Uma Tartaruga Chamada Lila
Copyright by Vanda Da Cunha
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Uma Tartaruga Chamada Lila
Copyright [2024] by Vanda Da Cunha
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Literatura brasileira B
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Lila era uma tartaruga que morava em um pequeno bosque em algum lugar do planeta.
A terra onde ela habitava tinha muito verde e pequenos rios de águas brilhantes que, regavam as plantas e supriam a sede dos animais, as águas cristalinas eram repletas de peixes e outros animais aquáticos, o habitat de Lila era incrivelmente lindo e tudo parecia perfeito, todos os animais sorriam e brincavam no denso bosque, uma brisa suave corria refrescando o recôndito. No entanto, a pequena tartaruga não era feliz, seus olhinhos estavam sempre tristes e distantes, havia algo pesado em seu meigo coração. Lila não tinha muitos amigos, estava sempre sozinha e sem ninguém para brincar ou conversar, então ela se escondia dentro do seu grosso casco permanecendo no seu mundo particular e silencioso, por longas horas.
De vez em quando ela ouvia coisas do tipo:
— Acorda sua molenga, vai se esconder para sempre?
"Deve ser o coelho" ela pensava tristemente.
Mas às vezes Lila ouvia palavras amáveis.
— Lila, vamos brincar, está um sol tão brilhante, a água deve estar bem fresquinha, vamos mergulhar, vamos!
Lila ficava em silêncio, ela conhecia muito bem aquela voz, era o Maneco, o sapinho mais colorido do bosque, ele estava sempre alegre e saltando de um lado para outro. A pequena tartaruga queria ser como Maneco, queria ter muitos amigos, explorar o bosque, tomar banho no rio, brincar de esconde-esconde, pega-pega... Mas preferia permanecer escondida. Nem todos eram como Maneco, no bosque havia animais que não eram tão legais. Alguns a chamavam de molenga, lerda, bicho preguiçoso, perguntavam se ela tinha se alimentado, diziam que seu casco era grotesco, tiravam sarro dos seus pezinhos e até do seu pescoço. Lila ficava triste e se escondia do mundo.
Um dia, cansada de tanta humilhação, Lila decidiu ir conversar com uma pessoa especial. Essa pessoa era Petrônia, uma velha coruja que morava em um tronco de uma árvore milenar. A árvore era frondosa, seus galhos alongados eram cobertos por folhas grandes e verdes. Muitos pássaros pousavam em seus galhos e entoavam cânticos que alegravam o bosque.
Quando Lila decidiu fazer essa visita a Petrônia, ela não fez isso às claras, ela foi bem cedinho, antes que o sol aparecesse. Receosa a tartaruguinha saiu silenciosamente de sua casa, olhou em volta e não vendo ninguém, esgueirou-se pela relva verde coberta pelo orvalho, e, escondendo-se aqui e ali conseguiu chegar à casa da coruja sem ser vista. Lá chegando, ficou um tempo escondida atrás de um arbusto, por fim, encheu-se de coragem, foi até a porta e bateu duas vezes. TOC, TOC.
— Olá, tem alguém em casa?
Não demorou muito, a coruja abriu a porta e sorriu ao ver Lila.
— Lila! Que surpresa agradável! Estou muito feliz que tenha vindo me visitar!
— Bom dia, Petrônia, desculpa ter vindo sem avisar, eu sei que você recebe muitos animais para aconselhar e que...
— Entre, Lila. Eu já estava esperando por você a muito tempo. Interrompeu a coruja estendo a mão para que a tartaruguinha entrasse.
"Como assim, esperando-me a muito tempo"? Pensou Lila enquanto adentrava a casa da coruja, que a acompanhava-a com um olhar dócil.
— Sente-se, querida, eu vou preparar um chá para nós.
Pela primeira vez, em muito tempo, Lila se sentiu acolhida e um sentimento diferente surgiu em seu coração. Ela imaginou, que talvez fosse pelo ambiente aconchegante da casa, tudo tão limpo e organizado, os tapetes e as cortinas tinham desenhos que lembravam o bosque, os móveis da pequena sala não eram muitos, somente uma poltrona marrom, uma mesa pequena com quatro cadeiras, em um canto, havia uma estante com vários livros.
Lila não aguentou a curiosidade, olhou em direção a cozinha e não viu a coruja, então, ela foi até a estante e começou a olhar os livros. Tinha cada capa bonita e muitos títulos interessantes, e, todos remetiam a uma vida de fé, perdão, amor e paz. Muitos dos livros tinham o nome da coruja. A tartaruguinha ficou encantada ao ver que a coruja, além de conselheira do bosque, também era escritora.
Nesse momento a coruja entrou na sala, em suas mãos, uma bandeja com duas xícaras e biscoitos.
Lila levou um susto e deixou o livro que segurava cair.
— Oh, desculpe-me, querida, assustei você. A coruja disse colocando a bandeja sobre a mesa.
— Você gosta de ler?
— Sim, eu adoro ler, mas tenho pouquíssimos livros na minha casa, já li todos, na verdade... já os li repetidamente.
— Caso você queira, poderá levar alguns emprestados.
— Nossa! Sério? É claro que eu quero, e, prometo que vou devolver todos. Eu não sabia que a senhora é escritora.
— Eu escrevo algumas coisas, principalmente quando preciso de respostas. Mas acho que você não está está aqui por meus escritos. Venha, vamos sentar e tomar o chá antes que esfrie. Convidou a coruja.
Meio sem jeito, Lila sentou-se junto a mesa e pegou uma das xícaras de chá.
— Então, Lila, o que a trouxe aqui? Perguntou a coruja segurando a xícara com uma das asas.
Nota: Bullying é uma prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica, tais como intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física.
Se isso estiver acontecendo com você, fale com seus pais ou um adulto responsável, não permita que o bullying continue. Não pratique e nem receba bullying.
Parte deste trecho foi retirado site (Mundo educação)
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