo todos negarem — Então a reunião está encerrada.

Todos começaram a se levantar para sair do vagão quando Hermione pigarreou chamando a atenção de todos e falou:

— Antes de ir, eu queria dizer que é muito bom ter você de volta na escola Cedrico.

O lufano sorriu calorosamente.

— Obrigado Hermione, é bom estar de volta também.

Todos saíram do vagão e antes que a Bellini saísse, sentiu o pulso sendo segurado por Cedrico.

— Ana, eu queria te agradecer por ficar do lado da minha irmã quando ela mais precisou, você e seu primo — disse o lufano.

— Não precisa agradecer Ced, você sabe que faríamos qualquer coisa por sua família.

— É, eu sei — ele sorriu tímido — Então, quanto é a revista?

— Dez galeões.

— Vou querer uma — ele pediu. Anastasia deu a revista e pegou os galeões da mão do Diggory colocando-os no bolso do casaco — Lúcia disse que é bem diferente, mas que não é ruim.

— Te garanto que não é, talvez goste.

— Vou gostar sim, obrigado. 

A corvina saiu do vagão fechando a porta e quase trombou com alguém quando se virou para o corredor, sendo segurada por um par de mãos.

— Opa! Foi mal.

— Eu que peço desculpas.

Anastasia viu que era William Keynes, o corvino que seria seu colega de monitoria que estava calado na reunião.

— Você é o William, certo?

— Sou, mas você pode me chamar de Will.

— Bom, então dessa forma pode me chamar de Ana. Prazer em te conhecer, oficialmente eu acho — ela estendeu a mão livre e foi aceita com um sorriso do garoto.

— O prazer é meu. Você está escrevendo para O Pasquim, não está?

— Estou.

— E quanto é?

— Dez galeões.

— Vou querer duas.

— Duas?

— É, meus pais gostam muito de livros e fiquei sabendo que você também gosta e escreve sobre isso na revista. Vou mandar uma para casa quando chegarmos em Hogwarts.

— Sua mãe lê livros trouxas também? — Anastasia entregou as revistas e colocou os galeões no bolso.

— Meus pais trabalham em uma editora, eles são trouxas.

— Sério? 

— Sim — afirmou Will entrando em uma conversa com a garota sobre os livros. 

A Bellini se perguntava como não havia falado com ele ainda, porque somente nos poucos segundos que estavam conversando, ela estava se sentindo bastante confortável, dando até mesmo risadas sobre algumas coisas que o Keynes contava para ela.

Não muito longe dali, Draco andava pelo corredor quando se deparou com Anastasia e um garoto encostados perto de uma cabine e conversando animados. A Bellini segurava as revistas no braço, praticamente abraçando-as próximas ao peito e tinha as bochechas coradas, o sorriso não deixava seus lábios e a cada tom empolgado em sua voz, seus olhos se arregalavam minimamente. O loiro não sabia porque estava reparando tanto nela, mas o que estava lhe irritando era porque ela estava tão sorridente com aquele garoto.

Quase que um estalo, a voz de Ellen preencheu sua mente novamente sobre o que ela havia lhe dito alguns minutos antes: 

"— Se você demorar muito, Anastasia pode gostar ou melhor, se apaixonar por outra pessoa e então...você vai ficar a ver navios se continuar dessa maneira."

ೃ *ૢ✧

Notas da autora: Tem personagem novo na área sim! E já digo logo, Will vai dar dor de cabeça pro Malfoy e fazer o coração da Ana bater mais forte algumas horas.

Um pequeno grupo de leitores escolheram #Drasia no comentário anterior como shipper, e como uma autora empolgada fanfiqueira que sou, anuncio oficialmente DRASIA como shipper oficial de Unconditionally 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Ok, agora queria falar um assunto sério. Semana passada (16/04), a atriz Helen McCrory, que interpretou a Narcisa (tia Cissa) nos filmes do Harry Potter faleceu de câncer, então fica aqui minha homenagem para a atriz incrível que ela era e a minha gratidão.

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo.

Até o próximo!

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