Capítulo 10

O dia de voltar a Hogwarts tinha chegado e desta vez, Alexandra e Louis resolveram acompanhar Athena, que levava Potter e a filha, na plataforma 9 3⁄4.

Harry despediu-se da família Bellini e logo foi para o expresso assim que viu Rony e Hermione acenando para ele, as outras duas começaram a conversar com Molly sobre família enquanto Anastasia estava de braços dados com Louis andando até a porta do expresso, o que atraía atenção de boa parte dos estudantes ali.

— Por que estão olhando tanto para nós? — a garota perguntou após ver um grupo da Sonserina, que incluía Malfoy, encarando os dois com feições sérias.

— Deve ser porque sou muito bonito e você está com esse anel.

— Não estão pensando que você e eu estamos…

Louis riu de forma nasalada dos olhos arregalados da prima.

— Estão, sabe que algumas famílias arranjaram casamento logo cedo e entre si — Louis arrumou a touca da prima nos cabelos — Só quero saber o motivo desse loiro estar quase me matando com o olhar.

— Malfoy? Provavelmente porque não é ele que está chamando a atenção. Ele é da Sonserina.

— Espero que eu não vá para lá — brincou o garoto fazendo a menina rir — Vou sentir sua falta, Ana.

— Também.

— Vamos brincar um pouco com a imaginação deles — o Bellini disse pegando a mão dela e dando um beijo em cima do anel — Irei contar os segundos para lhe ver novamente.

— Eu também — ela respondeu tentando segurar a risada.

Assim que entrou no vagão, Louis notou que o loiro Malfoy observou a cena dos dois com muita atenção e para provocá-lo mais um pouco, lançou um beijo para a prima que riu.

Enquanto procurava uma cabine vazia, Anastasia sentiu seu braço ser puxado e viu Ellen junto com Tiana e Lúcia sentadas e olhando-a em expectativa.

— Aquele é seu primo? — perguntou a Leblanc.

— É.

— Céus...ele está mais do que convidado para a festa — afirmou a loira — Mais do que convidado mesmo.

— Se com uns minutos ele já atraiu atenção, imagina quando estiver em Hogwarts — brincou Tiana.

— E esse anel? — apontou Lúcia.

— É da minha família, Louis está com o par, é quase um compromisso.

— É lindo — observou a Diggory antes de olhar para a porta com uma expressão confusa — Perdeu alguma coisa aqui dentro, Malfoy?

— Nada que seja da sua conta Diggory — o loiro respondeu de forma amargurada.

Draco olhou o anel por mais um tempo e seguiu em frente deixando Anastasia confusa pela reação dele.

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A volta às aulas foi um período agitado para Anastasia, que com a aproximação do fim do ano letivo, começou a se preocupar com as provas que chegariam, o que acarretou em passar todos os seus dias na biblioteca ou com a cara em livros fazendo anotações e vários resumos das matérias teóricas, embora preferisse muito mais poder botar aqueles feitiços em prática na Sala Precisa.

O período de provas terminou logo na primeira semana de junho e Anastasia pode finalmente respirar em paz depois de tanto tempo, por mais que adorasse a biblioteca, queria respirar outros ares que não fosse o dos livros e optou em descansar às margens do Lago Negro aproveitando o tímido sol entre as nuvens.

A Bellini aproveitou os minutos de paz encostada em uma árvore com os olhos fechados enquanto ouvia o barulho do vento mexer na água, até ser interrompida por passos e uma voz lhe chamando.

— O que faz aqui Bellini? Pensando no namoradinho que deixou na estação — ao abrir um dos olhos viu Draco se aproximando da árvore onde ela estava enquanto comia uma maçã.

— Isso não lhe interessa — respondeu de forma simples voltando a fechar os olhos e tentando ignorar a presença do loiro que ficou em pé ao seu lado.

— Anel bonito, quando é o casamento? 

Anastasia respirou fundo para não perder a paciência com as provocações do garoto, hoje ela não daria aquele gostinho para ele.

— Não sei, me diga você.

— Me diga você — resmungou o loiro com uma voz fina a imitando — Não basta se meter com sangue ruim da Granger e o Potter, tem mesmo que namorar um sujeitinho daqueles.

— Louis é uma boa pessoa e respeita a todos independentemente do sangue, algo que você não é, ou faz, nem de longe.

— Então estão juntos? Ora ora, a princesinha encontrou seu cavaleiro encantado — debochou.

Anastasia abriu os olhos e viu Malfoy mordendo a maçã, a menina se levantou e se aproximou do rapaz o puxando pela gravata verde até ele ficar na altura dos seus olhos.

— O q-que está fazendo? 

— Nada demais — falou com uma falsa inocência e um sorriso angelical — Mas posso te dar um conselho? Troca o disco, porque ninguém tem saco ou é obrigado a ficar ouvindo os seus desaforos, e a sua sorte é que hoje estou tão cansada que não vou lhe dar um murro ao ponto de quebrar esse seu nariz. Bom dia.

Draco observou ela se afastar e bufou irritado antes de tomar a direção oposta.

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O ano letivo havia chegado ao final e tudo o que Anastasia podia sentir era alívio por voltar para casa.

— Ana, posso falar com você? — perguntou Harry e quando ela concordou, o Potter a levou para um local mais afastado dos alunos — Você sabia sobre Sirius? Que ele era meu padrinho?

Hermione havia contado levemente para a Bellini o que houve na Casa dos Gritos, que o verdadeiro cúmplice de Voldemort que entregou a localização dos pais de Harry era o rato de Rony e que Sirius contou toda a verdade ao Potter, antes de ir ajudar Lupin transformado em lobisomem. E mesmo usando o Vira-Tempo, não foi o suficiente para impedir a ocorrência de certos acontecimentos como a descoberta do segredo de Lupin, mas ao ouvir que Sirius havia fugido em cima de Bicuço, já era algo que aliviava o coração da Bellini.

A menina não havia visto o Lupin desde o dia que a notícia saiu, já que o mesmo havia ido embora antes que os pais de alguns alunos pudessem fazer algo contra Hogwarts.

— Sabia.

— E porque não me disse?

— Teria acreditado em mim? — perguntou e quando ele ficou quieto, soube da resposta — Sirius não faria isso com seus pais Harry, e eu acredito fielmente nisso.

— Ele me disse — murmurou — E sobre Lupin?

— Eu sempre soube o que ele era, afinal é meu padrinho — deu de ombros — Sabe, os Marotos não eram os únicos a se transformarem em animagos para ajudar ele, e muito menos os únicos criadores do mapa.

— Não?

— Minha mãe desenhou a planta de Hogwarts e minha tia enfeitiçou a folha, os Bellinis são muito bons criando feitiços originais — explicou sorrindo —  E o meu pai também se transformava em um animago, não era sempre, mas para ajudar nos momentos mais críticos do Lupin. 

— O que ele era? — Harry perguntou curioso

— Um lince.

— Legal, uma pena que não colocaram o nome da sua família no mapa — lamentou o Potter — Inclusive, posso te emprestar se precisar porque é quase tão seu quanto meu.

— Valeu Harry, espero que tenha um período tranquilo de férias — desejou a menina.

— Você também.

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Notas da autora: E com isso encerramos o terceiro ano!

O próximo capítulo terá um pouco das férias da Anastasia, com direito a festa e tudo mais, antes de começarmos o quarto ano com o torneio tribruxo e, já adianto, que as coisas serão um pouco...diferentes.

O nosso casal logo dará leves sinais ao longo dos próximos capítulos, que se fosse vocês, não perderia.

Vi alguns comentários sobre o Sirius ser o pai da Anastasia, e já digo que ele não é gente, na verdade ele é pai de alguém sim e a dica já está nas entrelinhas.

Até o próximo!

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