Capítulo XIV: Indo atrás do Livro dos Séculos parte II

Jacob a olhou de cima a baixo, a analisando com o seu olhar, aquela mulher parecia ser familiar para o mesmo, já havia a visto em algum lugar, mas talvez seja apenas impressão do mesmo. Igor permanecia um pouco tenso em relação a Milena e então, pergunta:

— Er... Você é uma agente do tempo...?

— Não sou... Nunca tive interesse em ser uma. — Respondeu Milena, com o seu tom de voz sério, enquanto olhava para Igor —.

Igor acabou ficando calado, Jacob estranhou aquele tom sério, mas decidiu permanecer calado. Thomas havia entrado no palácio de Constantino XI, olhou ao redor para ver se encontrava Cáspio e Rurik, mas pareciam que não se encontravam pelos corredores. Logo, uma mulher viu Thomas e se aproximou do mesmo, perguntando:

— Quem é você?

— Sou Ávidos Cássio. — Disse Thomas, claramente mentindo sobre o seu nome verdadeiro —.

A mulher acabou acreditando nas palavras de Thomas e saiu de sua frente, assim seguindo o seu rumo. Thomas suspirou aliviado pelo fato de a mulher não ter desconfiado do mesmo, então continuou a procurar pelos dois. No meio do caminho, acabou vendo Constantino de costas e conversando com eles, então, Thomas decidiu se aproximar um pouco para poder ouvir a conversa e ficou atrás de um pilar de pedra. Cáspio estava com um sorriso em seu rosto, já Rurik permanecia com sua feição séria assim como Constantino, Rurik disse:

— Me avisaram que alguém parecido com um tal Thomas estava por aqui.

— Temos que ser rápidos com isso, antes que ele estrague tudo. — Disse Cáspio, franzindo o seu cenho —.

Quando Thomas escutou aquilo, acabou mordendo levemente os seus lábios, havia sido descoberto e corria perigo em estar dentro do palácio, mas iria até o fim, mesmo que fosse preso ou morto, aquela seria a única forma de salvar a história. Constantino foi o único que acabou não se manifestando muito sobre aquele fato, então diz:

— Posso mandar o prender, mas para isso, preciso saber quem ele realmente é.

— Nós iremos dar um jeito nisso, não? — Pergunta Rurik, olhando para Cáspio —.

— Sim, iremos. — Disse Cáspio, saindo dali —.

Rurik seguiu Cáspio até a saída do palácio, Thomas esperou Constantino sair, para ir procurar pelo livro, que provavelmente estaria dentro de alguma sala do palácio. Quando percebeu que não havia mais ninguém por ali, Thomas saiu de trás do pilar e começou a procurar pelo livro. Cáspio e Rurik entraram em uma taverna, o local acabou ficando em um silêncio absoluto quando os mesmos colocaram os seus pés dentro daquele lugar, então eles se dirigiram até os fundos, vendo três homens e uma mulher, reconhecendo todos que estava ali presentes. Cáspio abriu um sorriso sínico em sua face, Rurik permaneceu com sua seriedade e Cáspio diz:

— Vejo que conseguiram nos encontrar. —Dirigiu a sua fala para Igor e Jacob —.

Igor ficou surpreso com a aparição dos dois, logo depois ficou levemente confuso por não saber como eles sabiam que estariam nos fundos da taverna. Jacob dirigiu o seu olhar sério para Cáspio e Rurik, ele diz:

— Ótimo... Mas, é uma pena que vocês chegaram um pouco tarde.

— Não chegamos tarde, já que Thomas ainda não pegou o livro. — Disse Rurik, encarando Jacob—.

— Disse bem, "ainda". — Ele fez aspas com os seus dedos indicadores, enquanto falava —.

— A única coisa que ele terá é o seu afogamento no próprio sangue. — Disse Cáspio.

Igor se surpreende com a fala de Cáspio, um gota de suor escorreu de sua testa, indicando que estava suando frio e ficou levemente tenso. Jacob permaneceu com sua feição séria em seu rosto, aquilo não o intimidava, se era a intenção dele de fazer aquilo. Rurik apenas cruzou os braços, deixou que Cáspio tomasse as rédeas da situação. Um silêncio se instaurou naquele instante. Igor respirou fundo, assim decidindo quebrar o silêncio e disse:

— Cáspio, se quiser o matar, terá que passar por cima do meu cadáver, não vou permitir que o mate, vou retribuir o favor... — Murmurra a sua última frase—.

Cáspio solta uma leve risadinha, um sorriso surgiu em seu rosto, que anteriormente estava bem sério. Rurik olhou de canto de olho para Cáspio, estranhando aquele sorrisinho no rosto do mesmo. Cáspio encara Igor e diz:

— Isso será mais fácil que arrancar doce de criança.

— Não deixarei que me mate facilmente, pode tentar se quiser. — Disse Igor, o encarando também—.

Jacob se surpreendeu com a fala de Igor, não poderia estar falando sério naquele momento, estava maluco em dizer aquilo e iria piorar o seu ferimento que estava em seu ombro. Ele franziu o seu cenho, enquanto observava aquela situação em que havia sido colocado e diz:

— Você não vai matar o Igor, não sem passar por mim, e garanto que será um inferno para você, Cáspio.

Cáspio colocou as mãos no cabo de sua espada apertava levemente os seus olhos, como se estivesse o desafiando. Jacob cerrou os seus punhos e o encarou. Igor os olhou de relance, percebeu que a situação iria ficar bem séria a partir daquele momento. Já no palácio, Thomas havia pego o livro em uma sala e saiu dali discretamente, o colocou dentro de uma bolsa que havia pego na sala vizinha. Acabou por sair do palácio e foi atrás dos meninos, então, adentrou na taverna e viu que as coisas não pareciam estar andando muito bem. Ele acabou por apenas ficar observando em silêncio a situação.

Rurik preferiu por não se intrometer naquela briga e se afastou um pouco dali. Igor olhou de relance para Thomas e presumiu que ele deveria ter êxito em ter pego o livro, mas manteve isso em sua mente, então, voltou o seu olhar para aquela situação. Milena os olhou, e
entrou no meio dos dois e diz:

— Não são assim que as coisas são resolvidas! Não precisam se matar por causa de uma coisa tão estúpida e que pode ser resolvida de outra forma.

Jacob e Cáspio olharam para ela, então, perceberam que a mesma tinha razão naquele momento. Thomas acabou por sair da taverna naquele momento, Igor também saiu dali. Jacob foi logo atrás de Igor, assim deixando Cáspio e Rurik ali. Eles também haviam saído dali. Thomas acabou por encontrar a fenda temporal e passou pela mesma, puxando Igor e Jacob junto consigo. Quando Cáspio e Rurik descobriram que seu plano havia sido frustado acabaram por pensar em uma forma de resolver aquilo, mas, foram presos e considerados como traidores, isso foi uma forma de Constantino "transferir" toda a culpa do plano ter dado errado nos dois e de fato, não era algo mentiroso, mas ele também tinha uma parcela de culpa naquilo.






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