Capítulo 17
Notas (iniciais) da autora: Hey pessoal, como estão?
Chegamos em 2021 e quero agradecer ao apoio que vocês me deram ano passado, e espero que se preparem porque teremos mais de Unconditionally esse ano.
Boa leitura!
No salão comunal da Sonserina, Draco segurava a presilha de Anastasia em seus dedos enquanto analisava o objeto com um pequeno cisne cheio de pedras preciosas. Fazia uma semana que haviam dançado no ensaio e o Malfoy ainda não tinha falado com a garota, ou ao menos olhado para ela, já que bastava vê-la sorrindo ou concentrada durante as aulas que se lembrava do instante que a teve em seus braços com as bochechas coradas e cabelos soltos.
E isso o fazia sentir ainda mais estranho.
— Ainda com isso na mão?
A voz de Ellen se sentando na poltrona de frente a dele se fez presente no lugar, e a loira cruzou os braços com um sorriso de lado olhando para o Malfoy.
Não que fossem melhores amigos, longe disso, mas uma das poucas pessoas que Draco "confiava" de sua casa além dos que convivia, era justamente a Leblanc.
— O que você quer?
— Perguntar quando você vai aproveitar a oportunidade de devolver a presilha e a coragem de chamar ela pro baile.
— Ela já deve ter par de qualquer jeito — ele guardou o objeto no bolso de suas vestes — E você não deveria se meter nisso.
Levantando-se da poltrona a fim de escapar da conversa, ele foi andando para fora do salão comunal.
— Eu tô dando te dando uma força, seu mal educado — a loira disse o seguindo — Porque se depender da sua boa vontade ela não vai ir ao baile nunca com você e muito menos saber que é você naqueles bilhetes.
Draco parou na hora.
— Você sabe?
— Sei, reconheço a sua letra. Anastasia não se tocou ainda porque nunca reparou, dá dois instantes para ela ver e descobrir — a Leblanc parou ao lado dele — Vamos?
— Onde?
— Conversar com a Ana sem parecer um idiota, e devolver o que pertence a ela.
— Mas...
— Anda logo.
Ainda sem entender o porquê estava seguindo a loira, Draco andava tentando alcançá-la.
— Por que está fazendo isso?
— Porque eu quero ver meu casal favorito junto e sair em casal no dia dos namorados.
Enquanto Ellen andava praticamente saltitando, Draco andava com uma carranca olhando para todos os outros alunos com um ar de superioridade, até ambos pararem perto do Pátio Pavimentado da escola vendo uma cena que não imaginariam.
Anastasia e Pansy apontando varinhas furiosas uma para a outra enquanto andavam em círculos com vários alunos em volta.
— Eu tô avisando Bellini, eu vou te azarar e você vai correndo chorando pro colo de sua mãe.
— Tenta! — provocou a Bellini — Porque se eu chorar, vai ser de dor depois de quebrar minha mão após socar a sua cara. Vai precisar de muitas ervas medicinais para te curar.
— A princesinha é valente? Que medo.
— Não quero seu medo, quero que me respeite. Eu e todas as meninas dessa maldita lista que você fez.
— Por que está se doendo tanto? Não gostou de se sentir desejada Bellini? Aposto que você deve pegar vários com essa carinha de santa falsa! — esbravejou Pansy.
Draco notou Anastasia ficar vermelha e avançar na direção da garota tão rápido que antes que Pansy reagisse, a Bellini já tinha dado um soco no nariz dela ao ponto de ouvirem algo se quebrando e a garota bambear para trás, a mão direita da corvina atingiu o lado direito do rosto fazendo com que a adversária caísse no chão.
— Sua louca!
— Tô louca mesmo, que nem você quando fez aquela lista!
— Mas o que está acontecendo aqui?
A voz da professora McGonagall ao lado do professor Snape fez com que a maioria dos alunos saíssem correndo com medo de levarem bronca.
— Senhoritas, mas o que é isso? — a expressão horrorizada da professora olhando para Anastasia e Pansy fez com o que as duas parassem de brigar e se levantassem — Por qual motivo as senhoritas estão brigando tanto ao ponto de saírem sangue?
— Foi ela que começou professora — apontou Pansy para Anastasia — Eu estava aqui tranquila, quando ela chegou apontando a varinha e dizendo que iria me matar.
— Mentirosa. Eu só fiz isso porque você fez e espalhou uma lista para todos os alunos de dez garotas que os garotos deveriam pegar no Yule Ball, e meu nome como o das minhas amigas estavam no meio — contou a corvina antes de olhar para a diretora da Grifinória — Viktor Krum que me disse na biblioteca me dando uma cópia que seus amigos tinham, e eu vim perguntar para ela, e ela me confirmou com toda a certeza.
— Isso é verdade? — Snape perguntou a Pansy que, após alguns segundos, concordou de cabeça baixa — Vamos senhoritas, irei levá-las para a sala do diretor. E menos quarenta pontos para Sonserina e Corvinal.
Ellen observou ao lado de Draco a amiga se distanciar com uma expressão furiosa, o oposto de Pansy que carregava uma careta de dor segurando o nariz.
— Já sabe quem vai mandar no relacionamento, é melhor se preparar — brincou a Leblanc.
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Usando a varinha para lançar feitiços simulando estrelas cadentes na Torre de Astronomia, Anastasia suspirava enquanto encarava a mão machucada pela briga.
— Pode sair daí, eu já te vi — ela disse sem olhar para trás, finalizando o feitiço e fazendo uma última estrela cadente cruzar o teto da torre.
— Como sabia que eu estava aqui?
— Quem mais vem nessa torre fora do horário de aula, exceto nós dois Malfoy?
— Isso é verdade — ele parou ao lado dela — Como você está? Eu vi a briga.
— Indo. Agora estou calma, e chamaram minha mãe, mas levei uma leve bronca em comparação a Pansy que vai ter detenção — deu de ombros — Mas sabe por que eu fiquei descontrolada? Porque Pansy tratou não só a mim, como muitas meninas, como um objeto para os garotos pegarem no Yule Ball.
— Se te consola, eu não peguei essa lista e não saberia dela se não visse a briga — comentou Malfoy — E não concordaria com ela.
— Por que?
— Porque você está na lista.
— Você deveria não concordar com essa lista mesmo se eu não estivesse nela, mulher não é objeto e nem motivo de conquista Malfoy.
O silêncio prevaleceu entre os dois após o longo suspiro de Anastasia que olhava a paisagem noturna e tentava tranquilizar seu coração, que desde o dia do ensaio, descompassava sempre que notava Draco Malfoy a observando de longe.
— Isso é seu — o loiro estendeu a presilha na direção da garota — Você deixou cair no dia do ensaio.
— Obrigado.
— E, eu queria saber se você já tem par para o baile?
— Hã...não.
O coração de Draco se aliviou ao ouvir aquela frase, então ele tinha alguma chance de dançar com ela novamente.
— Quer ir comigo? Não tenho par e honestamente acho que você será a melhor companhia nesse baile.
— Não é por causa da lista, ou é? — perguntou desconfiada.
— Não! — falou de supetão — Eu já queria te convidar antes de tudo, só não sabia como falar.
— Por que?
A Bellini sorriu ao ver o garoto ficar um tanto constrangido, era raro os momentos que isso acontecia e precisava aproveitar a visão.
— Porque...ora, vai aceitar ou não?
— Tá, eu vou com você.
Ele apenas concordou e abaixou a cabeça, tentando conter um sorriso.
— Eu vou indo. Até depois Bellini.
— Até depois Malfoy.
A garota observou ele sair praticamente aos tropeços para fora da torre e sorriu, virando-se para a paisagem noturna, Anastasia colocou a mão no peito dando leves tapinhas em cima da região que ficava o coração.
— É melhor você se preparar coração, é melhor se preparar.
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Notas da autora: Alguém vivo depois dessa interação? No próximo já será o baile então aconselho a se prepararem beeem porque o impacto vai ser grande.
Me digam o que estão achando.
Até o próximo!
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