Capítulo 26

Juro solenemente não fazer nada de bom...

Notas (iniciais) da autora: Hey pessoal, como estão?

Gente vim explicar algumas coisinhas que podem ter ficado nas entrelinhas da trama sobre os anos que os personagens que eu criei estão estudando em Hogwarts, mas vamos lá.

Anastasia e Lúcia: 5° ano
Ellen, Peter, Louis e Tiana: 6° ano

O restante dos personagens originais da trama estão nos anos que vemos nos livros/filmes.

Boa leitura!

Malfeito feito.

Livros são livros, quebre seu preconceito

por Anastasia Bellini.

O mundo bruxo possui preconceitos que vem de gerações e apesar de sabermos bem disso, ainda sentimos a necessidade desnecessária, para não dizer outra coisa, de sempre repetimos a mesma história errada.

Os livros escritos por bruxos é necessário na nossa vida para nosso conhecimento, posso listar Animais Fantásticos e Onde Habitam de Newt Scamander como um dos meus favoritos que gosto de ler por puro prazer em minhas horas vagas, mesmo sendo listado somente como material didático e tendo a absoluta certeza de que os alunos lêem ele somente para estudar para prova.

Mas você já foi além? Já leu um livro por prazer e não por que tinha a necessidade de estudar para um teste?

Então você pode falar: "Mas não gosto de livros que a escola escolhe na lista de materiais.", então caro leitor, quero lhes apresentar livros que são além dos nossos, os mesmos livros que os trouxas lêem.

Os livros que eles escrevem são fantásticos caro leitor, a forma como conseguem detalhar lugares em páginas desprovidas de figuras ou imagens é impressionante, novamente, não estou criticando autores bruxos, quero apenas mostrar que existem livros bons para se lerem se quebrarmos esse preconceito.

Então, um dia em sua vida, experimente ir em uma livraria no mundo deles e se aventure pelas páginas dos livros que estão ali. Quando fizerem isso, me mandem uma coruja que terei o prazer de ler a experiência de vocês.

ೃ *ૢ✧

Anastasia estava escrevendo sua próxima matéria para O Pasquim na loja de sua mãe quando a porta se abriu, e rapidamente a garota guardou as páginas na gaveta ao ver que era Narcisa que entrava no estabelecimento.

— Boa tarde senhora Malfoy, posso ajudar? — ela sorriu simpática e mentalmente se deu tapinhas nas próprias costas, estava ficando boa em ser diplomática como sua mãe.

— Anastasia! Que surpresa vê-la aqui, e sua mãe?

— Saiu para resolver algumas coisas.

Mentira, a mãe tinha ido até a casa dos Blacks para ver como Harry estava após receber a notícia de que o Ministério havia feito uma audiência para julgar os atos do garoto por ter usado um feitiço na presença de um trouxa.

— Ah, eu tinha um pedido de um vestido para retirar com ela e uma encomenda para as roupas de Draco.

— Se estiver com o recibo do pedido, posso eu mesma retirar.

Narcisa estendeu um papel e Anastasia examinou bem os números antes de ir até a arara de roupas que ficava em outra sala da loja.

Estendendo a varinha para o alto e fazendo um feitiço mudo de localização, o saco com vestido preto foi na direção dela e após conferir, viu se tratar do pedido de Narcisa.

— Aqui está, senhora Malfoy — quando Anastasia levantou a cabeça, viu Draco ao lado da mãe e a mesma sorrindo orgulhosa para o filho — Está aqui o seu pedido.

— Que bom que chegou Draco, assim ficará mais fácil de tirar suas medidas — Narcisa olhou do filho para a Bellini na sua frente — Oh, a propósito, li o seu artigo naquela revista.

— Leu? — a cara de espanto de Anastasia foi incontrolável de se conter, até porque a família Malfoy não seria uma família adepta a ler O Pasquim.

— Li, depois que Draco leu e deixou na...

— Mãe! — interrompeu o Malfoy antes de pigarrear — Podemos fazer logo o que viemos fazer?

— Quero fazer dois ternos do seu melhor tecido e melhor corte sob medida para Draco, não importa o valor — pediu a matriarca Malfoy.

— Claro — Anastasia pegou uma pena, o bloco de notas e um vidro de tinta. Mergulhando a ponta da pena, ela tinha os olhos no papel enquanto anotava o estilo que Narcisa queria, não percebendo o olhar admirado do Malfoy sobre si.

Narcisa pagou o pedido conforme o que Anastasia havia dito e a garota entregou o recibo para a senhora Malfoy.

— Irei rapidamente em uma outra loja, posso voltar em meia hora para buscar o Draco?

— Tudo bem.

Narcisa deu um beijo na bochecha do filho e um sorriso final antes de sair da loja. Anastasia pegou o que era necessário, e olhou para o loiro.

— Venha comigo, vou tirar suas medidas.

A Bellini guiou o Malfoy até uma espécie de provador. Havia espelhos por três das quatro paredes, que iam do teto ao chão pegando o corpo inteiro.

— Sobe ali — apontou para um pequeno tablado mais alto no meio da sala enquanto pegava a fita métrica — Fica quieto e abre um pouco os braços.

— Você sabe o que está fazendo?

— Se não soubesse, acha que estaria fazendo isso?

— Touché.

Anastasia revirou os olhos e começou a medir, dizendo em voz alta os números para a pena que anotava sozinha as coisas no bloco de notas.

— Eu li o que você escreveu — Draco disse quebrando o silêncio — E eu pensei em enviar uma coruja.

— Por que não enviou?

— Não sei.

— Devia ter me enviado algo, sabe, mesmo que anonimamente igual os bilhetes de declaração — ela riu irônica fazendo o garoto ficar ainda mais pálido — É, eu sei que é você gênio.

— C-como?

— Nem disfarçou a letra.

Draco fechou os olhos e se amaldiçoou, como pode esquecer esse pequeno detalhe?

— Se quiser eu devolvo os presentes — ela se levantou e ficou de frente para ele, antes de colocar a fita métrica em volta do pescoço dele para medir o colarinho.

Embora sua vontade fosse de enforcá-lo.

— Não! Eu fiz eles para você, foram de... coração.

— Coração?

— É, eu acho que eu gosto de você um pouco.

Anastasia arregalou os olhos quando sentiu as mãos dele subindo devagar pela sua cintura, antes de puxá-la para que o corpo de ambos ficassem mais colados e automaticamente, ela acabou subindo no tablado. As mãos da Bellini que ainda estavam em volta do pescoço dele, seguraram o colarinho roçando de leve as mãos na pele dele causando arrepios, ao mesmo tempo que o modo como ele segurava a cintura dela fazia o coração da Bellini batendo forte.

Draco olhava para o rosto de Anastasia, em especial para a boca rosada naturalmente na garota e se sentiu tentado a colar os seus lábios nos dela, queria saber se aparentavam ser doces como estava imaginando desde o dia do baile.

Os centímetros foram diminuindo ao ponto de poderem sentir a respiração um do outro, as bochechas da Bellini estavam coradas e os olhos do loiro se fecharam em um último ato de coragem para o que iria fazer. Ele já podia sentir os lábios dela quase tocando os dele, as peles estavam triscando levemente e...

— Ana!

A voz de Tiana vindo alta da loja fez com que Anastasia se afastasse rapidamente do Malfoy, indo para o outro lado da pequena sala com o coração acelerado.

— Ana!

— Eu já estou indo.

A Bellini saiu rapidamente da sala sem olhar para o loiro, encontrando a amiga perto da porta, com o olhar aflito e sua tia Alexandra atrás de si.

— O que foi? — a garota perguntou para a tia e a amiga.

— Precisamos ir em um lugar e de pressa, sua tia apareceu lá em casa para me ajudar. É sobre o Peter.

— Vamos fechar a loja e... — Alexandra parou de falar quando viu Draco Malfoy saindo da sala de medidas não escondendo o sorriso brincalhão — Ah, você tem cliente.

— Já terminamos — ela disse rapidamente sem olhar para o loiro — Está tudo certo.

— Vou encontrar minha mãe, boa tarde Bellini.

— Boa tarde Malfoy.

Draco apenas assentiu com a cabeça antes de deixar a loja, e assim que a porta bateu, Alexandra olhou maliciosa para a sobrinha mas foi Tiana que perguntou:

— O que vocês estavam fazendo na sala de medidas?

— Nada demais.

— Sua cara diz outra coisa, já aviso Ana que não sou contra seus relacionamentos e tenho absoluta certeza que sua mãe também não — explicou Alexandra segurando as mãos da sobrinha.

— Eu sempre soube que aqueles dois poderiam ter algo, tava na cara — brincou Tiana.

— Não aconteceu nada ali, de verdade — a garota disse impaciente porque de fato não havia acontecido nada — Mas o que vieram fazer aqui?

Alexandra lançou um Abaffiato no ar apenas por precaução.

— Peter e Ellen fugiram de casa, eles estão com os outros na casa do Almofadinhas. Sua mãe está lá também.

— E ele foi inocentado? — perguntou a Bellini vendo a tia trancando a loja com um feitiço.

— Foi. Dumbledore apareceu e ajudou o garoto, agora estão lá. Precisamos ir.

— Certo, eu só vou...

— Já está tudo pronto — Alexandra disse estendendo os braços para as duas garotas segurarem — Vamos?

ೃ *ૢ✧

A casa da família Black estava movimentada, não somente pelos membros da Ordem da Fênix que voltaram a se reunir, como os novos hóspedes. A sala de jantar havia virado a sala de reuniões, e todos os antigos membros estavam discutindo novamente o fato de Harry Potter participar ou não ativamente do grupo.

— Por que estamos debatendo isso? — Sirius perguntou impaciente — Harry já disse querer fazer parte.

— Sirius, querer e fazer são coisas bem diferentes — argumentou Athena.

— E ele é só um menino — completou Molly.

De repente, a sala ganhou a presença de mais três pessoas: Alexandra, Anastasia e Tiana.

— Trouxe mais companhia — Alexandra sorriu — Sentiu minha falta Black?

— Sabe que não Bellini — o homem revirou os olhos.

— Ah, vocês dois continuam nessa briga de cão e gato — resmungou Athena dando um beijo na testa da filha — Não estamos mais na escola para ficarmos fazendo isso.

— Claramente sabemos quem é o cachorro da relação — brincou Alexandra fazendo Sirius revirar os olhos.

— É lindo como eles demonstram amor — comentou Tonks para Tiana e Anastasia — Vou levar vocês até os outros, não vão querer ver essa alfinetada gratuita que eles sempre ficam se dando desde que se encontraram, vai longe.

A auror guiou as duas meninas para o andar de cima, e na ponta da escada apontou para uma porta.

— Estão ali, na hora do jantar eu chamo vocês.

— Obrigada Tonks — agradeceu Ana.

O cômodo onde todos estavam reunidos era pequeno, parecia até mesmo apertado com a quantidade de gente que estava ali. Tiana correu para os braços de Peter, e quando os dois deram um leve selinho, Ellen não aguentou a piadinha.

— Isso, troca as amigas pela boca do meu irmão mesmo.

— Para de atormentar ela loirinha, fala isso porque seu namorado não está aqui — Louis falou e recebeu uma careta da Leblanc como resposta.

— Como você está, Harry? Soube de tudo — a corvina comentou com o Potter.

— Estou bem.

— Dementadores andando nas ruas de Londres, não serão tempos fáceis galera — comentou a Leblanc.

— Parece que tudo vai piorar, ao menos as aulas estão voltando e estaremos seguros em Hogwarts — disse Gina — Ao menos lá teremos um pouco de paz, certo? Não tem como ter algo prejudicial na escola esse ano.

— Eu não teria tanta certeza assim, afinal ele voltou, e será questão de tempo até que a própria Hogwarts esteja ameaçada novamente — Peter disse fazendo todos ficarem pensativos — Vai ter algo ruim em Hogwarts esse ano.

— É, porque se não tivesse não seria Hogwarts — brincou Fred e seu irmão concordou — Felizmente esse ano estaremos preparados.

— Como assim? — a pergunta de Tiana dando início a uma conversa regada dos primeiros passos da Gemialidades Weasley.

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Notas da autora: Hey pessoal, o que acharam do capítulo, podemos arranjar um nome de shipper para a Anastasia e o Draco depois desse momento na sala de medidas? Aceito sugestões.

Fim do mistério! Para quem tinha dúvidas, o pai do Louis é Sirius Black e com isso, haverá boas mudanças no enredo mas sem perder o principal foco da trama.

Me digam o que estão achando, quero saber de tudo!!!

Até o próximo!

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